domingo, 6 de julho de 2014

Quinta de São Francisco de Borja

Na companhia do meu marido em caminhada  tomado o trilho da antiga estrada  do Casquilho-, única ao tempo de antanho de ligação de Almada à Caparica. Ainda  conheci  a estrada estreita,  ladeada  por belas quintas de muros muito altos, alguns tortos, outros esmurrados nas curvas na passagens com camionetas. Alguns muros ainda se mostram de traça antiga, abertos com janelas protegidos por grades de ferro. No tempo de antanho em terra batida deveria ser um percurso maravilhoso, de grande tráfego a cavalo ou a pé.
Na continuidade da estrada do Casquilho depois da expropriação e das novas urbanizações esta quinta foi decetada na extrema com as contingentes que se vêem na foto  : quinta das Casadas de Cima, e do lado oposto, a quinta de Miguel no entroncar  coma Rua de S. Lourenço a nascente.
Estrada do Casquilho onde seguem as viaturas, antes a nova artéria da rua S. Lourenço a nascente. a quinta de S. Miguel da direita e na esquerda começava a quinta das Casadas de Cima que extrema a nascente com a quinta de  Santa Rita como se identifica na foto de gaveto, de muro mais alto.
A quinta de S. Francisco de Borja foi decetada ao mirante, com restos do muro e buracos de escoamento
O mirante lajeado a tijoleira cerâmica com banquinhos na borda do mural de gaveto da quinta com vista para a estrda do Casquilho e quintas.

Se não lhe acudirem em tempo desmoronar-se-à...Os bancos namoradeiros de gaveto assentes na placa do chão a ficar sem chão de sustentação...
Enfiamento do muro da frontaria que terminava em gaveto para descer par sul
Sentada num banco namoradeiro a pensar em ti...Malditoestapafúrdio!
Suportes dos muros de sustentação da implantação da casa
No tardoz do corpo da casa este pátio lajeado com duas pinheiras de grande copa reservadas dentro de muros com dois portões nas laterais
O portão no tardoz da casa e cómodos de calçada em pedra com muito basalto que se abria com outro portão para o campo de trigo
Vista do tardoz com a calçada

Tardoz o hall de distribuição para  a casa do lado direito vista de frente e esquerda celeiro, hoje transformada em igreja da paróquia da Caparica 
Portal da entrada para a estrada do Casquilho visto de dentro
Por cima deste arco da entrada uma varanda com painéis de azulejos, nas paredes frente a frente, as fotos possíveis
Calçada no tardoz para a direita patim da casa,e para a esquerda, esta da foto de aceso a cómodos e currais
Ornamentações em caracol tão típico nas quintas da região
Entrada para a horta
Tanque de água para abastecimento de água a casa 
No suporte do muro uma pedra calcária trabalhada em redondo com um furo ao meio aqui reaproveitada
Poço com as colunas que segurança a estrutura de nora
Visto de poente
A horta vista de nascente
Estrutura com ferro possivelmente faria parte do engenho do poço e aqui no lado oposto...
Ruínas de curral? defronte do celeiro. 
Muro da frontaria depois do celeiro visto por dentro com pedras de sustentação para vinha ou a água?
Planta da casaA Quinta de São Francisco de Borja, considerada no seu todo, habitação com capela, dependências de lavoura, terrenos anexos e todos os azulejos que a decoram .Classificado como IM - Interesse Municipal pelo Decreto n.º 8/83, DR, I Série, n.º 19, de 24-01-1983. 
Frontaria da casa rural no gaveto na esquerda o mirante, depois segue-se a capela acupulada na casa de habitação com o portão de acesso à casa e ao celeiro.

