quarta-feira, 5 de março de 2014

Ruínas de capela do século XVIII em Almada

 O Museu da Cidade de Almada localiza-se na Cova da Piedade na antiga Quinta dos Frades.

No séc. XIV passa à administração dos frades predicantes da Ordem de S. Domingos, que entre 1380-1446 constroem o edifício sede da quinta provavelmente, na ou próxima da atual localização do Museu.
  • Com a extinção das ordens religiosas em 1835, a propriedade é vendida em hasta pública passando por diversos proprietários associados à história e vida local, tendo sido lugar de encontro regular de republicanos, de touradas e concertos da Banda Filarmónica União Artística Piedense e por fim ligada à indústria corticeira e à fábrica Corsul.
  • Lamentável o abandono a que as ruínas estão votadas com ervas e arbustos a minar por todo o lado. Falta manutenção de limpeza - , a estar limpo e desaterrado a norte teria outra visibilidade a grade da janela e  parte da parede.
                                          
Do primitivo edifício restam apenas alguns vestígios arqueológicos (séc. XVII, XVIII: tanques, suportes em cantaria, pias, pavimentos de lajedo e tijoleira), postos a descoberto durante as obras de reabilitação da casa para instalação do Museu da Cidade.

  • Quem se lembra destes marcos de estrada?
A casa foi tendo sucessivas intervenções de adaptação a novas exigências como residência da família Barral que a alteraram na sua estrutura original (?) ficando a área exterior reduzida ao espaço de jardim e horta correspondente ao logradouro atual.
  • As árvores mal escolhidas por terem grandes raizes à superficie estão a dar cabo da calçada...
Em 1997 a propriedade vem à posse do Município que decide a sua refuncionalização como Museu da Cidade, com reabilitação do edifício pré-existente e nova construção, com projeto dos arquitetos Vitor Mestre e Sofia Aleixo.

  • No espaço funciona um restaurante e café com esplanada onde saboreei um bom café.
 
  • Excerto de  http://www.m-almada.pt/portal/page/portal/MUSEUS/MUSEU_CIDADE/?

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

São Valentim o Dia dos Namorados

Seja o jeito de homenagear o meu marido...Neste dia dedicado aos namorados!
Ontem  a sua despedida das "experiências de fogo" na sua última viagem de tantas  que fez  durante anos a caminho de  Sesimbra ou Cascais, muitas vezes antes do amanhecer, vestido em fato de oleado amarelo ocre, neste agora são em preto, mais sostificado ao jeito de fato de treino. O zebro -, o transporte do  transbordo para  o navio  estacionado ao largo, sendoq ue ele é homem ágil, agarrado às cordas a subir as escadas aos 60 anos, que inveja suscitava aos demais, pois nunca fumou!
Outras tantas a descer com mar revolto, bravo e alvoroçado, e o zebro na amarra difícil  para encostar às escadas de pedra, fatal molhas e tanta vez em  vista a queda iminente ... 
 
Sorriso rasgado sinonimo de sucesso

Glória desta vez embarcou na Base do Alfeite para testes da artilharia na Fragata Corte Real F 332 da Marinha Portuguesa -, pois está a dias da reforma antecipada.

Havia outras vezes que regressava de estar amofinado por a peça não se mostrar na experiência desenvolta ou encravava munições, derivado a problemas de última hora, imprevistos não calculados(?) que surgiam no desespero, e assim não há tiro que aguente por ser avaria do foro mecânico, elétrico, mau manuseamento do artilheiro ou,...E a equipa no opinar, do diz que disse-, a guerrilha de palavras,  no pior atribuição de culpas -, ser ou não ser eis a questão do falhanço!
Levantou-se no alvorecer da alvorada para a sua última viagem para além do Cabo Espichel  ao largo de Sines o sítio ideal para a sequência da carreira de tiro.Ao que sei a peça portou-se como nova, nem a culatra, tão pouco munições, nada encravou! 

