quinta-feira, 2 de julho de 2015

Miradouro do Monte Agudo à Alameda

Deixei a Almirante Reis já passava das 7,30 da manhã para entrar na Rua de Liverpool onde reparei nos três cadeados da porta, fatalmente lembrei-me dos cadeados que os apaixonados prendem nas pontes de Paris, grades do elevador de Santa Justa, e de varandins de ferro de miradouros em Lisboa...
Pelas 10 H saí em passeata ao Miradouro do Monte Agudo, onde só havia gente de limpeza.
A salientar que a entrada não tem identificação, por isso passa despercebido, sem placa de toponímia, ainda a placa de sentido Proibido-, não sei se os TUK TUK podem entrar...
Encostas com  a extrema do Liceu  limpas e com abate de árvores gigantescas 
Achei estranho a carrinha com os equipamentos  de limpeza não ser camarária...
Painéis de azulejos com figura avulso em motivo floral a ladear os bancos da pérgula
 
Belo painel em azulejos feito pela Fábrica da Viúva Lamego
Um dos funcionários, homem simpático, disse-me se queria que me tirasse uma foto e claro, aproveitei
Tardoz do Liceu D. Luísa de Gusmão
Bar estava fechado de manhã
O Miradouro do Monte Agudo tem apenas duas entradas / saídas, uma delas por escadaria que a liga à Rua da Ilha do Príncipe. Precisamente no começo da escadaria o que resta do painel de azulejos
O Miradouro, julgo fecha no período da noite, ao meio da escadaria está um portão, tal como na entrada principal da Rua Heliodoro Salgado
No meu entender poderia ter pelo menos mais uma entrada, para alargar a entrada dos visitantes, entre o Liceu aqui de frente e uma torre de habitação
 Aqui está, o portão do Liceu poderia ser aberto para alargar nova entrada para o miradouro
No gaveto da Rua de Manchester junto da torre e do lote , outra alternativa(?)
Descobri outra chaminé, que fica entre a Rua de Moçambique e a do Príncipe, fiquei hilariante!
Na encosta as árvores necessitam de podas urgentes, a oliveira carregada de lenha, se podassem a cada ano, a encosta tornava-se mais bela, acolhedora e nas intempéries com ventos, não se mostrava perigosa para os telhados do casario que se encontram no sopé.
A escadaria precisa de corrimão, vi-me aflita para a descer com o Vicente...
O Miradouro mostra-se "perigoso" (?), deveria ter um funcionário a tempo inteiro que fosse tratando da poda da vegetação e da limpeza da calçada , porque quem usufrui do espaço deve sentir segurança, e francamente senti receio de assalto e medo, mas caminhei em frente e jamais olhei para trás, mas podia perfeitamente ter acontecido, debalde o que poderia fazer com um bebé ao colo?
Ao fundo da escadaria, no mural,  jazia cadáver um pombo 
No tardoz um belo painel azulejar em azuis e amarelos a servir de moldura , podia ser pior!
Um prédio moderno, feito num tempo que tudo foi permitido, descontextualizado num Bairro de arquitetura Art Déco e modernista, mas parece cubista, a necessitar de obras de pintura na fachada
De tarde um passeio até à Alameda, mas começou a chover.
Mal a minha filha chega de uma reunião, o certo foi apanhar o Metro.
Aportei a Cacilhas  e através da janela do cacilheiro avistei um grande paquete...que me deixou a sonhar!
Debalde, o tentei ao deixar os passageiros que se encaminhavam para a saída a olhar para as selfies... mas ninguém me deu trela, por isso fiquei com esta cara em cima do cais!

terça-feira, 30 de junho de 2015

Rua Maria da Fonte e o elétrico 28 aos Anjos

Rua Maria da Fonte em frente do Mercado do Forno do Tijolo, onde fui ao talho comprar borrego, peru e galinha, para o Vicente-, maravilhada só de ver o borrego inteiro, aberto à minha frente.
Ao sair do Mercado de gaveto encontra-se um belo prédio julgo só nele vive uma moradora no último andar. que já a vi à janela.
O prédio é pertença da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Tardoz com um mirante ladeado por duas belas chaminés elegantes de fogões de sala, e marquises de madeira de estrutura frágil mas com algum requinte ornadas a telhados de lata com rendados e portadas de tabuinhas.
 No jardim  nêsperas que ninguém as apanhou...

Hoje  fui à Casa Romero levar uma carteira para arranjar a pega que se partiu uma peça, já passava das 11 H, onde deparei com um jovem sentado num marco de pedra a retratar este tardoz em iminente ruína-, nele viu o belo que eu vira também há dias .
O Vicente olhava para os rabiscos do pintor...
Antes no Mercado apreciámos este belo mural com o místico elétrico "28", que há 30 anos apanhava na Rua da Conceição para ficar na Graça e em corrida ia à CGD ver os lotes de oiro e ainda tinha tempo para licitar e vir de volta e chegar em tempo ao Banco.Memórias!
Ouvi comentar que este elétrico vai ser vendido à parte das outras carreiras da Carris!
Nas imediações das ruas da rota do "28",  hoje nela vi turistas de mapa na mão meio perdidas na Rua de Macau, vinha um senhor de cabelos alvos, distinto, com um saco para compras, que nem sorriu de lábios fechados ao ver-me passar com o Vicente...no entanto ao ver as miúdas paradas com o mapa logo trava conversa em bom fluente inglês, parecia avô delas, tal a facilidade linguística, os três na minha frente caminhavam e trocavam informação, despediram-se na esquina da Rua do Forno do Tijolo, depois entrou no Posto de Pão.
Assim neste dia de névoa e aragem fresca , o convite de passeio, vi 5 turistas a percorrer estas ruas, o que achei ótimo, é preciso fomentar o turismo nesta parte oriental da cidade e até incrementar circuitos dos TUK-TUK contemplação do património arquitectónico, azulejar e dos miradouros de Monte Agudo e de Penha de França, que deles pouco ou nada  se fala!  
Muro do jardim do chalet em azulejos verde e manganês
Chaminé dos Cafés Negrita
Vista do tardoz da chaminé dos Cafés Negrita
Chaminé de padaria, na frente ainda existe o Posto de Venda. A D. Isabel está de baixa, parece caiu. Senhora simpática, de vez em quando ali descanso no seu banco, conversamos, a substituta também não lhe fica em atenções atrás.
Votos de rápidas melhoras.
 Vista o tardoz do Posto de Saúde da 7ª colina
Quero ver turistas a desandar  e desvendar beleza!

