segunda-feira, 27 de maio de 2013

Figueira da Foz numa visita relâmpago falar com inquilinos

Coisa planeada a visita à Figueira da Foz  com a minha mãe para tabelar conversa com os inquilinos do seu apartamento -, chineses!
Prédio apresenta fissuras na frontaria de azulejo e faltas de tinta na pintura
Não aceitaram o aumento estabelecido por lei...que remédio outro não tive senão amenizar a conversa deixando a renda no mesmo valor de há cinco anos por ser difícil o trato, a comunicação e a forma negocial  frontal ser demoníaca " que há muita casa para aluguer e mais baratas"...ainda acrescentam mazelas " que os armários criam bolor branco" ,não tem luz nas escadas...e a caixa do correio foi vandalizada...
Tem razão na falta de luz, o prédio não tem condomínio, ainda fui saber de um eletricista para se fazer uma ligação direta com ligação à caixa do correio como se usa em prédios antigos em Lisboa, quanto à caixa do correio basta comprarem uma fechadura que custa 4€ tirar a que está e pôr a nova com uma chave de fendas -, porque a estragaram eles,  quanto ao bolor, claro que estando o prédio tão perto do rio e do mar, a humidade é grande, por isso a casa precisa de ventilação, de serem abertas as janelas para o sol entrar...saem de manhã para a loja e só regressam à noite...dei com três "monos de gente" com razia de clientela quando o certo seria uma delas dedicar umas horas à limpeza da casa...nem quero imaginar como estará, mal estimada por certo!
Para a minha mãe não se atormentar, porque lhe dá jeito a renda, acordei, apesar de estupefacta, sendo a casa mobilada, e no caso acredito haverá ao mesmo preço outras similares mas sem mobília e electrodomésticos...para o ano logo se verá como estará a recessão, porque não me vou calar, deixaram-me de olhos em bico!
Congratulei-me com o prédio defronte do da minha mãe no tempo que aqui passei férias e doze natais estava bastante degradado, agora revitalizado -, uma lindeza em cor de rosa.
A rua do prédio nasce da  Praça Oito de Maio -, uma das principais da cidade, também conhecida por Praça Nova, pela razão que é a praça mais nova das duas praças, que estão em terreno retirado do rio Mondego no centro da Figueira da Foz também apelidada de Praça dos Táxis.
A praça ostenta a estátua a  Manuel Fernandes Tomás que aqui nasceu a 30 de junho de 1771 no seio de uma família burguesa  que cedo vendo o  engenho precoce que ele revelava, o mandaram para Coimbra ainda muito jovem, aparentemente com o fito de o fazer seguir a carreira eclesiástica, aos 20 anos bacharel em direito, tornou-se advogado, abandonando o sacerdócio . Ao longo da sua vida afirmou-se como um erudito, ganhando renome através da publicação de algumas obras de Direito, afirmando-se como um pensador preocupado com a degradação da vida nacional portuguesa e com a necessidade de reformar as instituições e eliminar a tutela política britânica que entretanto se instalara em Portugal.
  • Num programa do Prof Hermano Saraiva o relatou como um grande homem que não recebia honorários pelo desempenho da vida pública , morrendo pobre -, coisa inédita aos dias d'hoje por vivemos com uma cambada política que só pensa em " obter dinheiro à custa de nada fazer, metem-se em negócios de luvas brancas, tráfego de influências, apadrinham filhos e afilhados em cargos de técnicos, apesar de licenciados, nada sabem, acabadinhos de sair da universidade só tem o titulo de DR...que sabem eles pela parca idade e falta de experiência desempenhar  cargos de especificidade com ordenados acima dos 5.000 € quando outros licenciados só auferem a média de três ordenados mínimos (?). Políticos corruptos que gerem contas milionárias em paraísos fiscais, ainda roubam louros, conhecimentos, para no caso de algo correr mal tem sempre  encosto em empresas de renome que os acolhem para cargos de presidência, vá lá saber-se o porquê, até parece a título de pagamento por ganhos fabulosos no tempo que tiveram poder no governo... de novo homens de prestigio e chorudos ordenados"." O 25 de abril no seu melhor abriu portas a gente sem eira nem beira que vieram de trás do sol mal posto com uma mão atrás e outra à frente, graças à benevolência do sistema sem rei nem roque tiraram na maioria cursos sem estudar , hoje  doutores -, que o são uns "cagões de merda" de bolsos cheios -, e o povo estúpido estrebucha, mas paga, continua a pagar  as despesas e desfalques que todos fazem e nenhum é chamado a responder , porque tudo é abafado e não devia ser ! 
  • Estou farta deste sistema político corrupto. 
  • Uma epidemia viesse e os lerpasse a todos, sem excepção!"
Manuel Fernandes Tomás faleceu a 19 de novembro de 1822. Por muitos considerado a figura mais importante do primeiro período liberal, foi um magistrado e político vintista (caracterizada pelo radicalismo das soluções liberais) que se destacou na organização dos primeiros movimentos pró-liberalismo. Foi juiz desembargador na Relação do Porto, um dos fundadores do Sinédrio ( uma associação secreta com o  objetivo de preparar uma revolução) assumido um papel central na revolução liberal do Porto de 24 de agosto de 1820 sendo a figura primacial do liberalismo vintista, fez parte da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, criada no Porto,que administrou o Reino após a revolução liberal, sendo encarregue dos negócios do Reino e da Fazenda. 

