terça-feira, 22 de abril de 2014

Figueiró dos Vinhos na IX feira de velharias na Páscoa

O convite foi-me gentilmente endereçado pelo entusiasta Pedro Ladeira, imediatamente aceite a gosto, porque a terra de  Figueiró dos Vinhos, será sempre o marco nesta minha vida, nas lides de feirante, desde há seis anos.
A cifra de euros nas vendas rondou os três algarismos!Desde sempre uma boa feira para mim!
Os meterologistas ditavam chuva e com ela o certame se realizar no mercado...Rezei ao divino de vela acesa para o tempo se apresentar seco, com  isso se desenrolar ao ar livre, no Ramal-, nome que não me encaixa, porque para mim ramal é um mais abaixo na distribuição das  quatro estradas, sendo o espaço-, o jardim do adro da igreja ou do Município...
Acordei em Ansião com névoa densa, no dizer do meu marido "esta terra é um buraco" mal chegada ao Camporês, o planalto onde um dia aterrou um avião e muito antes foi palco para os lados de Aljazede e Chão de Ourique da célebre batalha travada com D. Afonso Henriques contra os sarracenos,- que alguns historiadores vaticinam apesar de outros  teimarem em Ourique  no Alentejo e na história previligear, resplandecia já de sol a raiar em abertas -,o que mais me fascina, por isso a teima de me engalanar de vestido!

