sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dia da Espiga na visita à Base Naval do Alfeite em 2012

Dia da espiga  em 2012 coincidiu com as comemorações do Dia da Marinha, com portas abertas ao público para visita ao Alfeite.Claro que não desperdicei a oportunidade!
Quinta Real do Alfeite pertença da Família de Bragança, cedida ao Estado para implantação do Alfeite e Arsenal
Considerada um dos locais mais deslumbrantes e belos de Almada com uma área de 300 hectares, estende-se desde o Caramujo e Romeira, sobe a arriba ao lado das Barrocas, vira num repente na Azinhaga do Rato ao Laranjeiro para descer ao Miratejo beijar o esteiro de Corroios e terminar na Ponta dos Corvos - hoje infelizmente sem a linha férrea que fazia a ligação por uma pequena ponte para a estação do Seixal aos pés da Quinta da Trindade, um dia destes vou falar dela.
Escritura da Quinta
A Quinta Real do Alfeite no século XVI  foi pertença de João Álvares de Caminha, 3 anos após o terramoto de 1755 D. Pedro III, filho de D. João V manda construir o Paço Real do Alfeite.Em 1871 surge a transferência do Arsenal do Alfeite da Marinha de Lisboa para a margem esquerda do Tejo que só viria a ter projecto em 1906 do Engº Santos Viegas - muita discussão gerou os planos para a sua construção,os trabalhos de terraplanagem começaram em 1929, só viriam a terminar  com a transferência do velho Arsenal da  Marinha de Lisboa, para o Alfeite, em janeiro de 1939 onde ainda se mantêm nos dias de hoje. Tem uma capela, um bairro onde ainda vivem antigos militares, creche e escolas, infra-estruturas de desporto com piscina, um balcão do banco Santander - teve uma clínica e uma cordoaria, um grande estabelecimento com um restaurante no último andar com uma vista panorâmica sobre o mar da Palha e Lisboa, onde os preços eram muito acessíveis, isto antes do Pão de Açúcar se instalar em Almada, além de outras valências tem uma mata de pinheiro manso muito antiga e dezenas de pavões lindíssimos.Julgo que a quinta pertence à Casa de Bragança, nada pode ser demolido ou árvore cortada sem pedir autorização...é o que ouvi falar!
Aguarela do Paço Real do Alfeite de Enrique Casanova
A uns cem metros do palácio para norte encontra-se um grande edifício cuja fachada mostra evidencias quinhentistas com reforços de meios muretes laterais de cima abaixo sendo que são mais finos em cima e mais largos na base- devem ter um nome - que se encontram nos Jerónimos e muitos  outros monumentos. A bateria da máquina "flipou" não pude registar a foto...Também na extrema da Quinta com o esteiro de Corroios há coisa de 30 anos nas minhas caminhadas até à Ponta do Mato assim o povo chama ao sapal estreito e praias iodadas, bons ares para a saúde, problemas de tiróide, vi na altura ruínas de dois palacetes que fariam parte integrante da Quinta, pelo aspecto pitoresco seriam casas de veraneio viradas a sul  usadas pelo rei D. Carlos que aqui se deslocava amiúde.
Durante as obras de construção da nova Base Naval os operários depararam com um objecto insólito na sondagem do terreno a desbravar - uma grande talha de barro cheia de reluzentes moedas de ouro - centenas de moedas de 500 reais- raríssimas - cunhadas no reinado de D. Sebastião com finíssimo ouro dos tributos de Quiloa conhecidas popularmente por "Engenhosos" - alcunha do seu fabricante moedeiro Real João Gonçalves - o "Engenhoso". As primeiras moedas datadas de 1562, existindo porém, espécimes da mesma época e com valor idêntico mas relativamente vulgares.Como se explica a presença de tamanha fortuna em local tão ermo, descoberta mais de três séculos depois de terem sido cunhadas?
Certeira seria encontrar a resposta exacta...? Pondera-se a possibilidade do tesouro ter sido escondido(enterrado) a mando de D. João Álvares de Caminha, fidalgo da Casa Real, cuja família tinha na época a posse das propriedades do Alfeite e que acompanhou o rei D. Sebastião na desgraçada jornada a Marrocos onde veio a falecer em 1578.Num tempo que não existiam Bancos...a segurança dos bens era praticamente nula, por isso lendas de arcas com ouro enterradas...felizmente algumas descobertas de tesouros como este. Duas perguntas imperam? O que aconteceu aos homens que enterraram a talha (sim o patrão foi para a guerra  - se não os mandou matar eles podiam sempre vir à posterior roubar o tesouro e fugir ou não, já que dono fora, patrão na loja?) - o que foi feito das moedas ainda existem, estarão em algum Museu?
Ancoradouro do Palácio do Alfeite
 Aguarela do Alfeite de D. Carlos de Bragança 1891
Comecei a visita com uma passeata no Patrulha Pegaso

 Veleiro Sagres 
Ancorado na Base do Alfeite. Visitei-a na minha primeira vez.
Gostei de sentir um veleiro a sério: cordas, lemes, mastros - tinha uma vela aberta com a Cruz de Cristo - na ré existem mesas com bancos corridos em madeira para se lanchar ao sabor da maresia.Navio elegante e belo com latões a reluzir oiro.
        
