segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Caminhada em Pedrogão Grande

Caminhada do Cabril em Pedrogão Grande, Cabril e Pedrogão Pequeno no dia 24 de julho de 2022, de 13 km, pelo trilho da que foi a antiga via romana, que ainda se mostra de boa calçada ao sobreviver mais de 2000 anos, pela pouca, quase nenhuma intervenção humana, acrescida pela pedra, em granito.

A fonte dos Namorados 
Indicia ter sido um poço de chafurdo romano, que foi fechado para preservar a água em tempo medieval.

Pedrogão Grande o jardim

Foto de grupo junto da Bandeira de Ansião
O sítio do castelo velho, hoje santuário
Descrito por Miguel Leitão Freire de Andrade, no seu livro de 1629, na obra Miscelânea da Senhora da Luz de Pedrogão Grande e das suas nascentes de águas quentes...

Ao alto do Outeiro, deliciamos o olhar no manto de água do Zêzere, e da brutal paisagem de encostas abruptas que nelas espraiam
                    
A calçada romana para a ponte Filipina de 1604
Substituiu a ponte de madeira, que era romana. 
Faltou em contexto cultural não termos ninguém para nos explicar onde estavam os vestígios dessa ponte.
                  
Altaneiros pilares da ponte nova

Escoamento de águas da ponte e a gárgula

Contrafortes de sustentação
Vistas sobre as pontes

Túnel aberto em época medieval após a ponte filipina para aceder ao moinho
Nascente com levada para o moinho
             
                          
Praia pluvial

                                                     

                               

                                                       

                                                

                    

Subida de um km em calçada, desconheço se está catalogada, em Portugal deve ser difícil encontrar uma tão grande extensão. Porém existem alguns esventramentos a merecer restauro.
Agradeço os avisos da Prof Célia Marques, para me resguardar e não falar, mantendo a respiração, para conseguir fazer a subida. Bebi 3 garrafas de água e transpirei imenso.

O sal descia das pálpebras, lavei a cara numa fonte de Pedrogão Pequeno
 Alminhas com uma tábua pintada com a representação das almas do purgatório com a inscrição

Pela Alminhas do purgatório padre-nosso e ave-maria.


A lápide de 1861

Ó,vós.outros .Qs. Oasaius.

Sem.Olhares .PªNos.

Lembaiuo S.de.Nosas.Penas

Assim. Sereis.Uos. 1861

Ó vos outros os que passais

Sem olhardes para nós 

Lembrai-vos Senhor de nossas penas

Assim sereis vós


Curiosamente, foi feita no mesmo ano da construção da estrada distrital de Vieira/Pedrogão Grande.
Parece me que houve propósito em escrever a estela em português arcaico, sugerindo ao visitante a impressão que é mais antiga. Quiçá, pela decadência da tradição implantada por judeus, na formação dos Lugares, chamados;Casal - seguido do seu nome ou apelido, na sua plena afirmação de cristãos novos.
Regresso pela famosa estrada Nº 2, a uma cota superior à ponte Nova, com o maior arco na Europa
                     
Eu, como o meu marido amámos. Fiquei mais rica ao conhecer in loco espaços que apenas conhecia superficialmente. E outros inéditos como a calçada romana do  Lago Verde, a fonte dos Namorados, a ponte filipina, o moinho das freiras. 
Agradecemos ao Município de Ansião pela oportunidade e disponibilização de autocarro extensivo à associação Eu Posso Correr.
Ansião e Avelar ,com gente que gosta de caminhar.
Muito obrigado a todos que nos dispensaram atenção.

Moinho de madeira em eira de pedra, Avecasta, em Ferreira do Zezere

Graças aos meus amigos  - Fernanda Dâmaso e o marido Gilberto patrocinaram a visita ao moinho de Avecasta, em viagem da Travessa, em Chãos,  no seu mini trator. 

Aventura jamais vivida, muito estimulante, adorável.

O moinho de Avecasta entretanto desaparecido no brutal incêndio do verão de 2022

                       

                                         

                   

Não há palavras para descrever o desânimo, a tristeza, das maldições do fogo. 
Mas, o ser humano é resiliente, o moinho será reconstruído , o que francamente se espera.
O que resta para contar a historia
No trilho antigo de Avecasta para o moinho, distingui num documentário sobre a região de Ferreira do Zêzere, uns blocos de pedra d cariz amarelado e arredondado, que me transportaram para norte, para a semelhança de outros bem maiores no complexo megalítico de Alvaiázere, na margem norte da Ribeira da Murta. Como outros que distingui na aldeia com o mesmo nome junto a uma casa, aventam locais de outras antas(?)
Baloiço, sobreviveu

A titulo de souvenir da encosta, apanhado pela Fernanda, acabou no jardim da minha casa rural

O outeiro de implementação do moinho devia ser alvo de estudo, sendo que no passado houve algum em paralelo com o estudo da gruta de Avecasta, mas, sobre aas pedras já faladas e a um suposto poço de chafurdo que um morador me falou, e não localizei.

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