terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Chão de Couce em Ansião o falar dos irmãos Adriano e Palmira Rego

Aclarar o rico passado de ilustres das Cinco Vilas e Ansião-, os irmãos Dr. Adriano Rego e D. Palmira Rego, na senda de os tornar eternos, aflorando testemunhos do Henrique Dias pela pesquisa da árvore genealógica e da leitura da Monografia de Chão de Couce do Dr. Manuel Augusto Dias, e do Abel Santos Silva com os signatários travou conhecimento, gesto gratuito recordar esse passado da sua infância ao falar de Pessoas quase esquecidas na história de Chão de Couce, sendo que a terra também floresceu com as suas histórias de vida no fatal desígnio lhes perpetuar memória e merecida homenagem pelas ações beneméritas oferecidas à vila com lotes de terreno das suas quintas-, a D. Palmira doou o lote para serem construídas as Escolas Primárias, e julgo o espaço do alpendrado das bancas do mercado (?) e em 1937 a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Ansião presidida pelo Dr. Adriano Rego, deliberou adjudicar o posto de transformação de rede de baixa tensão para abastecimento de electricidade a Chão de Couce, até aí só se alumiava a petróleo.
Ansião-, a terra que o Dr. Adriano Rego escolheu para se casar e montar o seu consultório, onde também veio a doar parte da quinta herdada da sogra, hoje conhecida pela Mata Municipal ao povo de Ansião e ainda um  campo para se jogar à bola. Apenas foi enaltecida a ação e mérito atestado na toponímia com atribuição do seu nome à rua que confronta com a sua casa, contudo em Chão de Couce, desconheço se os irmãos foram na mesma contemplados, a não o terem sido (?) o tenha sido por falta, ou suposta fartura de cultura (?). De facto não passa despercebido a gente com visão o facto de prevalecer no tempo o esquecimento de ilustres, no masculino e feminino, a marcar a toponímia de Chão de Couce, e ainda que tardiamente, sempre a tempo de se reparar o que até hoje ninguém se dignificou no tempo em prestar honra nesta terra, ainda que a título póstumo, seja desterrado lápide com pompa e circunstância, atestado por quem de direito no desempenho do poder político. Porque é chocante olhar a toponímia de Chão de Couce e não enxergar os seus nomes na atribuição de Ruas, onde saltam à vista nomes de cariz estranho (?) "Rua do Canto " Travessa da Era" ( sem saber se queriam escrever Hera, a trepadeira que lhe reveste o muro) ...
Citar Henrique Dias "os dirigentes políticos hoje em dia estão pouco virados para homenagear pessoas que já estão "a fazer tijolo". Por vezes nem com os vivos eles se preocupam..."

Lamento concordar, de facto assim se mostra este desafecto -, as pessoas morrem, a vida continua para os vivos, o que se lamenta é não ficar exarada na história as suas histórias de vida, quando o foram de engrandecimento para a terra que os viu nascer.
Falar da linhagem do ilustre Dr. Adriano Rego e da sua irmã D. Palmira Rego nascidos em Chão de Couce, o Henrique Dias, gentilmente me endereçou "esquema com os descendentes do pai do Dr. Adriano, tal como é do seu conhecimento atual. O Dr. Adriano Augusto de Barros e Rego nasceu em Chão de Couce em 08.12.1877 tendo falecido em Ansião a 05.07.1966."

Citar Henrique Dias  " o Dr. Manuel Augusto Dias no Estudo Monográfico de Chão de Couce, fala do Dr Adriano Rego em diversas páginas, a saber:
55,115,116,120,128,163,193,199,222,223,252,281,299,361,371 a 373,390,404.
Tenho o 1º volume de "Ansianenses Ilustres" livro (atualmente esgotado), do historiador Dr. Manuel Augusto Dias, que lhe dedica cerca de treze páginas onde consta a sua fotografia e respectiva biografia. Tem inclusive a foto da casa onde ele nasceu em Chão de Couce. Quanto ao Dr. Adriano o seu ramo paterno (Rego) tem origens em Figueiró dos Vinhos, passando depois ao Avelar e por fim a Chão de Couce.
E sim, foram Senhores da Quinta de Baixo e da de Cima, da Quinta da Rosa, etc...
As avós paterna e materna têm raízes em Maçãs de Dona Maria e o avô materno em Alvaiázere.Tenho alguns parentescos com ele. O mais chegado é o casal Manuel Antunes e Veríssima Maria das Neves, meus sétimos avós.Eis alguns dos seus ascendentes. Deixo-lhe algumas notas soltas que juntei: Primo de Alberto Rego, da Quinta de Cima, e cunhado de Januário Fernandes de Sousa Ribeiro.
Julgo os Livros não fazem qualquer menção à referência do Capitão-Mor de Chão de Couce, quando se verifica a existência de um enorme relacionamento entre as famílias dos Capitães-Mor das diversas localidades .Com a extinção da Casa do Infantado em 1834, D. Pedro IV concedeu a Quinta de Cima ao Sargento-Mor das Antigas Ordenanças das Cinco Vilas e Cavaleiro da Ordem de Cristo, António Lopes do Rego. Desta forma a Quinta de Cima entrou na posse desta importante família."