Tive o prazer de  mexer no badalo do sino e de registar foto com os cozinheiros
Barricas em madeira

Veleiro Criola
Navio mais pequeno que a Sagres, não estava em visita.
Por detrás a vista do verde da mata  de pinheiro manso do Alfeite.
                              
 Navio de guerra F487 em reparação na doca seca do Arsenal
O Alfeite em termos territoriais é distinto para a entrada quer da Base Naval da Marinha  quer do Arsenal, na linha do rio cada um se separa no território para cada lado.
Recentemente o Arsenal foi englobado na sociedade de capital do Estado -Impordef - que também detém os estaleiros de Viana do Castelo...
A antiga Goame do Arsenal -, oficina de armamento - ouvi comentar  a antigos reformados "deveria ter ficado englobada na Marinha por esta depender diretamente dos seus serviços - ou não - se procurar fora de portas quem faça o trabalho mais barato, outros diziam que a nova empresa exigiu  ficar com a Goame - a única que dava rendimento (?)"...Refuto sérias dúvidas se esta nova empresa  Impordef não poderá ter os dias contados (?) fazendo eco às recentes notícias ocorridas no estaleiro de Viana do Castelo ouvidas na TV - fiquei com a nítida impressão de uma  fatal visão estratega e liderança na administração empresarial cujo fundamento deveria ser - de sucesso - com objectivos definidos numa dinâmica laboral de expansão, e projeção para fora de portas do negócio, rentabilizando os estaleiros, e o pessoal credenciado - não deixar morrer aos poucos nenhum deles com o descrédito - despejo para a  mobilidade dos trabalhadores, todos eles desde sempre - a alma e a vida do mesmo, a baixo custo . Na nova empresa julgo - de um administrador passou a três - sem falar de outras chefias criadas, todos  contemplados com frota de carros de boa cilindrada. Um dos males destas empresas megalómanas - antes estatais passam para outras mãos com outros interesses(?)... criam-se "tachos" com a criação exagerada de chefias, gente de poleiro - muitas vezes sabem pouco, ou mesmo nada do serviço - pelo que ouvi dizer ganham grandes ordenados - claro que não havendo contratos negociados - não tem gente de carisma comercial que saiba negociar aqui, e além mar - rareia o trabalho -  e casa onde não há dinheiro...quem paga os ordenados? Fala-se que já rareia no Arsenal para os continuar a pagar...boatos neste estaleiro foi coisa de sempre - lá diz o ditado "onde há fumo há fogo!
Assunto para pensar - uma empresa levanta-se com todos a remar para o mesmo lado , onde os chefes  da mesma elite, e não misturas de doutrinas diferentes - Marinha e civis - metem mãos ao trabalho ao lado dos trabalhadores, e não tipo polícias de vigia em "rondas"...há falta de atitudes pragmáticas, e de inteligência no  incutir força, ânimo, e vontade em vencer todos unidos a mesma luta - a continuação do estaleiro, e o seu progresso!
A manutenção dos navios da Marinha será a meu ver o principal cliente do Arsenal - esta, com a redução substancial do orçamento tem de redefinir as obras, só entrega determinados trabalhos sendo que alguns são feitos pela prata da casa,onde os conhecimentos (?) da especificidade podem acarretar consequentes dores de cabeça e custos redobrados - digo eu - ao ouvir dizer que militares desempenham pequenos trabalhos - ora, ninguém nasce ensinado e o que parece fácil, não é  - só operários que durante anos desmontaram e montaram peças de armamento e, outras específicas, as conhecem de cor e salteado - acredito é de ficarem com os cabelos em pé quando ouvem " aprendizes de armamento militar" falar de avarias e da sua resolução  menosprezando um trabalho de elite, bem executado pelos operários do Arsenal - toda a vida mal remunerados em relação aos militares - pelo árduo trabalho: seja na construção, mecânica, electricidade, electrónica, soldadura, preparação e outros - além do saber que acumularam com técnicos holandeses que se deslocaram aqui e os ensinaram a resolver avarias nas peças de armamento e antenas. Alguns tem um saber imensurável sem contudo nunca o terem sido remunerados na propulsão! Outros tiveram estágios além fronteiras de especialização.Alguns são técnicos - dizem passar o tempo a jogar no computador - porque trabalho é obra suja para os operários...dizia um deles a rir...coisa que faz pensar!
A Marinha  a meu ver ainda está a tempo de voltar atrás, agarrar esta oportunidade de ficar com esta oficina de operários de grande valor e saber, fazendo dela escola - para novos aprenderem e continuarem o desempenho de gabarito como no passado tal como no presente sempre foi bem executado no Arsenal pela maioria dos operários - porque também os houve que pouco ou nada fizeram, aproveitaram-se das circunstâncias sem circunstância - achadiços que pouco ou nada trabalharam, só recebiam ordenado... porque afilhados e "engraxadores" existem em todo o lado, é sarna deste País!