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Do Intendente à Alameda e Barão Sabrosa

Esta semana vi afixado na parte oriental de Lisboa anúncios com a palavra  "VENDIDO", julgo um igual apareceu na frontaria da Assembleia da República onde esteve supostamente 20 minutos...
No Largo do Intendente Pina Manique, assisti à retirada de uma lona de calendarização de espectáculos cujo prazo já tinha terminado.O que me reteu a vista foi estarem três supostos técnicos, em espera da camioneta com elevador da câmara, onde vinham com o condutor também três pessoas. No total eram seis pessoas, mas a trabalhar apenas vi duas a operar, um funcionário que vinha na camioneta subiu para manobrar o elevador , com  outro elemento do grupo armado de tesoura de poda para cortar o cordão que segurava a lona. Os outros quatro ficaram em baixo de pé em espera, um a ler uma revista, outro a fumar, outro com o telemóvel e o motorista de mãos nos bolsos.
Continua a ser impressionante ver-se neste País, num determinado trabalho  na via pública, apenas um a dois operários, funcionários ou técnicos a trabalhar, com uma comandita de hierarquias, ou fiscais a ver ...

De manhãzinha muita gente a correr, caminhar e a fazer ginástica
Descansei num banco da Alameda, com o Vicente a dormitar, em dias diferentes.
Havia gente da câmara a varrer e a limpar os caixotes.Outros a cortar a relva.
Avistei ao longe passar vários carros da câmara com recolha de monos, ainda vi um funcionário armado de pá de ferro, de fazer cimento, a retirar do chão sacos e lixo para um caixote que a colega o despejou na camioneta.


No final da tarde observei outro funcionário de carrinho nas mãos limpar a Rua Febo Moniz. 
Mas o Bairro das Colónias e o Bairro Inglês, não tem a mesma sorte (?) só lixo nas ruas debaixo dos carros, também a recolha do lixo retirado de locais indevidos, apesar dos avisos e coimas-, deixam o chão empestado, porque nunca é varrido nem tão pouco lavado.
Na Alameda andava outro funcionário a abrir os fluxos de água para regar o relvado, sendo que a poente não deitavam água uns três, estarão entupidos?Estavam. Dias depois vi um funcionário de ferramentas na mão; chaves de bocas e inglesa, a reparar, os fluxos são abertos fazeadamente!

A Fonte Luminosa foi construída para celebrar o abastecimento regular de água à zona oriental da cidade. Apesar de concebida originalmente em 1938, foi inaugurada apenas em 30 de Maio de 1948.
O projecto é dos irmãos Carlos Rebello de Andrade e Guilherme Rebello de Andrade, enquadra-se no estilo conservador, frequentemente apelidado Português Suave, dominante na década de 1940 ; as  esculturas são da autoria de  Maximiano Alves (Cariátides) e de Diogo de Macedo (Tejo e Tágides); os baixos-relevos (painéis laterais) de Jorge Barradas.
Mal acordou subi a Alameda Dom Afonso Henriques onde descobri este prédio em cor de rosa com um belo exemplar em ferro forjado da Rosa dos Ventos no cimo do telhado
 Interessante o apontamento do muro da propriedade com o términos em caracol como foi usado em portais de quintas.
 No patim na frontaria do prédio do lado  nascente bancos, mas que romântico este arquiteto projetista!
Em caminhada íngreme, o cimo da Alameda mostra-se de pinheiros, verdejante
Na Rua Barão Sabrosa encontrei a Igreja dos Santos Doze Apóstolos, encomenda do benemérito Raul Alves Fernandes, obra do arquiteto Raul Tojal.
Ao lado da igreja, onde hoje está instalado o Colégio Pelicano funcionou um Asilo "Caridade" em 1928, que foi um orfanato feminino, fundado pelo mesmo benemérito.
O circuito deste dia tinha na mira a visita a uns amigos das feiras -, o Vitor e a Lucília, ausente, com banca na Avenida da Liberdade. O Vitor foi muito cortez, deu-me a sua cadeira para me sentar com o Vicente, mostrou-me a loginha com artigos em 2ª mão que fica sediada no nº 249. Ainda me confidenciou que ao almoço ia saborear um bom arroz de cabidela.
De regresso desci por umas brutais escadas onde tirei esta foto com vista de Lisboa, fui dar à Rua Carlos Mardel, deixei-me parada e perplexa, a pensar como um homem tão importante na reconstrução de Lisboa após o terramoto, a meu ver merecia ter sido recompensado com uma avenida ou rua na baixa lisboeta, e não aqui, sem descrédito deste belo local, apenas porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa... 
Nisto estava um homem que reconheci à porta de uma loginha, entrei e tabelei conversa, era o Sr Rocha, antiquário, mais alfarrabista, muito simpático, conversamos, ainda me deu um carrinho formula 1 para o Vicente.
Fontes
pt.wikipedia.org/wiki/Fonte_Luminosa
http://restosdecoleccao.blogspot.pt/

Seguidores

Arquivo do blog