No dia 10 de fevereiro participei num passeio histórico ao Ginjal em Cacilhas patrocinado pelo CAA,
Centro de Arqueologia de Almada. Gratuito, com concentração ao Farol de
Cacilhas de grandioso grupo apaixonado pelo património
ribeirinho de Almada em vias de requalificação.O projecto com maqueta do Plano de Pormenor para o
Cais do Ginjal entre o Jardim do Rio e o terminal fluvial de
Cacilhas do arquitecto projetista Samuel Torres de Carvalho esteve patente no Fórum Romeu de
Carvalho, Internet e na JFA para ser apreciado e votado, ou não, no
direito que assiste a cada um em cidadania.
Promotor e autarquia querem iniciar as obras ainda em 2018. Projecto prevê 330 fogos, um hotel na que foi a fábrica do óleo fígado de bacalhau , bem no alto a desafiar o Tejo e Lisboa e um silo automóvel com capacidade para estacionamento de mais de 500 viaturas obriga ao rasgo de novas acessibilidades entre a zona alta e baixa do Ginjal com impasse a resolver da reversão do centro comunitário de Almada e da relocalização da Casa da Juventude. A frente ribeirinha, de quase mil metros, vai ser elevada, prevenindo a subida do nível do rio Tejo, e alargada, tornando o cais num espaço de usufruto público. Na parte mais recuada, entre o cais e a escarpa, haverá uma Rua interior e 15 mil metros quadrados de construção onde surgirão edifícios de comércio e serviços, apartamentos turísticos, espaços públicos – mercados das artes e diversos equipamentos de apoio. A exposição realizou -se no âmbito do período de discussão pública, que decorreu até 19 de Fevereiro.
Promotor e autarquia querem iniciar as obras ainda em 2018. Projecto prevê 330 fogos, um hotel na que foi a fábrica do óleo fígado de bacalhau , bem no alto a desafiar o Tejo e Lisboa e um silo automóvel com capacidade para estacionamento de mais de 500 viaturas obriga ao rasgo de novas acessibilidades entre a zona alta e baixa do Ginjal com impasse a resolver da reversão do centro comunitário de Almada e da relocalização da Casa da Juventude. A frente ribeirinha, de quase mil metros, vai ser elevada, prevenindo a subida do nível do rio Tejo, e alargada, tornando o cais num espaço de usufruto público. Na parte mais recuada, entre o cais e a escarpa, haverá uma Rua interior e 15 mil metros quadrados de construção onde surgirão edifícios de comércio e serviços, apartamentos turísticos, espaços públicos – mercados das artes e diversos equipamentos de apoio. A exposição realizou -se no âmbito do período de discussão pública, que decorreu até 19 de Fevereiro.
Breve paragem na Floresta do Ginjal, o nome veem-lhe do parreiral que havia na frente e da alcunha do armazenista de vinhos, o Teodósio
Pereira de apelido "Caparica" e alcunha " ginjal" nome que veio
destronar o antigo sitio conhecido por Coval . O tal "GINJAL" quando se retirou foi para o Monte de
Caparica onde viveu na sua quinta, hoje em ruínas, a que chamou quinta
do Ginjal -a razão das coisas, quando lá passei há uns dois anos
estranhei o nome para finalmente perceber.
Distingue-se através da janela a parede forrada a conchas...
A mãe da Madalena Iglésias, espanhola , teve uma taberna no seguimento do restaurante "
Gonçalves", no último edificio mais baixo, onde se cantava o fado, lamentável ela nas entrevistas que
deu nunca abordar esse tempo. Também a Brigit Bardot veio a Cacilhas,
num tempo que foi famosa a sua restauração.
No cimo da arriba a desafiar
a capital encontram-se as instalações da fábrica de óleo fígado de
bacalhau, muitos beberam na escola, eu jamais!
Antes ao fundo foi uma enseada que se chamava COVAL, pequena reentrância do rio e porto de abrigo com ponte de madeira basculante para as pessoas passarem no cais.