Navio Atlântida
Navio fantasma que o governo dos Açores rejeitou por incompatibilidades no projecto... veio o presidente da Venezuela  Hugo Chavez dizer  que o comprava ao Sócrates com palmadinhas nas costas...atacado de cancro esqueceu-se do negócio...acabou por vir dos estaleiros onde foi construído - Viana do Castelo para o Arsenal...A pergunta é  para quê? Será que não existem compradores nesse mundo fora para a sua aquisição? Porque razão o governo açoriano sabotou o negócio quando Portugal contribui com riqueza, embora numa escala muito inferior em relação à Madeira...acaso não deveríamos ter força, e dizer tem de ficar com ele? Ou querem que apodreça  e vá para abate para um dia afundar com um torpedo(uns milhares)  para ser coral - e prazer na pesca submarina para mergulho de meia dúzia de novos ricos...
               
Navio Hidrográfico D. Carlos
Adorei ver imagens como estas registadas por aparelhos sofisticados a preto e branco do relevo da nossa costa ,depois tratados a cores para estudo e outra visibilidade.
Destaco o  Canhão da Nazaré com 30 metros de profundidade, por isso a tal onda do mesmo tamanho que deu o recorde no Guiness.


Fragata Vasco da Gama
O tapete em corda na entrada feito á moda e tradição marinheira.

Euzinha  ao meio da rampa de lançamento dos mísseis - Searsparrow.
Com a crise que se vive na Grécia-, acaso saia do euro, outros países se seguirão - imagine-se a loucura se  alguém dos governos desta Europa desnorteada der ordem no meu dizer " se passar dos carretos"  e, os manda disparar...vamos todos  para o "Katano" com tanto cruzamento de misseis por todos os lados!
Na boca dos sobreviventes vai andar o nome -  searsparrow...cuja tradução - pardal do mar , nada tem haver com destruição ( o nome advém do formato do míssil ser esguio  e rápido como o pardal do mar, julgo). 
Porque razão digo isto? 
Junto ao helicóptero ouvi cochicho de homens pareciam saber do que falavam  sobre o recente golpe de estado na Guiné-Bissau, o ministro deu autorização para sair uma esquadra com duas fragatas, uma corveta e um petroleiro para abastecimento - até parece que somos um grande país, se tivéssemos porta aviões também ia... No caso os "golpistas militares pretos" - que o são aqui, mais do que qualquer outro lugar - isto não é xenofobia - é a cor das gentes daquele corno de África com ideias bem claras - não deram autorização para a esquadra fundear nas suas águas territoriais- "ficaram a encher pneus" a 100 milhas - tão pouco se mostraram interessados com as relações do passado - País irmão, antigo colonizador...A missão da esquadra tinha a salvação das nossas gentes imigrantes ( se houvesse massacre o povo português cairia em cima do governo, abonam agora em sua defesa...) mas houve guerra? Ao que sei houve arrufos de poleiro pelo poder da droga - outros Países  é o petróleo. O que parece ter havido - prisões e pilhagem, um hábito nestas bandas, que não é surpresa nenhuma...
Conversa para muitas linhas, mas no caso não me apetece estar aqui a dissecar se o País tem de ir a correr mal se sinta uma instabilidade de guerrilha. Os imigrantes tem hoje leis mundiais que os deveriam proteger porque imigração existe desde que há descobrimentos, só agora é que se andam com estas emergências de ir a correr acudir (?) pessoas , que mal chegam cá  - matam saudades e na semana seguinte votam e, ninguém pergunta o dinheiro que o País gastou com o repatriamento.
No  caso ouvi por entre dentes a um grupo de antigos operários(?) que o gasto se cifrou em  6 milhões!
Não acham que alguém tem de parar de continuar a dar ordens sem pensar em custos?
Dou comigo" a pensar para os meus botões...
Até onde vai parar o nosso querido País!"

Faço fé, acredito que o País não pode continuar a ser um " rebadofe(?)" onde todos mandam e ninguém tem razão!
Chega de políticos de "meia tigela" sem escrúpulos - gostam de mandar, sonham com protagonismo, nenhum assume nada , acertam negócios de milhões com contrapartidas que depois falham, e ainda pelo meio há sempre muita  gente que se "afiambra" na intermediação com milhões.
É tempo de exigirmos a todos eles a obrigação - Ponderar CUSTOS - tal como na ciranda da foto -  a fazer lembrar a corda arrumada  -  " chegar à inglesa"!
Portugal um País fronteiriço com oceano - meio por meio, é verdade -  somos pequeninos - pior seria se estivéssemos enfaixados entre países no interior da Europa. Porque raio temos a mania das grandezas em comprar navios de guerra sofisticados de milhões quando outros Países da América do Sul se remediaram com a nossa frota de fragatas que alguém (?) achou estarem obsoletas? Pelos vistos para eles servem - "chamaram-lhe um figo"...coisa para pensar!
Quem aguenta continuar a  suportar tamanha carestia de CUSTOS:
Prestações de milhares dos submarinos e,..
Manutenção da frota naval de guerra
Pessoal terra e mar
Provisões  - abastecimento de géneros alimentares para todos os navios
Combustível
Honorários
Este País  tem a mania da grandeza, quem não caça com cão, caça com gato !
Se não há ganhos, como se contrabalança na Marinha o orçamento?

