quarta-feira, 29 de julho de 2015

Rua das Barracas altaneira a Santa Bárbara em Lisboa

O Largo de Santa Bárbara nasce numa confluência de vias; Rua dos Anjos; Rua Jacinta Marto e Rua de Santa Bárbara.
Tomando a Rua de Santa Bárbara destaca-se uma arriba com escadaria que emboca no que foi uma fábrica(?).
 Destemida aliada ao prazer aventureiro avancei sem medos...mas mete medo!
Ao cimo da escadaria nasce o Beco Petinguím ( não sei o significado) de empedrado basáltico com algum casario degradado.
Neste Beco do Petinguím nasce outro que medeia julgo do edifício habitacional da família do proprietário interligado por uma galeria em ferro forjado ao nível do 1º andar com a fabrica e armazéns(?), toma o nome de Beco do Félix.
Galeria de cariz romântico, produzida por altura do auge do ferro forjado dos finais do século XIX(?).
O que resta de tubagens da fábrica(?).
Porta de entrada da habitação ladeada por dois óculos de iluminação natural em oval
O Beco do Félix  emboca na rua das Barracas
 Perspetiva do que foi a fábrica, escritórios e armazéns(?).
Interessantes os algerozes com a cara de um leão
Porta do escritório
Julgo a Firma ainda existe no ramo do papel-, armazenistas e distribuidores(?)
 
Descobrindo a Rua das Barracas para norte
 
A Rua das Barracas a norte, termina num largo sem saída vedada por  rede, de paredes meias com a GNR e um prédio
 A maioria das habitações ostenta uma pedra com a inscrição CML
Um grande Largo sem marcações, necessita de requalificação, porque deve ser marcado
Pois tive de voltar para trás, fiquei amarrada nesta porta que me lembrou a minha infância, seja pelo postigo do janelo ou da mãozinha para bater...
 Distingui vestígios numa parede do que resta de azulejos de vários padrões, a céu aberto, garagem!
Frente das casas Beco do Petinguím, emboca para sul num largo "mal amanhado" e escadaria descarrilada
Escadinhas da rua das Barracas
Entrada para as escadinhas pela Rua de Santa Bárbara

Praticamente metade da Rua de Santa Barbara, se apresenta de moldura arquitetónica degradada, merecia ser devidamente reabilitada, e o mesmo da congenere, a rua das Barracas.
Caricatamente estando no centro de Lisboa, esta zona é privilegiada por apresentar bastante espaço para estacionamento e de lazer, e nada se faz, ou muito pouco. Os edifícios da fábrica mereciam ser requalificados, um hotel (?), atendendo à traça interessante, estando em local altaneiro, com muito sol.O morro de suporte poderia albergar um estacionamento subterrâneo, ou em cilo. Na envolvente o casario camarário deveria ser todo reabilitado ou vendido com essa finalidade.Quanto ao Largo das escadinhas merece ser intervencionado com um pequeno jardim, nova escadaria, aqui e a norte parques de estacionamento para residentes e boxis grátis.Não se entende uma camioneta estacionada em plena via...
Esta zona merece que "alguém de olhão, a olhe com olhos de ver melhor!"
Evocando os slogan pintados nas portas fechadas a tijolo e cimento, para não serem invadidas
Abre a Porta do Proibido
O teu lixo é o meu Ouro!

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Torre da Péla ao Martim Moniz que já foi Marquês do Alegrete

Um dia destes a descer a Rua da Palma entrei pela rua no tardoz do Centro Comercial Martim Moniz nas imediações do vistoso Portal brasonado em arco do Hospital S. José, comemorativo da vitória sobre Massena."Em 1492 foi lançada na Praça da Figueira a primeira pedra do Real Hospital de Todos-os-Santos, no reinado de D. João II, tendo sido inaugurado por D. Manuel I em 1504. Como consequência do terramoto de 1755, o hospital é transferido para o antigo Colégio Novo de Santo Antão,dos jesuitas denominando-se agora Real Hospital de S. José. "
O segurança não me permitiu registar mais fotos da cercadura de azulejos na cimalha...Na frontaria estátuas de 7 Apóstolos, provenientes da igreja destruída no terramoto. Entrada para o salão nobre e biblioteca. 

