sexta-feira, 27 de junho de 2014

Palácio dos Condes de Linhares e Coculim

Ouvi falar do Palácio dos Condes de Linhares datado do século XVI como pertença de D. Francisco de Mascarenhas no período de 1662 a 1685  pela televisão. Projeto aprovado na Câmara, depois de imensos atrasos, mas sem investidor no limite de caducar.
Neste agora em requalificação para uma unidade hoteleira -, HOTEL SANTARÉM, o que ouvi ao arrumador nosso conhecido-, sempre nos cumprimenta, ainda confidenciou que há coisa de uns 10 anos ali foram encontrados vários esqueletos, agora nas obras encontraram um braço... 
A a minha filha morou em Alfama, onde a acessibilidade por carro é quase escassa, tinha o hábito de estacionar logo a seguir ao término do Campo das Cebolas, quase defronte da ruína inteira em abandono do Palácio -, que pertenceu à antiga família nobre descendente de D. Fernando I.
Prédio que se distingue em forma arquitetonica em "L" atendendo aos infortúnios do passado com o terramoto de 1755 que lhe causou alguma ruína, e depois um vendaval que se abateu sobre Lisboa, fazendo subir as águas do Tejo em alvoroço, derrubaram a muralha do Cais de Santarém, tendo algumas pedras se projetado, assim como entulhos, contra o Palácio, que o haviam de prostrar ao abandono em 1858, sendo  ao tempo pertença de herdeiros do Conde de Coculim, título herdado de uma província da Índia.
O restaurante Casa de Linhares que se junta de paredes meias está instalado nas fundações da Casa dos Condes de Linhares, que não ruiu por completo no terramoto .
O que restou do Palácio foi reconstruído de cariz renascentista. 
A sala mantém toda a estrutura da época, com imponentes colunas de pedra e uma lareira de grandes dimensões, além das cúpulas em tijoleira do teto, que contrastando com as cadeiras de couro e os adornos tradicionais do Norte de Portugal, oferece  ao visitante um ambiente propício para apreciar o Fado e degustar boa comida portuguesa.
  • http://www.portugalrestaurants.com/restaurantes/Bacalhau-de-Molho-Alfama.html
  • O brasão de pedra no gaveto é soberbo de Armas dos Mascarenhas.
  • O portal com o óculo em pedra parece ser do mesmo material e da mesma altura. Não sei se antes de estar entaipado a tijolo se seria vitral(?).
O prédio tem estado a ser limpo no interior onde constam  arcos revestidos a tijolo burro, vigamento de ferro da estrutura, e o chão arqueológico de novo esventrado para estudo.
  • Julgo no novo projeto  (hotel) ficarão partes visíveis (?) para o público apreciar. 
Já no passado tinham emergido no solo vestígios arqueológicos quando procederam em tempos distintos de remodelações no final da década onde recuperaram elementos arquitectónicos manuelinos, atualmente no Museu do Carmo.
  • Abençoada da sorte em visualizar neste agora uma entrada amuralhada no endireito da fachada do prédio, quiçá da Cerca Velha(?) visível pelas pedras aprumadas, que foi usurpada na última reconstrução fazendo a frontaria  do prédio inteiriço!
O futuro depois do abandono do Palácio fazia adivinhar-se na função de uma nova vida muito pela localização estratégica na frente do rio e do cais, tendo sido transformado em armazém de ferro, material em voga para noras, pontes, vigas de casas, caminhos-de-ferro, etc. Seria nessa altura que na remodelação dos armazéns se introduziram os vigamentos de ferro, que suportavam o andar de cima, e ainda lá estão
Finais de janeiro de 2015

