Praia do sol, onde não faltam atributos; comboio Transpraia, surf, golfinhos, pesca, feira de velharias, artesanato, gastronomia e festivais de música, iniciativas a chamar o turismo de massas.
"BEM VINDO SEJA QUEM VIER POR BEM"
Dos primórdios deste lugar o que se sabe...
"No logar da Costa, d'esta freguezia de Caparica esteve (julgo que em 1823 ou 1824 D. João VI, hospedando-se na única casa de pedra que alli então havia (todas as mais eram cabanas da palha) "No
e tanto gostou da caldeirada que alli lhe deram, que fez o cosinheiro (dono da casa) mestre das caldeiradas (!) com a renda de 800 réis diários em quanlo vivo."
Cabanas de madeira cobertas a colmo e pescadores de calça arregaçada e barrete
Panorama da Costa de Caparica a partir dos Capuchos
A subida para os Capuchos, na altura a única estrada da "Subida da Boca"
Convento dos Capuchos na Caparica
O progresso de estância turística não vingou como inicialmente projetado, disso quem ficou a perder foi o povo que gosta da Costa de Caparica e turistas .Seguiram-se outras iniciativas, umas melhores que outras, sendo que o maior problema seja o avanço do mar, com as suas drásticas consequências. O programa Pólis não resultou a 100%...Continua ainda a falta de visão e atitude a comandar esta terra que o devia e podia ser de excelência, por estar às portas da capital.
O comboio Transpraia foi inaugurado na década de 60
Haveres que boa gente leva para o areal
Escolas de surf, campeonatos e amadores
Golfinhos sempre em passeata
A arte da pesca xávega ao entardecer
Um dos vendedores mais carismáticos que conheço há anos nestas andanças, seja pela conduta séria, honesta de silhueta sempre impecável, também pela boa educação e cavalheirismo -, o Sr Peres, homem conhecedor dos metais preciosos, por ter sido ofício de uma vida que o obrigou ao abandono, pelos assaltos e grandes prejuízos. Na sua banca sempre comprei peças-, boa faiança, latões, vidros e de tudo e nada seja velharia ou antiguidade do inusitado que apareça, até um escaparate de madeira lhe comprei e,...Também pessoa de cariz generoso, ofertou-me de um lote que trazia num grande saco, um grande chapéu de palha de aba larga que uso no verão.Para não falar na simpatia de preços, sendo que se estreia comigo amiúde na feira de Setúbal , mal recebe o dinheiro na mão, com a outra de imediato se benze ao jus da bajulação da boa sorte lhe correr de jeito e maneira com as vendas a contento, e a mim também...
No domingo apresentou-se assim de "papillon" o lacinho de gravata da toilette elegante, muito feliz por o seu Benfica ter na véspera feito grande show que assistiu num Café depois da Feira de Estremoz.. Ao perguntar a razão de vestir camisa verde, diz-me" para o Sporting hoje também ganhar"...Sendo eu sportinguista de gema, deixei-me no sorriso hilariante pela sua cordialidade, nem outra coisa seria de esperar deste homem de grande coração.
Na sua banca uma bela peça de coleção, molheira da Vista Alegre.
Comprei uma estatueta do estudante de Coimbra.
Numa feira enfeitada com o chapéu que o Sr Peres me ofereceu
Paulinho Filipe, de Setúbal
António, da Costa de Caparica
Demorei na conversa e em cumprimentos ao Arocha e esposa D.São da Quinta do Anjo.
Conversei como Daniel com as suas latas para colecionadores, sempre gentil, o Vitor (GNR) de rosto feliz tinha acabado de vender um camiseiro de boa madeira que tinha levado ao Montijo, o Paulino cowboy sentado esperava freguesia, um de Sintra com estaminé pelo chão com coisas boas a um euro, as sócias "Paulas" com bons livros, interrompi a conversa do João, marido da Carla que se recompõe da operação ao pé, onde comprei um cálice da Vista Alegre, na banca do Vitor e da companheira, comprei uma pequena e graciosa caixa de madeira para a costura, oferta para a minha filha, e no Mário vi muita coisa mas nada me agradou, gostei da conversa " isto aqui é estorreira maldita no pico do calor a bater os 40 graus, neste chão preto, ninguém aguenta, não se podem pôr chapéus de sol, só com base, o candeeiro tem a luz fundida, quando os colegas da ponta arrumam tem de andar com candeia a alumiar...
