quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Dreux vila inserida na "campanha" nos arrabaldes de Paris

França a vila de Dreux  inserida na campanha ( o nosso campo) na periferia a +- 60 km de Paris, ( com uma linda catedral) perto de Chartres e de Versailles . 
Dreux-, foi terra de Reis e Rainhas. Aqui passavam férias e caçavam antes da decisão de alterar o pavilhão de caça de Versailles e nele mandar ereguir um palácio, que no tempo viria a ser alterado por 10 vezes...Nesta vila  houve reis que tiveram o gosto de  aqui ficar sepultados na Chapelle Royal, inserida no perímetro de muralha castelar que fica em lugar altaneiro.
A minha prima Lurdes numa rua  de Dreux onde gosta de fazer compras
Cúpula da Chapelle Royal
Muralha castelar quase escondida com o casario que se construiu na colina

Agência imobiliária onde compraram a sua casa de paredes meias com a muralha
Vistas da vila da Chapelle Royal que tinha acabado de fechar...e por isso não a visitei!

Na realidade a vila que foi de Catarina de Médicis é muito graciosa, onde não falta nada, só o hospital é do tamanho dos grandes em Portugal. 
Lápide da doação do telhado  do edifício pela donatária da vila Catarina de Médicis
Por aqui os terrenos são na maioria planura, o rio corre em meandros com lagos-, num deles no seu redor os pescadores fizeram pequenas casas em madeira suspensas por estacas na água -, logo me pareceu as dos vieiros em Alhandra, mais há frente o lago é muito maior com veleiros onde se passa um dia excepcional  também os ciganos, aqui encontram abrigo nas suas grandes roulotes novas e assim passam dias de lazer.
  • Reparei em duas moagens de trigo, das searas em redor, por lá chamam-lhe moinhos.
No imediato lembrei-me da moagem do Pires, que havia em Ansião, e foi deitada abaixo  para construir uma casa  do seu filho Germano de arquitetura semelhante à minha.
Adorei constatar o vasto património bem equilibrado e com  manutenção.A antiga prisão, edifício tipo colunata alta, é enigmático de fachada trabalhada e um dos lados austero!
 
Antiga prisão. Edifício com vista de várias perspectivas
A igreja em estilo gótico dedicada a Saint Pierre foi idealizada catedral-,inacabada uma torre na frontaria-, ditaria o futuro de apenas ser catalogada de igreja . 
O Santo padroeiro Saint Pierre

Pia que se encontra na fachada entre as duas portas
Reparei numa imagem do nosso Santo António de Lisboa . 
No pedestal exibe o nome de St Antoine de Padone...disso não gostei! 
Muitos vitrais foram destruídos com a 2ª guerra mundial e substituídos por vidro martelado revestido a metal dourado em pequenos triângulos agrupados a dois ...
Uma das pias de água benta
A escultura acima do portal encontra-se mui danificada-, não sei se da guerra ou da erosão...
Muito interessante nesta bonita e pacata vila com património arquitectónico, casario emblemático julgo da Normandia(?), rio com pequenas e airosas pontes, muitas flores, comboio, mercado e,...
O mercado
O portal em tijoleira reportou-me para os pórticos da antiga Roma
As janelas no cimo fazem lembrar os palacetes em Paris e Versalhes. As cortinas lembram Portugal
 
Nesta vila mora um dos  primos do meu marido -, Rui Veríssimo e a sua linda família -, Lurdes a esposa, e 4 filhos-, Inês, Vitor, Gabriel e Valentim. 
  • Grande vivenda com lindo jardim na frente e relvado atrás onde lanchámos os doces que fiz na casa dos tios em Élancout -, arroz doce , Pão de Ló de Coimbra e tarte de amêndoa, a Lurdes tinha um doce de colher muito bom de bolacha e natas de sabor a café e bolo de chocolate. 
Fiquei estupefacta com a tia Emília deitada na rede com a perna no ar...
Ao entardecer o jantar também se saboreou aqui . Não faltou o leitão, frango, entremeada, batatas cocotte, arroz pilaf, salada, bom vinho de Bordéus e rosé. 
Os primos amorosos -, Rui e Lurdes
No dizer do meu tio Zé Serra -, o Rui tem ar de "gendarme", não seja por não o ser, constatei o facto dos seus filhos serem muito educados, doces, de muito afeto-, carater que caiu em desuso na maioria das famílias, e não devia. Nada na vida vale a pena se não se sentirem os afetos. Cada abraço foi sentido e moroso . O Rui e a Lurdes são alegres, de muito bom humor. Os filhos são uns amores, e muito lindos.
  • Em maré de debanda do nosso  passeio o Rui chamou-me para ver os "algerozes" da igreja ...
Fiquei perplexa com o inusitado-,sendo em pedra no feitio de animais com os genitais em bom tamanho, sem meias medidas, nem exclusões ,numa igreja tão antiga -, facto que me deixou a pensar!

