sábado, 11 de maio de 2013

Ruína da casa que foi do Agustito na Mouta Redonda

Durante anos pasmei ao contemplar a beleza da ruína da casa  em xisto e barro que foi uma vida do Agustito na Mouta Redonda.
  • Sempre adorei a localização desta casa com um pequeno quintal enviesado.
Aqui  chama-se o Vale -, a casa confina com o ribeiro  que corre da Nexebra  a nascente com uma laje calcária a fazer de ponte.
A minha mãe podia te-la comprado, falou-se em 250 €. Não tinha de ser nossa!
Foi comprada por ingleses.
Possivelmente estará desabitada há  mais de 30 anos...
Conheci a casa há 50 anos numas  ferias da escola primária quando vim passar uns dias a casa da minha avó Maria da Luz -,  entrei pelo lado do ribeiro pela cozinha que dava aceso à casa de dentro com uma salita e dois quartitos, onde a Emília a filha do Agustito me mostrou uma boneca.
Voltei meio século depois e encontrei...uma ventoinha em lata , uma panela de alumínio e o escorredor  possivelmente veio de França pela mão da Emília, também...
  • Restos da cama de ferro onde se pariram filhos e morreu gente.
  • Escada de paus de madeira
  • forno
  • prateleiras em madeira dentro das paredes
  • escorredor ficou todo este  tempo pendurado...
  • portadas de madeira permanecem fechadas após a derrocada do telhado
Na frontaria há um arbusto perene de folhas verdes e amarelas que há anos levei uma ramada e já está crescido na minha casa rural que dista apenas uns 100 metros .
  • As ruínas tem o fascínio de atrair  pessoas sensíveis amantes da história e das artes, porque ao contempla-las divagamos a pensar no seu restauro, em lhe dar nova vida a pensar na decoração e nas vivências que elas nos propulsionariam .
Ao sair à porta tropecei numa pá do forno de madeira carcomida pelo forno e pelo tempo...nem pensei duas vezes no deixar ou trazer...
 
 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Nelas e Quinta da Bugueira na minha visita do 1º de maio de 2013


No dia 1 de maio fui a Nelas a convite da minha amiga Isa Saraiva que comprou recentemente uma casa antiga em granito em fase de remodelação. Imóvel de traça castiça com outros cómodos interessantes e  quintal  em socalcos  rematados a pedra onde já plantou árvores novas e fez hortinha.
  • Levei-lhe de presente uma taça de faiança igual a outra da minha coleção . Sendo ela uma mulher de muitas facetas vai ter de a restaurar no bordo -, então não é uma especialista? Afoita levei-lhe um prato meu que comprei na feira de Torres Novas com flores para fazer o mesmo trabalho, e já tenho mais dois...
Gosto imenso de ofertar peças que tenha na coleção iguais, só faço isso com pessoas que estão mesmo no meu coração. Sabe-se da dificuldade em encontrar duas peças iguais, mas vou encontrando. Atendendo à  raridade o que vou vendo mais são cálices da VA com mais de 150 anos, esses sim vou oferecendo em maior quantidade.
  • Levei também  uma tarde de nata  para adoçar a nossa dieta, era pequenina!
  • Adorei a varanda em madeira numa imitação "gaiola" a  estrutura usada nos prédios após o terramoto de 1755 em Lisboa .
  • Fonte em granito foi noutros tempos uma janela . Claro que os  azulejos  vão ser substituídos por outros século XVIII , quero fazer fé que o S. João a meu ver também vai mudar de altar...mas sou eu a dizer...por o achar demasiado colorido.
No exterior há a casa do forno  que achei muito interessante  pela imponência do granito,  na  frente do bocal em jeito de balcão uma ara granítica que me pareceu com a pressa ser escavado para recolha das cinzas , também para segurar a pá ao se tender a massa e depois de cozido onde por o pão, perdi-me a contemplar a cúpula em barro branco... ainda descobri a tampa de ferro de fechar o forno encostada numa parede...
  • O espaço vai ser transformado num pequeno Museu alusivo ao pão, onde não vai faltar a  maceira, a pá e...pão quentinho feito pela Isa...posso ir ajudar, sou neta de padeiros!
No r/c da casa de paredes graníticas lindíssimas vai nascer um antiquário onde os clientes serão recebidos numa escolinha com quadro de lousa, carteiras, mapas, caixa métrica e,...
Há perspectiva de ver nascer no espaço outras iniciativas como um estúdio fotográfico. 
Espaço é coisa que não falta, até tem um lagar!
  • Nas mãos trouxe uma tacinha em Cantão Popular para a minha coleção, igual não tinha nenhum exemplar, o meu marido trouxe um pisa papéis em porcelana da VA que serviu de fuso e esticador em fios elétricos noutros tempos. 
Da Chocadeira trouxe dois exemplares em folha de Flandres de comedoros em jeito de chapéu mexicano para fazer deles candeeiros.A parte redonda baixa é interessante para por velinhas nas noites quentes de verão no quintal de Lisboa da minha Dina.
  • Então não deixei os meus olhos na casa da Isa Saraiva ! Regressei a sonhar com a casa, o Museu, a escolinha e,..as pedras graníticas de beleza incomum tal o brilho que emanam no jardim... sem falar nas velharias que sabem é coisa que adoro!
Depois do almoço que preparou para nós -, até tinha lugar na mesa para a minha mãe que não foi -, do carinho da receção, e de conhecer a sua colega e amiga  Liliana -, uma doçura de menina da Covilhã saímos para tomar café no Bar da Quinta da Bugueira a escassos 5 km na Calda da Felgueira.
  • Neste espaço a partir deste mês ao 3º domingo vai acontecer a Feira de Felharias.
  • QUINTA DA BUGUEIRA na Calda da Felgueira no concelho de Nelas, no caminho de Seia e de Oliveira do Hospital  a dois passos de Mangualde. 
As origens da povoação remonta a inícios do século XVIII, o seu topónimo advirão das quentes temperaturas das águas “Caldas” e da vizinha terra de seu nome “Fellgueira”.
  • O espaço emblemático e idílico dizia-me que já aqui estive em tempos de antanho, tais as lembranças da Casa dos Cantoneiros a imitar um chalet com a  trepadeira -, glicinia ou cachos da Índia em lilás  florida, do muro de sustentação com um fontanário bonito forrado a azulejos que me esqueci de fotografar na curva da ponte, os plátanos, o rio Mondego com dois penedos no leito e ainda a caminho da Calda da Felgueira na encosta da outra margem uma casa de granito de janelas abertas sem telhado...num lugar de excelência .
  • Adorei o dia, a comida com que me presenteou e o passeio à romântica Quinta das Bugueiras na margem do Mondego. Nos terraços calcetados ou até no terrado vai acontecer a primeira feira de velharias organizada pela minha amiga Isa em colaboração com a filha dos proprietários de seu nome também Isabel - senhora com ares de menina, de beleza incomum a reivindicar herança persa(?) 
  • O espaço é maravilhoso, o ambiente fantástico e as pessoas do melhor.
Vejam as fotos...deliciem-se se fizerem favor vão e comprem -, não deixem de ir pois o acolhimento será de primeira atendendo à simpatia, empreendedorismo e dinâmica das  mentoras do certame a fazer jus ao seu nome Isabel -, almejo um estrondoso  sucesso!

