quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O mar da Costa de Caparica em fim de época de 2015











Libertação que o mar sempre inspira e na Costa de Caparica foi galopante para saltar da espreguiçadeira num instante  e logo me deixar ficar pasmada a contemplar vistas de areal infindável naquela parouvela despida de gentes até à miragem do Cabo Espichel para logo me engasgar na fatídica noite que matou estudantes supostamente em praxe e em  nova viragem para a outra banda avistar Sintra no clamor ao romantismo do palácio, da serra e dos chalets...Ao jus do pensamento de "Paulo Coelho, existem momentos na vida em que a única alternativa possível é perder o controle"...Liberdade atraída em flecha em despir a parca roupa para em ato destemido descalça em desordem fulminante a corrida desarvorada na perdição hilariante de chapinhar nas amenas e tépidas águas sem vento nem nortada, de ligeira e ténue neblina na companhia dos silêncios e do sussurro do mar em acheganças, sorrateiro a chegar à minha beira esbatido em ondas  e ondinhas sem modos ou licença as senti desfazer nos pés como se fossem bolas de sabão, vaivém contínuo  em delícia o seu toque de mansinho e pelo meu céu um louco e estonteante bailado de gaivotas esvoaçantes a grasnar, atabalhoadas em todas as direções, espectáculo total em desaire que  desvaira e desvairada me faz perder para lá do infinito da linha do horizonte  para  logo voltar em juízo perfeito e de cara metida no chão me deixo tentada a encontrar conchas para a escultura há anos adiada  na casa rural, quiçá a rivalizar Gaudí , ímpetos em demasia de inspiração sedutora que fluem e  desnorteiam...O que os meus olhos dizem! Dia que celebro um ano que optei por manter os meus cabelos alvos!
Bulício na praia com pescadores na arte xávega e motores de tratores sempre ligados de chaminé com a tampinha a bater, airosamente...
Calças em  plástico  gigantes dependuradas para a hora de puxar redes.
Barco de arte xávega
Tractor a força motriz
Partiam e chegavam para a faina umas três vezes, os vi puxarem redes sem quase nada de peixe, e muita alforreca , nas suas bocas "por as águas andarem quentes..."
 As gaivotas apareceram de relance em brutal bailado, um espetaculo digno de ser apreciado de tão belo no contraste da espuma do mar e do azul do céu.
Louca disputa de uma sarda pelas gaivotas...Alarido e brutalidade que me transportou ao tempo medieval em que a fome grassava  em Lisboa-, o cronista  escreveu " o povo esgravatava o chão pelos grãos de trigo perdidos dos sacos, na  feira da Praça do Comércio...
 
Outros montavam a banca de venda com os plásticos no areal
O meu marido reencontrou uma colega de trabalho do refeitório, o marido é pescador
A pesca... Nem 10 peixitos, salvaram-se dois robalos que venderam a 10€ cada, e o sargo a 15 €  o quilo, umas lulas, chocos, linguado, ruibarbo e sardas.
 
Pescadores jovens arrevesar "modelos", na vontade ferranha de os fotografar em grande planos, mas e a máquina? Ainda se riam!
 
Sem delongas na  volta ao mar
Alguns fotógrafos armados de potentes máquinas...O que eu gostava de ter assim uma igual!
fotografo com potente máquina
Outros pescadores arrevesar  "Modelos", uma mulher e um homem
Penúltima puxada da rede antes do pôr do sol, o cão também parecia ajudar...
Pescaria fraca...
 
Deixei a praia ao pôr do sol...com imensa vontade em ficar!
  
Ri-me, a pensar que ia comer um gelado de chocolate, porque antes fiquei pocessa por ter perdido uma arregola...Nem sei os brincos que já perdi pelo tamanho do buraco da orelha -, maldita Prof. Armanda, tanto puxão de orelhas enfeitadas com brincos d'oiro pesados, que rasgou...

Pôr do sol
Ao passar por esta escultura de "mão aberta" dei-me conta que uma forma de trazer graça à  minha vida  ao me permitir rir de tudo, sem jamais perder o bom senso em liberdade.

Escultura na COSTA de CAPARICA

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