O revestimento da fachada a azulejo padrão, de predominância azul como o que se mostra e encontrei na feira da Ladra. 
Desenho semelhante com o medalhão azul, resto da decoração era menos exuberante
Imagine-se em Almada uma vivenda antiga com vasos grandes e pequenos forrados com azulejos que esses sim eram iguais ao do Palácio
No tempo o mesmo espaço foi palco de várias firmas com outras atividades.
  • Neste agora interessante realçar a usurpação de uma porta da  Cerca Velha(?) de acesso ao Cais de Santarém e a Alfama, na ligação à rua do tardoz (?) ainda visível, se apresenta ladeada por pedra aparelhada, também uma pequena escada do lado norte, possivelmente seria outra porta da muralha do castelo (?) que se alinha na Cerca medieval da cidade. Entrada privilegiada vindo do Tejo para Alfama , ficou anulada com a construção inicial do Palácio (?) sendo que o portal da entrada fica no seu endireito, não acredito que tenha sido  alguma vez deslocalizado.
  • Conotado de Palácio, suposto ter tido capela e dela ninguém fala (?).
Havia de ver a fachada sem nenhum azulejo, chapinhada a cimento, e portas e janelas fechadas, algumas a tijolo para contrariar invasões, tendo os azulejos sido retirados por perigo público, não sei o que deles fizeram (?) apanhei alguns cacos que não tenho comigo neste agora.
  • Espanto o início de requalificação do prédio, que me fascinou!
Pedi autorização para fotografar a publicidade na parede, ao que parece vai ficar e a meu ver muito bem!

Pois tinha muitas fotos, debalde uma avaria no computador, fiquei sem as mais antigas e disso tenho pena! 
Tardoz o Beco  dos Armazéns do Linho com o Restaurante Linhares no que resta do antigo palácio
Este prédio no tardoz onde funciona o restaurante em fase de requalificação junho/2015, ainda bem com a recolocação de azulejos que tinham sido vandalizados e supostamente alguns roubados.
Ao fundo do Beco era a estrada de acesso ao Cais de Santarém para o castelo, supostamente após o terramoto foi anulada com  a expansão de novo casario que se prolongou até onde a rua embocava defronte da igreja na rua de cima .
Contribui no serviço público, com a minha lembrança sobre os azulejos que ao perguntar se a fachada iria ficar revestida neles, e por falta de conhecimento, passei o testemunho, disso senti terem gostado de saber!
Agradeço alguma informação retirada de sites e blogs  assim como fotos dos quais deixo endereços.
  • http://ruinarte.blogspot.pt/2009/12/palacio-dos-condes-de-coculim-campo-das.html

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Noite de S. João em Almada

Está na hora de me aperaltar para ir comer sardinha no arraial de Almada velha.O meu par nem queria ir-, imagine-se,como se tivesse de amanhã trabalhar ou comprometido com alguma coisa...Porque dançar nem pensar!
A Santa já saída em procissão da igreja do castelo deve estar já na capela da Ramalha, para dormir com o Santo S. João...
  • Por aqui não usam o alho porro, dantes via homens fazerem das canas rachadas  música, nem balões.
Há falta do porro este ramalhete que colhi no jardim do castelo...


O ano passado vivi pela segunda vez este clima no Porto.
Foi das noites mais fantásticas da minha vida, com muita luz, e gentes cinco estrelas num ambiente de tirar a respiração, de fazer sonhar...
Sei que vou voltar a viver esse clima em grande, porque a esperança é a última a morrer.

  • Divirtam-se no S.João onde quer que se festeje...
Não sei onde guardei o martelinho azul...
Apanhei o lusco fusco do pôr do sol...ao miradouro do castelo. 

Sem peneiras e supostamente em maré de sorte em relação ao casal homo...

Armados de potente máquina a apontar para Santa Engrácia, sem sol , uma escuridão, já eu  aspirante, sem máquina sofisticada, apontei para Monsanto...
A marisqueira da Boca do Vento ,o restaurant do miradouro do Castelo e o Ponto Final no Tejo, fechados às moscas!
O Cristo Rei com pombais aos pés em casinhas das bonecas
A serenidade do pôr do sol em fragrâncias cerise, escarlate...Lindo!






