A Marinha tem sido  "salva vidas e náufragos". Ação benemérita. Pois é, e os custos? Quem os suporta? São horas, dias que os  helicópteros fazem buscas? 
Chega de tanta bondade. Deveriam começar a cobrar. Talvez assim as pessoas comecem a entender que tem de ser mais cuidadosas no mar. Há seguros para tudo. Porque não pensar nesta variante para solver esta situação.
Doí  pensar no custo diário com a MARINHA PORTUGUESA - num País sem guerras - que não se consegue sustentar a si mesma, não produz riqueza, antes só despesa - grande na casa dos milhões, cujo Estado suporta a custo - todos nós - sem falar dos submarinos...aquisição sem ponderação de custos onde muita gente se "abotoou à grande e à francesa" no pensar de gente inteligente - aberração sem limites de carestia - qual a necessidade? Só aceitável se tiverem a missão de descobrir o que aconteceu ao navio Bolama guineense, que afundou nas nossas águas...as causas? Alterações no estaleiro tiraram estabilidade (?) ou quiçá, supostamente arrastado para o fundo por um submarino, acidentalmente(?) lhe sugou as redes  que tinham sido lançadas... Ou ainda? ...pouco ou nada se sabe sobre o naufrágio ocorrido em 92 com 30 pessoas a bordo na sua viagem inaugural...ao se falar pouco sobre o assunto foi morrendo no esquecimento...mas, uma pessoa com raciocínio lógico, e atenta mantêm dúvidas e imaginação fértil para o que de fato teria acontecido!
Julgo ser tempo de repensar na possível reestruturação  da defesa nacional a nível mundial.Portugal ao ser membro da Nato - deveria ser esta organização  a assumir a aquisição de navios de guerra - e os Países membros pagariam a prestação de serviços quando recorressem  a ela na ajuda externa.
Portugal deveria renegociar a utilização da Base das Lajes exigindo mais, atendendo ao ponto estratégico, esmifrando o governo dos Estados Unidos, e não ter "medo" de os enfrentar...como parece ser a política de anos dos nossos governantes sempre de "orelhas murchas" ...deveríamos ser nós a dar ordens e não a recebe-las como tem sido.Diz o povo nos seus ditados populares "de Espanha nem bom vento nem bom casamento" - digo eu - "dos EUA nem boa política nem boa economia"...
Portugal ordeiro - " bastava-se" com a sua frota normal para supervisionar a costa, e as Ilhas seria mais do que suficiente. 

Ainda outra frota ancorada pela base naval do Alfeite

Fragata Álvares Cabral F 331
Remato em desabafos - de quem saber fazer contas sabe distinguir o Débito do Crédito, e ainda gere poupança com poucos recursos.Contudo há uma comemoração quase passa despercebida que aprecio imenso, ocorre a 25 de junho no Tejo - navios da Marinha  exibem-se com varinos, fragatas , faluas, catraios, botes leão e,... em alegre viagem relembrando os tempos que eram o meio de transporte no rio.


Notei este ano abrandamento nas comemorações, mesmo assim  grandes gastos em demasia.
Claro que gostei da visita.As comemorações terminaram no domingo dia 20 . Antes durante uma semana - entrada livre na Base para visita de alguns navios em exposição, ainda outras exposições no Fórum Romeu Correia em Almada e rastreio por pessoal credenciado do Hospital da Marinha - parque aventura no relvado, jogos, insufláveis e piscina para mergulho com os fuzileiros.Ainda há outra exposição em frente da praça João Batista por baixo do lar e,...