Escadaria nobre do átrio dá acesso ao salão nobre ( antiga Aula da esfera dos jesuítas) e biblioteca.
Frontal azulejar de altar do século XVII, semelhantes já encontrei no convento de Almada e no do Buçaco.
Torre da Péla construída em pedra no morro de Sant´Ana fazia parte da muralha Fernandina que corria da Porta da Mouraria  até junto à Igreja da Pena (Porta de Sant´Ana), daí descia para Valverde (Porta de S. Antão), passava a norte pelo Rossio e subia a S. Roque.Na Colina restam o postigo do Colégio Colégio Novo, a muralha do Jogo da Pela e o Cubelo do Martim Moniz.
Durante anos a fio em espera, a barreira do costado sem espera à vista por se terem encontrado vestígios de ocupações do Neolítico e da Idade do Bronze, a pouco mais de dois metros de profundidade para começar uma arquitectura de casario ficando nela enquadrada a torre da Pela, Certo já acabaram os prédios, fala-se que os chineses enfeiraram em massa (?).
 Do alto das escadarias a vista sobre o castelo de S. Jorge
Porta Martim Moniz no Castelo de S.Jorge
Mas ainda recente aqui existiu  um pré fabricado-, o Teatro Adoque, onde assisti a uma revista, há perto de 40 anos.
O que ainda ficou na urbanização para acabar? Um lote de remate para instalar um quartel dos Sapadores de Bombeiros .
A muralha Fernandina seguia na direção da atual praça do Martim Moniz
Largo do Martim Moniz que já foi o Largo do Marquês do Alegrete
Palácio do Marquês do Alegrete  com o arco
"O palácio ficou bastante arruinado pelo terramoto de 1755, e foi reconstruido parcialmente depois deste cataclismo, não com a sumptuosidade que havia tido, mas adaptado a prédio de rendimento, a fim de ser alugado para estabelecimentos comerciais e industriais (refinação de açúcar, depósito de cereais, animatógrafo) e inquilinos de modesto estatuto social.
A Câmara Municipal de Lisboa, carecendo do terreno do palácio para melhorar a circulação pública naquele sítio, encetou em 1932 as negociações para a sua aquisição e posterior demolição, o que veio a acontecer em Agosto de 1946, o terreno foi terraplanado, acabando-se este trabalho em 2 de Outubro do mesmo ano.
No largo assim formado ficaram incorporadas a Rua Martim Moniz, o Largo Silva e Albuquerque, e um pequeno troço da Rua da Mouraria. O público, antes da oficialização do nome, começou a chamar-lhe Largo Martim Moniz."
Se a linha do elétrico já passava debaixo do arco, foi uma lástima não terem a teimosia do deixar ficar!
Continuando na minha caminhada  até ao Rossio
Mulheres de etnias africanas montam bancas para venda à sombra do Palácio da Independência
Também conhecido por Palácio do Rocio ou Palácio de S. Domingos, o Palácio Almada por ter pertencido, desde o século XV até à altura da sua compra pelo Estado Português, à família Almada (detentora da representação do título Conde de Almada e Abranches) tendo conseguido manter-se de pé mesmo depois do terramoto de 1755. “É por isso que ainda hoje mantém parte da construção original e para isso basta olhar para as chaminés”.O restaurante que agora funciona numa das entradas do pátio principal ainda aproveita as duas chaminés monumentais, semelhantes às que existem no Palácio da Vila de Sintra. "Foi neste Palácio que, em 1640, os Quarenta Conjurados planearam a última reunião antes da Restauração da Independência. “Este palácio é um símbolo da autonomia, é um grito de independência”, lembra Oliveira Martins, antes de traçar mais um cenário. “Os conjurados saem daqui em direcção ao Terreiro do Paço, entram no palácio onde está a duquesa de Mântua e o seu secretário-geral, Miguel de Vasconcelos.” 
O resto da história já a lemos em livros, mas nunca é de mais recordá-la. A duquesa tentou esconder-se no armário do seu quarto, mas acabou por regressar a Espanha e Miguel de Vasconcelos é atirado pela janela, tendo D. João, duque de Bragança, sido proclamado rei.Este foi o local da conspiração e de onde saiu o golpe que levou à nossa independência”.
Largo de S. Domingos, bulício de muita gente africana
Uma turista fez-se gentilmente à foto
Claro entrei para beber uma "ginjinha com elas", como na minha primeira vez há quase 40 anos...que me engasguei !

Fontes
http://lisboahojeeontem.blogspot.pt/
http://www.publico.pt/
http://icomos.fa.utl.pt/
http://rautela-stella.blogspot.pt/
http://www.chlc.min-saude.pt/

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