segunda-feira, 20 de março de 2023

O Museu da Farmácia em Lisboa

 Visita em 31.01.2023 ao Museu da Farmácia, a norte do  Miradouro de Santa Catarina. Lisboa. 

Uma viagem ao mundo misterioso do poder curativo das plantas, com muitos objetos de vidro, cerâmica, faiança e cobre, usados para guardar unguentos, óleos e afins, de várias culturas no mundo.
Máscara para defesa da peste
Então e a sabedoria grega do poder curativo das plantas e suas mezinhas?
Não dei conta...terá menção ou não?
A destaque duas peças incríveis medievais, dois cintos de castidade, feminino e masculino, que desconhecia. Fiquei muito mais tranquila...afinal também houve para homens...
Feminino
Masculino
A faiança da botica
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Mostra dos utensílios e medicamentos antigos
Revisitei a farmácia de Cabaços, de 1870 de Pacheco Pereira, que recordo dos anos 60 do séc. XX. Nem sei se da família nobre do ilustre político. O balcão em forma de altar à semelhança, dos primeiros que havia nos mosteiros, onde se fazia a botica.

Todo o Museu oferece ao visitante uma panóplia interessante mundial. 
Não fotografei. 
Deve ser vista e analisada in loco.
Deixei o espaço mais rica culturalmente.

domingo, 19 de março de 2023

Fonte Grande antiga Fonte das Bogas , Formigais no concelho de Ourém

Ao limite do concelho de Alvaiázere com o de Ourém, aos pés da Botelha com Formigais rebenta uma grandiosa exsurgência chamada Fonte Grande.

 Dia 5 de março de 2023, a caminho de Casais o Vento, para uma caminhada, deparei com este cenário que só conhecia dos livros. 

Em crer, é a famosa Fonte das Bogas , retratada  na documentação coeva que o Dr. Salvador Arnault  procurou situar, a julgando ser ao limite sul do concelho de Ansião. Pela noticia que recebeu do Prof. Carlos Reis do Pessegueiro- o vale de bogados.

E sim, temos em 1747 informação de um padre que se referiu à nascente dos Olhos d' Água em Ansião,  brotar bogas.Agora de onde vem as bogas dos algares  do Nabão e do algar da serra de Alvaiázere?


Bem sabemos que nestes algares correm rios subterrâneo e, com as chuvas rebentam exsurgências, além das citadas; o Dueça, Anços, Olho do Tordo e a sul esta em Formigais e ainda outra que dista mais ou menos 2 km da primeira para su, que aparece ( no Mapa de Portugal Antigo e Moderno (1762-63) de João Bauitsta de Castro, que a descreve, também como o Agroal sendo águas de propriedades extraordinárias).

As propriedades terapêuticas  foram exploradas pelos romanos desde Ansião ao presumir que tiveram nos seus habitats, junto do rio, tanques de banhos. Um ainda o conheci debruado a degrau. 

Em 1647, quando foi feita a Ponte da Cal, o arco norte foi feito com tanques para banhos.

Manto florido como  Nabão, deu o topónimo ao Agoal

Estava  a chover. Parei para ver esta beleza e fotografar.A água saia em fúria e ensurdecedor barulho.

Desconheço quando foi feita a estrada que tem 3 grandes manilhas. Sendo importante para perceber o corredor da via romana vinda de Chãos, pela ponte romana da Quebrada, para os Formigais.

 

 O caudal forma um rio, julgo nunca teve nome em prol de fonte, por desaguar a metros no Nabão.

Em verdade no passado em Ansião, o Nabão era chamado - Ribeira de Ansião

Em Almoster, no Arneiro -  Rio Seco

Na Freixiana -  Fraxineta 

Formigais, com as duas exsugências de grande caudal  teria sido o rio Lavoiza, que aparece em documentação

Agroal, admite-se fosse -  rio Tomarei 

Tomar finalmente Nabão

Passeio cultural a Penela

Acompanhem me na fugaz visita à Biblioteca e ao Turismo de Penela. 

Não havia a literatura que procurava: a monografia de Jarnault de 1919  já devia estar digitalizada. Nem o livro das Memórias Paroquiais. Trouxe o site do catálogo das teses da casa da historia local - Dr. Salvador Dias, Arnault. Comprei o seu livro, Ladeia, Ladeia.