O fresco da Sintra do norte não me libertou do casaco de antílope e da boina de veludo com a pena de pavão, augúrio de sorte pelo fulminante verde...
O tempo desenrolou-se sob algum ameaço de nuvens negras que para nosso bem se libertaram de águas noutras terras, parece em Alcobaça caiu forte, por aqui no compto geral portou-se bem sem chuva, apenas dois a três pingos...
A autarquia através do pelouro da cultura patrocinou almoço aos feirantes com dois convites por banca, o que não deixa de ser um triunfo, até porque almocei muito bem.
Travei conhecimento com novos colegas: Dulce, Fernando, Eva e o marido Sr. Abrantes.
O meu marido com o Humberto sentado na conversa
A banca do Sr. Fernando
Ao meio da manhã saboreei o que sobrou do folar de carnes que fiz na véspera, ofereci uma fatia à Cristina que me teceu elogios...Parabéns, a palavra da prima São a quem outro ofereci, porque a Páscoa é para quem gosta de fazer e partilhar, na deixa de não comprar feito...
Folar
O padre de chapelinho branco sem a comandita da visita pascal estranhamente achei pouca a demora na ronda dos paroquianos -, e aqui na feira apenas na companhia do sacristão enfeirou um sino...
No final da tarde apareceu de cariz garboso a reindivicar atriz da sétima arte a filosofa que faz o favor de ser minha amiga-, Guilhermina, nascida na bela terra de Chão de Couce onde reis e rainhas pernoitaram e o D. Sancho I passou a Lua de Mel, apresentou-se quase irreconhecível de belos óculos de sol e de carnes esbelta, moderna, e nova -, gentilmente me agraciou na aquisição de um belo prato em faiança Cavaco de Gaia com uma flor que a ela a cativou num gosto lembrar...
Reencontrei amigos feirantes e outros que jamais pensei ali aparecerem.Quem me surpreendeu como feirante foi a Cristina de Campelo...Nunca fico com trunfos nas mangas, mal recebi convite ela liga-me e contei-lhe, sem o esperar me telefona de véspera a dizer para lhe guardar lugar...
Ainda mais ao me confidenciar que tinha feito a feira da ladra no sábado, ora para tanta aventura é preciso muita lata!
O Carlos rapaz de semblante apagado e triste a montar o estaminé de chão partiu uma bacia de faiança que colou depois do almoço, só faturou 15€...O ano passado fartou-se de ler, nunca se esquece neste dia de presentear o público alvo mira e anda-, os miranda no dito "tenho isto igual, era da minha avó, e na casa do meu pai também havia uma taça assim e,..." com uma salva de amêndoas na sua banca onde haviam muitos talheres em alpaca e casquinha, confidenciou ter um cliente que montou um restaurante decorado a talheres, mas que não tem aparecido...Calhando já não precisa de mais!
A Dulce rapariga noviça, julgo só vendeu a bica de caldo em faiança de Coimbra de barro vermelho que namorei logo pela manhã, única peça que comprei na feira com laivos azuis que viria a ser  modelo copiado por Sacavém. A seguir a banca da tia, as primeiras a empacotar as tralhas e a ir embora...Insatisfeitas!
O Sr. Fernando ajudou-me a catalogar umas notas de escudos, pra me arrepiar contou-me sobre algumas peripécias vividas com a sua ex mulher, sem pejo fez gosto em contar que no tempo de vivência contando com ele constatou ter ela quatro amantes-, deixou-me de boca aberta...Falou dela como mulher de gostos ninfomaníaca, e ladra...Sendo homem virgem de signo, pacífico no estar e apaixonado cego, no limite enfurecido com tamanha garra para a pôr de casa para fora...Nas feiras sente alegria bastante para esquecer o passado triste e desolador, mas feliz por se ter libertado,com provas que ela o quis matar por várias vezes com infusão de veneno, que viria a encontrar, de todas as cores ficou, mas salvo a tempo, enraivecido por se ter deixado ludribiar por tal peste do diabo!
Apareceu um vendedor ocasional de Pedrogão que tem um pequeno espaço dedicado à República e à Maçonaria, procurou-me se sobre estes temas tinha alguma coisa...Colecionador que pretendia desfazer-se de algumas peças, desde Sacavém; pratos publicitários, Cavaco, Fervença(?) norte, por certo o prato com o peixe cortado às postas e muitas peças restauradas "ratinho"...Não sei se acaso se estreou, por as ter comprado num tempo muito caras e neste agora de recessão por elas ainda pedia muitíssimo...
O colega do lado tinha uma bela banca tal como o Félix do Alqueidão da Serra dos Candeeiros, e o mesmo a banca do Sr. Manel e da esposa Helena. Havia uma banca de jovens com três belos exemplares de tábuas de passar a ferro em madeira, a maior ainda assim pequena mostrava-se um belo exemplar em estado impecável, pediam 40 euros...A minha Dina na feira de Azeitão comprou uma maior por 20€...
Desta vez nem parei os olhos na banca da Luísa porque demora tempos infinitos a montar, a feirante mais carismática, sempre de estar em calmaria, mais tarde passou-me da ideia e fiquei com lamentos, porque no sábado pendurei uma bela taça que lhe comprei o mês passado na feira de Pombal...Olhei a banca do Carlos e da Lurdes com boas peças de pratos falantes em faiança de Coimbra e pratinhos de corações "AMOR" ainda denegriram esta terra pelas fracas vendas e não deviam...Ao lado a banca de gente de Elvas com peças valiosas que não são para esta terra (?) antes para clientes da Linha do Estoril...Mal enfeiraram, antes compraram. Fiquei de passar na banca da D Helena e do Sr. Tony para comprar uma caneca de faiança, com a conversa esqueci-me, revi a D Ilda e o marido Henrique com vidros da Marinha Grande. O Sr. Vidal com latões e panelões de três pernas e a boa banca do Sr. Jorge e da D Rosa com o ajudante, o carismático e dinâmico o Sr. Leonel de Vila Nova da Barquinha.
Deu nas vistas um casal achadiço de petulância -, ele loiro de mente burro, ela alta com ares de emproada e resposta lastrápia, estúpida e arrogante, os vi o mês passado na feira de Ansião na procura de peças d'oiro a um euro...
Se chegaram graciosas duas senhoras que pararam a contemplar dois painéis de azulejos em miniatura no estaminé de chão, réplicas do século XVII, pintados à mão, uma se encantou com a graça que emanavam e a pensar alto onde os poria em casa...A amiga amistosa em a presentear já a puxar da carteira para os comprar, eis que desiste...O mesmo de outro casal -, ele enfeitiçado com uma garrafa para uísque em cristal Atlantis, ela sobre o preço alvitrou baixa que não aceitei...Ainda bem que na ideia não me lembrava de ficar com ela em prol vender outra igualmente nova, mas menos graciosa, ou talvez não..Sim porque isto de gostos não se discute!
Outro de estar seleto me perguntou se o Santo, a imagem do Sagrado Coração de Jesus era em madeira...Convenhamos que 20€ não podia ser...Antes terracota da Estatuária de Coimbra.
Vendi pines variados para uma boina repleta deles de mulher da minha idade de cabelos alvos a raiar negros toda modernaça, e ainda outra de Lisboa com casa nos arredores me levou copos casca de cebola.
Reconheci o Sr. Lopes que conheci na feira de Pombal me comprou duas esferográficas, das boas.
Este ano só fotografei o sítio onde estive...Mudei de mala e a máquina fotográfica deixada no estaminé quando vadiei...

