sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Alerta suposta fraude no preçário em Clínica dentária em Almada

Deixo um conselho: Prestem atenção ao serviço e aos preçários -, nada é mais importante que os Vossos dentes, e claro olhar para a fatura e perguntar, não se envergonhem, acanhem ou intimidem, como eu tenho o hábito, só mais tarde inconformada, me revelo revoltada!
Decidi marcar consulta numa Clínica dentista em Almada, desta feita, não foi em franchinsing, onde antes me dei muito mal, até mudaram as Clínicas de nome, tantas eram as reclamações dos utentes.
A questão é que sinto que de novo fui ludibriada na prestação do serviço mal executado, e no precário aplicado, por o pagamento ter sido efetuado com Seguro de Saúde Medicare tabelado, e não foi isso que aconteceu.As minhas suspeitas são fundamentadas nas faturas que não se apresentam descriminadas com a prestação do serviço. Na designação a maioria apenas referem " Tratamento dentário efetuado ao beneficiário" e o preço a pagar. Sendo o certo é sempre a fatura descriminar os tratamentos efetuados.
Acrescentando o mau serviço prestado, origina que se possa faturar, por fora, o que quiser !
Explico mais adiante.
A rotina tinha apenas o dente nº 4 como motivo da minha consulta à clínica dentária em março deste ano, por sentir uma moínha . O referido dente apresentava-se segundo a dentista cariado que no momento tratou, mas pelos vistos não o foi como devia, ficando mal entra-mancado e eu sem o suspeitar, apenas sentindo dor no regresso a casa e nos dias seguintes, obrigada a tomar analgésicos, pela consulta paguei em 27 de março, o valor de 35 €. De volta à clínica na semana seguinte para reclamar o serviço à dentista, sem delongas desfez a restauração do dente metendo um líquido spray no seu interior para aliviar a dor, e de novo procedeu ao seu restauro, deixando mais espaço entre dentes, do que tinha inicial, e com isso chatices posteriores na higiene oral, em que tenho de usar o escovilhão. Na despedida senti que a dentista não queria que pagasse tanto, disso dei conta quando falava por entre dentes com a assistente também brasileira, supostamente por sentir que avaliou mal o estado do dente na 1ª consulta, que tratou mal, e sobre o qual já tinha pago.No entanto na recepção paguei em 03 de abril o valor de 70€ com a designação " 2 restaurações" que nem li na altura, quando apenas foi tratado o dente nº 4 e mal,, e sobre o mesmo já tinha pago na consulta anterior o valor de 35 € e ainda a restauração de uma ponta do dente a seguir ao "4".
Voltei no dia 10 de abril para avaliar o penúltimo dente do maxilar superior que o brocou e o deixou com uma restauração provisória ( que me foi dito depois na Faculdade). A fatura de 48€ na designação refere "tratamento dentário efetuado ao beneficiário". Na consulta de 24 de abril onde foi feita uma rápida higiene oral ao abrigo do Seguro de Saúde é gratuita, e restauração simples da ponta de um dente da frente, com a designação "tratamento dentário efetuado ao beneficiário" no valor de 29€.Ficou marcada nova consulta para 23 de outubro onde falei à dentista do espaço que tinha ficado entre dentes na dificuldade em limpar na higiene oral, a dentista fez nova avaliação e sem delongas informa-me que tenho uma cárie preta a entranhar na gengiva que seria tratada na próxima consulta, senão só desvitalizado. 
