terça-feira, 21 de janeiro de 2020

O centro histórico de Odivelas

Passeio no dia 5 de janeiro de 2020 a Odivelas, de Metro, onde a linha acaba. Vislumbra-se uma cidade cosmopolita de betão em edifícios de blocos de cimento armado amontoados pelos costados a partir do vale e se distinguem por épocas diferentes de arquitecturas em chão alcantilado, com ruas de grandes subidas. Para poente a parte histórica, a mais interessante pelos vestígios monumentais. 
Quinta da Memória 
Sem saber se este nome é original ou adaptado pelo Monumento da Memória distar metros. Nem da família que aqui morou. Actualmente onde está sediada a Câmara Municipal

 Elementos em pedra graciosos da quinta reaproveitados em contexto dos espaços verdes
 Tanque de água com nenúfares 
No jardim o que resta do engenho, nora e aqueduto
 Tanque debaixo da parte do solar virado a sul
Frontaria dos Paços do Concelho de Odivelas 
Implantado num vasto Jardim da Musica e ervas aromáticas
Defronte da estrada encontrei outra Quinta...
A encimar o portão uma soberba  lápide escultoral com o mundo, um anjo e em baixo com o sol e a lua que foram no séc XVIII tão usados na pintura da faiança e em  fontanários,  em volta uma inscrição com o nome que não sei decifrar

Outras Quintas em Odivelas
António Lobo da Gama, viveu na Quinta de Santo António da Urmeira, actualmente na freguesia da Pontinha e concelho de Odivelas. Era descendente dos Senhores da Quinta (da Senhora?) da Luz que poderá situar-se na mesma região e também do Morgado de Vale-do-Guizo.

Memorial
Diz-se aqui parou o cortejo fúnebre  do Rei D.Dinis vindo de Santarém para repousar no Mosteiro de Odivelas que lhe dista ali a dois passos, não me parece  verossímil.
A imagem pode conter: pessoas em pé, céu e ar livre
A toponímia 
Evidencia o nome Neto  ser de alguém com origem judaica e não a figura paterna de neto
Outra quinta, ainda guarda o portal
 A honrar o passado com candeeiros de metal de braço
O Mosteiro de São Dinis de Odivelas ou Mosteiro de Odivelas
Foi fundado em finais do século XIII; está localizado no largo de D. Dinis.
Arquitetura religiosa está classificado, desde 1910, como  Monumento Nacional.
O mosteiro da  Ordem de Cister, foi fundado, em 1295, pelo rei  D Dinis. Reza a lenda que D. Dinis tomou esta iniciativa como forma de pagamento de uma promessa feita a São Luís quando, numa caçada no Alentejo, foi surpreendido por um urso. Perante a aparição do santo, o rei recobrou forças e conseguiu neutralizar o enorme animal.E porque razão não é dedicado a este Santo e antes a S Dinis? A escolha do local para D. Dinis cumprir a sua promessa incidiu numa propriedade do Rei no termo de Lisboa, Odivelas, onde se situava a “Quinta das Flores”. Esta zona gozava de ótimos recursos naturais, nomeadamente: solos férteis, um curso de água, e ainda uma morfologia que formava um abrigo natural para as culturas. O mosteiro destinava-se a receber uma comunidade feminina cisterciense, e a escolha do local pretendia assegurar a subsistência das monjas e garantir o recato das mesmas, sendo criados campos de cultivo junto ao mosteiro.Por vontade de D. Dinis, o mosteiro era sujeito à fiscalização dos abades de Alcobaça, que o visitavam regularmente.
A construção primitiva, em estilo gótico, iniciou-se em 1295 e teve como arquitetos os mestres Antão Martins e Afonso Martins ; recebeu, no século XVII, a intervenção de Frei João Turriano, monge beneditino, engenheiro-mor do reino. Devido aos danos causados pelo terramoto de 1755, da construção gótica inicial restam apenas alguns troços dos claustros e a cabeceira da igreja – com o seu portal lateral sul –, constituída pela abside e capelas laterais, com abóbadas de nervuras chanfradas. O mosteiro reflete a diversidade estilística das sucessivas intervenções a que foi submetido, apresentando, a par dos elementos tipicamente góticos da edificação inicial, outros de características manuelina, barroca e neoclassicas. Em 1325 morre D. Dinis e, conforme sua vontade, é sepultado no mosteiro que representa talvez a obra arquitetónica mais emblemática do seu reinado. Entre 1900 e 2015 funcionou no mosteiro o Instituto de Odivelas.Em 2017 o Exército cedeu o mosteiro à Câmara de Odivelas.Segundo a Wikipédia.
Mosteiro visto de nascente
Saltou-me a imagem do altar mor gótico semelhante ao da igreja do convento do Carmo e ainda a primeira vez que vou a um mosteiro ou convento e aparece-me pelo tardoz, quando é sempre pela frente
 A ligação da igreja com o mosteiro fez-se mais tarde por este vasto corerdor com lanços de escadas e colunatas e as paredes forradsa a belos ajulejos
Brasão com data de 1639