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Feira de velharias e artesanato de Azeitão em abril acordou com cacimba



Ontem a feira apresentou-se de manhã enevoada e cacimba molhada, no recinto em roda-viva os feirantes sem lugar fixo atrás da D. Lúcia -, coordenadora do comando, da ordem ordeira dos feirantes, e cobrança do evento, através do pelouro da Junta de Freguesia, na boa nova deixou no ar que se alvitra alterar o certame ainda sem data marcada -, em abono da verdade já peca por tardia, sendo bem-vinda, desde que esta situação deplorável deixe de acontecer, coisa que  não deslumbro semelhança em mais feira alguma assim.
Coube-me em sorte um lugar que já antes nele abanquei atribuído a outro feirante que o vi  na manhã alta passear na feira de mãos nos bolsos, tal como no sábado passado igual na feira de Setúbal...O que parece se deixou da vida de feirante por fracas vendas...
  • Dividi o lugar com as MM -, a Maia Passos e a filha Marta uns amores de mulheres, alegres e de boa conversa novatas nestas andanças.
No desfile de mira e anda se apresentou casal de homens com idades a passar os setenta  aviados-, tipo conde e lacaio-, embora este aparentar ser mais novo ou seja mais desempenado. O suposto conde apreçou um conjunto de loiça Sacavém que adquiriu sem pestanejar seja pelo estado impecável e pelo desconto, a tirar as notas da carteira se encanta com brincos em 2ª mão da banca que foram um dia meus, escolhido um par ao sabor dos usados pelas marroquinas, pendentes com a estrela de David, com eles nas mãos pega noutro conjunto de corações minhotos, indeciso lhe fiz o preço aos dois que aceitou, e feliz pareceu ter ficado com as compras entregues nas mãos do lacaio para levar -, no repto me deixou a pensar, por certo os brincos seriam para ofertar à criada brasuca (?) que em casa ficou a tratar do almoço, sendo que na frente haviam bancas de artesanato com novinhos em folha...
  • Antes de deixar a banca lança olhar nos azulejos  século XVIII, em sorriso arremedado diz para o acompanhante  lacaio "olha parecem os das minhas casas"...O mote para o título de Conde!

Na tarde assombrada de calor tórrido apareceu casal de mulheres simpáticas, no imediato me pareceu ser homem e mulher...Debalde a mais baixa e magra que trazia nas mãos um saco de plástico com compras embrulhadas em jornal, não fossem as mamas descaídas sem soutien o alerta a sobressair na camisola preta ao estilo de Joe Berardo, na cara óculos pequeninos à intelectual  e na cabeça armada de belos caracóis grisalhos, se vestia de calças em ganga grossa antiga, na braguilha  ao fitar o olhar até parecia haver enchumaço...
  • E eu na léria com a fêmea de físico um saca de batatas, embora formosa, de peito emproado, na teima sábia da cor sépia atribuída à fotografia a preto e branco e manchas castanhas, que frisei do mesmo modo usada na catalogação da palete de cores nalguma  faiança característica de José Reis, no tempo em Coimbra, e  depois no tempo que trabalhou em Alcobaça.

No entretanto apareceu uma colega de cariz delambida ao olhar para um prato do meu estaminé diz à boca cheia que o  motivo decorativo era  Mandarim, logo chamada à atenção por não ser esse o motivo, sem modos ali me deslaça na desfeita com a leiloeira do Correio Velho, na volta levou nas fuças com um prato Mandarim  século XIX da Companhia das Índias e com um catálogo do dito leiloeiro que tinha acabado de comprar no Ilídio, para meu espanto constatei haver atribuições da faiança miseravelmente com indicação de fabrico  enganoso...E não devia, por isso a depravação escandalizada quando chamada à atenção, apenas porque  se deixa guiar somente pelos catálogos, ora saber de faiança não é só isso...
 No pior em fim de feira apareceu outra mulher alta e gorda, de traseira armada em senhora,  apressada no apreço de boas peças, se afirmou antiquária e não queria gastar dinheiro -, possivelmente só veio à feira comprar peças de 1 a 5 €...Ainda me questiona sobre a antiguidade da bacia de lavatório, que é sem favor do século XIX do tempo da loiça ratinha pela porosidade e falta de homogeneidade da massa e…

  • Ofuscada com o meu saber se escafedeu no transito da tarde no dito do "tem e temos"... 


O saldo acabou por se saldar positivo nas vendas e nas compras. Deixei Azeitão satisfeita mas cansada  pelo sol forte que se instalou e me queimou o peito, de outras mazelas aliviada pela boina com pena de pavão de olho verde a fazer conjunto com os brincos iguais comprados na feira da Amora...a pensar no meu Sporting numa de rivalizar com a vitória do Benfica que no recinto ecoava em gritos!
  • Apesar de cabelos grisalhos a rondar o branco virgem, ouvi rasgados elogios, o costume...Boa gente só para me verem de bom astral!
  • O Sr. Inglês o outro colega castiço no gaveto  do patamar almoçava  sentado na sua cadeira de realizador!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Sapatinhos da China no Dia das mentiras...