Não há sanitários e o terrado continua uma carestia.Concordo plenamente nos alertas!
- Só faturar digo eu em remate, os novos pagam a dobrar, mensalmente um dinheirão, sem condições!
Quando se altera o terreiro do certame, antes se deveria acautelar pormenores, e não apenas pensar no lucro fácil .Porque o local não é o ideal, quem sabe se melhor seria na larga escadaria desnivelada que faz a ligação da rotunda para a praia, no espaço onde foi outrora o "Barbas", sendo bastante larga mostra-se simpática para acolher o certame na variante dos lados, com bancas ordenadas, ficando o meio aberto para livre circulação de gentes.
A sorte grande seria o ajuste da Junta de Freguesia no jogo do equilíbrio paisagístico com a colocação de telheiros, com esteiras ou lonas de recolher por causa das intemperes e, no armazém bancas de empréstimo que os vendedores até à véspera da Feira teriam obrigação de marcar lugar.
Falta ainda instalar sanitários públicos de lavagem automática, como em Azeitão e Montijo.
O motivo cantão popular sempre de brilho no meu olhar. Os pratinhos assinados "Cavaco" comprei-os nesta Feira há anos.Um deles ofereci a um amigo.
Apesar do meu estar aborrecido, nem fotos tirei como habitual, na minha cabeça bailava a falta de cordialidade ,sensatez e seriedade, no negócio pré acordado num site de vendas, referente a esta travessa e terrina. Se fosse mulher de má índole bem que lhe rogava brutal praga, que a merecia carregar, porque o que me fez não é digno de conduta de gente de bem!
Sendo a Costa de Caparica um lugar de excelência com muito turismo, o certame da Feira das Velharias deveria apresentar-se elegante, como noutros congéneres, nomeadamente como na Feira de Belém, um bom exemplo a ser seguido com Bancas iguais em tamanho e com toldos .
Nada que impeça se degustar uma boa caldeirada...ou umas ameijoas "à Bulhão Pato".
Vistas na Costa de Caparica sobre a Linha do Estoril, Sintra, Cabo Espichel e a arriba fóssil...
Tamanha imensidão de mar infindável, controlado pelo Forte de S. Julião da Barra, aqui se avistam paquetes e outros barcos em velocidade cruzeiro e ainda de pesca.
Local ideal para caminhar, correr, sonhar, vibrar em emoções na vontade de se perder mesmo ..sempre me perco na minha medíocre poesia !
... Amo contemplar a vastidão do mar
Deslindar mistérios da bruma e carneirinhos das ondas
Ou mar chão, de boa aragem com escaldão a sol
Bulício na praia de gentes a chapinhar!
Nuvens castelo em vaivém esvoaçantes gaivotas
Desordem total a balbúrdia de gritos infernal !
Desplanta emoções fortes sentidas em desnorte
Coração abalroado à deriva em dor!
Deslindar mistérios da bruma e carneirinhos das ondas
Ou mar chão, de boa aragem com escaldão a sol
Bulício na praia de gentes a chapinhar!
Nuvens castelo em vaivém esvoaçantes gaivotas
Desordem total a balbúrdia de gritos infernal !
Desplanta emoções fortes sentidas em desnorte
Coração abalroado à deriva em dor!
Resquícios de amor vivido no areal
Jaz sonho desfeito em fanicos e agonia
naufrago esvaído desfeito na maresia do vento
Sob a crista da onda e brisa a espuma salgada!
naufrago esvaído desfeito na maresia do vento
Sob a crista da onda e brisa a espuma salgada!
Déspota desamor tortura triste um dia perdido
Norte seja
de novo almejar encontro
Perdida paixão, acreditar ainda o laivo!
Nem que seja sentir fagulha doce a mel
Nem que seja sentir fagulha doce a mel
No pestanejar
do seu quente olhar!
Porque quem ama sente a razão
em entender tamanha emoção!
Ao molhe o certo é abrir o mexilhão...
Engodo seja a pescaria do brincalhão
Haja mulher que ame o colo do fajardo mendaz ?
Porque quem ama sente a razão
em entender tamanha emoção!
Ao molhe o certo é abrir o mexilhão...
Engodo seja a pescaria do brincalhão
Haja mulher que ame o colo do fajardo mendaz ?
http://www.freguesias.pt/portal/lendas_freguesia.php?cod=150303
http://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2014/05/freguesia-de-caparica-no-seculo-xix.html
Fotos do google