    Foto: 1ª feira de Antiguidades e Velharias em Caldas da Felgueira - Nelas -Viseu ,dia 19 de maio

    Um alerta à autarquia:
    Sendo o local turístico, com a concorrência atroz nos dias d'hoje deveria haver mais investimento para tal será que nunca pensaram em se candidatar a apoios da comunidade europeia como outros municípios o fizeram ?
    O rio não está aproveitado e tem tantas potencialidades: pesca, canoagem, lazer e praia fluvial , na margem  na Quinta quem sabe podia nascer um Parque de campismo com recinto para festas, concertos, festivais. 
    Casa dos Cantoneiros em jeito de chalé deveria ser transformada em turismo rural (?).
    Os plátanos imponentes é uma pena  não serem podados a talão, menos lixo, alergias, claro mais romantismo, o mesmo com as árvores na margem do Mondego.
    Deviam nascer parques de estacionamento junto das termas e da Quinta das Burgueiras espaço não falta do outro lado da estrada. 
    Incentivos à população para recuperação de casario de traça antiga no coração termal.
    Investir num circuito de ciclovia, passeio pedonal, instalação de bancos, iluminação, colocação de instrumentos de ginástica gereátrica -,  desde o centro da Calda da Felgueira até à Burgueira.


Bar espectacular muito agradável a decoração criativa no interior com ramos mortos dos plátanos e, ...

Adorei ter voltado pela mão da mui amiga Isa Saraiva aqui com a Isabel do Burgueira' s Bar
Qual será o significado do nome da quinta - BURGUEIRA?







quinta-feira, 9 de maio de 2013

A saudade da quinta feira de Ascensão no meu tempo em Ansião

Dia da Espiga o feriado municipal em Ansião
 
No meu tempo de pré adolescente, na década de 60, do séc. XX, era dia propício a piquenique. No costume a Ti Virgínia André,  emprestar o burro e a carroça. Na véspera agendado o que cada um levava de farnel. Um foi especial. Sentados na carroça de mãos nos fueiros uma comandita de cachopos do Bairro de Santo António, o Toino e Mena "Trinta", eu e a minha irmã, o João Carlos, o Tonito da "São" e,...entrámos pelo Carvalhal, acampámos no pinhal do Dr. Faria. A Mena do “Trinta” levou sardinhas albardadas, eu fiz um bolo de laranja que subiu mais de um lado, o costume, mal do forno elétrico, depressa decidi cortá-lo para o nivelar, sendo resolvido o problema com a receita da minha mãe, cobertura em glacê de laranja, espalhado a preceito com o salazar, ninguém desconfiou, sobras, nem uma até o burro ficou ougado, refastelados e de tanto brincar e rir deitados na manta prostrada no prado com flores, tempo de irmos todos apanhar a espiga.  

O arroz doce
Travessa  da fábrica de Massarelos, velhinha, herança da avó Piedade de Ansião
    O momento da apanha da espiga era quase solene...
                             
    Nesse ano apanharam-se os malmequeres, papoilas e espiga na courela da tia Maria junto à estrada, a oliveira na fazenda do Sr. Zé Nogueira, mais abaixo gavinhas no quintal à beira da estrada do Ti Raul Borges e o alecrim do alecrinzeiro da tia.