Em  Cacilhas , a Sagres no rio junto da fragata D. Fernando, que na foto não se vê, aberta ao público em visitas, a última do caminho das Índias.
Houve desfiles no rio e em terra.
Esqueci-me de apanhar a espiga!
Espigada, e empertigada me senti com este País e os seus mandantes - todos sabem que há gente que nada tem para comer e pouco ou nada os governantes fazem para melhorar o seu dia a dia, antes só sabem retirar regalias. Isto é o começo. Exige-se urgência em cortes radicais nos ministérios e organismos públicos - mas a doer - estabeleçam objetivos de redução de despesas.
Se precisarem de ajuda estou disponível...não tenho a formação da escola naval - austera, fria, distante ...o meu  jeito "forte e feio" baseia-se na liderança, olho vivo, rudeza e força no trabalho!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Campo Pequeno à quinta feira com feira de velharias

Passam os anos e neles vamos memorizando dias que são especialmente azarados...falo dos meus : 4; 7;12;13 e,...quem me conhece diz que sou uma mulher de sorte, eu sei que sou azarada. Sempre cresci  por trilhos difíceis, parca ajuda, sempre com muito querer, à força do trabalho que se paltou pela diferença e essa criou invejas de que maneira e, me viriam a prejudicar nesta vida, embora reconheça que tive a minha quota parte de culpa!
A semana passada senti na pele outro grande contratempo que me afetou pela 2ª vez, neste caso por 31 dias  - perdi a chance que sonhei e planeei anos.Aguentei firme, nem a voz se alterou, apenas o constrangimento do inusitado.Gélida de pasta na mão, minha fiel amiga dos tempos que com ela vadiava na odisseia de escrituras aqui e ali com cheques chorudos...Horas de comer, apeteceu-me um mil folhas - há tempos que não me saboreava com tal bolo por nos últimos tempos sentir que é contrafeito com massas que nem os cães conseguem tragar cheias de gordura ao invés daquele - fresco, de massa folhada leve parecia um pastel de Tentugal. Delicioso. Consolei-me. Do outro lado da rua vi letreiros num 1º andar - Cabeleireiro - Low Cost - nem pensei duas vezes, era o dia e o momento de ir e fui. Atendimento personalizado, simpatiquíssimo e charmoso do dono um cabeleireiro na casa dos setenta igualmente do filho  quarentão de cabelos grisalhos, ligeiro me pareceu no computador. As meninas igual, nada maçadoras, trataram de mim com muito carinho. Pedi para ir à casa de banho, fiquei espantada pelo requinte da higiene, da luminosidade. Saí fresca de cabelos esvoaçantes na brisa do tórrido calor que se fazia sentir por Entrecampos. Enderecei convite a uma amiga virtual que se mostrou interessada em me conhecer, debalde por razões que desconheço não recebi resposta - em cima da hora  no acaso de um telefonema lancei o convite para um cafezinho e uma visita à feira de velharias no Campo Pequeno a um antigo colega mais velho do que eu 10 anos que reencontrei o ano passado nestas andanças.
Sou pontual, não gostei que se tivesse atrasado meia hora. No entretanto fui visitar a feira sozinha, encontrei alguns feirantes, no momento não me conheceram, fintavam-me  - "está diferente, estava a mira-la para ver se era "  - pois assim era o meu visual à senhora quando no geral me conhecem numa vestimenta mais básica - o "Igrejinha" levantou-se do seu banco para me cumprimentar, confidenciou-me - também tenho alturas que gosto de me vestir assim...conversei aqui e ali.Ainda enfeirei numa garrafa de vidro da Marinha Grande no tempo usada para a Ginja de Óbidos, de gargalo largo e marcada 1,5 L - tenho uma pequena coleção delas com 3 tamanhos: 2,5  e meio litro. Uma particularidade é que sendo  o vidro feito com areia e restos de conchas - conferem às garrafas várias tonalidades: verde; branco e rosa como esta última , da qual já tive outra menos rosa e ofereci à minha irmã.Vi um "ratinho" - palangana pelo diâmetro mais de 35 cm que o Sr Ferreira me fazia  90€...Vacilei com uma malga grande  na mão -  tenho uma pequena igual debruada a faixa azul por dentro em meias luas e por fora com flores por entre esponjado, era barata, contudo deixei-a ficar, a vendedora era a sua 1ª vez. De olho fiquei numa terrina quadrada branco sujo pelo tempo quase dois séculos de Massarelos com a marca - ancora a verde e  pega repenicada - soberba, a um preço extraordinário para mim que o Sr João me fazia por 40 €. Definitivamente o dia não era para enfeirar!
Dirigia-me a caminho do metro eis que o vejo chegar vestido à executivo de pastinha de cabedal igual à minha, até parecíamos "manos de alguma congregação". Juro que não volto a convidá-lo para tal evento. Já lhe  conhecia um jeito sem jeito de apregoar, fazer negócio que não tolero - só quis tirar a prova dos nove.Conta que  estudou medicina, não acabou, aplica-se no conhecimento de psicologia - variante de Freud...tem o hábito de julgar os porquês das atitudes dos demais, platónico no julgar,contestatário, refila a quem de direito, julga-se um sabichão na percepção do intelecto, dá-lhe prazer descobrir enigmas de carisma emocional, mostra-se facilitador, depressa esquece a ajuda, diria um sedutor nato de muita lábia, sendo um homem do signo Gémeos revela gostar de dualidade e isso é visível e marcante. Sinto que se revela na escrita de forma soberba, afetuosa,  inteligente, com um conhecimento