quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Voltar ao Barreiro e saborear a maresia dos esteiros e do Tejo!

Hoje tirei os três ao passe Navegante. Saímos de manhã a pé até Cacilhas, seguimos de barco e em Lisboa o Metro para apanhar o catamaram para  em slogan - Barreiro,em  passeio inesquecível

Vistas do catamaram Lisboa
 Vista sobre o nascente de Almada 
 A espuma do catamaram, parece que vamos a voar...
 O que resta da antiga Lisnave para mais tarde recordar quando aqui for a cidade da água...
 Lisnave barcos da Marinha para abate, são afundados para criar ecossistemas para mergulho
Base Naval do Alfeite
 O prédio branco uma oficina do Arsenal do Alfeite onde o meu marido trabalhou
 Fusileiros na Ponta do Mato
Ponta do Mato, um excelente local para se  apanhar iodo
Vista de Almada e dos pilares da Ponte 25 de abril
Entrada dos barcos para o  Seixal
A nova cidade do Benfica no Seixal na quinta da Trindade
A iluminação e o hotel no centro de estágio do Benfica
Fim do Seixal
 Barreiro, mariscadores, nos meses com "r" não se deve comer marisco...
Antigo cais no Barreiro
Cidade do Barreiro vista do Tejo
 Chegados ao terminal virado a norte, imagino na invernia e com vento, um desatino... 
Entrámos num autocarro sustentável da CMBarreiro
Apetrechado  com ar condicionado percorrendo um itinerário pela Verderena, Quinta da Lomba, Alhos Vedros, Lavradio na viagem dei conta de 4 campos de futebol, para descer em frente da Câmara da cidade, entrámos em lojas, fizemos compras e,...
Espreitámos o Mercado que faz lembrar o de Loulé ao estilo árabe
Tardoz de um prédio com uma bela pintura reivindicativa do povo
No Barreiro também se bebe Ginja!
A palavra Galega 
A reportar para galegos aqui se instalaram e em Ansião também tivemos povoadores galegos.Esta região com Ansião a distingo  com afinidades. Da região centro, sobretudo do maciço de Sicó vieram homens para abrir as valas para secarem os pântanos para serem cultivados com as mesmas culturas - oliveira, vinha e cereais, em que a actividade moageira aqui com moinhos de maré e de vento, em Ansião as moendas já era activas em 1359 e aqui só no século XVI,  a sopa caramela é praticamente a nossa sopa de carnes com outros nomes como sopa da pedra onde não falta a couve galega. Encontrei indivíduos cujo aspecto e olhar podem ter raízes na nossa região. 
 O horror dos cabos suspensos...as empresas deviam ser autuadas com coimas pesadas
Uma latoaria, deixou-me maravilhada
Lembrei-me dos irmãos latoeiros de Ansião e da sua pequena banca no mercado ao sábado, o que me fascinava as folhas de Flandres encostadas na parede a reluzir e a banca cheia de utensílios como na montra...
Uma bela porta
Chalet Úrsula  com as água furtadas revestidas a lata como foi uso no século XIX
Prédio antigo quando for requalificado vai manter a traça 
 Almoço no Vasco da Gama
Servem comida para fora, um corropio. O prato do dia iscas  muito bem confeccionadas, o bagaço era do melhor, macio
 O pormenor da parede com as marcas da pá de pedreiro
Não resisti dar um aperto de mão ao grande impulsionador industrial do Barreiro, o homem da CUF  Alfredo Silva que depois transitou em 64  a parte das tapeçarias para Ansião
Descansamos na sombra do jardim 
Passou por nós uma, amiga Fernanda, emproada e altiva em cima dos saltos altos para parecer mais magra, vestida de grandes oculetas e cabelo delambido em demasia rouge...
O Barreiro terra de muitos Clubes e Associações Recreativas
Travessa dos Quintais
Como deve ser em privilegiar a tradição antiga

Azulejos nas fachadas do casario
Cores fortes
O casario adoçado sem espaço para se estender a roupa senão na rua...
Zona Ribeirinha com murtas seculares
Moinho de vento ao estilo inglês
Requalificação da frente ribeirinha do Barreiro
Voltar à zona histórica
Interessante a toponímia - Seriam aliados na pobreza ou?
Outro estendal somente de toalhas de bidé...
Igreja do Barreiro

Na frontaria painéis em pedra
           
Consagração do templo por devotos que enxergaram a Senhora do Rosário milagroza...
           