Por não ter lido o Estudo Monográfico do Dr. Manuel  Augusto Dias, avento (?) que os pais do Dr. Alberto Rego e do Dr. Adriano Rego seriam irmãos, possivelmente nasceram na Quinta de Cima (?).
Quinta de Cima
Pressupõe tenha sido na mesma Quinta de Cima (?) onde nasceu Augusto Lopes do Rego que em 1843 viria a casar com Hermínia Cândida da Costa Soares de Barros Machado de Alvaiázere, tendo três filhos:
  • Eduardo Augusto de Barros Rego nascido em 1874
  • Adriano Augusto de Barros Rego nascido em 1877
  • Palmira Cândida de Barros e Rego nascida em 1880 
Numa pesquisa para outra crónica, descobri por acaso que o filho primogénito emigrou para Angola com 26 anos, possivelmente solteiro, de onde supostamente não voltou (?) por o esquema não ter data do seu falecimento (?). Eventualmente evidencia que após o falecimento do pai em 1892, tivesse vendido a sua quota parte da herança aos irmãos Rego-, Adriano e Palmira (?) para ter dinheiro para a viagem (?), uma suposição que ao tempo era comum.
Passaporte de Eduardo Augusto de Barros e Rego  
1900-12-31
Idade: 26 anos
Filiação: Augusto Lopes do Rego / Hermínia Cândida de Barros Machado
Naturalidade: Chão de Couce / Ansião
Residência: Chão de Couce / Ansião
Destino: Angola / África
Citar Henrique Dias " O pai do Dr. Adriano e da sua irmã D. Palmira foi um importante proprietário. Faleceu, tendo deixado o filho órfão aos 15 anos, tendo sido um tio, Juiz na Comarca da Nazaré, que se responsabilizou pela sua educação. Terminou o curso de Medicina em 1904."
Citar Abel Santos Silva " Cresci na Quinta da D.Palmira Rego, casa antiga ao género de palacete muito bonita, com muitos quadros da família, cheguei a estar com a D.Palmira à lareira .
Era criança , ela gostava muito de mim, morava com uma empregada dos lados de Almoster. Esta casa foi vendida pelos herdeiros ao Sr.Alberto António, conhecido por Alberto do Canto, e a Escola de Chão de Couce foi terreno doado pela própria".
Os irmãos Rego poderão ter nascido nesta casa de traça solarenga (?), ostenta no lintel a data de 1857, cuja escadaria em meia lua uma das mais belas ainda preservada nas Cinco Vilas, a fotografei há uns dois anos, sita ao cimo da rua defronte do Pelourinho na direção do tardoz da Igreja, ao tempo conhecida como "Quinta da D.Palmira" onde em grande parte foi feita uma urbanização.
Desconheço se a quinta outrora teve um nome (?).
Citar Abel Santos Silva " O meu avó Abílio Coelho morador na Serra de Mouro-, o Feitor de sempre das Quintas em Chão de Couce; do Dr. Adriano e da D. Palmira, os quais depositaram nele inteira confiança para gerir todos os poderes para fazer, comprar, e vender. O Dr. Adriano tinha muitos bens em Chão de Couce , herdou uma Quinta que não tinha casa de habitação onde havia uma grande adega, com uma parte de terreno de amanho e outra de vinha que dela fazia milhares de litros de vinho. Esta Quinta era a seguir à casa do Sr.Manuel Rato, que trabalhou na Sapataria Gaspar em Ansião, e casou com uma filha do falecido Adriano Marques . A quinta começava junto à casa dele tem pela frente duas casas baixas e um portão, seguindo ao longo da estrada até a Quinta da Rosa, fazendo com ela estrema . Mais tarde uma parte desta Quinta foi loteada com algumas vivendas, a outra parte junto à estrada vai ter ao cruzamento do Bairro. O Dr. Adriano Rego tinha outra Quinta junto à Quinta da Rosa, vendida também pelos herdeiros ao Sr. Alberto Coimbra.
Lembro-me em pequeno passar por casa do Dr. Adriano em Ansião, para levar coisas, com o meu avó. Já não me lembro muito bem, se uma parte da Quinta da Cerca, pertencia também ao Dr. Adriano (?). Ainda tinha uma outra Quinta a caminho da Mó com o limite na Nexebra, onde tinha outra grande vinha, mais tarde vendida pela família do Dr. Adriano ao Sr. João Ferreira, onde já tinha uma casa que vedou uma parte e lhe deu o nome primitivo - Quinta das Eiras."
 