Os busílis? Trata-se do mesmo dente que em março me levou à clínica para ser tratado.A restauração feita em abril no dente da frente que foi cobrado 29€ dias depois caiu, e na 2ª restauração ao mesmo dente foi cobrado o valor de 35 €.Portanto disparidade de preçário no mesmo serviço que chama a atenção.O mesmo da rapidez que a recepcionista abre a pasta dos protocolos para saber o preçário a aplicar.Também a presença da assistente brasileira sempre de falas em tom  baixinho com a rececionista, como mais nenhuma outra ,dos demais dentistas que trabalham na Clínica ali vejo depois dos clientes saírem para pagar, indigna na alegada suspeita do coloro de burla entre elas (?). Já com tanta suspeita, mas sempre benevolente com os demais, porque continuo impregnada de ingenuidade que só problemas nesta vida me tem dado, armei-me de atrevida e de olho bem aberto e insatisfeita de novo na consulta  na altura do pagamento disse à recepcionista que queria a fatura descriminada, altiva, responde-me "mas o Seguro não lhe paga mais nada" -, respondi -, eu sei, mas parece que há Clínicas que andam a faturar além da tabela estabelecida, parece que a própria seguradora anda a avisar os utentes...(obviamente menti, para a testar).
Desta feita a fatura na designação descrimina "uma restauração de 3 faces do 2.1 de 35€ e curetagem subgengival do 40 Q no valor de 29€.  Ao ouvir o valor pedido fiquei engasgada , sem palavras para sequer opinar, mas como não sou de vexame, tenho o hábito de sair quase sempre a perder, e mais uma vez assim fiz-, mas de salientar que o único serviço prestado foi a restauração do dente da frente com duas faces, e não 3 como na fatura é referido.
Percebo pouco da nomenclatura dentária. O que sei ?O dente da frente apenas mexeu em duas faces, em baixo e de lado direito, e não nas três como refere.E quanto à curetagem subgengival, NADA FEZ, apenas, olhou e falou.Paguei como sempre e não bufei, não quis causar suspeitas, havia gente conhecida.A impressão que me transpareceu nesta Clínica é clara e nítida -, a médica brasileira já madura até será honesta (?) até me ofereceu uma caixa de escovilhões minúsculos das ofertas das marcas com a indicação de comprar o cabo para depois usar entre dentes na higiene oral. Mas suspeito que haverá alguém na Clínica; alegada ajudante brasileira e alegada empregada da recepção supostamente devem ganhar o excedente da fatura que partilharão a meias quando se trata de Seguros de Saúde -, porque será fácil informaticamente no mesmo dia proceder à anulação da fatura dada ao cliente, para depois deste sair emitir nova por valor inferior, e assim ficarem com o diferencial monetário cobrado indevidamente ao cliente .Isto sinceramente o que não me sai da cabeça! 
Foi deixada nova marcação de consulta. A empregada na véspera da consulta telefona sempre a confirmar , a que respondi dizendo que tinha um imprevisto, depois passaria para remarcar. E claro já tinha marcado para a Faculdade de Medicina Dentária do Monte de Caparica.Onde ouvi da médica um diagnóstico nada favorável, a cárie tinha atingido o nervo, o dente tendo sido restaurado com cárie, não havia nada a fazer, senão desvitalizar, o que poderia ter sido evitado, se numa Clínica em Almada, o serviço que foi cobrado caro, tivesse sido feito como deveria, e não foi.  Enviei e-mail via site da empresa, e vários para a caixa de correio da Clínica-, debalde quem os filtra é a recepcionista...O mesmo que dizer que não recebi qualquer resposta!