Adoro-te

Adoro-te desde o primeiro olhar!
Adoro-te agora,
Adoro-te amanhã,
Adoro-te quando vens,
Adoro-te quando for,
Adoro-te quando chover,
Adoro-te quando fizer sol,
Adoro-te aqui,
Adoro-te na rua,
Adoro-te em qualquer lugar,
Adoro-te quando estás a meu lado,
Adoro-te quando dizes adeus,
Adoro-te todo o dia,
Adoro-te todos os dias,
Adoro-te nos meus sonhos,
Adoro-te nos momentos mais tristes,
Adoro-te nos momentos mais felizes,
Adoro- te quando sorris,
Adoro-te quando olhas p'ra mim,
Adoro-te quando falas docemente,
Adoro-te quando cortas o cabelo,
Adoro-te ver-te vestido de camisas azul e lima,
Adoro-te em especial com a escarlate,
Adoro-te quando num flash choras,
Adoro-te de segunda a segunda,
Adoro-te intensamente,
Adoro-te no teu jeito simples,
Adoro-te no teu jeito de miúdo,
Adoro-te de um jeito diferente,
Adoro-te no teu melhor,
Adoro-te nos piores dias,
Adoro-te quando estou contigo,
Adoro-te quando estás ausente,
Adoro-te a cantarolar,
Adoro-te a desenhar,
Adoro-te quando me roubas um beijo de soslaio,
Adoro-te por guardares embalagem do chocolate que te dei,
Adoro-te por dizeres que ias emoldurar a msg que te enviei,
Adoro-te quando me surpreendes,
Adoro-te porque me tiras do sério,
Adoro-te no verão,
Adoro-te no inverno,
Adoro-te no céu,
Adoro-te no inferno,
Adoro-te a graça de dizeres que sou gira,
Adoro-te ao ouvir respirar ofegante,
Adoro-te porque deixaste de fumar,
Adoro-te por me chamares anjo da guarda,
Adoro-te quando telefonas e dizes...incomodo?
Adoro-te quando me chamas amiga,
Adoro-te quando tudo mudar,
Adoro-te quando tudo acabar,
Adoro-te quando for o último dia,
Adoro-te quando decidires!

Adoro-te hoje
Amanhã e, ...
Sempre adorarei
A viver processo de desapego 
Outra vez na minha vida
Sei que adoro desde sempre
Sapatinhos da China!

quinta-feira, 27 de março de 2014

Celebrar o dia do teatro em Almada!

Vesti-me de vermelho, cor não premeditada -, a que visto sempre que o meu estar é de melancolia.
Saí de casa em ambiente manifesto de chuva "molha tolos" para a consulta no dentista, mais um restauro de duas coroas.
Entrei na casa da sorte para apostar, chega-se atrás de mim em jeito apressado e em linguajar de sotaque cabo verdiano um mulato neste dia do teatro, solto na voz  "dê-me dois euros de euromilhões..."
Na frente dos cafés havia vendedores ambulantes com flores, agriões e morangos -, pedi um quilo com a deixa para os escolher bonitos como eu, sem meias medidas o colega da venda lança-me o olhar sem se fazer rogado, na resposta digo-lhe "olhou para confirmar?" nãooo -, para dizer que é morango nacional... Os trouxe gordos, vermelhos, agora doces como gosto, só logo o saberei. Comprei pão alentejano e broa de crosta cozida como adoro, já que os dentes de novo em forma para a trincar, é gosto demoníaco no travo de a comer com fatias finas de queijo de cabra. Entrei no mercado para trazer um bom peixe espada branco para grelhar para o jantar, e um molho de grelos couve nabo. De compras feitas fui matar saudades na Pastelaria Abanico, onde os bolos desde sempre de primeira doçaria, a lembrar o bom tempo no Sottomayor no Laranjeiro, que se comiam em fausto, a festejar aniversários, e vitórias comerciais, em cima do balcão de granito, a fazer de mesa, depois da porta fechada, equipa plantada  fora do balcão, como se fossem clientes -, alegre cavaqueira, relaxe na pausa pausada, elevado mote de espírito alegre o da  estampa nos rostos, seria pelo espumante italiano...
Difícil foi resistir, dei um passo atrás, entrei para me deliciar com uma fatia de bolo de chocolate, a recheio doce d' ovos, de cobertura macia, delicioso, molhado, que saboreei cada garfada a ouvir lamentos do grupo de mulheres maduras, que àquela hora ainda degustavam o pequeno almoço, sendo meio da manhã, a falar de doenças, não fosse o rapaz, o novo empregado, que me fez lembrar traços de alguém conhecido, de cabelos loiros e olhos azuis mas de traseira afanado a rivalizar  mulatas...
Aprecei orçamento para arranjo de peças de cabedal. Em rota de regresso a casa tomei o o caminho por Almada velha, fiquei  espantada com as obras a decorrer na requalificação de dois prédios de IMI agravado, sendo um  na antiga sede do PCP onde bebi muitas vezes licor de poejo.
  • O teatro de paredes meias com a Academia  Almadense também de obras avançado.
Sobretudo encantada com as calçadas refeitas de novo em boa pedra calcária, direitas, embora junto do Montepio, na ligação a uma caixa já em degradação de tripas de fora -,  caso para perguntar onde anda a equipa de manutenção?
No passeio defronte da pastelaria de gentes do Pinhal Interior onde o uso da canastra em tempos idos era fartura, regalei o olhar numa cheia de cebolas novas que me fez apetite para as favas com salada de alface cortada miudinha ... 
Passei na renovada Igreja de S. Sebastião que conheci taberna, ao lado junto do caixote do lixo uma mala de lata com ripas de madeira pintada a florzinhas pretas de fundo castanho, se pudesse a tinha trazido comigo...Por me fazer lembrar uma igual , mas em verde, que a minha avó materna Maria da Luz me ofereceu mal nasci para o meu enxoval...Sendo que a minha mãe lhe deu uso, e de tanto usada  e de andar de um lado para o outro, acabou num sótão, com a humidade as ferragens da tampa apodreceram. Ao fim de anos dei com ela nesse estado deplorável que era lixo, e não fui capaz de me desfazer pela emoção da história que encerra, foi então que decidi em boa hora reaproveita-la para guardar as cavacas para a lareira, e para ninguém se aleijar no rebordo de lata ferrugento, o debruei a sarapilheira, e na feira de Tomar comprei uns pezinhos em pinho para lhe dar porte na altura, e assim elevada do chão, espero se aguente no meu tempo.
  • Possivelmente a minha primeira prenda em verde recebida nesta vida a ecoar no gosto platónico pelo meu grande Sporting!

