terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Caminhada no Dia da Mãe na Ameixieira, Ansião

 Caminhada em Dia da Mãe, com partida na igreja da Ameixieira, Ansião. 1.05.2022

Cheguei cedo, com tempo para deslumbrar o meu olhar com o que resta de ancestralidade na que foi a quinta da Ameixieira que foi do Duque de Aveiro e de outros senhorios.

Viajei segundos a lembrar os romanos, pelas multi seculares oliveiras com porte de rainhas.

A história rica de património em pedra, retratada num alpendre, que já foi casa, o meu olhar clínico descobriu mais uma buraca em cerâmica, vidrada em verde, entulhada de pedras... Em vias de se perder, agora registada para quem como eu se interessa pelo que foi o nosso passado. Será do legado Al-Andaluz, pelo topónimo Ameixieira a púcara cravada na parede para guardar produtos frescos. Antes do 25 de Abril, quase ninguém tinha frigorífico. Os parcos alimentos, de pescado eram guardados em cama de munha, no mosqueiro. A salgadeira guardava a carne. Mas há séculos, os parcos alimentos durante o verão para não se estragarem eram colocados nestas púcaras esmaltadas metidas na parede, que preservam fresquidão. Tive conhecimento de outra numa cozinha de uma primitiva estalagem no Bairro de Santo António, em terra do pai do Zé Maria, do Martim Vaqueiro. O filho quando vinha cavar a vinha comia a bucha ali, sem saber a sua funcionalidade ainda meteu a mão para ver se lá estariam moedas... Deslumbrou-me quando me contou, só descobri a sua serventia já referida mais tarde quando entrei ali perto no palco de outra  estalagem, onde meti a mão, e  ao sentir o fresco, percebi logo para o que servia.
            
                
Como os árabes e os povoadores do norte deixaram a marca indelével na construção em pedra
Rota em tempo fresco, com o Grupo às 9 na Pastelaria de Chão de Couce, a realce por todo o lado do aroma a erva de Santa Maria, e cucas a contraste de flores amarelas, em chão semeado a cascalho e canudos de plástico para proteção da plantação de Carvalhal, debalde nem um vingou...
Muito obrigado à Associação Cem Gaz, de Ansião, com o patrocínio camarário pela presença do vice presidente, na oportunidade de poder desfrutar da maravilha da Serra pequena ou Serra da Ameixieira.
Escadas de lajes sobrepostas na parede ao fundo, arte ancestral
Caixilho minúsculo 
Tanta fechadura teve esta porta... Quantas reutilizações teve esta ombreira em quantos séculos?
Dos celtas, a tradição da  Cruz Florida em celebração do Maio,ou maias
Piais para vasos de sardinheiras
Sabugueiro florido
Penedos de forma arredondada, muito fragmentados, imitam as páginas de um livro, também se encontram a poente no Pinheiro
Oferta do farnel, com pão maravilhoso, variedade de queijos, chouriço, bolos e lesmas, não faltava o café à moda de Ansião.
Parabéns aos amigos de Ansião, pela escolha do trilho e, dos comes e bebes.
Ansião em Grande, a socializar e a desfrutar  de mais  conhecer a nossa natureza!
 Satisfeita, soube muito bem. Muito obrigado!

Já a deixar o costado da serra e das pedreiras um caminho que remete para calçada romana , ou não é no tempo o calcário assim se fragmentou, devia haver estudo
 Incrível como perdurou tanto pial para vasos de sardinheiras
 Um marco senhorial
Incrível. Amei!

Visita fugaz ao baloiço da serra de Alvaiázere

Visita a caminho de Ansião, para descobrir o baloiço e sentir a aragem a alecrim desta serra grandiosa.

É sempre passeio muito agradável e prazeiroso.


                  

 Aldeias semeadas pelas barrigas da serra

Vegetação rasteira
O baloiço a desafia Alvaiázere, abrigado a nascente
A mania de procurar pedras esculpidas pela erosão, ou pelo homem...
Calcário fragmentado pela erosão, é avassalador parece cortado à faca


Vista sobre o vale onde se implantou a vila de Alvaiázere e antes passou a via romana

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