terça-feira, 18 de novembro de 2014

A cegonha trouxe e meu neto Vicente no dia três!

Apanhados de surpresa  ao meio da manhã do dia 3 de novembro - número por demais simpático que muito aprecio, para  anunciar a antecipada chegada do nosso primeiro neto, às 38 semanas.
Pela 1,30 da madrugada a nossa filha sentiu um sangramento, assustada foi a caminho da MAC com o diagnóstico da saída do que se chama o "rolão" sendo o quadro clínico adequado, pelo que podia voltar para casa. Assim fez, mas pelas 5 H começaram as contrações e de novo se meteu a caminho. Feitos os exames de rotina à mãe e ao bebé, na avaliação médica e com dois dedos de dilatação fica internada. Abençoada na boa lembrança de nos comunicar e, logo nasce o querer claríssimo e repentino de nos pormos a caminho de Lisboa, em transportes. Saímos de casa de aspeto sereno, apesar de ansiosos, almoçamos na Rua do Arsenal, notório e premente a necessidade de ingerir calorias ganhas na boa alheia que nos encheu o estômago, e antes enchera o olhar, como outra assim nunca saboreamos igual, sem gordura alguma, deliciosa, tal como a boa batata frita à moda antiga e salada, no remate da degustação mousse de chocolate. Refastelados saímos para logo entrar noutra casa, desta feita para comprar uma cautela e jogar no euro milhões, a pensar na sorte grande com a chegada do neto. De novo de pé na estrada a caminho do metro no Chiado.
A tarde de chuvisco foi alternada  na MAC e em centros comerciais pelo Saldanha, porque à segunda feira encerra o Museu Dr. Anastácio Gonçalves.
O companheiro da minha filha esteve sempre à sua cabeceira, deu-lhe muita confiança e carinho, apenas interrompeu para estar connosco aceitando o convite para tragar uma sopinha, que não conseguiu, tal era a conjuntura nervosa que lhe alterou a pulsação e o estar agitado pela ansiedade. Ainda nos dirigimos à Farmácia das Picoas para medir a tensão, o farmacêutico que o atendeu em privado demorou na conversa para o acalmar e aconselhar, como se tratasse de um psicólogo, e só pagou 1 euro...
Horas infinitas que pareciam séculos, fosse a passear a ver montras e nada ver, ou sentados na  sala da MAC, na longa espera da cegonha se anunciar, onde assistimos a um vaivém de gentes no entrar e sair, muita mulher de pés inchados, outras cansadas, dormitavam sob os ombros dos maridos na longa espera de exames e diagnósticos causados pela tensão alta e diabetes.Havia uma macaense branquela de cabelo comprido branco, albina, até metia impressão...E uma negra que trazia o recém nascido atado às costas, como é uso em África, para trabalharem...meteu-me confusão com a cabecita ao léu!
Desalmadamente entra apressada uma senhora de cabelo na nuca a imitar o estufado traseiro das pombas,  aperaltada de roupa preta, justa ao corpo, com fechos à moda e meias de renda -, petulante e delambida no trato com os demais da segurança -, hilariante foi vê-la atonta defronte da porta que não sabia abrir, porque não passava com a mão pelo sensor -, mas de força impregnada na voz altiva e de língua afiada mandava epitáfios ao ar como se os demais tivessem obrigação de a ajudar... Mulherzinha de nariz empinado, habituada a ter criados, a olhar os outros de cima -, velha gaiteira emproada, nervosa e exigente insistia com a menina da recepção para ver a listagem de entradas, no intuito de saber se a pessoa que procurava já tinha chegado-, perante resposta negativa insistia, insistia, e não dava tréguas, nem ouvidos a ninguém, até que depois de tanto ouvir não, teve a brilhante ideia de telefonar para a comadre, com isso põe a mala numa cadeira e  a vasculha  na procura dos óculos e do telefone e,  em voz alta a questiona -, para espanto se deixa muda, engole o sapo, sabe que se precipitou vindo para a MAC ,quando deveria ter ido para o S. Francisco Xavier...Um porém -o esquecimento de pedir desculpas a todos que incomodou, por ter sido insolente e arrogante a interromper os silêncios da sala, apesar da razão aparente, se mostrar gorada, por culpa sua e da petulância das suas atitudes.