A capela prolonga o volume retangular da habitação, inserindo-se, por isso, nas denominadas casas com capela integrada no alçado principal. Resulta deste conjunto uma vasta frente, pautada pela linearidade e quase ausência de elementos decorativos. Na casa, distingue-se o andar nobre pelas janelas de sacada, protegidas com grades. No extremo, a capela é rematada por um frontão triangular, e flanqueada por cunhais pilastras, coroados por urnas.
Encontra-se, atualmente, confinada entre bairros sociais, o branco e outro mais recente para a Rua dos Três Vales:o antigo Rocha ou Rocha do Brilha, que o corte a aterros para a construção da autoestrada do sul alteraram por completo: o talvegue da Arrábida ou Valdeão, e o talvegue ou vale de Palença que limita em parte a freguesia.
(Rosário Carvalho) http://www.patrimoniocultural.pt/.Ao centro, abre-se o portal, reto (com escadaria fronteira), e que se liga ao janelão sobreposto. São muito escassos os estudos que, até à data, incidiram sobre este imóvel. Em todo o caso, tem sido commumente aceite a existência de duas grandes campanhas de obras nesta casa rural. Uma primeira teria ocorrido no início do século XVIII. A segunda, mais tardia, foi responsável, ao que tudo indica, pela edificação do segundo piso e da capela, justificando-se assim a inexistência de escadaria exterior de acesso ao andar nobre (CALDAS, 1999, pp. 130 e 285). Do lado oposto ao templo, um portão exibe um painel de azulejos com o nome da quinta e a representação de São Francisco, desenvolvendo-se, a seguir, as dependências agrícolas. A fachada posterior apresenta uma composição semelhante. No interior, muito descaraterizado, existiram, outrora, revestimentos e azulejos do século XVIII, hoje infelizmente desaparecidos.  
S. Francisco de Borja

O celeiro foi transformado em capela da Paróquia . 
Obras mostram a estrutura de madeira  estilo gaiola usada ao tempo e visível na quinta da Cerca junto da capela e num a casa em Cacilhas que esteve recentemente em remodelação e a taparam e não deviam, além de muitas outras deste tempo século XVIII.
Festa da comunidade agora em junho com procissão pela primeira vez.









Limite da quinta a poente. depois da expropriação o poço ficou no descampado perdido na  urbanização

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Paixões desplotadas pelos rebuçados de Portalegre...