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Fernandes_Tom%C3%A1s

Fotos na Praça com a minha mãe, e eu, depois de um bom café saboreado com bolo coberto a chantily e fios d'ovos que tomámos numa pastelaria antiga com mais de 100 anos. A caminho da aragem do Mondego...numa curtição de recordar outros tempos de antanho que aqui aportávamos no verão e no natal, tantas recordações  e saudades que tenho da Figueira da Foz.
Caixa Geral de Depósitos num belo edifício Arte Nova
Belos edifícios recuperados com estuques relevados, azulejos e ferro forjado na frontaria
Casa do Paço construído no séc. XVII no sedu interior uma bela coleção de azulejos DELF  à época representam paisagem, cenas religiosas e de cavaleiros.

Um edifico mui estreito. Outro há ainda mais em Lisboa e outro em Coimbra que julgo já postei.
Fiquei sem bateria na máquina...sem comentários!
Horas de pegar no carro dei uma volta até para lá de Buarcos, o mar apresentava-se esplendoroso de ondas pequenas de espuma mui branca. Uma calmaria com o sol baixo parecia prata de tanto reluzir. 

  • Um bom passeio, só parei no Marquinho, já em Ansião para olhar o Nabão, que lindo ia  no seu leito a transbordar a margem com tanta água!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O Ribeiro da Vide em Ansião com buliço de vida e gentes noutros tempos

A segunda remodelação do jardim do Ribeiro da Vide deixou a fonte num patamar inferior perdendo identidade, como o escadatório da Capela de Santo António, deixaram soterrados quatro degraus... Revela no mínimo cálculos mal feitos pelo projetista (?) em terreno direito, no mínimo é de se ficar perplexa e amofinada com o património que se perdeu!
A minha querida mãe sentada no muro da fonte

Quantas foram as vezes que desci e subi as escadinhas da fonte, me abaixei para encher de água o barril, jarro ou cantarinha , a pé ou de bicicleta...até roupa lavei nas suas pedras... Datada de 1897, a nascente situa-se a escassos 50 metros para sul, em miúda bem me recordo de ver o poço aberto para limpeza das raízes dos plátanos, sempre fiquei com a impressão que o poço não era rebocado, com paredes em barro branco, tapado com duas grandes lajes unidas com tiras em ferro, inexplicavelmente o taparam quando fizeram a primeira intervenção urbanística no jardim, sendo que agora parece haver dificuldade em o localizar (?) ... À fonte ocorria muita gente com cântaros, cantarinhas, jarros e barris, todos da redondeza vinham buscar água fresquinha da fonte do Ribeiro da Vide para cozinhar, beber, e retalhar as azeitonas -, não havia igual, também dava de beber aos viajantes a pé, a caminho de Fátima ou das aldeias para casa depois de terem vindo à missa ou ao mercado enfeirar. Nas suas pedras muita roupa se lavou quando o motor elétrico do poço camarário não funcionava para tirar água para o lavadouro público, as águas escorriam pelo regato estreito direito ao ribeiro que lhe passa aos pés e dá a graça ao nome do jardim. Gente nova namoriscava sentada nas pedras, com a bênção do Santo António que do alto velava por elas… Cheguei a tentar descobrir a nascente do Ribeiro da Vide com a minha irmã, seguimos para sul pela fazenda do Ti Zé Reis até ao pinhal do Dr. Faria no Carvalhal, perdemos o seu rasto no emaranhado de urzes altas e medronheiros,  um baixio onde se juntam as águas quando chove muito e faz nascer o ribeiro...O que parecia, mas não, disse-me o Carlos Cotrim que o ribeiro se encontra em parte encanado por túnel de pedra para os proprietários terem mais espaço para cultivo, no tempo em parte adornou e por isso em tempo de chuva na propriedade confinante à sua a do Sr.Nogueira se fazia uma lagoa . Não sei a origem do nome, havia quem dissesse que derivava “parar de levar água no tempo da poda das vides, porque do Vale da Vide não vinha”, pode ser esta designação deturpada do rei moçárabe de Coimbra Sesisnando Davides (?) ou David vocábulo judeu- e o Bairro topónimo igualmente judaico, a ditar o mais certo e por isso devia ser David?! 
O baldio do Ribeiro da Vide sofreu grandes obras de acessibilidades no inicio do século XX, fizeram quatro viadutos em pedra que no verão dois deles, os mais altos, o 1º e o 4º , a nascente e a norte,  um dos passatempos favoritos a rastejar  em ambiente de pedra  brutalmente branca, lavada com a água do inverno, o maior, mais comprido era o último, por cima  tinha um barracão do "Ti Parolo" e antes tenha sido uma azenha, da quinta de S Lourenço e mais à frente mais duas.
Na última intervenção o jardim não ganhou flores, ganhou um parque geneátrico com alguns aparelhos.