    O ramo na simbologia popular representa o "pão-nosso de cada dia"
    Os malmequeres amarelos na representação do "oiro e prata"
    As papoilas na representação da " amor e vida "
    oliveira na representação do "azeite paz e luz"
    Gavinhas com cachos em alusão ao "vinho e alegria folia do povo"
    Alecrim representa a "saúde e a força" 

    Saudade desse tempo e da Ti Virgínia nem se fala - mulher bondosa sem maldade de inveja. Tanto brinquei com a minha irmã e a sobrinha dela a Elvira André do Escampado de S. Miguel no seu terraço coberto virado a sul.
    Mulher sem filhos, muito sofrida por sentir a falta deles , passava horas a conversar à beira do muro enquanto isso nós na conversa a roubar abrunhos azuis por fora e amarelinhos por dentro que tinha na fazenda de baixo...
    Muito amiga dos cachopos. Uma paz d'alma -, nesta vida difícil dizer se conheci outra assim igual que nunca vi zangada!

    A pasteleira a lembrar a que o marido o "Zé carates" usava...
    O marido da Ti Virgínia André, o Zé Lopes eternizado  Zé Carates”,  cuja mãe era irmã da minha bisavó Conceição do Bairro - primo direito do meu pai.
    Homem  de alta estatura, reservado, cortês e meigo, começou a trabalhar na Polícia de Segurança Pública em Lisboa, passou pela Brigada de Trânsito em Moimenta da Beira até que o Sr. Francisco Silva do Fundo da Rua o foi buscar para trabalhar na sua grande loja ao Fundo da Rua onde o conheci e afavelmente atendia a clientela. 
    Haveria de o ver todos os meses quando procedia à contagem da eletricidade sempre na companhia da sua velha e fiel amiga de toda uma vida -,a sua pasteleira igual à da foto.
    Melhor homem mais recatado, honesto, e educado julgo não conheci, tal qual os irmãos, empresários a viver décadas no Brasil em Santos: António e o Francisco - os três com o mesmo carinho pelas raízes e pela família, herdeiros da casa onde nasceram ao Alto a transformaram há anos num chalé moderno cheio de conforto onde anualmente passam umas férias. A sua simpatia irradia todos que com eles convivem..."então como vai a prima"...naquele sotaque brasuca...
    a semana passada ia eu a passar junto da casa do "Zé Carates" cruzei no passeio com um homem que está no Lar que me pergunta " olhe lá o homem desta casa ainda é vivo ?" disse-lhe...infelizmente já faleceu há 2 anos... 

    Hoje a crónica é mais curta vou ter de ir apanhar a espiga...


terça-feira, 7 de maio de 2013

Teresa Fernandes a candidata pelo partido socialista nas eleições em Ansião

Formulo votos de Vitória nestas eleições  à candidata do Partido Socialista de Ansião com a deixa jao seu jaez, aludindo ao seu porte imponente -, há grande Teresa Fernandes! 
Longe vai o tempo que os seus pais aportaram em Ansião. O pai militar da GNR -, Cabo Fernandes e a esposa D. Maria vindos do Vimeiro em 1966 , tiveram três filhos: Teresa, Fátima e Joaquim, viviam numa casinha antiga com um pequeno quintal no tardoz do Posto da GNR instalado num antigo solar de belos tetos em estuque trabalhados que tantas vezes regalei neles o meu olhar -, fosse da rua ou da escola primária. Mais tarde quando fizeram o Correio novo os via brincar no jardim lá no alto , por baixo havia o Grémio.A Teresa sendo mais nova estudou com a minha irmã .Mulher de fibra e de trabalho retomou os estudos depois de casada, com as filhas já crescidas, para se licenciar em Coimbra.Abençoada de carater integro no dizer e no fazer, de bom coração nas amizades e bondade na ajuda aos outros, denota perfil ideal para desempenhar o alto cargo para o qual foi distinguida. Em boa hora o aceitou -, sendo independente, denota ser mulher de luta e de coragem, na verdade nunca virou costas a nada nem a ninguém.
Não pude comparecer à sua apresentação, soube pela minha irmã que a sala estava cheia o que me deixou francamente satisfeita.
ANSIÃO precisa de mudar e muito a sua História do FAZER TUDO PELA METADE -, ou então fazer para desfazer -, porque fazer de raiz bem feito, o tempo tem nmostrado só dificuldade!
  • Gastou-se dinheiro com semáforos ao Ribeiro da Vide na vez da aposta premente na altura já se avizinhar ser uma rotunda, o que vieram a fazer à posterior... 
  • Julgo que foi má aposta e cara (?) fazerem a ponte pedonal em ferro junto da Ponte da Cal, retirando identidade à memória do  seu tempo medieval -, hoje julgo sem serventia de maior com as outras que fizeram em madeira, porque não a retiram e vendem? 
  • Porque razão não colocaram o coreto em tempos feito para um carro alegórico, que bem me lembro da autarquia ter afirmado que o iria repor no local de antanho, precisamente aqui na ribeira acima da capelinha do S. Pedro, pelos vistos acabou esquecido a apodrecer no estaleiro camarário (?)... 
  • Fizeram sanitários na Mata, parceria pela parcela de terreno publico dos antigos sanitários, no tardoz da Misericórdia, pela execução da obra do empreiteiro Zé Carlos Murtinho (?) -, debalde veio a demonstrar que o local não foi o mais apropriado , foram vandalizadas acabando por ser  novos sanitários construídos no centro histórico da vila -, e agora desta feita com dinheiros públicos...mais uma obra feita pela metade! 
  • O troço de calçada romana catalogado a custo, por gentes que gostam do nosso património no Vale Boi, mas que em abono da verdade a Câmara de Ansião nunca limpou, nem preservou, tão pouco identificou com placa alusiva , antes abandonou este valioso património "ao Deus dará, à mercê de outros que a desprestigiaram e atulharam". Inacreditável a falta de visão, ou estarei a ver mal(?). 
  • Acabei de saber de fonte segura que a calçada romana foi recentemente "sepultada" pela orientação da Junta de Freguesia de Santiago da Guarda...A falta de conhecimento e de cultura, deveria ser a antítese  para candidatos a cargos políticos, mais parecem jardins com vida e morte.
Uma vergonha no concelho de Ansião...
Chegou a hora de MUDANÇA .
Cansada de ver gente no comando de vistas curtas e pouca valência sobre o rico património que temos, desta forma em pleno século XXI continua aos nossos olhos a desaparecer !
Sinto ainda ser possível acudir a espaços emblemáticos que no passado foram importantes para as gentes de Ansião -, apesar de uma maioria os desconhecerem, devolvendo-lhe a dignidade do passado, que o presente, teima em esquecer ou morrer para sempre; como o Fontanário da Bica com lavadouro em pedra num tamanho de uns 30 metros(?) não tiveram pejo de o deixar ficar soterrado no nó do IC 8 em Ansião, apenas visível a sua nascente que continua a jorrar água, e nesta obra de requalificação do Nabão bem poderia ter sido aproveitada com a glória de antanho sendo o fontanário feito em pedra. 