Bafejo o nascer na planície alentejana ao alvoroço da aurora em ano de fevereiro ameno, abençoado na graça de Quixote, ao jus do romance do cavaleiro andante, livro devorado pelo pai na adolescência. 
Cresceu a comer rebuçados de gema de receita conventual que a mãe fazia todas as semanas, que só o afincou na doçura e aprumou no gosto de apreciar mulheres. Agraciado de olhar esverdeado lânguido, seja inveja, a rivalizar um lago de nenúfares, robusto de feições, simpático e alegre, abençoado de bondade no estar e no ser, lírico, e sonhador aventureiro, ainda assim homem de sucesso e de brilho profissional. 
Namoradeiro, a rivalizar o sedutor e galã Casanova? Não -, esse de signo quente "carneiro" levou vida de gozo de amante debochado, sendo um libertino, colecionador de mulheres, escroque, um conquistador empedernido, assim reza dele a sua memória -, e o nosso Quixote não passa de homem pacato, de estar afável, calmo, humilde, de conduta séria, sendo só errante na herança do nome que carrega na procura da sua alma gémea -, mulher que seja gentil, engalanada a romantismo, atributos que adora e sonha, no imprevisto o estime em demasia, e seduza na sedução de o deixar a nadar em águas, sendo signo "aquário" no mais alto prazer o eleve em aventura e diversão em famigerado romance fogoso, estonteante seja a destilar labaredas de fogo!
Sonhador ama partir e chegar, no limite se perder em divagar a vida apaixonante e sempre feliz a saltar aqui e ali, a lembrar no relato conquistas, inexplicavelmente abre o gramofone armado de voz suave como se fosse a tocar piano...E me deleita também nesse viver!
"A namorada que um dia sonhei vivia perto do mar, na casa dela se ouvia estivesse zangado a barafustar... 
Recém chegado à sua beira de tão saudoso desejo de a possuir "não desgrudava de a comer com o olhar " mas logo o instinto pedia para de mãos dadas e chinelos nos pés subir ao fundo da courela pelo carreirinho de cabras a saltitar caganitas encosta arriba, para no alto a olhar resplandecente coberta de céu  com a brisa de mansinho sentida no corpo, apesar da nortada , enfim sós, abraçados no desafio em deslumbre do amor, imbuídos e perdidos, loucos prostrados a contemplar o oceano, na nossa frente vasto, imensamente prata, a imitar escamas de sereia efeito dado pelo encadear do sol à tardinha, cenário de puro manifesto que se mostrava demoníaco e desafiador, além de medonho, me incitava ao desnorte de loucuras tamanhas...Dei comigo a inspirar golfadas de ar puro, e de pulmões sadios, atiço a minha amada na fuga a caminho da duna, e em pés descalços estatelado no areal, onde jamais se fazia rogada, caída no meu abraço em rebolo a rebolar, no findar tamanho reboliço, de pés a banhar ondinhas frescas em risos francos, amantes, o clímax de tamanha fantasia de adolescente, em corpos de gente feita!
Sacudido o grãozinho de areia enfiado em sitio proibido que incomoda, fazia-se chegar a hora do regresso a casa, para o regenerador banho de chuveiro de água tépida aquecida pelo sol no tanque altaneiro, abrigado no jardim com a trepadeira -, de corpo nu vestido de avental mal a noite se avizinhava acendia o fogareiro, ela desfilava em biquíni a tirar guelras ao peixe -, jantar sempre a dividir tarefas, com mesa posta no jardim à luz de velas, espalhadas por todo o lado em clima romântico com o candeeiro de três lumes a alumiar a noite escura a quebrar o luar negro deste paraíso plantado a oeste, onde só pirilampo e luzicus se viam emanar luz ao lusco fusco, sendo o nosso gosto, ainda trabalhar noite dentro na contraluz seja mitigar carícias seja de novo despontar  ardor mais uma vez !
Havia vezes que o cafezinho se saboreava nos sofás de paletes azuis da cor do mar forte e bravo na fofura dos almofadões macios debruados a mantas de trapos que foram da sua avó, ambiente sedutor a lembrar as arábias, pelas altas cortinas transparentes vindas do telheiro na proteção de mosquitos, bicharoco que o calor arrebita e se mostra perturbador, sendo que nós não queríamos ser incomodados com outros ais...
O desejo de fazer amor aconteceu em recantos onde se via do chão, o azul do céu e no ar pairava cheiro forte a trovisco, arruda, rosmaninho, esteva, alecrim e camarinha de cachos cheios de bolinhas opacas ...
Parados e mudos tanta vez fincados a olhar o mar, ainda assim sedentos de amor comichoso com a comichão das formigas,  no seu lavouro o jeito de andar no verão, enquanto as cigarras só cantavam, já nós no deleite destemido no estrago de seus caminhos onde desfilava o vaivém de filas enfadadas, para cima e para baixo de avelhentas formigas a sabanicar com alimento preso nas garras da boca sempre em passo apressado, se mostravam apenas presentes no intuito de arrecadar provisões, já nós a desfrutar prazeres carnais...Grande ensinamento deste animal tão pequeno!
Esfregaço sério aquele de afastar formigas no meio de risos em nos despir sempre atabalhoado...Não fosse o corropio de aves gordas no céu em voo rasante a controlar o seu espaço que não queriam invadido, mais pareciam águias pelas garras, seriam gaviões, e atrás vinham outras de porte pequeno e ar gracioso, como nós, no mesmo brilho, doçura e elegância, as andorinhas do mar...
Partimos de mochila às costas na descoberta de ruínas de moinhos desertos perdidos nos morros, na perpétua deixa de o marcar de beijos e caricias para partir na esperança de encontrar qualquer coisa velha, e no lamento constatar nada haver de espólio, apenas pedras soltas, acontecia muita vez o pôr-do-sol neste cenário idílico, extasiante estando prostrados  no monte de pés fincados a mirar o horizonte que se fazia a tons quentes matizados em laranja avermelhado salpicados de ocre, a lembrar África que no embalo me seduz a viagens, no gosto de conhecer outras paragens e em ser imortal!
A pequena janela na cimalha do moinho já sem portada de vidro, nem meio para a escalar, apenas restos da haste de madeira seca e carcomida do mastro da vela ainda hirta no firmamento, de tão bela assim nua, a distingui mas mal me encostei no abraço, se partiu e num ápice me vi caído no chão debaixo dela...Depois de ver e sentir tudo em delírio por dentro e por fora, queria ainda mais, fosse o enjoo de tanta tarte de pêra rocha maçã riscadinha e de ver por tudo o que é canto souvenirs das Caldas... Fatigado e sedento de mais sonhar e ter. Um dia despedi-me! 
Na mente sentia partir em nova viagem para parar desta vez no norte, junto ao Minho na beira do rio. Na semelhança, a mesma força brutal das águas -, sei que preciso delas para me aquietar fosse pelo grande estuário, e pelo barco que ela pilotava, agraciado deleite jamais vivido na grata e forte emoção, assim só comungada na banheira com espuma e sais a beber champanhe, e aqui neste meio salpicado de gotículas grossas de sabor a sal, no delírio a aventura a testar frenesim e adrenalina na louca excitação que me colmatava de soslaio!