"Tendo cedido uma parte de terreno no seu tardoz junto ao sopé da serra Nexebra para ser construído o Centro Paroquial."
Ao Furadouro a estrada para a Nexebra na bifurcação à Fonte do Cano para a Mó na quinta das Eiras, tem pela frente um grande terreno, outrora de vinha, agora se mostra de cepas limpo, supostamente por lotear (?), mas em tempo de antanho teria sido terreiro de milho, regado com água da mina da Nexebra, que lhe deu o nome - Eiras, para o milho secar ao sol, algures aqui deviam haver.O meu marido herdou um lote na Mó que foi do seu bisavó Alfredo Coimbra, há dois anos em caminhada demos conta desta Quinta das Eiras, aproveitei para conhecer o Centro Paroquial, onde mais acima descobri a conduta em pedra da mina de água com resquícios de imponência, pertença da quinta das Eiras.
Atualmente parte da  Quinta das Eiras que foi do Dr. Adriano Rego.
Citar Abel Santos Silva "A D. Palmira casou com Januário Fernandes de Sousa Ribeiro e teve pelo menos dois filhos, a Maria Lucília e o Adriano. Deste último conheço uma vasta prole. Conheci os dois filhos .Também fui algumas vezes a casa da D. Lucília."
O Dr.Adriano Rego exerceu a sua profissão de médico na Figueira da Foz, recordo da minha mãe me contar que a sua filha, a Sra D. Maria Amélia Rego lhe confidenciou que naquele tempo ele se deslocava a Quiaios montado em cavalo branco, a sua praia eleita, onde acabou por comprar um lote quase em final da linha de construção para sul para ser implantada uma casa pré fabricada em madeira para as férias da família, que cheguei a conhecer.
Citar Henrique Dias excerto da Monografia do Dr. Manuel Dias " O Dr. Adriano Rego havia de se mudar para Elvas, tendo vindo para Ansião em 03-06-1908 onde exerceu a profissão de médico no seu consultório, mandado construir entre a sua casa e o seu romântico jardim . Retirou-se da profissão ao fim de 32 anos em 25-09-1940. Foi "Sócio Fundador do Grupo dos Onze na Primeira República, Cooperativa de distribuir bens de consumo.Foi Presidente da Comissão Administrativa (1933-1938). E foi Presidente da Câmara de Ansião (1941-1946)."
Um dedicado Homem prestador de serviço público em prol da comunidade!
Apesar da minha parca memória do Dr. Adriano Rego, nem do seu funeral ocorrido quando tinha 9 anos, talvez por ser altura de verão estando de férias na Figueira da Foz, um hábito de todos os anos, teria sido o último, porque a partir dos 10 anos comecei a frequentar a Colónia Balnear Dr Bissaya Barreto na Gala. Conheci no entanto a sua filha a Sra D. Maria Amélia Rego, ao tempo divorciada do Dr. Amado, pai dos seus cinco filhos (?). Foi a primeira pessoa que conheci neste estado civil até então o desconhecia. O Dr. Amado era natural do Pinhão, de família rica, julgo vinhateira do Douro, recordo o seu consultório médico ao Fundo da Rua, na Rua de Pombal, em casa castiça ao género de chalet , outra assim igual existia ao lado onde morava o Arcipestre, homem que também conheci, lamentavelmente ambas foram demolidas para se fazer no local um mamarracho arquitectónico. O funeral do Dr. Amado por ter sido falado durante uma semana tenha sido naquele tempo o que mais me marcou a memória, em Ansião.
Na verdade espero que não se perca na história de Chão de Couce  a referência da família Rego, o mesmo em Ansião, cumulativamente com a família Veiga-, ambas unidas por laços de casamento, mas por terem sido importantes no passado histórico destas vilas pela ação benemérita, ambos com descendência, se destacaram nos anais da história em relação a outros, sobejamente em igual ou maior riqueza, e sem descendência direta, sendo o que doaram para o povo do concelho, não tenha tido o mesmo brilho, ainda a tempo de também algum brilhar eloquentemente, vindo a surpreender!