Vale Mosteiro... no outrora vale junto ao muro de sustentação do suposto mosteiro convive neste agora com estufas de caracóis, perde-se para sempre o conhecimento de inertes que acredito possam existir e bem poderiam ajudar a esclarecer o lugar e as histórias que dele sempre se ouviram falar -, parece ninguém teimar em querer nele acreditar e teimar explorar (?). 
Quem tem o poder, caso não saiba a história, as tradições, porque não nasceu em Ansião e, só o conhece pelos anos que aqui reside, humildade teria em fazer plenários, indagar -, e não encolher ombros numa inércia acabando por fazer obra sem respeitar memórias, seja por desconhecimento, ou pior pela má informação de terceiros. 
Fundamental o conhecimento do passado para se poder preservar e valorizar as pedras dos nossos antepassados. 
Neste pressuposto espero que desta feita nas próximas eleições haja finalmente MUDANÇA POLÍTICA para a história de Ansião o ser de fato uma nova aposta para júbilo da vila e das suas gentes que tão bem o merecem ,acabando de vez a prática de fazer, desfazer e voltar a fazer remediado, só para mostrar obra! 

Difícil continuar a odisseia de desilusões...o que eu teria gostado na remodelação do Jardim do Ribeiro da Vide? Da associação, sem ser selva, nem ruínas, ou excessos de modernidade, sei que me deleitaria nas novidades da jardinagem francesa do século XVIII, que começou por introduzir em pontos chaves dos parques falsas ruínas, convidando assim as pessoas que neles se passeiam a pararem por um momento, refletirem sobre as vãs vaidades do mundo, e a efemeridade das construções humanas. 

Estes pequenos monumentos conhecidos pelo termo francês Fabrique de jardin, serviam para assinalar pontos chaves do jardim, sítios onde existia uma vista bonita, uma cascata pitoresca ou árvores exóticas, além de ruínas que poderiam ser também simples colunas, templetes ou estátuas. O jardim deveria recriar a natureza, criando a ilusão, que pequenas elevações eram montanhas, que charcos de rega eram lagos e que os simples trilhos eram caminhos numa floresta encantada... 
Os jardins deveriam induzir sentimentos e diversos estados de espírito aos seus caminhantes, jardins extremamente sentimentais, que não devem deixar indiferentes os seus visitantes -, junto a uma ombreira de granito ou de uma janela manuelina experimentar-se ia um sentimento de orgulho nacionalista, perto de fragmentos de uma coluna romana, pensar-se-ia em civilizações perdidas, e junto de outra ruína recordaríamos as paixões perdidas de uma juventude que já nos abandonou à muito. 
Todo este arrozado para dizer que desde sempre se desprezaram as pedras e as ruínas nesta terra de Ansião -, muitas vendidas, outras desprezadas -, que lindas ficariam aqui neste lindo espaço aberto -, nem que fosse apenas uma -, nesta SALA DE VISITAS DE ANSIÃO!
Finalmente podaram a talão os plátanos do Jardim do Ribeiro da Vide . Lamento constatar que o trabalho ficou pela metade e não aprovei! 
Porque razão não podaram nas laterais as outras árvores que crescem direitas a caminho do céu -, só os vendavais as tem partido pelo meio...já por três vezes aconteceu! 
Porque razão não podam as árvores do adro da Capela do Santo António e cortam a relva...só a cortam a pedido para altura da festa? Que eu saiba não há Confraria, o Santo agradece e os visitantes também. Afinal a quem pertence a Capela e o adro ? Será património da Igreja...sinto haver conflitos de interesses e não deviam haver, trata-se de lugar público, de oração e lazer, em local de excelência, por isso mesmo deveria haver investimento no espaço enriquecendo-o, se para isso houvesse vontade bastante -, a meu ver deveriam derrubar o que foi feito arbitrariamente sem nexo, que descontextualiza o espaço sem serventia no tardoz da Capela -, pior as chapas do telhado com o tempo ganharam folgas em dias de ventania é impossível viver de paredes meias com a lataria a dobrar...gostaria de ver o adro revitalizado tal como fizeram no exterior da Casa do Conde Melhor em Santiago da Guarda, fazendo aqui nascer um parque de estacionamento marcado com uma saída para a estrada de Alvaiázere, iluminado e  com o plantio de uma mimosa, no extremo do muro antigo como aqui existiu uma até morrer, espécie que não se multiplicava como estas que se vem por cá, tinha um tronco vermelho lenhoso, quando se cobria de amarelo era imagem de encantar. Nunca deixaria de ter utilidade nas festas se para isso houver vontade bastante. Seria sempre uma mais valia de engrandecimento urbanístico nesta sala de visitas da vila de Ansião  a sul, com a sua imponente escadaria de pedra valorizada com os jardins das laterais arranjados e a fonte limpa. 
Os antigos eram mais sábios-, no caso quando fizeram este muro de sustentação deixaram esta fiada de pedra para delimitar a serventia do adro. Não há dúvidas. A mimosa deveria ser plantada no local de antanho logo acima dele.