A epidural segundo a minha filha funciona para a dor, mas não a sentindo em plenitude e por ser a sua primeira vez, inexperiente na lide de parturiente, foi tomada pelo descontrole do desgaste físico, sentia-se muito fraca, nos dois dias antecedentes já não conseguia comer nada, só tinha muita sede, ainda vomitou... sem  mais forças, derrotada na maca estendida, prostrada e falida, por as ter exercido erradamente no peito, e sem as sentir mais,  nem saber como fazer, para  expulsar a criança -, cabia à enfermeira o mote de a ensinar para a exercer no baixo ventre, onde é fulcral e precisa. A enfermeira que a assistiu seria rude (?) denotando fraco quase nulo perfil para parturientes, sendo que ali se encontram todos os dias mulheres de várias estirpes culturais...Assisti   a uma que chegou de ambulância do Beato, nela vinha a mãe, a irmã e o namorado, com o mesmo quadro clínico que a minha filha apresentou da primeira vez, minutos depois chegou a avó materna que ainda os questiona porque não esperaram por ela...Até parece que a ambulância é táxi, das suas  bocas só saiam asneiras, e conversa de fraco grau de instrução, apesar de dedilharem smartfones com muita eficácia... 
Sei que a MAC sendo uma Maternidade Pública e gratuita , acolhe todo o tipo de mulheres, umas de baixo índice económico, e outras que optam pela excelência do seu serviço que é pautado de eficiência, no receio de haver problemas no parto que aqui serão sempre facilmente colmatados. Uma maioria das mulheres que aqui chega é oriunda dos Bairros Sociais das redondezas, com isso as enfermeiras no resguardo em se proteger (?) farão uso de linguagem mais dura para as intimidar, e nesse habito rotineiro o mesmo uso com todas, sem destrinça no olhar a quem-, sendo ela psicóloga, não apreciou tamanha  frieza, antes esperava ser aquele sublime momento em ser mãe, apenas acarinhada e aconselhada -, por isso  não apreciou a sua conduta, por a achar altiva e dura nas palavras entoadas a tom grave ( abra as pernas, o seu filho quer nascer, se não fizer força tenho de usar ventosas ou ferros, e é uma pena estraga-la...), é demasiada tortura azeda num momento que deveria ser feliz!
Estima-se que a função de ser uma enfermeira competente passará por desempenhar um bom trabalho, seja na dedicação, empenho em ajudar e apoiar a parturiente, no intuito que o ato de dar à Luz, seja recordado em glória, e não em sofrimento,devendo ser aliviado naquelas horas de dor e medo que se apodera de muita mulher, onde se perde o controlo, a razão e as estribeiras -, basta apenas boas falas e atenção, porque no serviço parece são eficientes.
Fomos em tempos com os meus compadres à Ermida da Senhora do Monte a fazer fé na lenda que, quando São Gens nasceu, a sua mãe morreu do parto. Lenda  que se mantém no tempo com origem de uma curiosa tradição, que ainda muita grávida cumpre se quiser assegurar-se de que vai ter um parto bem sucedido deve sentar-se na "Cadeira de São Gens" em mármore  guardada no canto na entrada, sendo aberta a porta de propósito. A fiel guardadora é de cariz azedo, não deixa tirar fotos, tirei esta à socapa, ouvi logo reparo, que  é de ouvido tísico!