Portal da igreja
A segunda foto mostra o rebate bem comido, ali passou muita gente durante séculos
 Cúpula do átrio do portal da Igreja
 O roubo em 2019, espero que a Judiciária os tenha localizado. Reparei que já tem alarme
                
   
A norte a separação em azulejos brancos dos painéis azulejares em policromia com os monocromáticos em azul onde está a Roda, a janela com a caixa de roda giratória onde muitos bebes foram deixados...senti um estranho constrangimento, como foi possível?
 A janela da Roda
A moldura da cantaria reporta para os finais da centúria de 600, em Ansião encontrei numa janela em Além da Ponte e no Padrão que é de 1686
              
                   
 A colunata pela frente virada a sul
Na frontaria para nascente existe um painel azulejar a Santa Filomena 
Casa de traça antiga desconheço a sua função
 Por entre as grades descobri belos azulejos padrão 
 Na quina um Relógio de sol
Painel azulejar publicitário

Varandas com ferro forjado a evidenciar século XVII
Na procura da frontaria do Mosteiro
Entramos a sul  por este túnel no r/c desta casa  adoçada ao Mosteiro
Um grande portão que serviu o exercito e a poente 
Uma ruela e de paredes meias casario que se adoçou aos muros do mosteiro e um portão, lá dentro sem mais se enxergar  distingui um grande bloco habitacional relativamente novo e a poente paredes com pedras de outras construções entaipadas e o seu limite seria a ribeira de Caneças a poucos metros.

 A Ribeira de Caneças
A limitar a poente o mosteiro sem qualquer limpeza do leito e das margens, um autentico nojo...quando podia ali nascer um passeio publico embelezado com hortenses...
 Solar  de outra quinta que não sei o nome com extrema para a ribeira em recuperação. 
Os plátanos a precisar urgentemente de serem podados a talão.

 Igreja do Santíssimo Nome de Jesus 
 Almoçamos num restaurante com vista para o mosteiro
Adivinhem o que trazia o garrafão minúsculo de plástico?
Num telhado tão pequeno contei seis chaminés...
O painel da casa palaciana que antes já mostrei para o adro do mosteiro
Reaproveitamentos de linteis  
Arte Urbana 
 Grandes quintas circundadas por casario pobre dos seus operários
Portal de outra quinta com  capela hoje englobada na Biblioteca
Fontanário datado de 1878 Município de Belem?
Biblioteca num  solar com azulejos Arte Nova
A mesma propriedade
A actual Biblioteca seria no passado  propriedade  aventa ter sido da mesma família com  a parte norte em abandono , a ser usada por sem abrigos...entre ambas as casas uma calçada em basalto, é a segunda que identifiquei em Odivelas, e a capela que hoje está englobada na Biblioteca seria de ambas?
 Fachadas de azulejos
 Prédio  não sei se a sua arquitectura se insere no Português Suave?
A fechar este casario a norte 
Encontrei esta parede com cavidade onde se distinguem vários materiais utilizados. Sem saber o que aqui existiu, teria sido um oratório a quem chegava a Odivelas vindo de norte?
Quinta do mirante ? Ou do castelinho?
 Um mirante sobre o norte de Lisboa e a região saloia.
Gostei imenso de conhecer o centro histórico de Odivelas, que desconhecia.


Fontes
Wikipédia

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