
Foto de Beatriz Rodrigues
Sem saber a razão da saída do seu dono para Moçâmedes, em que data, ficando em agonia até ao 25 de abril onde foi alvo de vandalismo e a falta de manutenção, os telhados cederam.
Capela anexa ao Solar da Família Pimentel Teixeira em 2000.


Segundo um excerto de Genealogia de Luís Piçarra
Esta registado no livro do ano de 1753 a fls.113 Cota Dep. IV-27-A-17,o assento de baptismo de José, nascido a 2.01 de 1753, filho do Capitão-mor das cinco vilas, José António Álvares Pimentel Teixeira e de sua mulher D. Francisca de Sequeira Mansa de Figueiredo, moradores nesta vila e freguesia de Maçãs de D. Maria, neto paterno de Domingos Álvares Simões e de sua mulher Luzia da Nazaré da mesma vila e freguesia e materno do Capitão Pedro Martins de Figueiredo e de sua mulher Marcela Leitão de Sequeira Mansa da Fonseca, moradores na Quinta do Fojo freguesia de Sernache do Priorado do Crato,nascido a dois de Janeiro de mil setecentos e cinquenta e três, foi solenemente batizado(...) foram padrinhos o Rev. Dr. Manuel Rodrigues Teixeira, Tesoureiro mor da Sé de Coimbra e Provisor deste Bispado, tio do batizado, e Bernarda de Sequeira (?) do Capitão Pedro Martins, tia do batizado(...)"
Interessante tentar conhecer melhor as referidas ligações de D. Josefina Pimentel de Abreu e de D. Maria da Conceição Fróis Gil Ferrão de Pimentel Teixeira-, a Sãozinha, que dela os da minha geração e mais velhos ouviam dela falar e da sua santidade, aos avós e pais.
- A família de Maças de D. Maria teve uma quinta em Sendelgas, com o mesmo brasão.
- Pedra de armas da família Pimentel Teixeira no Convento de Sandelgas, S. Martinho de Árvore, Montemor-o-Velho
- Por morte de José Venâncio Pimentel Teixeira, ficam menores Manuel
Maria de Pimentel Teixeira e uma irmã sob a tulela do curador de
órfãos das Cinco Vilas, o Dr. Joaquim de Mello Freire dos Reis de Almofala , que veio a
vender o solar em Sendelgas, em Montemor o Velho. Como vendeu o que herdou
ainda por finalizar, em Ansião , que tinha sido mandado fazer, pelo seu
tio o jurisconsulto Pascoal José de Mello Freire dos Reis .
- Em Ansião; temos Suplício José de Almeida Pimentel, de Montemor o Velho casou e viveu na quinta das Sarzedas, em Ansião . E outros Pimenteis na Quinta da Boa Vista ao Senhor do Bonfim como na quinta dos Sequeiras na Ribeira do Açor que teve capela a Nossa Senhora dos Anjos. Na centúria de 800, um Pimentel, teve cargo na Vintena em Ansião, sediada na Cabeça do Bairro, ao Ribeiro da Vide, em Ansião.
- O Dr. Joaquim Manuel de Morais de Mesquita Pimentel, viveu na quinta de Valouro entre Espinhal e Penela, com a mulher, duas criadas e três criados e continuava a habitar nesta quinta a maior parte do ano, mesmo em 1828, quando é eleito procurador às Cortes, tem o seu domicilio no lugar da Sarzedela, freguesia de Ansião, onde seria Juiz na Vintena ?
- Quando estive em Torre de Moncorvo apreciei o Solar dos Pimentéis, « uma construção dos meados do séc. XVIII que pertenceu a D. Engrácia da Silva, casada com o Capitão-mor João Carlos d'Oliveira Pimentel, pais do General António José Claudino d'Oliveira Pimentel, aqui nascido em 1776»
Solar na vila com as colunatas de pedra onde foi encastrado o brasão como a foto documenta
- Os apelidos; Pimentel e Teixeira, presumo são de judeus sefarditas que já viviam na Galiza, e se deslocaram quando se formou o Condado Portucalense. Como outro nobre aportado à região, em Pedrogão Grande - Leitão Freire de Andrade.
Carece a genealogia de Ansião e concelhos limítrofes ao estudo do apelido Pimentel aportado por casamento ou a trabalho. Além da família representada coligi na centúria de 800, um administrador da vila e Ansião sediada na Cabeça do Bairro, ao Ribeiro da Videm julgo de Maças de D. Maria de apelido Pimentel. Temos Suplício José de Almeida Pimentel, de Montemor-o-Velho, que casou e viveu na quinta das Sarzedas, a sul de Ansião. Outros de apelido Pimentel e Sequeira viveram na Quinta da Boa Vista ao Senhor do Bonfim e, na Ribeira do Açor, na Quinta dos Sequeiras. Em 1828, foi eleito procurador às Cortes, com domicílio no lugar da Sarzedela, onde seria Juiz na Vintena, o Dr. Joaquim Manuel de Morais de Mesquita Pimentel da quinta de Valouro, entre Espinhal e Penela. |
- O brasão dos Pimentéis Teixeira Com conchas de vieira evidencia origem dos Pimentéis na Galiza.