Sobre a natalidade leu muita literatura , mas o que parece nenhum autor escreve como um parto se passa na realidade, sendo necessário escrever por palavras simples os procedimentos, dando conselhos e dicas, como atuar e falar das probabilidades que possam vir a acontecer. Até adverti a minha filha para se aventurar na escrita, fazer ela própria o seu testemunho simples, sincero e direto, para ajudar outras mães, porque no caso descrito clamou em pasmo, pasmada - até porque era a única em trabalho de parto naquela tarde, estando outras duas em cesariana, o que dava tempo à enfermeira para perceber que seria a sua primeira vez, em que tudo é novo, em que lhe deveria ter prestado mais atenção, explicando como deveria atuar  no exercer a força e minimizar o acontecimento com menos sofrer-, acredito seria bem diferente, ainda assim o parto se salvou positivo, porque à última da hora apareceu uma médica, que sem delongas meteu mãos em força nos pés do bebé, com isso nasceu finalmente!
Nasceu  pelas 18.40 H -, meia hora depois fomos chamados pelo micro para conhecer o nosso neto. Emulsionante expetativa vivida nesse  momento indescritível , ao colo do pai. Guardei na memória o rosto muito branco( depois viria a amarelar com iterícia, na dificuldade do fígado eliminar as toxinas) senti abundância de cabelo negro e olhos abertos já a tomar conta de tudo, muito bem disposto, simpático, sem choro!
Deixamos a MAC  pelas 10 H sabendo que mãe e filho estavam bem, ficaram a descansar, bem precisados estavam. Na rua demos conta da chuva, o jeito foi entrar num táxi .Ficamos na sua casa até ter alta. A espera do regresso era grande, julgávamos ser sexta feira, tinha feito uma boa canja de galinha a lembrar o que a minha mãe me contou vastas vezes " quando vim de Coimbra de te ter a tua avó tinha uma boa canja gorda à minha espera..."...debalde só aconteceu no sábado de manhã, por causa da subida do leite. Foi melhor assim, já a sopa estava uma delicia, a comeu e lhe soube bem.
No sábado chegaram os pais do companheiro e uma afilhada.Almoçamos todos juntos. Pela tardinha viemos embora, para voltar na segunda feira onde ficamos até sexta. 
Houve percalços com a amamentação. O bebé cansava-se, parecia saciado e adormecia, mas na verdade bebia pouco leite e com isso emagreceu, o que é normal, porque nascem inchados, mas nele aconteceu em dois dias, por isso preocupante.
A febre tomou conta da minha filha, não baixava, já  a passar dos 38º liga para a emergência 24 que tomou conta da ocorrência dando indicação para ir à MAC para onde nos encaminhámos pela uma da manhã, senti a cidade deserta, só vi um carro da GNR a sair do Hospital da Estefânia e um táxi a passar junto da PJ. Nada, nem ninguém nesta zona, mas havia estacionamento. Na urgência apenas um homem esperava.Atendida de imediato onde já estava o fax da emergência 24 com o relato clínico, gostei de constatar francamente esta formalidade por me parecer muito eficiente e dedicada ao doente em tempo útil e correto acompanhar .
O mesmo não se pode dizer na triagem  onde as enfermeiras de trato agressivo na aposta e "ensaboadela ao tutano" para amamentar a criança, para insistir, insistir, e se conseguisse passar as duas primeiras semanas era uma heroína -, sem darem importância ao fato do bebe estar a emagrecer, nem falaram em alternar leite materno com suplemento, nem tão pouco deram importância à  febre provocada pela subida do leite, em vez de a advertir que diariamente os peitos tem de ser esvaziados , seja pelo bebé a mamar, bomba manual ou elétrica, para não ganharem caroços, como viria acontecer e com isso aflições desnecessárias. 
Enquanto estava na espera na sala da urgência, no dia do nascimento,  havia uma senhora que esperava o seu 4º filho, de pele mestiça, falava fluentemente o português e inglês  que nos disse à boca cheia que as enfermeiras não eram mães (?) por isso "o trato desleixado abaixo de cão"...
Apesar da publicidade  exposta e bem visível para se fomentar o aleitamento materno exige-se cabal informação e dedicação no acompanhamento neste momento em que tudo é novo e inusitado. Há que especializar o pessoal médico para ser mais humano, dedicado e atento no aconselhar.
De volta a casa havia ruas sem um único lugar para estacionar...Não sei a razão dos arquitetos da câmara de Lisboa que não vêem o caos em algumas zonas antigas que não foram estruturadas para carros num tempo que mal existiam há mais de cem anos .Das duas uma, ou não sabem o que fazer, ou não querem fazer, atuando, o certo! 
A sorte presenteou-nos e o lugar de onde saímos estava ainda há nossa espera , por ser numa curva.
Normalizada a febre da mãe, outro percalço com nova recaída no emagrecimento de 30 gr no bebé. 