Citar Henrique Dias " Sei que o Dr. Adriano Rego teve duas filhas; Maria Isabel Rego casada com o Dr. Álvaro Lopes de Faria, que foi Conservador do Registo Predial de Leiria, e Maria Amélia Rego casada com o Dr. António Amado Cardoso de Freitas. Acontece que não tenho conhecimento se o Dr. Adriano teve mais filhos, sendo que casou duas vezes, pelo que daqui para baixo não conheço mais geração, pelo que deixo essa tarefa para os seus descendentes."
Do meu conhecimento o Dr. Adriano Rego teve duas filhas do primeiro casamento, após o falecimento da esposa se voltou a casar em 2ªas núpcias com a sua cunhada Lídia Veiga, de quem não teve descendência. Pelo que seja fácil acreditar tenha sido em tempo da sua vereação camarária ou não (?) que procedeu à escritura de doação de parte da Quinta da família da sogra Veiga, a rondar o ribeiro a mata para nascente.Alvitrando este pensar, sem saber quando faleceu a 2ª esposa, a D. Lídia Veiga, por não ter havido filhos, tenha sido a doação dirigida ao Povo de Ansião, na vontade em perpetuar a memória desta senhora, doando a sua quota parte da herança da quinta (?). O que me faz sentido pensar, sendo  gesto gratuito, fraterno, de boa índole e coração, sendo que tinha descendência da primeira esposa!
Nesta foto do lado esquerdo ao cimo a casa alta, a casa da D.Maria Isabel Rego
Citar Abel Santos Silva " Conheci muito bem o Dr. Adriano, só me lembro da filha Maria Isabel que casou com o Dr. Álvaro Lopes de Faria, a filha médica casou com o Dr. Henrique (s) Lopes , este senhor era filho de um sapateiro da Venda dos Olivais ou Carvalhal perto dos Cabaços. A Dra uma senhora alta estava na altura no Hospital de Torres Novas e ele na Golegã onde tinha um consultório, sendo que também trabalhava no Hospital. O nome dela não me recordo."
A segunda filha do Dr. Adriano, a D.Maria Isabel Rego pelo casamento foi construída uma casa na frente do antigo Externato. Sempre me recordo de a ver fechada, embora tivesse chegado a espreitar pelos vidros da grade da porta onde distingui um átrio forrado a madeira, casa ao estilo entre o "Português Suave e Art Deco". Entretanto há anos vendida sita de gaveto com a nova variante da vila para a Mata.
Prevalece na boca do povo os ditos de cariz popular ...
"Tudo vai atrás de quem o deixou"
"Se queres comprar bom e barato, compra a quem herdou que nunca lhe custou".