Atribuição de nomes a ruas…cúmulo maior as que não respeitam a história e as estórias dos locais…numa lateral da Biblioteca atribuíram nome de Rua da Fonte -,ora deveria ser acrescentada Carvalho porque era a Fonte Carvalho na quinta forrada a azulejo que foi do Sr. Carvalho e o povo ali ia buscar água para não se fazer confusão com a fonte seca na rua principal. Ninguém se lembrou de atribuir o nome (Sousa) das proprietárias do solar que habitaram o Solar onde em parte funciona a sede do Clube dos Caçadores que ao tempo terminava precisamente nesse local que foi vendido para se construir a Praça do Peixe e fazer as duas travessas que ainda existem.
  • No Bairro da Câmara deram o nome de Travessa do Bairro -, facilmente se confunde com o Bairro de Santo António (deveria ser Bairro da Câmara ou darem-lhe um novo nome por exemplo Bairro Branco). 
  • Na Quelha da Atafona atribuíram o nome de Rua do Ribeiro da Vide devido à extensão deveria ter dois nomes como sempre o foi no passado: Rua da Atafona e Rua do Pinhal Terreiro ( parece lhe deram de nome, rua da Mina, quando esta é na Garriaza).
  • Na antiga Estrada Real deram-lhe o nome de Rua do Hospital -, quando este apenas e somente tinha entrada pela Rua a que chamaram de Santo António, quanto ao Largo ficou do Bairro, então não se deveria chamar Largo das Estalagens? Já a rua em sentido descendente ao Ribeiro da Vide incrivelmente não mereceu mérito para placa toponímica. Houve a boa vontade de alguns moradores em pedir à Junta para lhe atribuir o nome de Rua da Estalagem para não deixar morrer a história daquele local ( a última que funcionou era da tia Maria da Torre) no entanto parece ter havido esquecimento em desterrar a lápide... Coloquei um azulejo alusivo ao nome da propriedade inscrito na escritura do quintal da casa da minha mãe no Bairro de Santo António - Quintais do Bairro que foram de Francisco Rodrigues Valente , o meu bisavô. 
Ironicamente alguém democrata sem cultura bastante mas muito influente no meio político, desvirtuou tal façanha da colocação do painel ...e não devia, porque quando não se sabe o nome, se fossem indagar na Conservatória, seria mais assertivo do que inventar, como mencionado anteriormente, no meu julgar! 
  • A Rua do Cimo da Rua terminava no “castelinho” agora vai até aos Empiados (?)
  • Onde está a placa da Garriasa? 
  • E do Carrascoso? 
  • Continuação de erros na toponímia não deveriam persistir!
O esculpir a pedra ...a arte continua viva na Constantina, ainda me lembro também no Pinhal.
Sinto que Ansião demora em acolher uma escola profissional desprezando esta riqueza que se acabará por perder...gostaria de ver em tempo útil alguém lhe acudir, para isso é preciso querer, ainda há mestres, há que aproveitar os seus ensinamentos. 
Seria bonito ver renascer essa arte milenar na nossa terra! 
Quem não adoraria ver preservada e admirada a arte de cantaria feita pelos Canteiros que da nossa terra foram outrora para a Batalha ajudar na construção do Mosteiro -, daqui saíram homens sábios na arte de esculpir a escopro e martelo. Séculos depois revivida pelos calceteiros nos anos trinta pelo mestre Manuel Murtinho, secundado pelos filhos: Manuel, Emídio, Albertino, e Zé Carlos, também do Abílio Moreira e filho Toino, do José Antunes conhecido pelo “Bandeira” apelido da mulher Maria, diplomado na arte como encarregado de calçadas, sempre na companhia dos ajudantes Fernando “Matateu” e António Valente “Mocho” e do filho Adriano, hoje mestre, além de outros... 
A calçada portuguesa feita por estes homens e seus continuadores é de primeira qualidade -, as mais bonitas e perfeitas calçadas como se fossem rendas no chão por todo o país. 
Onde está a estatuária do concelho? Faltas? Muitas, de gente ilustre! 
Ao Pascoal José de Melo, afinal um ilustre nascido na terra. 
Ao donatário Dr. Adriano Rego da Mata Municipal e do campo para se jogar à bola pelo cunhado Dr. Faria (?) . Gesto nobre de hombridade para com os Ansianenses - acaso não doassem seria uma mais valia de rendimento para as famílias. Ainda a tempo das netas desterrarem a lápide, porque gente desta índole não há outra igual no concelho de Ansião! 
Ao Dr. Vítor Faveiro pelo progresso da nossa terra na década de sessenta. 
Ainda tempo de homenagear em vida o Dr. Travassos pela sua dedicação ao povo desta terra e vizinhas. Bem sei que já tem uma rua com o seu nome em frente ao Centro de Saúde, mas não chega ao poder de uma estátua! 
Ao duro e árduo trabalho do calceteiro que nesta terra tantos artificies bons teve e continua na arte de renome nacional. 
Há sempre lugar para mais uma, assim tenham vontade em as encomendar, sítios para se desterrarem até existem. 
Vejo em muitas terras lápides com os nomes dos filhos que pareceram na 1ª guerra. Na nossa terra sei que também os houve, onde estão a menção dos seus nomes? 
O que eu gostaria de ver na requalificação do Nabão pontes em pedra como dita a tradição neste rio... não me venham dizer que ficava mais caro...quando se faz bem feito é para toda uma vida! 
Elogio a frontalidade seja ela boa ou menos agradável em detrimento da hipocrisia que se vive desde sempre, continua na atualidade, e disso francamente não aprecio! 
Grande prazer em escrever as memórias…dizer que aqui nesta terra chamada Ansião -, aconteceu o primeiro Comício Republicano no princípio de 1911, entre os discursantes esteve o pai do Dr. Mário Soares -, ao tempo o Padre João Lopes Soares das Cortes de Leiria. 
Falo do Pelouro da Cultura onde me dirigi em tempos para apresentar um livro "Lusco Fusco" Memórias de 25 anos por Ansião e terras limítrofes na companhia da minha mãe quando se deslocava a trabalho nos Correios. Após alguma espera foi-me dito que devido a contingências financeiras não o poderiam editar...nunca pedi nada a ninguém, nunca fui "lambe botas" muito menos "engraxadora". Mulher de cariz simples, direta, preferia que me tivessem dito "não estamos interessados"...na verdade após o que me disseram já editaram quatro livros -, essa a grande verdade! 