Fiquei entristecida, até espantada, quando deparei com o ribeiro parcialmente encanado na nova remodelação do jardim -, só visível junto ao Lar da Misericórdia com uma ponte a meu sem mais valia... 
O lago desapareceu na terceira intervenção.
Havia muito junco no Ribeiro da Vide, alguém fazia dele cestos. O largo era grande e plano dividia-se em três longos espaços em jeito de triângulos independentes, divididos por estradas entre si,  com fartos e frondosos plátanos, plantados pelo meu bisavô Francisco Rodrigues Valente.
Não fossem as mulheres vestidas de avental o varrer no outono com vassouras de urze, que enchiam “num virar de olhos” mantas que atavam ao meio e levavam à cabeça para os currais. 
Também amiúde o franco largo recebia visitas de ciganos, mal atracavam a tenda os ciganitos e mulheres iam pedir porta em porta, e  junto da fonte amontoava-se um monte de loiça lavada, sobretudo os alumínios -, tão areados a fazer inveja a prata reluzente. Havia outros que se instalavam no barracão da Santa Casa, também gostavam de montar a tenda onde hoje se encontra o Palácio da Justiça, há quem diga que o meu avô "Zé do Bairro" se encantou com uma bonita cigana, levantaram as tendas antes que o caldo entornasse… 

Os cantoneiros ao Ribeiro da Vide… 
Tinha a casinha quadrada, uma minúscula vivenda, igualzinha à dos meus pais na foto em baixo, a contrastar com outras que conhecia estrada fora sob o comprido que na fachada ostentavam lindos painéis de azulejos em branco e azul, esta pobrezinha tinha letras pintadas em preto…hoje remodelada em sanitários.

As vezes que distingui a máquina com rodas em ferro, negra dos escorridos de alcatrão com a fornalha em labareda laranja e fumo negro com cheiro fort, e de roda delas andavam os cantoneiros a tapar os buracos das estradas, as vezes que passei e senti as pedrinhas afundadas em alcatrão a reluzir -, num instante agarradas às solas, num ápice presa …De todos os cantoneiros só me lembro do Ti João Silva da Lagoa da Ameixeira conhecido pelo João Cantoneiro, do Ti Zé Forte e do Acúrcio “Saguim”. Usavam farda cinza em tecido rijo ornado de pontinhos pretos e bonés, mais pareciam presos das cadeias da América que via nos filmes da televisão…e, eram tão boas pessoas!
No barracão da Cerca veio a ser construído o Lar da Santa Casa da Misericórdia de Ansião
    Os plátanos como devem ser, bem podados
Lavadouro público no Ribeiro da Vide…
 De novo remodelado em parque de merendas. O antigo era junto do ribeiro na margem direita no espaço do meio. Tanto mulherio que nele lavou roupa e na fonte também: "São Mocha”, "Carolina do Trinta”, "Alice do Pego”, Elisa, Júlia, filhas mais velhas do Mouco -, a Odete e Ausenda, Tina, Isaura, criadas da tia Carma e outras da vila.  Seria Outubro na década de 70 ao passar para o Colégio, a Mavilde lavava na fonte de avental de plástico castanho de manhã, porque de tarde deu à luz o seu filho António, o mais novo, médico em Leiria. Também lavei algumas vezes no lavadouro. Num tempo que havia roupa íntima para se lavar, a brasileira Cármen, casada com o irmão da prima Quitas da vila, uma simplória “gozavam com ela por trazer para o lavadouro os paninhos” ingénua alma, coitada da mulher, na casa onde vivia não tinha quintal, o que deveria ter sofrido com o gozo… um dia ia a caminho do colégio questiona-me " qual a sua graça?" no momento não alcancei o que ela queria dizer, anos mais tarde entendi que "graça no Brasil” o mesmo que perguntar pelo nosso nome…