Atualmente em Ansião encontram-se à venda as duas casas de cariz solarengo assinalado no lote acima a vermelho que foram pertença do Dr. Adriano Rego, herdadas pelos netos.
O que o futuro reserva para este casario emblemático?
O tempo o ditará!
Casa dos herdeiros de Matilde Veiga
Sita no gaveto ao Fundo da Rua com janelas de aventa de cariz solarengo sem capela, por isso no meu entender não lhe chamaria palacete . Aqui viveu  D. Matilde Veiga com o Dr.Domingos Botelho de Queiroz, médico vindo de Vila Real, supostamente primo do Eça de Queiroz (?), por quem não simpatizaria ou não queria rivalizar vaidade  (?) assim se justifica o facto de não ter dado o seu apelido às filhas, em prol de "Botelho" (?). A filha primogénita recebeu o mesmo nome da mãe-, Matilde Veiga Botelho, viria a casar com o Dr. Adriano Rego, sendo construída outra casa adoçada à da sogra. A foto abaixo mostra a diferença da casa primitiva mais baixa e a mais alta do Dr. Adriano Rego com a parede revestida a placas de ardósia.
Casa sogra e do genro Dr. Adriano Rego
O lintel da casa mais antiga ostenta a data 1852
Desconheço o nome primitivo desta quinta na vila da família Veiga, seria Mata? Devia nascer na margem da ribeira do Nabão até ao gaveto no tardoz da atual Biblioteca, e para nascente se estendia pela atual Mata (?) cujo foreiro antes de 1593 teria influenciado para o burgo se mudar  com a igreja na sua mediana tendo pela frente a antiga estrada romana.
Igreja matriz de Ansião
Prédio onde foi o consultório do Dr.Adriano Rego
 Lado sul da casa do Dr Adriano Rego defronte do jardim a seguir ficava o consultório.
Encontrei em sites imobiliários estas casas ao Fundo da Rua à venda, entretanto julgo foram retiradas.
No meu tempo de criança por altura do Carnaval houve anos que a Srª D. Maria Amélia emprestou os fatos carnavalescos usados pelas suas filhas, anos guardados em arcas no sótão a que a traça atacou, para tomarem nova vida nas mãos delicadas da minha Titi, a irmã mais velha da minha mãe, ambas os remendaram aos serões do turno da meia noite, no Correio de Ansião. Num Carnaval vesti-me de madeirense e noutro de cigana, vestindo uma saia comprida com a barra enfeitada de flores em vermelho em papel celofane ( só gente rica naquele tempo o conhecia e comprava) desfilei vaidosa à laia de cigana de cabelos longos, brilhantes da cor da asa de corvo, assim o diziam, de cesta de verga pelo braço a vender fita de nastro, linhas e alfinetes...Sempre conheci a Sra D. Maria Amélia Rego a viver na sua bela casa, alindada com um jardim e um lago, tenho a sensação que havia uma pérgula com bancos semi redondos em pedra... Ambiente bucólico e sonhador que comunguei durante 15 dias em explicações com colegas para o exame da 4ª classe, a Prof. Maria do Nascimento ao tempo hospedada nesta casa, em dia de despedida a foto numa clareira da Mata depois de se passar pela pequena ponte ao ribeiro onde havia uns barracões de pedra antigos, quando a foto o teria sido mais bela junto do lago...
Euzinha a segunda a contar da esquerda
Para há uns 30 anos ter entrado pela primeira vez na casa rasgada de grandes janelas com cortinados em renda de altos tetos, pela mão da sua filha  Alicinha, véspera de Natal, tinha trazido novidades de roupa para venda, escolhi uma fatiota em lilás, a cor da moda daquele ano no inicio da década de 80 estreada pelo Ano Novo no meu local de trabalho em Lisboa, o Banco Sotto Mayor, onde havia de despertar a ousadia de um colega de origem nobre que me aborda para dizer que a fatal cor na minha silhueta lhe aclarou os sinais evidentes do meu rosto de genes fenícios, e sem delongas os descreveu, e me deixou vaidosa...No Externato ainda tive como Professora algum tempo, julgo em Português, outra filha da Sra D.Maria Amélia Rego, lamento já não recordar o seu nome.
A casa mais antiga a conheci há poucos anos quando nela funcionou a sede do Jornal Serras de Ansião, recordo a escadaria em pedra a lembrar outra semelhante na mesma rua ao cimo, noutro solar, hoje em parte funciona o Clube dos Caçadores de Ansião.
Em Ansião, seja a excelentíssima Sra. D. Maria Amélia Rego a última Senhora (?) de linhagem, que se distinguiu pelo saber estar, mulher de alto porte, se vestia bem, culta, decidida e de forte personalidade, que mais me impressionou. A minha mãe sempre me falou carinhosamente desta senhora, do tempo que pediu o divórcio e partiu para Coimbra onde alugou uma casa para os filhos estudarem, e ainda a sub-alugar em parte a outros estudantes. As muitas dificuldades que sofreu para conseguir "segurar as pontas" no cumprimento das contas, a despesa da renda e compras para fazer as refeições, sendo ela própria uma senhora de linhagem ali sem peneiras, cozinheira. Um dia levou a minha mãe à Quinta de Cima, pedindo a quem lá vivia para lhe a mostrar, apesar da minha mãe já a conhecer do tempo da governanta de sempre, Conceição, mulher do chauffer alcunha " Zé da quinta" de apelido Veríssimo. Ainda assim a minha mãe Ricardina, quando se recorda desta visita se deixa a falar das coisas belas que apreciou e até do quarto onde passava o mês de setembro, o pintor mestre Malhoa...
Fotos retiradas do site da venda dos imóveis, pormenor do recanto com parede em azulejo ladeada por bancos namoradeiros e escadaria em pedra para a Rua Dr. Adriano Rego.
Julgo que nos últimos 50 anos houve alguma alteração junto do lago que não o reconheço com os bancos onde me sentei durante as explicações ...
Citar Abel Santos Silva " Sei que a referida Mata em Ansião foi oferecida para parque de lazer, assisti a alguma divergência quando um executivo camarário após o 25 de abril tentou utilizar parte da Mata para outros fins!"