O meu salvador é o meu amigo Dr. Américo Oliveira e a sua biblioteca

Memórias Paroquiais de 1758



Muita sinalética, debalde  não está no ramal da Urb. do Camelo a indicação da Biblioteca...De modo que entrei na vila e estacionei junto da CGD. E tive de percorrer a vila à sua procura!

Caminhar por Penela é absorver cultura em cada rua, cada esquina em cada olhar...
Vistas sobre o Rabaçal
Igreja de Santa Eufémia
Pormenores das ombreiras esculpidas
Reportam para a moldura do calvário da matriz de Ansião
Igreja da Misericórdia
Aplauso á Misericórdia que no restauro encontrou os altares antigos e os preserva!
Arte do ferro forjado
Contemporâneo do Dr. Salvador Dias Arnault quem muito o ajudou nas pesquisas para o livro Ladeia, Ladera
Cemitério de Penela
Não tem data os pináculos de pedra tem umas esculturas, mas, com os líquenes não distingui o que se trata...
Apreciar a arte fúnebre
Jazigo da família  Mascarenhas Velasquez Sarmento e Alarcão 
Um pouco maior que o de Ansião, da mesma família. Foi feito na mesma oficina. Embora ovde Ansião seja mais bonito e a pedra falante ainda se mantem e aqui está a desfazer-se 
Segundo o Henrique Dias
Jazigo onde estará certamente sepultada esta família.
Vêm-se umas molduras no interior, mas não dá para perceber quem é quem...
                                           Pode ser uma imagem de 5 pessoas
Jazigo da família do Dr. J.A Mendes Arnault do Pastor 
                
                                  
Capela a lembrar a sempre noiva de Arraiolos...
Francisco da Cruz (apelido do meu lado paterno vindo de Arrancada do Vouga)
D. Maria Joana de Serpa Faria Chambel
António José de Oliveira
General Arnaut Zeze...
                                   
A Cruz reporta a ter sido familiar do Santo Ofício da Inquisição
O cemitério desenvolve-se por patamares
Candeeiros de braço como deve ser num núcleo histórico
Em baixo uma padieira manuelina
Lintel e ombreiras facetadas devem ter 500 anos...
                                         
CTT
http://catalogo.cm-penela.pt/
Subtileza da cantaria do patamar da varanda igual como no Alvorge
                     
Câmara Municipal
Turismo
Encontrei a Joana Forte, de Eiras, que mora na Torre.
Super simpática até dá gosto ter assim alguém com gosto pela historia e do passado, no Turismo.
A geologia sedimentar de Penela
Calcário empedernido
Obras do novo parque de estacionamento para 60 lugares
Aguarda novo sítio o monumento ao soldado desconhecido
Chalé arte nova
                    
                   
Captação do teto pelo vidro em falta da janela... 
Janelas de meio avental
 Patamar de varanda igual a outro mais acima
Ficou o convento de Santo António e a fonte, há sempre muito para rever.
Da próxima vez visitação gruta do Soprador do Carvalho, exsurgência do Dueça  e ao sítio arqueológico de São Simão documentado desde 1902
Segundo a arqueóloga Sónia Vicente, o conservador do Museu do Rabaçal  Ana Luísa Mendes e o antropólogo Flávio Simões -apreciar as  letras da inscrição são compostas por duas linhas de tesselas rosa escuro com contorno e preenchimento do campo epigráfico a tesselas brancas. No centro da inscrição surge uma grande lacuna, possivelmente, associada ao desgaste da zona de passagem ou, quiçá, por fazer referência a algo ou alguém que se quis eliminar. Com o objetivo de lhe devolver a funcionalidade, a lacuna foi colmatada à época com opus signinum.
A proposta de interpretação da inscrição, realizada por José d’Encarnação (Vicente & Encarnação, 2019), aponta para uma recomendação na utilização do mosaico, através da expressão: VTE(re) FE[LIX SINE] CALIGIS CATVR[O MARTI] DEO “Usa com felicidade, sem botas!”, recordando Torre de Palma, onde se recomenda o uso de uma escova macia na limpeza do pavimento. “Dedicado por Caturão ao deus Marte”, uma oferta do dono da Villa ao deus da guerra? e muito venerado na Lusitânia. O nome Caturo é um antropónimo indígena presente na província da Lusitânia, com mais de 20 referências, podendo dizer-se tipicamente lusitano
Excerto retirado de https://www.patrimoniocultural.gov.pt/static/data/publication_pdfs/rpa22/14_193_201.pdf

Pelas Taliscas, ao sol do entardecer, de coração cheio, em chão, onde passou a via romana .

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