- Descendência dos Pimentéis Teixeira de Maças de D. Maria
A sua descendência provêm dos Pimentéis do Conde de Benavente – D. Rodrigo Pimentel, irmão do Rei D. Afonso II.
Tiveram dois solares em Maças de D. Maria; na vila e para sul a Quinta da Boa Vista solar ornamentado com as respetivas pedras d'armas, cujo interior tinha painéis azulejares em azul e branco.
Foto Henrique Dias
- A família Pimentel Teixeira tiveram dois solares em Maças de D. Maria; na vila e para sul a Quinta da Boa Vista solar ornamentado com as respetivas pedras d'armas, cujo interior tinha painéis azulejares em azul e branco.
Quinta da Boa Vista também desta família em Maças de D. Maria
Foto de Leopoldina de Sousa
Referenciada no Inventário Artístico a quinta da Boa Vista com brasão acima do portão com a Pedra de Armas da Família Pimentel Teixeira em Maçãs de D. Maria.
«Meu pai, a quem coube por herança a antiga casa dos Pimentéis e Teixeiras por morte do tio José Venâncio Pimentel Teixeira. Ao tempo da morte de seu irmão, ficaram os dois menores, meu Pai e minha Tia, sob a jurisdição do curador dos órfãos Dr. Joaquim de Almofada (creio que da família Rego) ,digo eu ( não seria desta família e sim Freire Mello dos Reis ,com ascendência em Ansião) sendo voz pública, que ele mais cuidava de si que dos órfãos. Ao que diziam os antigos e que eu ainda ouvi, foi o Dr. Joaquim quem promoveu a venda de uma quinta em Sendelgas, na freguesia de S. Martinho d’Arvore, a qual seria atravessada por uma ribeira, tendo perto da residência uma fonte pública, antiga pertença dos Pimentéis e Teixeiras. A quinta seria murada na sua maior parte (havia quem dissesse que o era na sua totalidade) e teria sido vendida por dois mil cruzados, correndo que o comprador, cujo nome referiam mas do qual não me recordo, teria dito após a compra que não vendia os muros pelo preço que comprara a quinta... Nunca visitei esta quinta, nem sei o fundamento do que corria na voz pública que, nem sempre, é a voz de Deus. Diziam que no muro da quinta havia argolas e tal como em Maçãs que se fossem alcançados por criminosos, já estes não poderiam ser presos pelas justiças ordinárias, regalia concedida por D. José. Na referida quinta que tinha cavalariças e casas para cães, também se via o brasão de armas dos Pimentéis e Teixeiras.»
- O brasão de Sendelgas ainda lá está, o que desapareceu foi outro igual em Maças de D. Maria.
"Em 18 de Junho de 1898 fui para Vilar de Paraíso como Diretor Técnico da Farmácia Moura, mas como tinha um especial azar à “arte de farmácia” vim para Moçâmedes, (Angola) tendo embarcado no vapor ZAIRE, chegando aqui a 19 de Maio de 1902, trazendo no bolso a importante quantia de 3810 reis, 55 quilos de peso e... esperançosos sonhos. Afinal, protegido por meu primo Serafim Simões de Figueiredo, UM GRANDE AMIGO, tive que montar a Pharmácia Moderna que abri aos 12 de Junho de 1903, a qual por questões políticas locais fui forçado a vender em 1913. Do que se seguiu e está seguindo falarão a... história. Casei com a minha mulher, D. Berta Pinto Coelho, senhora da minha grande consideração e amizade, que me presenteou com seis filhos".
"Muitas não outras coisas corriam sobre capoliações feitas a meu Pai e a minha Tia, não as reproduzindo aqui por ignorar se são verídicas. O que ainda posso certificar é que vi umas colchas de damasco e grandes “panos” (diziam que estes panos serviam para forrar a capela nos dias festivos) do mesmo tecido, tudo um tanto velho, servindo para secar o milho na Quinta da Boa Vista. Muito se falava também numa outra colcha de damasco com o Brazão de armas bordado ao centro, colcha esta que teria sido vendida a um sr. Pena de Condeixa, pelo segundo marido da viúva de José Maria Pimentel Teixeira. Meu pai casou com D. Maria Florencia Craveiro, do lugar da Cumeada, falecida em 29 de Maio de 1903. Era filha legítima de João Rodrigues Craveiro e de Florencia Maria. Meu pai veio a falecer em 6 de Setembro de 1903. Teve uns 13 ou 14 filhos, mas só sete chegaram à maioridade."
Pertenceu à família Pimentel Teixeira de Maçãs de Dona Maria.

E ainda em continuar o agradecimento ímpar aos amigos Raul Coelho e Henrique Dias amantes fervorosos da história com estórias das Cinco Vilas e genealogia das suas gentes pela ajuda e partilha de fotos retiradas das páginas do Facebook "As Cinco Vilas de Chão de Couce" e de Maças de D. Maria, em especial desta família.
Cruzeiro
No Largo da antiga câmara
Remato a crónica com o enquadramento arquitetónico lembra a bela escadaria do solar em meia lua
Gabarito dado pelo conjunto com as escadarias na envolvente do edificado onde o antigo e o novo convivem em convivência harmoniosa que não choca o olhar.
O Mercado, onde ao domingo gosto de quando em vez ir comprar queijo fresco ou curado, castanhas, romãs, couves para plantar e o que mais me agradar ao olhar.