Maravilhoso a sensação de atracar na ilha no Forte da Ínsua onde mirei cada pedra, senti a água a bater forte na enseada, no melhor a sensação de estar a desafiar a fronteira, num pulo já na Galiza no prazer de degustar travessas de mexilhão e beber taças de vinho verde, e redescobrir Santa Tecla de novo...No tino a bater a ferro e fogo experenciar "tirar os três" no barco ao luar, para depois relaxar de barriga para o ar de ancora presa a descobrir no céu a Ursa maior e a Cassiopeia...Imprevisível a vontade intrínseca de me agradar esta mulher, sentia a satisfação de a ver partir rio acima até Monção, para se degustar um arroz de lampreia, e depois passear a deambular pelas ameias do castelo em abraços a desafiar turistas e a espreitar o rio e o barco no cais. Ainda na primavera perto da raia espanhola atracou o barco num ancoradouro frágil de pescadores que servia também a hospedaria de turismo rural, casa encravada na encosta de xisto com leirões de vinhedos, defronte as águas calmas onde só se ouvia o bulício dos pescadores e de cães negros Castro Laboreiro, na guarda dos domínios do patrão. Havia vezes que me levava a lançar redes para a lampreia, sável e salmão...Confesso quando vi uma lampreia viscosa me lembrou uma cobra às voltas enrolada na rede, assustei-me, mas fingi que não... Mulher firme de punho e saber na arte da cozinha, manhoso o seu jeito de arranjar peixe e apresentar comida farta e saborosa, grato o encanto ao jantar na casa de praia de Moledo, na varanda envidraçada defronte do mar, cenário de abrigo romântico enfeitado com estrelas-do-mar, conchas e búzios sendo o jardim protegido da brisa pelo Pinhal do Camarido, no contraforte a miragem do moinho que já não faz rodar Mós, estando neste agora na Mó de baixo, a engrandecer a paisagem, e nas noites brandas e quentes saiamos de mãos dadas na direção da vila, a pensar se o maestro Vitorino Almeida já estaria de férias na estância, na deixa tomar café na sua companhia, porque conversa aprazível de cultura é sabido ser homem de enciclopédico saber!
Mas era muito, muito longe para se amar, chegava estafado e cansado apesar do bom carro a conduzir na autoestrada a mais de 200, eram multas, tanta multa paga...A vontade de estar na sua companhia, de a sentir e de amar, sentimento forte acometido no trabalho que me deixava confuso e de mente quente, nem o bom senso era mediador, perdia rápido a estribeira na desarvorada partida, só ao meio do caminho ao parar para alívio de secura fosse a beber ou verter águas, sentia tamanho fatal destino...A necessidade de a amar!
Paixão louca desenfreada deixou-me perdido neste norte completamente sonâmbulo...Mulher vistosa e alegre, atrevida e fogosa, expoente da verdadeira minhota, que me ofereceu um Lenço bordado dos Namorados, artesanato vivo na sua região, por si bordado no recado da oferta, ainda abençoada de carnes e demais atributos, uma deusa, sábia, divertida e influente, com grande força de vontade, e jamais uma mulher que discutia questões de princípio, por isso durou tempo até acabar!
Mas de um dia para o outro aconteceu, porque me fartei sempre do mesmo queijo, presunto e azeitonas!
Descobri o meu poder pessoal para prevalecer a minha vontade com mestria, fatalmente finada sendo abençoada pela experiência! 
Sabendo que qualquer um tem coisas boas e más guardadas dentro de si (o nosso anjinho e diabinho), o importante é saber distingui-las, para as poder aproveitar ou melhorar, no que ainda está por vir.A sorte foi minha companheira nesta lide de se abrirem novas portas neste campo sentimental, a minha vida nunca foi monótona nem rotineira, antes sempre agitada, com forte dinamismo na grande vontade de seduzir.Esfrego as mãos de contentamento por sentir que a vontade de amar prevalece em mim, embora sinta fortes puxadas de adrenalina que já me estão a causar distúrbios no sistema nervoso e dores de estômago nesta indisposição de amar e querer ser amado!
Na verdade nem sei bem o que cansou esta verdadeira loucura de vadiar tão a norte a pensar no desnorte de assentar arraiais mais a sul, fossem os gastos e os quilómetros... 
Quase inexplicável assim aconteceu. Há muito a meu lado, nem dava por ela por ser discreta, de estar pacato e de carater sensível não se revelava em manifesto seduzir. Degastado por falta de amor até ao dia que o seu sorriso doce nas palavras trocadas aguçou o apetite de a descobrir, seria mulher enigma, de cariz sério, reservada quiçá fogo -, senti que tinha de ser minha, sem perda de tempo no final desse dia no meu hábito irresistível lhe dirigi convite para sair, logo aceite sem delongas em sorriso rasgado ainda que enigmático. Foi uma agradável surpresa. Nessa diuturnidade o tem sido desde que estamos juntos. Divinal enlace de namoro, pelas cumplicidades, a fazer as mesmas coisas que fazia com as outras, mas de maneiras diferentes. O peixe grelhado comemos no restaurante, as coisas velhas que gostamos, compramos nas feiras e antiquários, as viagens e os passeios são sempre a dois, e o que gostamos de fazer faz-se em casa, pousadas e hotéis...Sabes que mais minha amiga? Nunca me senti tão bem, feliz, inteiro e completo em família!
Olha ainda sinto o tamanho potencial, acreditas que também nasceu a ver águas cálidas do Mondego a transbordar em cheia, sendo abençoada de cariz límpido e transparente como as águas puras vindas da Estrela apesar dos afluentes, ainda assim se revela companheira, amiga e amante -, neste agora as águas que preciso e me bastam, para navegar em calmaria, descansado e feliz!
Sinto que a estou mesmo a amar! 
Ainda assim algumas carências, colmatadas noite dentro com chocolate preto para não engordar...Ainda não se fartou de pastéis de feijão, um bom prenúncio de calmaria...No remate a lembrança do conselho " cuidado com a ambição, ao limite poderá levar por caminhos pouco luminosos neste continuado querer a desfrutar famosas tentações…"
Em glória este D Quixote se revela homem de autenticidade, ao invés do real da história que só lhe deu vontade de partir depois de muito ler sobre heróis-, abençoado de alma alentejana, herói no prazer de amar incessantemente mulheres.Refinado gosto, o fruto do risco viver intensamente a paixão!
Sem medos ninguém jamais negue se abrir a esse continuar a novas possibilidades de amar e ser amado!
Se a vida presenteia que haja muito homem e mulher nessa tamanha vontade, que seja devorar de prazer ao jus do verdadeiro romantismo, sendo felizes -, e na idade farta já de cabelos alvos e de pouca força muscular no restolho ao homem, seja o voltar a saborear rebuçados de ovos...Porque as mulheres essas não envelhecem, só enrugam, ainda assim trémulas, sintam prazer seja a tirar devagarinho o papelinho de seda do rebuçado no sonho de ambos que se derreta  na boca de enamorados, e brilho nos olhos ... 
"Oh cuns diabos o caracho da porra do alerta" -, cuidado com os diabetes, nessa altura de vida, não querem em muito corpo sentir sequer o doce! 
Clímax reviver memórias com cheiros às flores da duna!