Marcada visita ao Posto Médico que aconselha uma ida à urgência do Hospital da Estefânia. Foram horas em aflição por causa das epidemias e vírus que nestes lugares é coisa propícia, e do porquê de não engordar-, valeu o olhar de uma pediatra ao recém nascido que logo os recolheu numa sala à parte onde fez análises (chorou imenso) apesar de ter boas veias com o veredicto: A criança tem todas as competências para a idade, tem é Fome!
Logo as enfermeiras cuidaram da criança dando-lhe o biberon com leite que o deixa saciado. De volta a casa mais calmos, apesar de mui cansados. A partir desse dia bebe leite materno, alternado com leite de lata, passando as horas em grande calmaria, dormindo bem, sem sobressaltos, um anjinho, de olhar mui sereno, espero seja azul, a puxar ao bisavô materno, mas só daqui a 3  meses se verá!
Ontem foi o juntar da minha família-, a minha mãe e irmã vieram ver o Vicente, sendo que a minha Mena, o viu na MAC, por ter vindo a trabalho a Lisboa. Levei leitão temperado de véspera com uma massa de alhos, banha, azeite, sal e pimenta. Bem assado no seu bom forno, ficou de pele estaladiço, muito trabalho deu a virar bastas vezes. As batatinhas assaram em tabuleiro que apanhou os pingos do leitão. Ouvi elogios.A minha mãe trouxe o Pão de Ló, desta feita trabalho esmerado de alta confeitaria assim como a tarde de amêndoa.Brindamos ao Vicente!
Acabava de mudar a fralda quando apareceram outras visitas, amigos com o filhote Afonso de 4 anos, um amor de menino. O Sérgio, não hesitou em dar o biberon ao Vicente, o fez com elevado zelo que logo arrotou!
A minha filha é uma mulher de grande personalidade, e de alto valor creditício nas coisas da casa como devem ser feitas, muito asseada e organizada, sem stress.Sendo a casa pequena, arrumou tudo a contento, na mesa colocou uma toalha de estopa com rendas, oferta da avó do companheiro com boa música ambiente e velas de cheiro. Cuidadosa vestiu o Vicente com o babyGrow que a minha irmã tinha oferecido. Elas  fizeram-se chegar de sacos abarrotar de prendas: A Cristina Valente do Fundo da Rua deu-se ao trabalho de fazer 3 belos casaquinhos em malha, uma loucura de perfeição, boa escolha de cores e desenhos, uma coqueluche em obras de arte .A irmã a Ana e a filha Joana , também endereçaram as suas  lindas prendas, e no dizer da minha irmã " os seus cães, que considera filhos, o Camões, Tai e o Cid " mandaram o ursinho branco para o Vicente brincar...A prima Júlia também fez um bonito casaco azul e botinhas. Traziam também  boas prendas da parte da família do pai, que o meu compadre foi entregar à minha mãe.
Tratei de manhã da roupa branca passadinha a ferro, que depois de fria logo  foi arrumada, e a de cor  ficou no estendal, e ao meio da tarde faziam-se horas para as despedidas.
O Vicente voltou ao Posto Medico. Finalmente eis que o príncipe já ultrapassou o peso de nascença que foi de 3,30 k -, valor que deve acontecer após os 15 dias do nascimento celebrado ontem. 
Finalmente parece está tudo a correr bem. Os nervos, as agruras no peito com as fissuras, os caroços, e a deficiente alimentação-,  tudo neste agora parece já ter passado .
A  silhueta da minha filha é divinal, ninguém diria que foi mãe há 15 dias.Por demais cuidadosa!
Apesar de ter um primo como diretor na MAC,  e mais outras duas pessoas conhecidas que trabalham em parceria com a minha filha, não foi intenção incomodar quem quer que fosse-, porque nunca fomos de pedir, nem pedinchar, como se vê gente demais a fazer por tudo e por nada. 
Sobre a MAC julgo merecia ter melhores instalações, por as atuais se mostrarem antiquadas, porque a idade não perdoa - nasceu em 1917 - apesar da sala de partos ter sido reestruturada.
Constatei alta segurança. Admirável.
Mas nada que chegue a um Instituto Maternal, como o que agora abriu recentemente no norte.
Sobre a sua estada nada a objetar além do que foi mencionado, sendo  o serviço prestado à borla, se revela fantástico, porque no poupar está o ganho!
Um voto de confiança à MAC com apelo a melhorias no trato das parturientes por parte  de algumas enfermeiras, que também as encontrou de bom trato!
O inusitado aconteceu, afinal quando a minha filha nasceu escrevi um pequeno diário com o que ia acontecendo-, se lhe tivesse conferido o mérito como deveria, os percalços teriam sido evitados, porque estava  tudo escrito em bom português!
Votos de uma vida salutar para o meu príncipe Vicente.
Hoje já pesa 3,90 Kg e mede 51,30 cm, na derrota da pequenez dos 49 com que nasceu, atendendo ao tamanho do pé e da mão ao jus e eco dos genes fenícios do meu pai.
Que viva longos anos  com saúde e felicidade e que  a família sempre o acompanhe e todos se deliciem !