Torre com dois relógios
Na frente um Cruzeiro
Vista da esteiro
Belo casario em frente do esteiro que ficou por acabar, disseram-me que o dono fugiu para o Brasil...
Esteiro em maré baixa...
Aqui e ali dei com boas pedras calcárias trazidas da região centro onde esta rocha é rei
                
Outra visão do esteiro e da Escola do Barreiro
Moinho Pequeno
Entrada no Moinho Pequeno
                   

Forma do biscoito
Passadiço que nos leva a conhecer os moinhos de Alburrica
Eram iluminados, roubaram as lâmpadas sendo colocadas placas nos buracos, debalde até estas roubam...
Vista da cidade
Vistas  do passadiço sobre a cidade
Moinho Grande
            

Outra visão com água...
Pombo no barrote a mirar o horizonte...
Uma Mó reutilizada e jaz morta...
O nome do barco a reportar para a origem do nome e apelido André, importante ainda hoje em Ansião
Um pombal

Vista soberba sobre outro moinho ao estilo inglês
Jaz no esteiro outro Mó...
m
Metade de Mó de Cima
              
Tardoz do Moinho do Cabo, as caldeiras são para a frente
Esta foto mostra ao fundo as caldeiras do Moinho Grande e na frente as do Moinho do Cabo

Vista dos moinhos de Alburrica
               
Muitos pássaros migratórios, é agradável ouvi-los...
Aqui o esteiro verde...


Vista do cais dos barcos e da antiga estação do Barreiro
Restos de pilares de madeira  de um cais...
Muito cascalho de ostras enormes
Outra visão do moinho visto da praia
                  
Moinho recebe visitas programadas
            
             

Mós a servir de mesas
                    
                                 
Do passadiço Almada ali tão perto...

Praia
Basalto, não é rocha daqui  e sim de Lisboa
Contornar a praia pelo caminho para poente
Ao fundo a mirar Lisboa no sapal a ruína de uma grande fábrica...
No sapal  é perigoso andar, depois da areia veem água?
Praias...
Esteiro
Pombos em ramos secos...
De volta a maré enchia...
Mais pombos...
As caldeiras do moinho grande qunado passámos em maré vazia e agora na volta já com água
           
Uma ilhota de areia com pássaros...
Esplanada onde bebemos umas minis fresquíssimas em copos gelados...
Vista do esteiro de nascente
Apelido ancestral em Ansião e antigas Cinco Vilas
Oficinas antigas dos caminhos de ferro
Duas belas esculturas Bordalo II
            
Estaleiro


Vista da ponte aérea
Antiga estação de caminhos de ferro
Quem se lembra destas portas de ferro de fechar as linhas?
              
Belíssima estação em abandono...
Torres a lembrar o gótico e o árabe...
Um dia destes aqui vai ser um luxuoso hotel...