Esta experiência é foi o teste mecânico da "peça de 100" recuperada com peças de uma outra na sucata, porque o dinheiro é curto -, até louvores ouviram.Uns vinte tiros que a "menina" soltou em classe...Estrondo de meia noite de fazer mal ao ouvido humano e de assustar os peixes, já os golfinhos que tantas vezes os acompanham parecem felizes e brincalhões no despique ao lado do navio a mergulhar e saltar, quantos filmes fazem das peripécias ... Porque o sol esteve de boa primavera, radioso naquele mar de ondas de quatro metros em azul forte... Em terra se mostrava nublado...Almoço de rancho melhorado com sobremesa de mousse de chocolate, foi-se o tempo do famoso pastel de nata à quinta feira.
Mas o brio da apresentação esse continua-, um Cabo, e outros marinheiros faziam dos guardanapos flores abertas, para encaixar a tacinha da mousse...Mote que fez despelotar a curiosidade de um colega do meu marido habituado a fazer caterings, aos fins de semana, para ganhar umas coroas, os ordenados são baixos.Entusiasta naquele fazer alvitrou o gosto de aprender o truque, no seu dizer, seria um sucesso no seu trabalho...Qual timidez gritante valeu-lhe atrevido o meu marido que se dirigiu ao Cabo -, haveria de se rir de satisfação, em nada se mostrou rogado no ensino. Ainda o questiona se também não quer aprender já que sendo o Dia dos Namorados " seria um presente para a sua mulher e à conta ganhar uma f...a" Ora atenta a sargento ao desrespeito -, logo ali o castiga, ao jus da praxe marinheira na multa de pagar uma grade de cerveja para todos, ainda antes do almoço.Gesto que no imediato não se fazendo rogado cumpriu e todos alegremente em risos, saciaram!

Na frente a peça de 100 com o cano
Na véspera ao jantar  ainda me diz " porque não vais amanhã até  Cacilhas para  ver  a fragata passar no Tejo, sempre tiravas umas fotos para mais uma cronica..."Debalde deixei-me ficar na cama...
Num patrulha em dia de visita
Haveria de mais tarde confidenciar que ao sair do Mar da Palha  até ia em cima da peça...Ora tinha sido interessante registar uma foto com ele em destaque em cima da sua "menina"...Chega-se  a casa satisfeito, vestido de boné e o kispo, vinha de modos aliviado já que a peça se  comportou na sua  função em alta  excelência, só a borracha da bomba de água se espipou, derramando água no navio, coisa que os marinheiros detestam...Ora trabalhinho para um dia destes  arranjar.
Regresso da experiência a velocidade de cruzeiro, sempre são três horas  no ir e outras tantas na volta. Tempo para se refastelaram com o farnel que cada um levou, e na mesa se partilhou : pão de Castro verde-., o verdadeiro e puro alentejano, paio de Ferreira do Zêzere, outro da Guarda, bom queijo de Seia e, vinho e cerveja para saciar apetites e muita sede -, muita sede que o mar puxa pelo cabedal.
Pôr do sol adorno de corações a pensar em romance, afinal noite do Dia dos Namorados...na foto para a posteridade da equipa no cais ao lado da princesa.
Mal chegado a casa  só bebeu um chá e comeu uma torrada.
Mazinha disse-lhe porque não aprendeu o truque do guardanapo...Sabiamente respondeu, acho que sou capaz de lhe dar o jeito...Deixei-o a pensar no sofá da sala, nisto surpreende-me com o brinde da folha aberta em pétalas...Com a retórica " isto tem de ser feito em guardanapos de papel mais consistente, e feito a duas cores em guardanapos diferentes deve ficar um espetáculo"...
Sendo hoje dia de S. Valentim

Mal acordado o dia enxovalho a vento e chuvisco
A pensar na falta de tempo no bordar os lenços
Por tanto teclar, vali-me do naperon a ponto cruz
Neste estar doloroso do carrego da minha cruz
O S. Valentim nem se dá pelo meu incomodo
Antes formula votos de feliz Dia dos Namorados... 
Um amigo muito querido enviou-me este coração florido neste dia de primor à amizade com votos de bom fim de semana. O meu marido presenteou-me neste dia dedicado aos Namorados...
 

 GUARDANAPO
Esperanças para o Dia de S. Valentim

O amor é uma forma de esperança e de vida
que transcende a mente e o corpo
cuja morada se instala no coração da alma.
Amar é superar-se!
Ter a capacidade de surpreender
quem se ama...
Só vale a pena viver na medida
em que nossos gestos
são gestos de amor
pois só o amor é absoluto
radical, imenso
profundamente unificante.
Um amor nos une
em qualquer circunstância
tempo e lugar.
Não vale a pena
viver
no apego a ressentimentos...
Quem não gosta de se sentir namorada e enamorada?A criatividade ditada num simples guardanapo, pode despertar borboletas a salpicar na pele...Apesar de papel mole-, no jeito airoso neles ter posto o que tinha à mão, bombons e amêndoa americana, torradas deliciosas, ligeiro sabor a sal ...Carrérrimas ideal para aperitivos.Mas ao almoço fiz uma tarde de requeijão com limão para o jantar ...Cheira tão bem!

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