terça-feira, 25 de março de 2014

O Mestre Malhoa chamou-lhe a Sintra da Beira!


Difícil atestar as primeiras que conheci. O que sei foram em Figueiró dos Vinhos na companhia da minha mãe no papel de substituição de uma colega nos correios, andei horas a percorrer a vila sozinha...
Fosse no Jardim Bissaya Barreto  da delicia deliciada, encantada a contemplá-las do cimo da escadaria, arbustos altos, podados em formato oval, como se fossem ovos, distribuídos pelos canteiros, floridas de várias cores, de beleza desmedida -, na miragem avistei grande tela, pelos contrastes das  sombras dos contrafortes serranos, o mesmo fascínio que o Mestre Malhoa avistou no prenúncio de paz e calmaria verdejante, no meio de tanta flor, e chalets românticos, com isso nem hesitou em a rebatizar -, chamando-lhe a Sintra do norte... 

Ou seria na viagem após a  aldeia Ana de Avis pouco antes de chegar a Figueiró dos Vinhos do lado esquerdo na Quinta do Ribeiro Travesso também conhecida pela Quinta dos Paivas -, um pequeno solar com uma bela varanda envidraçada  a sul , com vistas para o jardim  e lago, da estrada vislumbram-se graciosas cameleiras de todas as cores, altaneiras, em fila, no cimo do desmesurado muro, a sobressair nas alturas pela sombra das copas das palmeiras, no lado oposto a Capela, também com frontaria para a estrada.
  • Mais tarde distingui outras cameleiras enormes em jeito de árvore em Castanheira de Pera,  Cernache do Bonjardim, e na aldeia de Ceras, a caminho de Tomar. Eram escassas ao tempo, já hoje todos os jardins tem amiúde, cameleiras.
As camélias vieram da China, Japão  e Coreia no século XIX - ,  rara era a Quinta que não se orgulhasse de as ostentar nos jardins, em paralelo com palmeiras .

Já comprei várias, brancas, raiadas em cor de rosa e vermelho, mas por falta de atenção, de água, e má aposta no solo que a planta é exigente, acabaram por morrer...
  • Dizem os antigos que as plantas e as árvores querem o dono por perto.
Apenas me resta uma vermelha dobrada  que resiste num grande vaso a precisar de muda urgente na minha casa de Ansião, que se abriu para mim nesta estada e quis registar em foto, mas sempre apressada , fica para a Páscoa, nessa altura ainda florida à minha espera, sei!
  • Enchi-me de as gozar de tanto as mirar nesta semana que por lá estive. Penalizo-me por não ter parado junto da Quinta dos Paivas, mas já ia em cima do horário para Campelo com a minha mãe que se amofina comigo por estar sempre a parar e  tirar fotos...Olhei-as da estrada a conduzir, como as admirei altivas, afinal sempre as conheci assim de longe, mas belas!
Na vinda de podar o parreiral na casa rural, parei em Lisboinha de Além a 13 km de Figueiró dos Vinhos para registar as fotos de uma cameleira plantada na borda de um muro alto, debruçada  a poente em manto, se mostra a quem nela quiser derreter olhares de beleza irresistível -, me perdi de amores e sem pudor, muito menos medo, roubei umas pernadas .