Antigo cais dos barcos
Um dia maravilhoso, se o Barreiro estava na escala de uma cidade de pouco interesse subiu desalmadamente para os primeiros lugares da tabela. Os turistas ainda não a descobriram para fazer um itinerário como o que fiz. A cidade modernizou-se depois de tanto atropelo. Claro que ainda encontrei salpicos de prédios rústicos na cidade com oliveiras enfezadas, casebres, chaparia, e tudo isso tem de ser rapidamente dissipado da paisagem. A cidade precisa de estacionamentos, junto ao esteiro em terra batida, não faz sentido. O mercado muito bem requalificado com as casas de banho fechadas apenas para os feirantes, então e os clientes?
O jardim precisa de manutenção, as árvores sem poda e a relva estragada.
Em Alhos Vedros o autocarro para dar a volta numa ruela teve de fazer marcha atrás por causa de um bico de um quintal de uma vivenda...para rir, as estradas não podem estar estranguladas com muros de quintais em abandono, há que agir, estamos no século XXI e ainda prédios sem manutenção além do agravamento do IMI, Coimas!
O Barreiro tem um potencial imensurável, o Tejo, as vistas e agora os esteiros com o passadiço, deviam pedir apoio para recuperar os outros moinhos de maré, pelo menos as estruturas de pedra, as mais bonitas e recuperar as Mós perdidas nos esteiros. As praias estavam limpissímas. Não senti maus cheiros. Qem quiser vir de carro pode piquenicar, tem de pôr mais mobiliário para piqueniques.
Adorei o Barreiro, não esbarrei com nenhum turista, se fosse em Lisboa tinha-me cansado assim amei!
Em cima da hora e com o comboio prestes a partir a aventura  de o apanhar, deslizámos pela charneca plana, quase estéril de árvores enfezada , salpicos de  mantos de canavial a perder de vista com casario de todas as tipologias, pobre, remediado e rico. Saímos no Pinhal Novo, esperámos por outro comboio para sair no Pragal e depois Metro para Almada. Foram sete transportes, andámos a pé seguramente uns 6 km, para o mês que vem voltamos e noutro itinerário e transportes, esse o encanto mais conhecer e desfrutar!

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Peôneas na serra da Ameixieira em Ansião

A reler as Memórias Paroquiais de 1747 Notícia sobre a serra de Ansião, extraída do Dicionário Geográfico, do Padre Luís Cardoso (...)A serra não obstante a sua aspereza , tem, e cria várias ervas medicinais; e fora das vulgares, e sabidas, acha-se nela em abundância alecrim, e PEONIA. 
Peônia (Peônia Lactiflora) Planta conhecida desde a antiguidade, ornamental e medicinal originada da Ásia, conhecida popularmente como Peônia da China onde é considerada a rainha das flores, flor da boa sorte, da honra e da beleza e símbolo da riqueza, fortuna e prosperidade pelos chineses; para os japoneses simboliza sorte e atitude masculina. Para os gregos era ligada a curas populares; para os ocidentais, tem o poder de espantar maus espíritos.
Propriedades terapêuticas. Vasoconstritora, anti-espasmódica, cicatrizante, analgésica, cicatrizante e anti-infecciosa. Propaga-se por enxertia, sementes e divisão dos rizomas.
Hoje , as flores muito usadas na tatuagem.
Mas afinal porque falo da peônea?
Não conhecia o nome as suas flores lindíssimas as distingui há anos  na frente de uma casa à Ameixieira, e claro as fotografei . Como aqui vieram parar? Se para os gregos era ligada a curas populares, tenham sido os rizomas trazidos por eles quando aportaram na costa de Buracos e se encaminharam para o Maciço de Sicó onde deixaram outra marca com o plantio da pinheiro e do seu fruto o pinhão, o que teorizo nas minhas investigações a que se juntam os genes em alguns indivíduos ao tipo grego, rosto rude de sobrancelhas grandes e cerradas, e alcunha fidelizada em apelido como já encontrei num jazigo em Almoster. Um longo caminho para sabermos de onde viemos.
Se na centúria de 700 as peôneas eram abundantes na serra de Ansião, qual a razão de quase se perderem? Como o alecrim na serra de Alvaiázere ainda é muito comum, em Ansião só me lembro de o encontrar no Escampado...O Fernando Cruz partilhou que na frente da casa da sua mãe nas Cavadas também há.
Interessante haver incentivo cultural para plantio destas plantas pelas serras de Ansião, em as emoldurar de beleza estonteante para extasiar o caminhante e corredor de traillls com a sua beleza e aromas enigmáticos.
Peôneas na Ameixieira - Ansião. Beleza descomunal!

Afinal lembrei-me da folhagem  semelhante a uma  espécie mais comum de peôneas que chamamos por Ansião Cuca e outros rosa albardeira.

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