No meu julgar sinto que às vezes a frivolidade, pode ser uma forma de afirmar que ainda cá estou, e por isso não me tento a deixar derrotar!
Apesar das críticas e das correcções que me foram fazendo ao longo da vida, nunca me consegui convencer de que um texto para ser sério e cientificamente correcto tem que ser chato e quase incompreensível. 
Não creio que tenha propriamente talento literário como alguns mestres que fazem da palavra uma arte. Sendo aspirante na escrita, revejo-me nela pelo prazer que me dá em relatar memórias, o que vejo, e o que interajo com pessoas que começam por ser anónimas, muitas depois amigas na partilha de conversas.
Imensurável delírio reler as crónicas, admirada com tanta informação que consigo abarcar...
Saciada a minha sede na escrita sinto agrilhoar de gozo seja no papel de zeladora; no meu direito de cidadania, das minhas lembranças de antanho; do que vejo e não aprovo no dia a dia, sempre de crítica acutilante e com soluções, ou qualquer assunto que irradie na minha cabeça, e teime sair - , só descanso com o seu registo neste BLOG na esperança que venha a ser o melhor investimento cultural que posso legar aos meus netos que anseio nasçam. Pelos vistos as minhas histórias não tem história... apesar de saber que há livros editados em Ansião ao longo de anos que poucos ou quase ninguém lê -, centenas deles guardados no auditório e,...só não vê aquele que não quer ver. Quis acreditar ingenuamente que o meu por seu autentico ia ser editado, debalde enganei-me! 
Teimosa e criativa teimo transmitir as minhas ideias fazendo fé em amigos que me dizem que pela desenvoltura como escrevo, tenho certamente bons hábitos de leitura, e não só da leitura das revistas cor de rosa nos cabeleireiros...olhem que não, apenas li o romance de Pedro e Inês em letras gordas, leio de trás para a frente, e à pressa ...acrescento vícios profissionais ao tempo na emissão de pareceres de crédito tipo mensagens, ainda uma escolaridade deficiente...sinto no entanto alguma evolução!
Excertos de amigos ... 
"Você tem, de facto muito jeito, para descrever; seja sobre o que for, a sua descrição é muito rica, porque lhe junta sempre os sentimentos e isso dá vida ao que descreve. Fale de flores, de pedras, de património, de culinária, de paisagens ou de pessoas..." 
“a Isabel está sempre mais à vontade naquilo que não é palpável ou concreto, nos assuntos em que pode dar largas para o seu espírito correr em todas as direções tal qual, ao entrar numa igreja barroca, deslumbrada, perde-se, parte em todas as direções e volta, para se encontrar novamente no fim”… 
" estive perto de uma crise de auto confiança, os seus comentários meio loucos, onde fazia da noite uma alvorada e se perdia para se encontrar, como no poema da Florbela Espanca, foram sempre surpreendentes e um grande encorajamento”… 
Nestas eleições faço votos de mudança para a frontalidade e disponibilidade em ouvir o povo como merece, numa atitude de o vir a servir melhor no concelho de Ansião. 
Respeito pela nossa identidade com tanta história do passado onde Reis e Rainhas pernoitaram. 
  • Valorização do Vale Mosteiro com estudo profundo do passado que aqui existiu , lamentavelmente se degradou com construções novas do seu contexto patrimonial com história. 
  • Homenagem a todas as pessoas que no passado foram amigas de Ansião. 
  • Confraria amigos de Ancião alusiva aos nossos usos e costumes, revitalizando-os como merecem. 
  • Museu para recolha do que ainda existe...os antiquários desde sempre conhecem Ansião, daqui levaram muitos recheios e peças valiosas a troco de trocados... 
  • Valorizar o povo para que volte a ser bairrista, compareça nos eventos festivos com alegria como antigamente vinham as gentes de Albarrol em caminhada estrada fora , homens de canas nas mãos engalanadas de fitas a tocar à desgarrada com as mulheres a cantar. Acredito viriam por certo de outros Lugares também! 
  • Feira de Velharias, aconteceu umas 3 vezes -, acabou ao que dizem por falta de organização e perfil do cobrador. O custo do terrado deveria ser simbólico com limites estabelecidos para a sua ocupação. Nem oito nem oitenta , o que não se compreende é que no caso cada um se "abotoa com o espaço que quer" e isso não é democracia. 
  • Para quando uma unidade hoteleira ? 
  • Interessante pensarem na continuidade da requalificação da margem direita do Nabão até ao Marquinho -, empreendimento menos oneroso por os terrenos estarem fora de portas da vila, quase todos abandonados onde o Nabão é de fato mais bonito ainda com caneiros que abasteciam moinhos ou azenhas, revitalizar as pontes de pedra onde poderia nascer um Parque de Campismo, campos de jogos, continuação da ciclovia, canoagem no inverno, viveiros de trutas e outros, estufas baixas para agriões, alfaces, morangos e nos socalcos na outra margem incentivar a população no plantio de mirtilo, groselha , amora e framboesa . E que dizer de aproveitar o torreão de pedra da Gruta do Calaias-, com tanto potencial para escaladas! 
Depois do Marquinho o Nabão continua deslumbrante cheio de água ou florido de agriões para admirar seja em passeios pedonais com cheiros silvestres de alecrim, esteva, ou rosmaninho, também de carro com saída no entroncamento para o Rebolo ou Pessegueiro. 
O que eu gostaria de ver Ansião crescer para um dia se tornar Cidade! 
Força Socialistas, Independentes e demais indecisos... em tempos escrevi -, nada na vida pode substituir a persistência nem o talento, porque o mundo está cheio de Homens com talentos fracassados, e muitos diplomados medíocres. Só a persistência e a determinação são omnipotentes!