O ramo furtado...Fiz dois arranjos na casa da minha mãe, e na minha enchi o pote de cerâmica antigo, que me foi oferecido pelo meu amigo Arnaldo, que naquela hora  virou jarrão no chão do salão.
No oratório o solitário também mereceu uma camélia
 
Em baixo as que trouxe oferta da minha comadre Odete, com elas enfeitei a mesa da sala e ainda a entrada.

Surpeendida no sossego do sofá  a ouvir música, o barulho inusitado, que se mostra forte,  no despegar dos ramos dos botões, que caiem na mesa e rolam pelo chão...Ainda assim belos os aproveito e deixo dias a enfeitar  o quadro das fotos...
Na minha adolescência  haveria de ver camélias pintadas na sala do casulo, o chalet do Mestre Malhoa na cimalha de madeira, ornadas a brancos e rosas, como a Vista Alegre na altura também as pintava -, chávena em porcelana comprada no sábado por me fazer lembrar as que guardo na memória...

O Mestre Malhoa viveu em Figueiró dos Vinhos durante 50 anos, onde tinha um atelier, aqui pintou muitas tradições, e modos de vida, destas gentes rurais em magníficos quadros de inegável valor.
  • O deslumbramento de tanta beleza irradiada das camélias do jardim na frontaria do casulo onde morava deu-lhe mote para as pintar na cimalha de madeira da sala. No casulo ainda permanecem até hoje, porque ninguém as conseguiu furtar após a sua morte, não deixou descendência...O mesmo com o lambrim de madeira alto também obra do pintor, que se mostrou  bom escultor.
Figueiró dos Vinhos surpreende-me mesmo de ruas quse  vazias como outras terras nas imediações, pois a beleza que esta terra encerra,  basta -me!

domingo, 23 de março de 2014

Falar do concelho de Penela...



Migalhas no querer falar de Penela, pois há tanto para falar! 
A vila situa-se numa encosta no eixo da via romana vinda de Conímbriga depois da Fonte Coberta nas imediações do Rabaçal se bifurcava em duas variantes -, sendo que uma delas seguia o endireito para nascente ao castelo do Germanelo, seguindo para sul ao enfiamento da Tojeira onde existe um troço de calçada romana catalogada perto do Pontão, já no concelho de Ansião ( não a conheço nem sei o estado de conservação) até Tomar, sendo que a outra variante passaria pelas imediações da atual Junqueira, Santiago da Guarda, Vale Boi com outro troço catalogado(atulhado de lixo e vegetação por falta de cuidado da autarquia de Ansião ), Façalamim , Escampados, Almoster , Ourém, Santarém  e Lisboa...

Penela teve o seu primeiro foral antes da nacionalidade em Julho de 1137. 
  • O castelo ergue-se sobre um penhasco sendo depois do de Montemor-o-Velho, o mais amplo e forte que resta da linha defensiva do Mondego. 
Ressalta da longa história do concelho segunda reza a história de um episódio bastante peculiar do apoio popular com que contou D. João -, o Mestre de Avis, na crise de 1383/1385, sendo então o senhor de Penela o Conde de Viana do Alentejo, D. João Afonso Telo -, claramente a favor de D. Beatriz, casada com o Rei de Castela . Decidiu o povo defender e apoiar o seu Rei amotinando-se, sendo célebre um tal Caspirro, por ter assassinado o Conde. Logo a seguir, Penela envia os seus procuradores às Cortes de Coimbra de 1385, a fim de elegerem o Mestre -, o futuro D. João I. Mais tarde ao fazer doações aos seus filhos, criou o título de Duque de Coimbra para o seu filho D. Pedro -, destinando-lhe Penela e o seu termo. 
O património arquitetonico de relevância retrata-se  no quadro do belo castelo amuralhado e da sua  linda igreja de orago a Santa Eufémia ladeada na frontaria por duas cabeças de patrícios romanos no portal, como outras se vêem em Caminha e Évora. 
Um belo exemplar de pelourinho
 Existe um fontanário  em pedra desnivelado com o tempo em afundamento.
No limite da saída para sul na vereda entre duas estradas o Convento de Santo António fundado em 1578, sendo que a  igreja,  área residencial e anexos datam do séc. XVIII propriedade de particulares desde 1834, ano em que a Ordem Franciscana foi extinta, em elevado estado de degradação, neste agora com algumas obras de restauro.