cultural abrangente, muito culto, lê, passeia pelo mundo frequenta locais públicos de finesse...no entanto na presença real é a antítese! Sinto dificuldade em falar dele,mas a revolta de tal perfil dá-me cabo dos nervos. Tudo porque revela ter uma fobia incrível por comprar palermices sem valor algum, o que eu diria na maioria lixo. Um ajuntador de tralhas em casa, armazéns, garagens e,... apreça tudo, mostra-se interessado, oferece, naquilo gera até confusão, imagine-se se tivesse tal comportamento nas feiras no norte de África e no Sul de Espanha, ainda se habilitava a levar "porrada"...apreçou travessas da VA com a decoração chinesa, quanto a mim a pior escolha da fábrica para um serviço de jantar,  doido, mexeu e remexeu como se fosse uma criança, a seguir apreçou um globo descomunal em madeira - um bar, até fugi da banca e do negócio, não gosto da peça nem das vendedoras - "falam por cima da burra, sempre de mal com a vida". Em frente da avenida viu uma banca cheia de medalhas, queria no momento que a menina em jeito de ajuda ao pai tomava conta do estaminé lhe fizesse um preço por atacado, ora ela só sabia o valor unitário,  ainda letras e livranças, nem viu ou leu o conteúdo, o que poderia ser apaixonante (?) na sua cabeça só pensava comprar, regatear...baralha os vendedores, aparece bem vestido parecendo intelectual, vulgo doutor, alguns assim o alvitram - ele cala-se, parece gostar, por outro lado desnorteado perde com esta personalidade aérea, que confere a alguns vendedores o facilitismo do trato por "tu" o que no caso é muito mau. Nunca se deve baralhar alhos com bugalhos!
Tudo parecia encher as suas medidas...Furiosa estava eu de viver aquele clima!
Confidenciou-me que na sua quinta no norte a quer encher de velharias - no terreno quer alfaias agrícolas e, por cima do portão gostava de uns pináculos em pedra do século XVI...( ao instigá-lo o porquê deste século e não de outro responde-me " estive agora na feira de Ponte de Lima, disseram-me que os ciganos roubam coisas antigas, como não sou fiscal das finanças não me importo de comprar" claro que gastei o meu latim a falar de loiças e de pedras e até do que os ciganos e outros vendem. Alvitrei os canteiros que à beira da antiga estrada a caminho de Caminha ainda executam Santos, pináculos e outros em granito...naquilo interrompe-me e diz " mas quero pedras antigas, negras do tempo "...ainda acrescentou que adquiriu através de um amigo em França  um sino da minha altura"...estupfacta, sem delongas perguntei onde o iria pôr, se acaso a quinta tem alguma capela ...confirmou que não, se for preciso manda fazer uma torre...
Achei-o um lunático que não admite ser contrariado, só o que pensa, faz e, diz está certo, diria - um Pavão!
Não sou mulher de aguentar tanta insensatez, nestas coisas de velharias sou mais pragmática, admiro e respeito o gosto ecléctico de cada um. Tento. No caso não consigo porque ele aprecia demasiado lixo! Estaríamos agora a dissecar o que é lixo para uns é precioso para outros...debate exaustivo, não vale a pena, sou conscienciosa, já vi uma casa dele repleta de moveis e de entulho ( loiças e loiças por todo o lado misturadas com Alcobaça berrante em azul que ali até fere o olhar, noutro contexto acredito terem interesse, quase tive de pedir licença para entrar e ir até à varanda tomar ar para me segurar nas palavras.Insisti na palestra de convencimento - deveria apostar em peças boas -  mostrei -lhe um "Ratinho"...não conhecia, de nada sabe, julgo para me contrariar o gosto respondeu..."não gosto". Tem esse direito, não tem é de ser inculto de nada saber sobre eles - lá fui desenrolando o rol da minha sabedoria, até que me interrompe e lança o desafio - comprar os meus serviços para lhe catalogar toda a tralha que tem comprado ultimamente, até recheios - neste último dois Santos altos, anda doido porque não sabe a quem se referem...
Euzinha, frontal, sem papas na língua nunca me vendi, não é agora que o vou fazer, não tenho jeito muito menos vontade, porque querer, isso sei que me daria satisfação em deitar para o lixo quase tudo...mas ai caia o Carmo e a Trindade, e a amizade terminava para sempre!
Ele parece não entender que tem de escolher alguém que o possa de facto ajudar. No meu entender deve ser - surdo e mudo - ou então mulher que não se aflige resignar à sua  fortuna (?) ouvindo, calando e comendo, porque ele sei pode proporcionar uma vida de luxo como algumas que se conhecem da alta sociallity...veio-me à ideia a  Jô Caneças...
Senti-me tão incomodada. Convidou-me para um lanche na Versalhes onde o deixei a meio do seu chá de limão, apressada despedi-me, até me esqueci de agradecer, não queria perder o horário do autocarro! 
Além de seguir a sua própria sabedoria interior,não se mostrou flexível ao ponto de saber ouvir o que eu lhe quis transmitir - mesmo que não concorde com  as minhas opiniões - tão pouco se interessou pelo tema- drama que acabara de sentir na pele.Insensível, com foros de arrogância foi o que fatalmente  senti.Como é possível a mesma pessoa apresentar duas facetas de personalidade tão distintas?
Será que fui desplendecente?
Sei que precisava trancar a sete chaves episódios nefastos desta última quinta feira insólita!

domingo, 6 de maio de 2012

Dia da mãe após o meu dia de aniversário!

