Em abril acompanhei a minha mãe a Pombal numa rotina de exames. Aproveito sempre para uma caminhada cultural, passámos ao velhinho Solar de Mancelos, à venda, com a porta da Capela amontoada de lixo...
A vila que conheci na década de 60 e onde estudei na de 70 cresceu, hoje
é cidade!
A velha torre do relógio construida por D. Pedro I para recolha dos
tributos/impostos a judeus e mouros no dia de S. Martinho, com
características manuelinas separava o velho burgo a nascente, em direção
ao Castelo, do novo burgo, a poente, em direção ao rio Arunca, servindo
de fronteira ao que ficava dentro e fora dos muros de Pombal.
Restruturada em 1509, durante o reinado de D. Manuel com um relógio
mecânico e uma sineta, para que o toque das Trindades soasse sempre a
horas certas. Por volta de 1776, o Marquês de Pombal mandou transferir
esta sineta para o edifício da Cadeia.Em 2014 sofreu novas obras no
intuito de acolher os seus visitantes dando a conhecer a sua
história.... lacunas, contudo em computo geral gostei de
regalar a vista.
Interessante encontrar contrastes na nova cidade onde saltam à vista
resquícios da velha vila habitada pelos mais pobres ...
Bem recuperada a
praça do Marquês de Pombal.
Igreja de S.Martinho sofreu no séculos várias reedificações nela em 1323
o Rei D.Dinis e o seu filho D.Afonso IV celebraram o juramento público
de paz pela intercessão da Rainha Santa Isabel, acto representado em
painel azulejar na volta do arco triunfal.
A minha mãe a subir para entrar na Igreja de São Martinho
Os tamancos...quem ainda usa tamancos?
O brasão do Marquês de Pombal encontra-se na esquerda da igreja no
celeiro e na cadeia na direita.
Rota de 180º onde ainda enxerguei ao alto o castelo requalificado, para
visita numa próxima vez, e a Travessa do Cais, a lembrar o tempo que o
rio Arunca era navegável.
Visitámos o museu do Marquês de Pombal na antiga cadeia. Aprendi que
instalou a Real Fábrica de Chapéus na sua quinta da Gramela, em Pombal e
o Celeiro obra de Carlos Mardel, o museu de arte popular e artesanato e
no sótão além da estrutura do telhado soberba decorre exposição
temporária com 70 cavaquinhos. No tardoz numa capela que foi pertença a
outro solar decorre exposição sobre o terramoto de 1755 e a reconstrução
de Lisboa encetada pelo Marquês de Pombal e os seus arquitetos.
Praça Marquês de Pombal na esquerda o celeiro do Marquês e na direita a cadeia ambos Museus.
Na direita da Igreja um prédio de gaveto sem traça antiga pertenceu ao
palácio do Marquês de Pombal onde foi sujeito ao último interrogatório,
inquirido, e afastado da corte, e faleceu em maio de 1782.
Travessa do Cais
Antiga cadeia, agora Museu Marquês de Pombal
Antigo prédio com belos caixilhos em agonia, na esquerda prédio moderno desenquadrado e na direita em espera...
Um solar ou convento(?) com Capela julgo a funcionar de morgue...
Outro solar requalificado
Pelourinho junto da margem do Rio Arunca
Largo do Cardal
Em espera o Centro de Estudos na casa onde viveu o político Carlos
Alberto Mota Pinto.
Outra casa que um dia destes vai abaixo para dar lugar a um prédio,
guarda ainda a bela janela com pedras a ladear na tradição da região de
Sicó tal como o janelo apenas com um vidro ao meio onde no jardim sem
trato distingui uma bela rosa florida a brindar quem passa...