Sempre me deslumbrou pela fileira de janelinhas pequeninas que avistava da variante da estrada nova que circunda a vila presépio. 
  • Cheguei a conhecer uma velhota, a  D. Flávia nesta terra nascida, que aqui um dia entrou com a sua mãe para visitar a última senhora de linhagem (?), a dona, que aqui morava, enferma. Contava-me para meu regalo “tinha um grande claustro cheio de arcos atulhados de lenha”
  • As duas portas de cúpula fazem lembrar as do paço do Bispado de Coimbra na Granja no Concelho de Ansião.
Um dia aventurei-me em conhecer a Pedra da Ferida...
Queda de água  da Ribeira da Zenha no desfiladeiro talhado como se o fosse a escopro e martelo, incomensuravelmente fendida em golpes lisos de placas de lousa e ardósia em brilho se maravilha na drástica queda do véu da noiva que em voo esvoaçante de de espuma, a bater de pedra em pedra, se mostra no desfile airosa, e bela para delicia dos amantes da natureza, sobretudo quem se dedica à escalada , por a sentirem de perto, na sua grandiosa e abrupta pressa das águas a saltar pingos que os molham, há vista  apresenta-se como se fosse uma ferida de alto a baixo talhada  na rocha por onde a ribeira corre -, assim conhecida por este nome forte e doce que o povo a quis fidelizar.
Percorri estradas com bermas de silvados altos a sussurrar águas,  entrei por entre eucaliptais, perdida por terra batida com pedrinhas de xisto, estaria perto, mas com medo de um furo, e para calar os que me amofinavam, decidi desistir da aventura  que não se mostrava deliciosa para todos, julgo só para mim...

Um ano destes vi-me desgraçada para chegar à praia fluvial da Louçainha, pela deficiente sinalética com uma rede de estradas (entremeladas, a precisar de redefinição).Local aprazível.

  • Uma foto de uma ribeira na paisagem bucólica verde de fetos e musgos a lembrar Sintra.
Penela concelho na extrema com o de Ansião a poente no limite Chão de Ourique onde alguns historiadores aventam foi campo da Batalha de Ourique e não no Alentejo como rezam as crónicas, porque D. Afonso Henriques estaria em Coimbra a escassos quilomeros, e não além Tejo, também porque aqui é terreiro de achados em ferro...
Na mesma fronteira concelhia existe o sistema espeleológico do Dueça  na Gruta do Algarinho que dela se falou como sendo enorme inserida no Maciço de Sicó, das maiores alguma vez conhecidas, por explorar -, do algar  nascem rios e ribeiros, na vertente a nascente nasce o rio Dueça , no verão a gruta julgo pode ser visitada através de contato prévio com a autarquia, um dos poucos rios que corre de sul para norte, banha Miranda do Corvo e desagua no Mondego.
Nota-se um interesse na recuperação de aldeias de xisto nos concelhos do Pinhal Interior.  Neste é evidente a aldeia  Ferraria de S. João, de caraterísticas serranas de arquitectura rural típica bem preservada que pertence à Rede na Freguesia da Cumeeira.

O castelo Germanelo será um castro romanizado erguido por D. Afonso Henriques, entre 1140-1142 dele se avista uma paisagem deslumbrante sem ser luxuriante, antes depenada de secura quase insípida, e dos outeiros em cone sobre o vale do Rabaçal que desde sempre me deslumbraram, o mesmo da lenda dos irmãos Germanelos que já contei noutra cronica.Conheci o local num Volkswagen carocha com 22 anos na companhia do meu marido, vimos jeito de o carro não subir o caminho íngreme e saibroso pós sair da estrada, só o conseguiu engatado em primeira -, ainda sinto os escapes a latir com as rodas a rolarem pedrinhas...
Sensação extraordinária de estar naquele local emblemático por entre ameias, depois de tanto o mirar da estrada a caminho de Ansião ou na vinda de Coimbra.
Penela é circundada por serras de barro muito vermelho, na transição do calcário para o xisto fértil em solos onde as vinhas, nogueiras e oliveiras são predominantes -, apanágio do ganho pão destas gentes em paralelo com o queijo em todas as aldeias semeadas em terreiros soalheiros, algumas típicas como Alfafar e Alcouce de reminiscências árabes -, nesta última degustei um arroz de pato servido num grande pratão de barro coberto com couve e enchidos, de perder e chorar por mais, as entradas de pão artesanal no forno da tasca, depois de aberto, dentro dele amêijoas à Bulhão Pato, com o molho a ensopar a côdea. Repasto apetitoso num fim de tarde veranil oferecido pela minha irmã em presentear a família, o dono fazia de empregado de mesa além de um bom contador de estórias do mundo por onde andou, ainda tocava viola, e dava jeito a cantorias…”rir a bom rir até cair de cú…”.
Aldeia das Cerejeiras, a fartura delas ditou-lhe o nome, onde também se come o bom leitão, levado um dia pela prima do meu sogro -, uma Coimbra, de Vale Tábuas que aí assentou arrais depois de casada.