A feira quinzenal do gado… 
Alternava sábados e quarta-feira. Os burros eram presos aos plátanos ao longo da escadaria de Santo António. Num dia vivi uma grande aflição reparei que um tinha uma tripa grossa retesada até ao chão, estaria quebrado? Ao contar o sucedido ouvi risos, levei tempos para perceber o mal da besta, que afinal não é mal algum ... A feira respeitava a transação dos animais por categorias nos três espaços : bois; porcos brancos e ruivos do Alentejo; carneiros, cabras, ovelhas, cabritos e borregos. Os vendedores, eram maioritariamente mulheres. Os negociantes usavam bigodes fartos e repenicados, vaidosamente torciam ao mesmo tempo que tabelavam conversa de fazer bom negócio, pelas costas usavam pesadas samarras de gola de raposa, e correntes d'oiro a saltar os coletes de barrigas obesas. Todos faziam negócio a contento. Havia os restaurantes ambulantes, dos tachos saia cheiro a feijoada, do grelhador improvisado num meio bidon cheirinho a frango assado, nas mesas corridas cobertas com plástico às cores no sítio onde hoje está implantado o Palácio da Justiça. Também neste espaço se procedia à vacinação do gado caprino contra a febre da brucelose. A taberna do Ti Nicolau do Escampado de S. Miguel tinha vezes que abria, já a do Ti Zé André abria sempre. 
Sem saudade, o após da feira acabada com o amontoado de excrementos, palha, lixo, estradas sujas com bosta de boi... cada medalhão a imitar a trança de uma qualquer rapariga,  caganitas de caprinos, cheiros em redor da fonte e do lavadouro, uma imundice que ninguém limpava !

Saudades dos irmãos Ti Zé André e Ti Elvira...
Descendentes de Belchior dos Reis , judeu que viveu no Largo do Ribeiro da Vide, um dos seus filhos o Pascoal Freire de Mello e Reis o mais ilustre ansianense até hoje.
Uma tarde fomos convidadas eu e a minha irmã para em sua casa assistir à passagem de slides trazida pelos filhos mais velhos do Borracheiro vindos do Ultramar, o Henrique e o Joaquim, porque naquele tempo a luz elétrica finava-se no Ribeiro da Vide, com exceção da casa dos meus pais e da tia Maria, por via do hospital antes de ter encerrado portas a 1ª vez em 1951 (?). Acomodados na sala da frente -, até aí só conhecíamos a cozinha, ao passar para a casa de dentro vimos o chão do curral pelas faltas de tábuas...pela primeira vez vi paisagens de cores quentes , a selva, animais, palhotas, estatuetas de madeira e negros com muitos colares ao pescoço...Rapazes simpáticos e bonitos, brincavam connosco quando nos viam pelo adro, com a nossa bola. Algumas vezes contratados pelos nossos pais para trabalhos na agricultura, pena serem mais velhos, para mim nem olhavam, tal o respeito.

Os Trinta velhoscasal que vivia na casita castiça por trás do agora Palácio da Justiça no gaveto com a Quelha da Atafona, tinham um pequeno jardim com um pocito. Era gente afável.


Gentes da  Quelha da Atafonaatafona no ribeiro, movida pelo burro do Ti Miguel, o zelador da Santa Casa...tantas vezes a subi e desci a fugir dos buracos. Ao cimo a casa da Isabel Bandeira com uma figueira enfezada na serventia, de encosto a casa da "Isaura Reala de paredes meias com a castiça que foi da "Ti Júlia Peleira” pequenina, encravada na ribanceira com varandim em madeira, boa mulher simpática, mãe do Toino, mais acima a casita da Ti Piedade e a da irmã Helena, ambas vindas de Angola, o que brinquei com os filhos, a minha amiga Lala e o Jorge.
Um dia na lixeira do Ribeiro da Vide eu e a Lála apanhámos podas das roseiras do Dr. Travassos, na altura ninguém tinha rosas daquelas, já meio secas foram espetadas junto ao ribeiro ao fundo da casa do avô Ti Bernardo, vingaram uma ou duas. 
Grande o susto, um dia acorri aos gritos da Ti Helena com um neto nos braços pedia ajuda, de mão na boca do gaiato para não sufocar, seria um ataque? Fiquei brutalmente impressionada…
A última casa a da Ti Florinda e do Ti Alfredo do Alqueidão, as vezes que conversei com a sua filha Tina, grande amiga de longa data. 

Mal o outono se fazia sentir com o chilrear ensurdecedor dos pardais que se empoleiravam na folhagem dos plátanos, andava o Zé Emídio Moreira de pressão de ar nas mãos à caça. Tantas vezes o vi ao final do dia  aos pardais, e outras acompanhado com o colega de inspeção da tropa ,o Toino Tarouca. Subiam a escadaria e metiam conversa comigo...
O cortejo alegórico do povo em agosto ... 
Sempre daqui partiu para abrilhantar as ruas e ser jubilado nos Paços do Concelho. 
Nesses tempos abrilhantei um carro alusivo à feira do gado como este do ano passado.
Festa bonita, aprecio sobretudo os pormenores criativos das gentes que neles laboram.
Carros alegóricos do ano passado.

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