Na 2ª guerra a vila foi maltratada, colunas destruídas na frontaria da igreja como uma das fotos documenta.

 
Não me importava mesmo nada de aqui morar. O clima é ameno e fresco. 
Senti que a  vila é a minha cara... quando era mais nova, claro! 
Adorei a pacatez, doçura, ambiente, calmaria e,...
Achei uma delícia para aqui se amar!
Acredito para muito mais , apesar do pouco tempo.
Acredito vou voltar...
Amazing Dreux!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Osso da Baleia, piquenique em Antões, café no Louriçal e passeio a terras de Façalamir em Santana!

No domingo o tempo acordou escuro para os lados do mar -, a minha irmã não tinha muita vontade para cumprir o roteiro traçado de véspera -, ida à praia, mas consegui demovê-la ao telefone!
Ao chegar ao Osso da Baleia tanto eu como ela saboreámos o cheiro das plantas das dunas que nos reportaram no imediato para a aragem sentida nas filas indianas aquando na década de 60 frequentamos a Colónia Balnear Bissaya Barreto na Gala-Figueira da Foz.


A minha mãe e irmã a descer a escada para a praia-, fomos as primeiras

As duas deitadas a descansar com cheiros a mar...
 

Animou a praia a aula de ginástica.
Fiz sozinha, caminhada e corrida, ainda fui um quarto de hora à aula, mas as pernas não aguentaram mais -, a minha irmã até me disse " aguentaste-te bem".
Apreciei esculturas na areia das gaivotas, casulos e outros animais que fazem buraquinhos para respirar em maré vazia . 
Uma das minhas pegadas...difícil andar na areia, só mesmo na beira do mar onde é firme e não cansa
Única companheira de lazer na praia...ao meio da manhã já tinha emborcado 2 minis...
Equipamento para deficientes
Agendado piquenique às pressas. De casa levámos o arroz de cenoura, vinho, pão, queijo, pratos, talheres, copos, toalha e a manta. Na volta da praia comprámos um belíssimo frango assado, divinal , batata  frita, na rotunda no estaminé da fruta a minha irmã a comprou boa e variada : abrunhos gordos amarelos, maças, melão, pêssegos de roer e dos vermelhos. Numa estrada secundária a seguir a Antões onde havia festa e se assavam frangos vimos um feijoal de se lhe tirar o chapéu, alto, puxado com postes e arames, rico feijão verde até deu vontade de surripiar! 
Pior foi o pessegueiro carregadinho de belos pêssegos que este ano foi uma rasia, e ali repleto-, deixei neles o meu olhar até conseguia fazer uma pintura com tão bela imagem deles todos juntinhos...mais à frente um arbusto de flores azuis em jeito de árvore de copa redonda, irradiava beleza tamanha, naquilo vimos um parque de merendas num sítio de nenhures. Não faltavam fontes, nem churrascos, nem lava loiças, muito menos mesas, bancos e sombras.
Não tirei fotos para não as ouvir!
Sim senhor um belo de um piquenique!
De novo em caminhada parámos no Louriçal para tomar o café, que desta vez não me apeteceu levar o termo. Bebemos um bom brandy, enquanto a minha irmã lia o jornal na diagonal eu e a minha mãe fomos espreitar a igreja do Convento. Após a ordem do Marquês de Pombal ,os conventos femininos só fechavam quando a última freira morresse. Pois aqui nunca fechou...está em obras. 
Aqui entrei pela primeira vez em miúda quando acompanhava a minha mãe que aqui se deslocava para trabalhar nos correios. Do outro lado está sempre aberta uma porta onde uma irmã atende.
Teto em madeira pintado



A minha irmã sentou-se no banco de trás e mandou-me guiar o seu bólide...no caso não me atrevi...Sou mesma lerda, por não ter chave o acho muito sofisticado...
Pela tardinha convidei a minha irmã para lhe mostrar o Lugar de Santana, na errante procura das ruínas de Façalamir , levámos o carro da nossa mãe por via de estragos em caminhos de cabras...entretanto mostrei-lhe a propriedade que fora do nosso bisavô Elias ao Pinheiro, ladeada pela via romana. Falei com o "Arrebela" que me falou do Saúl que lá nasceu, tenho de falar com ele. Descobri a via romana, não tenho dúvidas, é que nenhumas! 
 As supostas ruínas do que resta de Façalamir...de uma quinta na extrema sul da herdade de S.Jorge e aqui se chamaria ou Garganta ou Lombo de Façalamir.





A via romana segue em frente direita ao Nabão. As ruínas localizam-se no gaveto na frente.Na volta seguimos outro trilho com a ideia na direção do Pinheiro...uma aventura e pêras em terra batida, fomos dar ao Vale Boi...com belas casas minimalistas. Na volta passamos na calçada romana catalogada só para quem sabe onde está! Infelizmente na edilidade camarária nunca houve gente com gosto pela história e pela preservação...e o que se vê e sente reflete  pena!

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