Prefaciando o pensamento ..." a cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no Amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade"

Sinto orgulho sendo também mulher - , no querer exaltar o meu grito de revolta em tudo o que não aprovo -, acreditando na mudança com a Teresa Fernandes, por a considerar uma mulher de alta estirpe e valor credetício para desempenho do cargo, sabendo de antemão, que o desempenhará cabalmente com sucesso e excelência! 

Em jeito de despedida de mãos quentes, longa vai a crónica... enxergo esperança na VITÓRIA SOCIALISTA nestas eleições , tenho pena de não votar em Ansião ainda, quiçá na próxima! 
De sorriso nos lábios despeço-me à laia da Ti Rosa de Albarrol... 
”Que Deus vos dê a todos Bons Dias!”…reformulo... 

" que Deus dê a graça do pensamento livre ao povo para discernir de cabeça fria e jamais de cabeça feita! 

Boa Campanha! 

Prefaciando o pensamento...
"Ensina-me a vencer, se puderes; se não puderes, ensina-me a perder bem!"

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Feira Sem Regras em Coimbra pela segunda vez

Rumei a Coimbra em véspera do meu aniversário. Madruguei com a minha mãe. Manhãzinha quando cheguei ao corte para Banhos Secos onde se avista a cidade  grandiosa como se fosse sempre pela primeira assim admirada e regalada.
Deparei  num grupo de estudantes vestidos a rigor julgo a caminho de casa ...Imagino o cansaço sempre a subir desde  Santa Clara. Acredito que a noite dos festejos da Queima das Fitas tenha sido em grande...
Ao chegar  ao adro haveria de ver no relvado  outros fardados de batina a dormir...
Ainda  lixo que não aprovei, e despejo estomacal por excesso de bebida!
O que me impressiona é ainda haver pais a investir em fardas caras, a dar mesada aos filhos para depois a gastarem em bebidas, sabe-se-lá em mais o quê-, deplorável é ver estudantes homens e mulheres completamente embriagados quase semi nus, a exalar urina...
Se eu visse assim um filho meu caia redonda no chão! Porque há que ensiná-los a comportarem-se  em público, em saber estabelecer limites, sobretudo em  dizer não -, mesmo se forem gozados, não se intimidarem, não há nada mais salutar que ter personalidade  em só fazer o que se quer e não o que os outros querem, jamais se tornar palhaço.Ensinei os malefícios dos excessos do álcool, do ingerir várias misturas  -, à minha filha com 12 anos com o repto de experimentar beber vinho branco, que não apreciou, teimei aos fins de semana para se habituar, hoje é uma nata apreciadora de vinho tinto de alta qualidade, tal faceta no intuito maior de nunca me chegar embriagada a casa, sobretudo nunca perder o controle.Ganhei a aposta!
Sabendo que não há empregos neste País , todos os meses saem milhares para a emigração, os pais DEVERIAM  conversar com os filhos, e juntos ponderarem o seu futuro, em detrimento do deixa andar acabando por ter licenciados em casa há espera do nunca!
  • Ao tempo a minha filha  proibiu-me de  comprar a farda porque a habituei a ser poupada e a saber o significado e valor  do dinheiro. Serviu-se de saia  em preto e sapatos que tinha, vestiu uma blusa branca  minha -, comprei apenas a capa com as fitas. Nas fotos partilhou a capa de um amigo!
Estudante a dormir o sono dos deuses!


O adro do Convento de Santa Clara mais uma vez repleto de gente.
Uma autentica feira da ladra!
 
