A semana passada fui a convite da minha filha a Lisboa para uma degustação numa tasca alusiva à gastronomia da Ilha da Madeira para seis pessoas, éramos quatro e meio!
Em rota de passeio pela beira do rio Tejo a fazer tempo para o almoço programado na Rua do Ouro
Ainda hei-de voltar à escultura e posicionar-me em cima das letras para ficar ao centro...
Novos relvados ribeirinhos fazem as delícias de turistas desinibidos se descascam em plena capital!
Também me prostei na frente da doca seca do antigo Arsenal de Marinha
Ao cimo nem me tinha dado conta das barras em madeira tratada, deviam ter custado "um colhão de euros" ali a meu ver só servem para cortar a luz e sol do que está por baixo, que não sei se estacionamento, ou outras áreas fechadas. Acredito poderiam ter optado por outro material menos perceptível, mais duradouro e mais barato...
A Doca da Caldeira de águas limpas finalmente valeram os reparos escritos, não deve ser só coincidência!No Terreiro do Paço altos slogans publicitários # PERDIOCORAÇÃOEMLISBOA
O barco que anda em terra...um dia destes vou conhecer in loco
Fascinação senti como se estivesse em Paris!
No mesmo sentir do rio, no olhar das pontes, da liberdade de me deitar na relva, de lembrar o Arco do Triunfo quando passei debaixo do Arco da Rua Augusta, de recordar o Louvre ao dar de caras com o não menos importante, apesar de reduzida escala, do espaço Arqueológico do Millenniumbcp...que já conheço em duas visitas, mas o meu marido não, por isso não fui de modas deixei hora marcada para a visita das 3 H e das montras...
No desfilar da rua o chique dos manequins, na antiga loja de charme New York a pensar em ser avó, derreti-me com as fatiotas!A fazer tempo estivemos sentados num banco numa transversal e reparei num painel de azulejos que me fizeram lembrar o meu tempo de criança em que a minha mãe me comprava nos bazares em Coimbra jogos da Majora (xadrez, trajes típicos portugueses, e...)
Foi de comer e deixar...lapas, pão do caco, boa carne e peixe espada, bolo de mel e tradicional , poncha de maracujá, cerveja, granizado de gelado...
Lapas... |
Em cima da hora da visita do Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros ainda o registo junto desta cabeça de vaca na Rua Augusta...
No Edifício do Millennium bcp da Rua Augusta no 1º andar decorre uma exposição de sardinhas e no r/c há paredes com elas forradas.
O edifício principal é separado de outro em paralelo, entre eles existe um corredor largo a que se chama saguão-, muito usado nesta arquitetura pombalina para combater incêndios.
II IDADE DO FERRO - A INFLUÊNCIA ORIENTALIZANTEA primeira ocupação humana continuada e documentada no espaço hoje ocupado por este Espaço Arqueológico remonta aso séculos V - III a. C.A cidade cresceu na direção do rio e seu esteiro, surgindo um bairro portuário e comercial.
A este bairro pertenceria o conjunto de compartimentos retangulares encontrados durante os trabalhos arqueológicos. Nas suas caraterísticas construtivas incluem-se o embasamento em pedra, as paredes em adobe, a cobertura vegetal (foram recolhidos abundantes fragmentos do seu revestimento em barro),o pavimento em argila e a lareira central.
Também foi recolhida esta urna de incineração e identificadas áreas de cremação.
O espólio funerário recolhido é composto por unguentários e pequenos recipientes de função ritual em cerâmica.
Após um período de abandono urbanístico, desta zona da baixa da cidade, durante o qual se depositou naturalmente uma camada de areia, formando uma praia fluvial, esta área foi utilizada como cemitério, pelos primeiros colonizadores romanos. Escavada parte de uma necrópole de ritos mistos de inumação e incineração onde foram identificadas oito sepulturas, maioritariamente de crianças em posição fetal.
Também apareceu cerâmica campaniense e ãnforas tipo Haltem 70
Candil (lucernas, candeias) séc. XI - XII
Púcaros e pucarinhos assados; uma, duas e três assinhas
Jarro de vinho pintado com um pássaro do séc. XVIII
Azulejo Hispano Mourisco do Séc.XVI
Belo silhar de azulejos em verde e branco
A decoração do prato do meio no rebordo em azul foi pintada por Coimbra e Davenport, Ingalterra
Garrafa em grés junto de metade de uma pia de água benta
Comparação com a Pia de água benta que retirei do livro de Faiança de Artur Sandão atribuída a Coimbra do século XVII.
Faiança pintada a azul atribuída ao século XVIII
As abóbadas são deliciosamente belas
Poço romano
Lareira fenícia
Poço Pombalino
Estacas de pinho verde a nadar em água
Loiça utilizada na preparação dos óleos de peixe
Forja do século XVIII
Núcleo de tanques de salga de peixe
Casa habitacional romana talvez do século III, com coluna em tijolo de quadrante, da qual ainda se conserva a base,pavimento em ladrilho e principalmente as termas, com peristilo de separação da área fabril de conservas de peixe, supostamente do mesmo dono.O que até parece estranho (?) atendendo ao cheiro nauseabundo do peixe em petrificação...
Adverti a arqueóloga que o mosaico precisa urgentemente de ser limpo, esbranquiçado pela humidade, nada tem haver com o da foto do folheto.Curiosamente na Casa Senhorial do Conde de Castelo Melhor em Santiago da Guarda no concelho de Ansião existem painéis semelhantes a estes com o mesmo desenho das barras laterais do entrançado, meias luas das setas e suásticas.
Datará do século III a. C a construção do forno cerâmico, do qual se conserva apenas a base da fornalha pavimentada a barro cozido de coloração vermelha e que se sobrepõe parcialmente, às construções mais antigas, desativando-as.Associado a estes contextos, foi recolhido abundante espólio cerâmico: cerâmica cinzenta, cerâmica de bandas,verniz vermelho,cerâmica ática(um fragmento) e algum tipos de ânforas ibero-púnicas. A presença de pesos de rede ilustra a importância da atividade piscatória.
De saída pelo Chiado fatal não me lembrar o episódio vivido nesta florista no tempo que trabalhei na Rua do Ouro, e um Gerente me pediu ajuda para lhe comprar um ramo de flores para oferecer à esposa no dia do seu aniversário-, como jamais tive jeito para secretária, comprei sem gosto, remédio santo nunca amais me incomodou!
Boa música ao vivo saída do saxofone -, o máximo no Chiado.
Vaidosa fui sentar-me na cadeira do Fernando Pessoa...
De novo dei corda aos sapatos para ir ver o primeiro cinema na capital IDEAL que já inaugurou, sendo que a sessão já tinha iniciado.
Brevemente os Mais
De volta na Praça Luís de Camões reparei na bela casa "Manteigueira União".
Já os pombos descansavam nas linhas dos elétricos
As sardinhas que trouxe à borla do Museu-, na pergunta qual a tua sardinha? Obviamente a das máquinas fotográficas!
Adorei o slogan do mosaico...Já estou melhor obrigada, slogan sentido em Lisboa como se fosse Paris!
Nenhum comentário:
Postar um comentário