No meu tempo a Mata Municipal manteve-se em total abandono durante décadas. Enquanto aluna no Externato houve alturas de empurrar o carro maior que a estrada, em cor de libelinha, um Dodge  do Padre Melo, até às Bombas de Gasolina, onde por vezes acontecia a aventura em descobrir o caminho de argila esventrado de socalcos e buracos com clareiras de carvalhos e pinheiros enormes e ainda arbustos altos da família das mimosas com saída pelo Salgueiro.O poder autárquico a cumprir mandato após uns dois anos do 25 de abril aprovou decisão de construir uma garagem na Mata, tendo sido escolhido o local quase na extrema com o quintal da Sra D.Maria Amélia Rego, onde procederam ao abate de pinheiros antigos, motivo que a alarmou e sobre o qual se insurgiu pelo tamanho despropósito, senhora abençoada de voz e liderança sendo dona da razão, se falou ao tempo que os intimidou com providência cautelar (?) e claro foram obrigados a recuar na decisão mal tomada em assembleia. Ao tempo ficou famosa a sua frase - "Uma Coisa é uma Coisa e Outra Coisa é Outra Coisa"...Afim de remediar o sítio dos pinheiros abatidos foi planeada à posterior a construção de uma piscina a céu aberto, anos mais tarde por ali terem ocorrido acidentes, recaiu nova decisão de ser entupida e construída uma nova em pavilhão fechado, quando as duas podiam perfeitamente coexistir desde que houvesse segurança nas vedações...
No meu tempo de miúda no ritual de procissões; Dia de Ramos, Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora da Conceição, a Sra D.Maria Amélia sempre abriu as janelas e as decorou com belas colchas a fazer de pendões, na vontade em manter a tradição numa casa que sempre a distingui solar...
Senhora de humor e divertimento, nos últimos anos de vida era assídua em excursões, altura que conviveu mais de perto com a minha mãe, que lhe ensinou o tango argentino.
Recordo de ter substituído o telhado e de se lamentar que a obra não ficou em condições...
Adorava de a ver vestida pelo Natal com o seu belo casaco preto em pelo encaracolado, astracã, uma deusa!
Foto do jardim com calçada e canteiros, ao estilo romântico fechado por varandim em ferro forjado encastrado em colunas de pedra onde se encontra o poço.
Fechar a crónica a enaltecer que o Dr.Adriano Rego foi o maior benemérito até hoje que eu conheça no concelho de Ansião.Contudo em Chão de Couce onde nasceu com a sua irmã D.Palmira aonde também doaram parcelas de terreno, não me parece que os seus nomes se mostrem enaltecidos na toponímia, ou o foram e eu não sei? A não estarem ressalvados com a distinção desse mérito e destaque, facto que enxovalha o mais incauto em terra de pedra e de canteiros, até hoje não houve presidente camarário que se dignificasse em lhes prestar a merecida homenagem, e claro pedestal e busto em Ansião.
Será que Chão de Couce os esqueceu de homenagear ?
O belo e rico chão, de Chão de Couce-, terra deveras inspiradora por incutir encanto a gente sonhadora como eu para viajar num recuo de 100 anos em raio de 3 quilómetros enxergando chão repleto de Quintas, habitado por gente com ascendência na fidalguia; Craveiro; Feio; Pimentel ; Castro, oriundo da Galiza; Ventura; Medeiros; Gaspar (oriundos de Romila, Almoster); Sousa; Canôva; Rego, e de tantos outros apelidos descendentes da emblemática e a mais antiga Quinta de Cima;Quinta de Baixo, Quinta da Cerca; Quinta do Salgueiral: Quinta da Amieira; Quinta da Sarrada e,...Plausível afirmar que Chão de Couce foi um chão predominante de vinhendo onde se produziu um vinho medieval , cujas boas cepas ainda delas restam bons exemplares, a vinha na Mó que foi de Alfredo Coimbra, o bisavó do meu marido, dela ainda existe réstia de excecional casta, não esqueço a produção de vinho de cor palheto, gasoso a chorar pelo copo, e na boca escorregava saboroso como outro difícil assim encontrar casta,  atualmente em poisio, há 2 anos, por não ter havido moléstia apanhei cachos de fazer inveja a outras vinhas cultivadas no Outeiro da Mó, tratadas e de cachos enfezadas!
Produção de uvas da Mó
Vinha no Outeiro da Mó a olhar a Nexebra
Voltar a referir o ditado português "Tudo vai atrás de quem o deixa"...
O outrora grande chão de terrado com vinhendos de Chão de Couce foi dando lugar a salpico de urbanizações, em nada favorecem a típica e castiça vila, até a descaraterizam na  sua bela traça arquitetónica que Chão de Couce soube num tempo manter, e que ainda lhe dá o título de ser a mais bela vila das Cinco Vilas e Ansião, a que se junta o fatal salpico de poisio, fruto desta mudança tenham sido factores de perda da tamanha aposta  da vinha no século XIX , a meu ver aposta em terrado de planura, em prol do costado nascente e poente da Nexebra de chão xistoso ao ter sido roteado por carreiros e leirões, como no Douro, isso sim, teria sido o seu tesouro nas Cinco Vilas!
Haja  alguém de inspiração e vontade bastante que consiga agregar pequenos proprietários e banir o eucalipto ao jus a rivalizar luta ferranha à vizinha cidade de Ourém, que prestigia o seu passado, ao ter consagrado o seu vinho medieval na Lei desde 11 de Fevereiro de 2005, enquanto vinho de qualidade produzido em região determinada (V.Q.P.R.D.), com largas centenas de vitivinicultores registados no concelho.
Entristecedor e frustrante reconhecer a consequente falta de cultura assente no poleiro das Cinco Vilas e Ansião, que não abre horizontes, não aclara ideias na defesa do património, esquece o valor das suas gentes e o passado rico que nesta terra se viveu sendo que tristemente os esquece, maltrata, sem lhes dignificar a glória merecida!