domingo, 16 de novembro de 2014

Museu Dr. Anastácio Gonçalves e a porcelana chinesa

Na Casa Malhoa,  sita às Picoas  que recebeu o prémio Valmor  em 1905-, obra do arquiteto Norte Júnior ao estilo Arte Nova, apenas durou 15 anos em Portugal. Nesta casa foi usada a técnica de massa de cimento pela primeira vez  numa decoração de ornamentação florista, naturalista, e curvilínea -, uma constante  como ponto principal e também no uso do ferro forjado dos portões em forma de borboleta , remates de muros,  vidraça do sobrado, da varanda do atelier e de outra com janelas seguidas a lembrar as naus na popa, escadarias elegantes, pormenores do tijolo dos canteiros do jardim em cerâmica da Fábrica Lusitânia, onde hoje funciona a sede da CGD na João XXI.Fachada com barras de azulejos  em florões na cimalha da casa e na volta das janelas de vitral com figuras, ao meio da fachada a legenda PRO ARTE , e um painel alusivo a uma pintora na quina a nascente.
Após a morte da esposa do Mestre José Malhoa por volta de 1918  a casa foi vendida, passou por dois compradores, sendo o terceiro  em 1932, o Dr. Anastácio Gonçalves que a deixou em testamento após a sua morte ocorrida em 1965, ao Estado Português, com a indicação de nela se criar um Museu que abriu portas em 1980. 
Reúne uma coleção de mais de 2000 obras de arte que se dividem em porcelana chinesa do século XVII/III, pintura portuguesa do século XIX e XX -, entre outros, Malhoa e Silva Porto, com espólio significativo deste, mobiliário português e estrangeiro, e ainda importantes seções de ourivesaria civil, pintura europeia, cerâmica europeia e oriental. têxteis, numismática, medalhística, vidros e relógios de bolso de fabrico suíço e francês. 
Escadaria do acesso da entrada com o chão em quadradinhos de mármore preto e branco, as paredes pintadas com a forma da borboleta, quiçá  o emblema da casa(?), está em todo o lado até na porta de entrada.
Na esperança de acalmar o stress na espera do nascimento do meu neto dei com o nariz na porta na segunda feira-, único dia que está fechado.Voltei tinha ele 4 dias.
Os jardins em redor da casa
Portão principal da entrada
Ao entardecer a visita, havia preparativos para lançamento de um livro, sem modos fiz-me à foto no plattoo...
       Quadro pintado pelo Mestre José Malhoa em 1932 do Dr Anastácio Gonçalves
A coleção inicia-se com loiça chinesa século XVII/III
Deleite apreciar tamanha beleza
Taça  do século XII  Dinastia Song do norte (960-12799
Loiça da Turquia
Os relógios ingleses -Taylor de hora certa
Casa de banho com a toalha de linho bordada com o monograma "A"
Quarto de cama pequena-,dormiam quase sentados com muitas almofadas com medo de morrer...
Presépio de autor desconhecido
Retrato de Bordado Pinheiro
As Meninas do Lumiar
Aquário
Contador
Sala de Jantar
Louceiro 
No chão o refrescador
A mesa natalícia à nossa época
Escadaria com patamar e nele potes de armazenamento 
Atelier com um belo e sumptuoso lustre  comprado no leilão do palácio da Junqueira do Conde Burnay juntamente com o canapé branco que está na foto abaixo.
O meu marido deslumbrado com o lustre que nos fez lembrar Versalhes
Pote dos meninos  Dinastia Ming, Período Jiajing (1522-1566)


O Museu alverga a pintura de vários pintores portugueses:

Marques de Oliveira, João Vaz, Mário Augusto e Veloso Salgado.

Columbano (“Convite à Valsa”)
António de Ramalho (“A Senhora de Preto”)
Atelier expoente máximo de pintura portuguesa 
As tampas dos potes pintados a dourado foram adaptadas à posterior

Mestre José Malhoa 
Paisagem de Figueiró dos Vinhos com a torre do seu casulo onde morou 50 anos que conheço tão bem desde pequena.
Estudo da Praia das Maças de 1919 
Entrudo 
Lamento não me recordar do autor ( julgo Malhoa)  e do dono deste retrato

Silva Porto (“Ceifa do Lumiar” e barca no Minho ).

Barca em forma de jangada  em Serreiles no Minho levando a manada de bois com o carro carregado, do pintor Silva Porto de 1892. 
O moinho gigante no Barreiro pintado  em 1887 por Silva Porto, ainda existe tal como outros ao longo do Tejo na Moita, Montijo e Alcochete que lembram pelo formato os da ilha de S. Miguel e os holandeses. Para mim fascinaram-me quando os conheci por serem ao nível da praia. Antes os conhecera sempre no cimo das serras, sendo maiores, e na região de Sicó eram em madeira de formato triângulo retângulo isósceles ( moinho de vento, cauda de pavão ou cadeira de noiva ) que rodam consoante o vento na eira de pedra à força de mãos .
Belo vitral
Preguiceiro século XVIII (1750- 1780)
Pote  executado em 3 partes, porque os fornos seriam pequenos, é visível no bojo os remates
Cofre em laca
Escrivaninha doada por D. João V à madre do Convento de Odivelas
Junto ao atelier havia um corredor encerrado por causa do lançamento de um livro,na saída quando quis fotografar o quartinho onde as "MODELOS" se desnudavam para o Mestre Malhoa as pintar, entrou uma desvairada senhora que nem me pediu desculpa...e a foto ficou neste lastimável estado!

Amei!
Peço desculpa de algum lapso, não tiro notas e oiço a correr...Também da fraca qualidade das fotos.
A casa é revestida a papel em tom grená muito escurecido no tempo, as luzes acesas não foi possível fazer melhor.
Fontes Wilkipédia
www.patrimoniocultural.pt

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