Ora o meu S. João em Almada foi em caminhada até ao arraial . 
  • Surpresa com o belo da ruína , o pombo a olhar através da sacada da janela entreaberta...



A sardinha senti-a na boca maravilhosa, e o pão de centeio como gosto em plena rua interdita ao transito na esplanada. 


O meu marido foi para a entremeada que segundo ele estava maravilhosa

O ambiente mostrava-se composto e acolhedor , até que senti sentados casal de homos na mesa atrás de mim, com manias e finezas  "não queriam sardinha para não sujar as mãos" ficaram-se pelo chouriço e bifana, mas com etiquetas, ser fina, sem molho, e...Ora aquilo era tasca e não grumet...
Irritada com os modos, enfastiaram-me que me levantei apressada ...
Não restem dúvidas que sou democrata e os respeito, mas tenho alturas que não tolero estas aberrações-, sou abençoada por bons amigos que sendo homos, se retratam na sociedade sem estes predicados de terceira categoria, que só os desprestigia. Dou-me ao luxo de dizer- ,supostamente fui a primeira mulher na defesa dos interesses de homos há mais de 2o anos -, na aquisição de habitação própria , lutei com palavras e atos contra argumentos de diretores conservadores, e o consegui com mérito, que em nenhum outro banco, sentiram a mesma satisfação, de tal ordem agradecidos me obsequiaram com palavras e uma lembrança  em ouro que fizeram questão na compra para selar a minha atitude de alto valor credetício.
  • Mas o que se passa com os homens que a cada dia se assemelham mais a mulheres?
Vejo desfiles de peitorais com mamas maiores que as minhas, e rijas, de mamilos que nunca deram leite e por isso virgens e  tesos, se mostram atrevidos a espetar as camisolas justas...
Silhuetas elegantes, de ginásio e botox, andar deambulante e gestos de ancas, insinuante.
Sobrancelhas arqueadas e finas, unha pintada, dentes brancos pepsodente e cortes de cabelo próprio de mulher.
Uso de malas grandes e de modos efeminados, gesticulam, e falam com as mãos em voz aguda.
Como é possível durante séculos as mulheres tenham sido relegadas em segunda linha, nunca lhe deram direitos, ousaram amarrar com cintos de castidade de ferro, enquanto iam brincar às guerras, as achavam de mente idiota, só serviam para os servir, a tratar da casa, dos filhos, e deles quando tivessem vontade, porque elas -, as mulheres não tinham direito de questionar o que era prazer. Pariram sem sentir orgasmos...Acredito uma grande maioria. Jamais merecedoras de carinhos -, umas inúteis, sendo úteis, e agora neste século a reviravolta de uma maioria de homens no querer se mostrar em ser  e sentir ser Mulher...NÃO ENTENDO!

Mas também as há que gostam de ser homens, no pior de porte escangalhado, óculos de massa à inteletual, abominam o soutien, usam calças de braguilha grande, camisas com bolsos à chauffer, casacos de rachas, sapatos à homem, feias de trombas que nem lobisomens, um horror, e as vejo de todas as idades!

Sou mui Mulher e gosto, e gostarei sempre, de um Homem que goste de o ser!
Respeito os homos -, mas que me mete confusão na intimidade, sem dúvida!
Sei que todos temos "telhados de vidro"...Mas um homem pode gostar de se sentir mulher e vice versa, sem com isso ofender a moral e bons costumes, de mulheres e homens que gostem de o ser, se mostrando de conduta  correta, sem dar nas vistas com maneiras destrambelhadas, ou não? Porque quem quer ser respeitado tem de se dar ao respeito!
Desculpem se me revelei intempestiva!


Ainda puxei o meu par para um pé de dança, sendo pé de chumbo, logo desistiu envergonhado, com isso passei-me dos carretos, julgo ajudou o vinho, espumei raiva, vomitei 36 anos de insatisfação! 


Comi meia fartura, que me soube a pouco...

Na vinda roubei um cravo vermelho dum parapeito de janela igual ao que se engalana o andor do Santo!

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