FONTES
Agradecimento especial ao Abel Santos Silva e Henrique Dias
Referência à Monografia de Chão de Couce do Dr Manuel Augusto Dias
http://www.freguesiachaodecouce.pt/home.php?t=curi&mostraartigo=sim&codartigo=24&t=curi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Our%C3%A9m_(Portugal)
http://geneall.net/pt/forum/2096/teixeira-de-castro-de-chao-de-couce/
https://casa.sapo.pt/Moradia-T6-ou-superior-Venda-Ansiao-Ansiao-tem.Piscinas-4c0d345e-8984-11e6-9d7e-00155d644625.html?pn=3
https://digitalis-dsp.uc.pt/html/10316.2/22956/Preview.pdf
http://digitarq.adlra.arquivos.pt/details?id=1069538

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Monografia de Ourém no encalço da Ladeia

Doces memórias do mercado à quinta-feira na vila de Ourém,  desde que me lembro, no tempo que  a minha mãe se deslocava a trabalho nos correios, bulício perdido após a elevação a cidade. 
Jaz o arrabalde do mercado a viva panóplia de feirantes e tasca à laia de restaurante ambulante de comes e bebes em mesas corridas com toalhas de plástico. 
Entre demais iguais o bom cozido à Portuguesa.

Um novo olhar em dia de mercado em fevereiro de 2017, despertei para o encalço da via romana, vinda de Ansião. Não parei nem descansei, com avanços e recuos... Deslumbre orgasmo intelecutual de enxergar mais além que tanto académico só enxergou pela metade!
Graças à Monografia de Ourém, de João Alvim de 1961, um dos pilares a levantar mais do passado da Ladeia,  suscitou investigação a outros estudos de Sicó e suas franjas. Acresce a Monografia de Figueiró dos Vinhos, os vários estudos de Alvaiázere,  Ferreira do Zezere, e as muitas caminhadas . 
A lamento dizer, todos os estudos se mostram com lacunas, sem enfoque à realidade da proto-história, crucial vivida nesta região, sem qualquer coligação a esse pasasdo rico e vasto a previlègio desta região rez ves no centro de Portugal... cuja finalidade , intenção, ainda por publicar. 
Bibliografia inédita quase em reta final publicada no Jornal Serras de Ansião.


Monumento dedicado ao Povo de Ourém
Tenho a vaga ideia que o Prof. Hermano Saraiva num dos seus programas não apreciou este monumento...lamento não recordar o motivo, o tenha sido por não ser em pedra da região (?)
Li augures "OURÉM é terra nobre de velhos pergaminhos que honra a história e respeita a tradição.  Cujos monumentos falam da histórica grandeza da terra, da sua nobreza e da sua eterna grandeza." 
«O 1º Conde de Ourém João Afonso Telo de Meneses.
O 2º Conde de Ourém João Fernandes de Andeiro.
Em 1383, D. João, Mestre de Avis o apunhalou nos aposentos da rainha Leonor Teles no Paço de Lisboa .
João Fernandes de Andeiro, fidalgo galego natural da Corunha. Apoiou D. Fernando na invasão da Galiza, desejoso de alcançar o trono de Castela. Mas a sorte está contra o monarca português, Andeiro parte para Inglaterra e casa com uma filha do duque de Lencastre. Durante as negociações de paz entre os dois países tendo como mediadora a Inglaterra, vem secretamente a Portugal e se apaixona por D.Leonor Teles, numa altura que o rei português D.Fernando já doente e com o problema da sucessão.A rainha apoiava o lado castelhano pelo casamento da sua filha D. Beatriz , dando origem ao seu assassinato.
O 3º Conde de Ourém Nuno Álvares Pereira
O 4º Conde de Ourém D. Afonso de Portugal da Casa de Bragança»
Quadro da morte do Conde Andeiro no Museu Soares dos Reis
Adro da igreja avista-se o burgo onde nasceu Ourém, em dia com neblina
O povo ourense desceu do morro do burgo de Ourém após o terramoto de 1755 por ficar bastante arruinado, aos poucos resistentes abandonaram em final de 1810 ,ao ter sido incendiada pela passagem da 3ª invasão francesa. O povo havia de se fixar no vale na então insignificante Pedela , que no decorrer do tempo deu origem à Aldeia da Cruz, e consequentemente à progressiva Vila Nova de Ourém no reinado de D. Maria I em 1841 , em que a sede do concelho deixou o burgo histórico do castelo, para em 1991 ser elevada a cidade.
Mercado na rua
Conheci  a Vila em miúda onde aportei com a minha mãe quando aqui vinha esporadicamente a trabalho nos Correios, e muita vez ao mercado à quinta feira, recordação maravilhosa por decorrer a céu aberto pelas ruas em redor da Igreja. Na década de 60 assistiu-se a forte emigração sobretudo para França, o que despoletou um brutal crescimento imobiliário e assim Ourém para mim perdeu a magia de antigamente...
Ainda assim deslindei na minha breve caminhada testemunhos do seu passado mais recente...
Ao jus do sabor de carta pintado numa parede " A História que eu tinha não era (pequenina)... 
Estranha esta designação na toponímia e dela nada encontrei...
 
Impressionante como foram dispostos dois  belos painéis azulejares da toponímia na mesma parede...
Igreja
Em 1861 deu-se início das obras da edificação da Igreja tendo sido construída no mesmo local onde teria existido uma capela.
Em 1948 a igreja sofre obras profundas de remodelação e na década de 2000 a fachada é de novo intervencionada, perdeu a traça antiga que era mais castiça.
A capela-mor  construída em 1873

Em 1833, aquando da extinção das ordens religiosas, a Igreja recebeu algum espólio do Convento de Santo António: relógio da torre, sino, Imagens, quadros entre outros.
A Imagem de Nossa Senhora do Pranto exala beleza, pelo que acredito seja uma herança do convento(?).

