domingo, 4 de outubro de 2015

Lanche no ciclo do pão na serra do Anjo da Guarda, em Ansião

Seguimos o caminho em terra batida pela Serra da Ameixieira que deveria ser melhorado, nas subidas foi reposta brita e cascalho, mas julgo por se encontrar "mole" não foi calcada, ou o foi mal (?) falta também abrir valetas ou regateiras  para resolver enxurradas. O melhor seria alcatrão na subida inicial até ao limite das antenas (?).
Vista graciosa do miradouro no Anjo da Guarda sobre Pousaflores

 Casa do Ciclo do Pão
 Pedi autorização para fotografar a exposição permanente de objetos do passado ainda tão presente
Boas escolhas para compras em artesanato da região; trapologia, cantaria, objetos em madeira, bordados, e brindes, sem esquecer o bom pão cozido em forno a lenha, queijo, vinho, mel , azeite e produtos sazonais como as nozes, passas de figo e merendeiras dos Santos.
O pão da melhor qualidade
Mal estacionámos em Ansião ouvi a minha irmã e a nossa prima, a Ana Valente a nos lançar convite para um lanche no ciclo do pão ao Anjo da Guarda, sendo ali prontamente aceite. Demos cabo de uns carapauzinhos de escabeche, muito saborosos, ainda de um bom naco de queijo da Portela ( apesar de textura esburacado), a queijeira que o prensou em mãos as devia ter quentes (?) a pensar em amores, ao jus do ditado popular-, (mãos frias amores todos os dias, mãos quentes, amores ausentes) desde sempre o melhor fabrico pelas pastagens e saberes desta gente, qualificado como o melhor na região denominada na designação do queijo do "Rabaçal", bom  pão e vinho branco fresquinho, um néctar de primeira qualidade.
Quem nos serviu, a senhora que explora o espaço, oriunda das Cavadas, muito simpática e boa cozinheira, confidenciou que na véspera aqui esteve um grupo de campistas que usaram o churrasco, há noite havia um jantar  marcado para outro grupo, a que a música juntou na guitarra e violoncelo(?), aqui rolaram lágrimas e choro de tanta emoção sentida, em que uns e outros unidos, em ato solidário, apesar de nada terem na aparente dor, todos limparam a alma do desanimo sentido com a perda-, no caso da recente, do grande e bom amigo da terra, falecido sem explicação(?), o cantador do rancho - o Augusto -  Paz à sua alma. Ainda acrescentou que educados, pediram licença para fazer barulho (música) a recordar este amigo perdido...Foi uma noite bela onde os sentimentos, afetos e emoções, sobressaíram à flor da pele até ás três da manhã.
Escassas fotos, a minha irmã adversa, nem ousei fotografar...
Recebido telefonema, tivemos de deixar o local em pressas...
Com grande pena de deixar o local, pois o pôr do sol deveria ser escaldante...
A promessa de voltar.

Fontes
Duas fotos do google

Pulo à Lagarteira em Ansião apreciar a dolina cársica do Pito


Estacionei no parque junto ao ringue desportivo com jovens a jogar, achei que não devia fotografar.
Houve alguns presos na rede a ver-me andar...O que faria numa tarde de calor uma senhora por ali...
Junto às Alminhas courela exígua fechada por muro de pedra seca com rico e fresco couval de meter inveja.

Depois da curva, antes da ponte e da nova curva na saída, vista-se a Lagoa do Pito, como o povo lhe chama, sita no lado esquerdo, em quase secura em meados de setembro.
No inverno é outra paisagem com a ribeira corrente de águas limpas trazidas do Alvorge, que em turbilhão enche a lagoa que se mostra de águas turvas, julgo seja pelo fundo de argila do terreno, onde já vi uma cegonha nas margens, mas não consegui fotografar.

Vista da dolina cársica e do poço com fonte
Julgo nunca tinha reparado na lagoa com pouca água.Gostei de sentir o espaço, de estar na margem que daqui a meses se vai encher, dei azo ao meu imaginário na desilusão de sentir que a base não se mostra uma grande pia em pedra esculpida pela água, com ligação a um algar ...
Há anos no Alentejo junto a Porto de Espada, com as chuvas abriu uma cratera com quase 100 metros de profundidade em terreno arável, documentado na foto acima, em que as terras foram simplesmente sugadas.Um fenómeno carateristico de regiões calcárias e dolinas cársicas, por isso a perigosidade de se cair nelas.Confesso aqui não tive medo nenhum, nem terei quando a voltar a ver a transbordar, pois já conheço o seu chão.E o mesmo das mulheres em tempos de antanho que aqui lavavam a sua roupa.
 
Fausto seja a brutal plantação de beterraba
Vinha e prados

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