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Quinta da Horta no Pragal em Almada

Rua da Horta comprova a fertilidade na localidade no Pragal ainda neste agora com bom feijão de sequeiro.
Resta o nome da quinta da Horta na toponímia.
Rocha que desce da colina do Cristo Reis na quinta da Horta, por isso se dizer que no Pragal não seria muito fértil, com produções de sequeiro, trigo e vinha.


 Vistas
 A casa da quinta onde  funciona o infantário  AIPCA


Os painéis de azulejos em policromia apresentam-se em muito mau estado de conservação no exterior

 
Ao cimo do lanço da escadaria a ladear a porta duas albarradas de azulejos.
Os fios telefónicos com os da EDP um mar de cruzamentos a invadir o olhar e não devia!
Entrada da quinta da Horta a norte
  
Junto da árvore dois degraus em tijoleira ligeiramente abalroada por causa desta abertura pedonal, possivelmente era um mirante com banquinhos que se prolongava no gaveto, tradicional na região como já vi na quinta de são Francisco de Borja na Caparica.


O que resta do muro da Quinta da Horta com um caracol de remate típico no adorno dos portões
Prédios na Quinta da Horta  e a fonte de bica a correr que lhe deu o nome pela fertilidade
As pedras do fontanário antigo.
 
A quinta para norte devia terminar com o morro que hoje é o limite do campo de futebol ao Cristo Rei onde se distingue a rede
Para sul devia extremar com a quinta do Pombal de Cima  onde hoje funciona a Escola Anselmo de Andrade, e  para sul com a quinta da Ramalha na foto em baixo e outras
A poente hoje a Calçadinha da Horta em frente da PSP

A calçainha da Horta será antiga azinhaga,  supostamente o limite da quinta da Horta porque as casas que se vêem na direita estarão no limite do terreno da quinta que se alonga depois para nascente, porque para poente tem um muro muito alto que se vê na foto em branco será de outra antiga quinta de extrema paredes meias(?). Situação que se revê na região em muitas quintas, depois do abandono pelos proprietários,os antigos trabalhadores sem casas fizeram casinhas  nas imediações, numas quintas é mais visível que noutras.

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