Ontem casei pela segunda vez o dia do meu aniversário!
( 5 = 55)
Acordei aborrecida. O meu Sporting perdeu com o Porto!

Hoje em Oeiras um senhor dizia-me" parece que tem 40 anos"...bondade do senhor - pensei. Nisto tiro os óculos e, disse-lhe " ontem fiz anos, adivinhe quantos? - respondeu " parabéns, fez 45, ainda é uma menina"...Rápida respondi, ponha-lhe mais 10 em cima!
Continua ainda mais menina...
Malandreco! Mirava-me no espelho à venda no seu estaminé de um carro dos anos 60  naquela de ver se  os óculos rayban de 1€ me ficavam a matar!
Claro que os trouxe, para contrariar o meu marido que em tempos encomendou uns bons para me oferecer, como o intermediário falhou a entrega ...Para o aborrecer, fiz a compra, afinal são rayban na mesma!
 Risos.                                                                               

Hoje pela manhã passou por mim um Ferrari preto de 3 escapes. O primeiro desta cor que vi, em tempos por Matosinhos apreciei amarelos e azuis porque vermelhos de vez em quando passam por mim ou eu por eles.
Tempos de crise. Não sei. Talvez sinta e o saiba, no entanto ontem o restaurante na Lagoa de Albufeira estava cheio...sábado. Na mesa junto à janela estava um casal com um casal de filhotes. Gostei de ver chegar a travessa com douradas escaladas grelhadas. Num repente cada um dos pais se levanta e prepara o prato para os filhos, ela preparou para o menino, ele para a menina. Gostei de ver que incluíram alface. A bonecada na mesa era demais, para os entreter. Chegaram os pais da senhora, menina, linda. Muito mais interessante para mim do que a Rita Pereira na seção fotográfica da Plaboy...então não a conheço ao vivo...nem se dá conta dela ao pé desta que ontem enxerguei de jeans e blusa branca  giríssima, glamorosa, sexy, curiosamente de olhos pequenos iguais aos da Rita e belos cabelos compridos, mais sedutora de lábios carnudos no ponto e tez morena. Chega o pai e diz-lhe" então miúda estás boa?"...homem de cabelos e bigode alvo a rondar os setenta, a filha na casinha dos trinta.Chegam duas sopas para o casal de idade, entretanto os pais dos miúdos preparam cada um o seu prato e sentam-se para o degustar. Naquilo os pais com "os restos, sim era a 3ª escolha" fizeram o mesmo. Beberam sangria.
No final quem pagou a conta o comilão do cabelo alvo...que se saldou com as sobras...isto é que vai uma crise!
Melhor sorte tive eu. A minha filha presenteou-me com o pagamento da fatura no restaurante, e foi dolorosa, meteu marisco e tamboril fresco, ainda queria percebes, mas fiz-lhe ver...vê lá se percebes, que a vida não está para grandes ondas...
Gostei de receber inúmeras felicitações de parabéns...
Coisa brutal, talvez pela página do face, blogs e,...
Destaco três. Uma de um homem -" Hoje é um dia muito especial para ti, pois foi nesta data que vieste ao mundo. Sou feliz por fazer parte da tua vida, e poder enviar um grande beijo de Parabéns."
De uma comentadora do blog - "Parabéns pelo seu blog e pela maneira como escreve. "
De uma amiga - "Sabes que estás sempre no meu coração! "
Incentivos destes ajudam os meus dias menos afortunados e a acreditar que o amanhã será bem melhor do que a actualidade.
 Malmequeres lilazes na Lagoa de Albufeira com os brancos a espreitar.
As flores enchem o meu coração de bem estar. Adoro flores.

A maresia, o areal e o cheiro forte a plantas que se adaptam a estes meios foram ontem para mim um renovar de ar novo nos pulmões!