A cidade encheu-se de gente da parte da tarde para as corridas. Havia regatas no Mondego. Ensaiavam-se acordes musicais. Altos sons. Magotes de gente de ti-shirt , transito condicionado, um quebra cabeças para sair da cidade, valeu a boa vontade do militar da GNR que foi compreensivo.Sai pirada da cabeça , nunca antes vira tanta gente na minha cidade!


Muito calor, quase desidratei, gosto das feiras por mudar sempre de chapéu.Vali-me dos óculos antigos por ter perdido na véspera os habituais das feiras...adorei voltar aos anos 80 ao vestir a camisola com rostos de mulheres pintadas a preto e lábios vermelhos!
Revi muitos colegas com boas bancas que vi regatear com os feirantes de ocasião... só compram muito barato.  Há quem venda prata sem o saber , e VA por uma "tuta e meia"...o Miguel dizia-me "tem lá um bom prato mas pede muito dinheiro" falava de um "ratinho"...
Vi muito desanimo na maioria  deles que mal deu para o gasóleo...vendi pouco, deu para a despesa...
Vi de novo compradores assíduos da última feira... 
O casal homossexual desta vez não os vi comprarem nada, na feira andaram quase duas horas... um deles envergava uma blusa em linho do Magrebe, o outro colete vermelho.
  • Casal ex imigrante pelo sotaque com dois filhos a reboque das saias da mãe de cabelos desgrenhados ao vento, atrás dela a tratavam por mamãe... meninos a despontar para a adolescencia , vestidos à homenzinho, mais me pareceram amaricados por culpa dela que os usa para carrego do lixo, sem direito a opinião, isso francamente não gostei...nas duas feiras que os vi sempre na mesma postura a comprar lixo a pouco mais de um euro...quando me perguntou o preço de um peso de kg em latão ( 5 €) retorceu logo o nariz , nisto instiga-me o filho quase a gaguejar na dúvida o que seria um peso(?) se "por dentro tinha gesso?" ora no meu tempo o gesso na tabela dos minerais era o segundo a seguir ao talco...
Apreciei um galheteiro atribuído a Coimbra com uma pintura exuberante em azul forte e roxo em esponjado na banca do Miguel..."então hoje o que me compra?"...respondi "comprei na última vez os pratinhos ..." fiz mal em os ter vendido, diz-me...nem lhe dei resposta!
São de fato muito lindos!
 

Comprei o mês passado na banca do Sr Serra este penico. No sábado vi outro igual ainda mais maneirinho na banca do Jorge.

Tenho no momento três pratos na mesa da sala para serem pendurados. Estou a conter-me para não me saltar a voz...só de ouvir o meu marido  "não penduro mais nada de caminho penduras pratos no teto"...
Nestas alturas gostaria de ser livre para fazer na minha casa o que me apetecesse sem ouvir epitáfios de ninguém!
Isto vai dar raia, ou se vai! 
Porque se não me faz a vontade a coisa vai rachar! 
Comedi-me ao ver na banca do Sr Zé de Pombal a réplica da pistola que foi minha, na feira anterior lhe pedi 15€ -, da parte da tarde mal me viu de costas voltou à minha banca e confundiu a minha mãe com o letreiro que estava ao lado dizia "peças de ferro a 5€, argolas, turquês e puxadores"...
Mal voltei dei-me conta do que aconteceu, a minha mãe ficou aborrecida em se deixar ludibriar pelo velho matreiro. Desta feita sendo eu  uma senhora  e afoita quis passar na sua banca peguei na pistola e disse-lhe na frente da mulher "mal me viu de costas no mês passado deu volta à minha mãe , então não lhe tinha de manhã dito que pedia por ela 15€?"...
Gaguejou, desculpando-se esta é igual comprei-a a um colega na Figueira...
Pois pois...
Teve lata para enganar a minha mãe, mas olhe que eu tenho outra fibra, a partir d'hoje vou fazer de conta que não o conheço!

Seguidores

Arquivo do blog