Contraste da praça  da República onde está o Museu Municipal de Ourém
Antiga Casa dos Magistrados fundada em finais do século XIX para alojar os magistrados, foi sede dos Paços do Concelho de Ourém entre outras ,atualmente a Casa da Música.
Selfie com a minha mãe no jardim
Almoço em Ourém em dia de mercado - Cozido à Portuguesa. A ideia era para ter sido mesmo no Mercado, numa daquelas mesas corridas com toalhas de plástico, acabou por ser numa antiga taberna, com pipos que na salinha do antigo Reservado servem almoços.
Sobras...
Antigo Hospital de S. Agostinho, doação do benemérito, médico, após ter estudado matemática e filosofia , conjuntamente com os seus irmãos o mandaram construir em 1880.
Património clássico em total abandono com pormenores de interesse nas cantarias
Através de uma janela com vidros partidos jaz no chão um quadro...
 Corrimão em madeira inteiriço
 Ainda restam os puxadores em faiança...
 Brutal claridade de sol em rota de saída de Ourem
Casa Tenente- Coronel Moreira Lopes 
Data de 1839  inscrita no lintel da janela de sacada da fachada principal. Na década de 2000 o edifício sofreu um incêndio. Ainda resiste o moinho de puxar água.
Brasão de pedra no cunhal
Reparei numa grande quantidade de telhados vidrados em verde, pormenor estético que achei muito interessante, ao me fazer lembrar a Ribeira do Porto cujo casario com beirados de belas telhas em azul pintadas a branco da Fábrica de Santo António do Vale da Piedade, em detrimento destas em monocromia verde, a minha cor favorita, supostamente produzidas em olaria da região, no passado marcada nesta arte também  a fazer talhas e utensílios utilitários.
No caminho em Caxarias identifiquei uma placa com o nome de Pisão do Oleiro.
As torres do castelo de Porto de Mós e a cúpula da Igreja de Pedrogão Grande, exibem telhados com telhas em forma de concha de vieira, também em verde, pode aventar que a olaria tenha sido sita na região centro(?).

Rua de Santa Teresa de Ourém. 
«Nasceu no Zambujal, por volta do ano 1220, no séc. XIII, no reinado de D. Afonso III. Cedo, foi trabalhar como doméstica para o prior de Ourém. Notabilizou-se pela sua extrema caridade, em contraposição com a extrema avareza do prior que servia...»
«Beatriz da Silva descendia do primeiro Conde de Ourém. D. João Teles de Menezes.
Filha do primeiro governador português de Ceuta em Portugal, é conhecida como a abençoada Brites.
Ao que parece, Beatriz da Silva seria uma jovem de grande beleza, conforme testemunha um relato da época: «além de vir de sangue real, era mui graciosa donzela e excedia a todas em formosura e gentileza». Beleza que impressionava a corte de Lisboa do século XV.
Em 1447, contava a infanta D. Isabel dezanove anos, o seu tio D. Pedro, Duque de Coimbra, regente do reino, promoveu os seus esponsais com João II de Castela, então viúvo. Embora Beatriz fosse ama e confidente da princesa, não impediu que esta se enciumasse dela, maquinando contra a sua própria vida quando a acompanhou para a Espanha, onde parece ter despertado mais inveja pela beleza que não passou despercebida, quando a princesa Isabel a prendeu dentro de uma arca durante três dias sem comida. Foi a visão de Nossa Senhora para fundar a Ordem Religiosa da Imaculada Conceição que a salvou.
O seu tio D.João de Menezes na altura na corte, estranhando a sua ausência questiona a rainha sobre o paradeiro da sobrinha, que o conduziu à arca onde a encarcerara, certa de encontrar já um cadáver...Beatriz perdoou à rainha, que se arrependera, retirando-se da Corte, ingressando num mosteiro em Toledo, onde viveu monasticamente com um pequeno grupo de outras monjas.Com apoio da rainha Isabel a católica, filha da rainha portuguesa D. Isabel, conseguiu enfim estabelecer a Ordem onde viveu  como freira 40 anos, sendo especialmente honrada e frequentemente visitada pela rainha Isabel a Católica. Morreu a 01 de setembro de 1490, os seus restos mortais encontram-se na cidade de Toledo.
Foi canonizada 03 de outubro de 1976, pelo Papa Paulo VI.»

Santa Beatriz da Silva, Santa portuguesa, canonizada em 1976 pelo Papa Paulo VI
Relíquia que deslindei por acaso no tardoz de um casario. Virada a nascente bela varanda em pedra calcária, adoçada a metade de prédio de gaveto reabilitado com colunatas também em pedra. 
Julgo aqui viveu o administrador de Ourém em 1917 quando aconteceram as aparições em Fátima, e interrogou os pastorinhos. Num filme foi mostrada a casa onde morava e a senti ser esta (?)
Fontanário com data de 1868
Reabilitado de pintura alva, o tempo fez subir o piso  por isso com lixo...

 Fontanário secular de calibre imponente recuperada porém encafuada por entre cimento armado...

FONTES

https://pt.wikipedia.org/wiki/Our%C3%A9m_(Portugal)

http://fagostinho.nersantsocial.pt/instituicao/historia/

Fotos de Ourém antigas retiradas da google


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