 De manhãzinha telefonei à minha mãezinha a dar os parabéns, logo a seguir recebi os meus, da minha querida filha.
O almoço foi em casa. Poupança. Havia sobras de rojões,acompanhei com batata frita pickles e azeitonas, a entrada requeijão do Rabaçal com doce de chila e de tomate, sementes de linhaça (para baixar o colesterol) e nozes, uma boa laranja da baía ( na sexta em Lisboa para os lados da Graça vi laranjeiras nos passeios carregadas, muitas laranjas no chão no terrado que vão caindo, parece que não há fome, ninguém as come, porque será? Afinal ali bem perto há bairros de rendas económicas. Pelos vistos habituaram-se mal...só comem fruta tropical, fazem mal, nada chega a uma boa laranja portuguesa, barata, no caso dada.
Saboreei uma fatia do pão de ló húmido ainda do brinde dos Parabéns a Você... encertei um brandy para aquecer o espírito porque o champanhe bebeu-se todinho ontem - precisava de me mentalizar para arrumar a cozinha numa de poupança de eletricidade.


domingo, 15 de abril de 2012

Alfama até à Graça...num sábado de abril


Alfama com ruelas floridas de verde.Gostei da foto na escadinha da viela, embora reconheça o ângulo poderia ser bem melhor. Estou a aprender...
Sábado o último da 1º quinzena, o dia acordou com chuva e a feira da ladra estava para o pobrezito de gente e de feirantes, em demasia gente nova a vender de tudo, sobretudo roupas.
Falei com o "Igrejinha" já o "Pedrinhas" estava numa de enviar mensagem...não incomodei. Comprei uma leiteira da VA marca azul em branco igual a uns bules e açucareiro- falta-me uma tampa!
Vi azulejos lindos, nem me atrevi a comprar algum - o meu marido perdia o norte - ainda tenho alguns empacotados espetaculares, agora na última quinzena vou ausentar-me, vou fotografa-los.
Almocei na mansarda da minha filha e do seu namorado.Recebe muito bem - admirei a forma como calmamente se desembaraça da loiça e arruma tudo num instante, sendo a mansarda minúscula. Elogiei a sopa de grão que nos presenteou - deliciosa. A minha mãe fazia e ainda faz grossa com esparguete. Nada tem haver com a dela cremosa, saborosa, apetitosa - ao interroga-la como aprendeu - responde fui fazendo e contigo...
Digo que não, a dela é bem melhor que a minha, melhorei com o aprendizado que dela admiro a fazer jus ao letreiro da rua dos Remédios em Alfama pintado na pedra da antiga muralha .
Tarde passada em Alfama a olhar o Tejo e os paquetes a saírem em final de tarde, turistas em gabardina com máquinas a registar fotos, engomava umas quantas ti-shirts enquanto, eles foram dar uma volta, fazer umas compras. Acabei as minhas tarefas, chegaram eles. Vimos um filme - Obsessão. Muito interessante sobre o assédio feminino...fala-se é do masculino!
Horas para o nosso jantar marcado na Graça num restaurante com música ao vivo.Estava fechado, parece que se esqueceram de nós, só tinham reserva para um grupo de 30 pessoas. O empregado pedia-nos desculpas para voltarmos outra noite, não tinha lugar na sala para nos confortar como merecíamos - a minha filha interpelou-o sobre a surpresa de tal esquecimento, o meu marido ajudou o salvamento dizendo "não nos importamos de ficar aqui no bar nestas mesas", o apelo final para o êxito, esse foi meu - " se diz que o seu patrão não o atende, deve insistir, acredito que não esteja a esta hora em local que não possa receber uma mensagem sua e debelar este triste constrangimento - viemos de longe e não vamos sair sem jantar. Não sei se foi o tom de voz ou, a força da mensagem - acatou de imediato encaminhando-nos para um outro espaço para mim sumptuoso, teto em cúpula de cerâmica me transportou para a era romana e uma lareira espetacular.
O repasto foi bom : degustei um ensopado de raia - magnifico; o meu marido bochechas de porco preto em cama de mil folhas de maçã com queijo da serra- soberbo; a minha filha xárem ( prato típico algarvio à base de papas de milho com ameijoas e gambas fritas) e o seu namorado um bacalhau à serrano com broa. Deu para provar garfadas de todos. Vinho bom, água e sobremesas saborosas. O que faltou? o que dizia no folheto de compra do voucher - entradas de pão com morcela, e...do flut de champanhe e, da musica ao vivo, apenas vimos o conjunto nos acordes - eram 3...
Ao deixar o restaurante  constatei que o grupo ainda estava na sangria, sei lá a que horas o jantar acabaria. Valeu apreciar como apenas dois empregados demonstraram um à  vontade, desembaraço, educação e sucesso na resolução sem delongas do incidente - apesar de tudo e de nada, gostei da experiência.  Saímos a pé tal como fomos - apreciamos a noite lisboeta, as obras em prédios que só dignificam a cidade, conversámos de tudo e de nada, rimos, enroscados nos agasalhos. Atalhámos caminho pelo recinto da feira da ladra, vazio acabadinho de ser lavado, ainda lá estava o carro com o tanque de água. Só voltámos a ver gente em Alfama, alguns lugares de tertúlia que tomámos nota para experimentar noutra ocasião- Num deles a caminho do jardim do Tabaco com piano ao vivo.A noite estava caliente, cheguei a casa depois da meia noite...fula fiquei porque a séria inglesa que ando a seguir  na SIC falhou o episódio, tenho de ir averiguar.

Foto tirada debaixo do Arco da Rua Augusta

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