Antes ao fundo foi uma enseada que se chamava COVAL, pequena reentrância do rio e porto de abrigo com ponte de madeira basculante para as pessoas passarem no cais.
Ao longo da linha do
rio encontram-se esqueletos de armazéns em linha com o cais e o
Tejo pela frente, alguns serviram de serventia e apoio à pesca do bacalhau;
viveres, instrumentos para a pesca do bacalhau para a
safra de 6 meses nos dóris e demais mantimentos e medicamentos que os bacalhoeiros levavam.
Este já tinha refeitório com vista deslumbrante e no tardoz um pátio que emprestavam ao inicio aos bombeiros de Cacilhas para festas de angariação de fundos, tinham um nome essas famosas festas, onde vinha gente importante, varreu-se -me....
Há que andar de olho aberto com intrusos que se metem nas ruínas e depois exigem casas...Voltei hoje e reparei que além de corda com molas fecharam duas portas...Este já tinha refeitório com vista deslumbrante e no tardoz um pátio que emprestavam ao inicio aos bombeiros de Cacilhas para festas de angariação de fundos, tinham um nome essas famosas festas, onde vinha gente importante, varreu-se -me....
Florescem flores nos telhados duplos à portuguesa
Parámos junto da
ruína da casa de sobrado que foi de Columbano Teixeira da Cruz o
padrinho do Columbano Bordalo Pinheiro, que lhe deu o nome, e se diz ali
nasceu.
Entrámos no corredor do Ginjal, uma vila onde havia tanoarias e
latoaria .
No tardoz no alto as casas dos operários por causa das cheias.
No tardoz no alto as casas dos operários por causa das cheias.
O sitio onde foi uma fábrica de cortiça. Alguns empresários
foram ingleses.
Um dos últimos donos dos armazéns de vinho de Teodósio
Pereira. O 1º proprietário dos
armazéns Teodósio Pereira era de apelido "Castelo Branco" seguido de "Pereira"
e depois "Paz" que me catapultou para apelidos com ascendência judaica,
por isso grandes empreendedores.
O Eng Rui Manuel Mesquita Mendes
fez duas intervenções de cariz histórico fruto das suas
investigações-, a 1ª não ouvi devidamente com o barulho das ondas no
paredão do cais, percebi que os terrenos seriam inicialmente da quinta
do Almaraz que se encontra no cimo da arriba fóssil e por volta de 1800 a
câmara solicitou ao Rei informação de quem pertencia uma parte do terreno,
tendo passado a ser aforado a quem o solicitava...
A fábrica de conservas de sardinha, carne e legumes de
um tal "Moreira", galego que acabou por voltar à Galiza, de onde mais tarde veio um
neto à procura do que foi do avô, outro suposto descendente judeu.
Praia das Lavadeiras eternizada por Alfredo Keil num belo quadro, num tempo que nascia água potável na praia
O restaurante "Atira-te ao rio" era onde dormiam as operárias da fábrica do galego.
Por
último o ilustre almadense Romeu Correia , o seu avô viveu no Ginjal onde
conheceu o buliço e azáfama das pessoas e das mercadorias que eternizou
em três livros.
Tudo se foi com a construção da ponte 25 de abril e a autoestrada o Tejo deixou de ter a valia de antanho também pela modernidade das cooperativas vinícolas e outras.
Na foto de grupo
perdi-me do meu marido, sem telemóvel fui a Cacilhas, voltei e subi a
escadaria, afinal ele julgava que era a minha alternativa...
Subida pela escadaria para o miradouro da Boca do Vento
Arriba fóssil
O que mais gostava era ainda de ver , sentir, e viver o NOVO GINJAL com as quintas de paredes meias também recuperadas; Almaraz, Olho de Boi e Arealva!
A crónica o mote para mais tarde recordar e não se perderem as memórias dos locais!