A caminho de Miranda do Corvo e da Lousã a indicação de Godinhela, onde diziam haver uma “bruxa” e ainda hoje há uma bruxita ativa...Tema que também já abordei em crónica temática.

A vila do Rabaçal com a sua bela vila romana, paisagens e o Museu. A história dos Santos de pedra enterrados na frente da igreja pelo povo para os proteger de roubo pelos desertores do Buçaco há dois séculos, só foram descobertos há meia dúzia de anos, em obras camarárias.
No Museu gostaria de ver a coleção da senhora que foi sua vizinha-, na menção a cortesia da doação, e do seu nome perpetuado -, senhora de belo olhar azul que viveu de paredes meias com a igreja num casarão com ares de senhorial, natural do Alvorge, entretanto falecida que conheci pela mão da minha irmã para comprar queijos, pois era queijeira certificada.
Recebeu-me na sala onde expunha a sua coleção de velharias à mistura com pedras achadas aquando do pastoreio, de beleza extasiante, pela erosão algumas e outras reminiscências do mar por aqui na zona ainda muito visíveis, além das afeiçoadas pela mão do homem.
Por achar interessante o gosto por pedras, o mesmo que o meu , perguntei-lhe o que a inspirou no mote em se decidir achá-las...A que me respondeu com um sorriso matreiro ao mesmo tempo que pegou nela para me mostrar -, irresistível foi pedir para a tocar, sentir um garboso aparelho genital masculino, completo de pénis ereto com os testículos, do neólito(?)...
Brutal sensação ali aos meus olhos assim a primeira!
A  bela serra de Janeanes, com a paisagem serpenteada por lagoas cársicas onde predomina o pastoreio, e a feitura da tradição do queijo que lhe ditou na história a fama.
  • Temática já por mim mereceu cronicas distintas, o mesmo com o novo hotel instalado numa antiga fábrica de lanifícios na beira da antiga estrada real, que sempre conheci fechada na beira do Dueça onde existe um belo fontanário de carranca em pedra.

 Hotel à beira do Dueça onde outrora foi uma fábrica de tecelagem, de papel e,...
Há muitos anos despertou-me a curiosidade em visitar o que restava do inacabado palacete edificado pelo Prof. Dr. José Bacalhau, eminente médico e professor da Universidade de Coimbra, cujo sonho era construir uma unidade hoteleira de luxo no desertificado interior, dinamizando dessa forma o turismo na sua terra. Projeto iniciado nos finais dos anos 50 no Monte Calvário.Supostamente por ter encontrado oposição local, acabou por decidir construir no sítio do Penedo Gordo, na Serra de Santa Maria no Espinhal. Adquiriu peças de cantaria e estatuária oriunda de várias demolições, entre as quais do Hotel Avis, onde Calouste Gulbenkian viveu em Lisboa, o que daria a este edifício um cariz erudito, também do antigo hotel Sherton e de um palacete na linha do Estoril. Obras iniciadas nos anos 60, nunca chegaram a ser concluídas por falta de capacidade financeira tiveram honras de singela inauguração no dia 23 de Maio de 1968, numa Quinta Feira da Ascensão houve aqui uma reunião de confrarias da região, presidida pelo Bispo - Conde de Coimbra, tendo sido um sucesso social. Após o 25 de abril e com o desaparecimento do Dr. Bacalhau começou o saque (?) de tudo o que era possível retirar do palacete: maior parte das ferragens, estatuária, estuques decorativos dos tetos, espelhos, mosaicos, madeiras, materiais de construção e, … 
Estrategicamente construído na aba da serra com uma vista deslumbrante sobre os outeiros do Rabaçal e Ateanha, quando visitei o local há anos, deparei-me com um grande portão a fazer lembrar o século XVIII, no meio do terreiro uma grande fonte em pedra que muito me fez lembrar as que existem no Rossio em Lisboa, ao redor do lado esquerdo, aglomerado em banda que seria para o complexo turístico, ao fundo uma escadaria monumental ladeada por colunatas encimadas por vasos em pedra, ao cimo o avançado da frontaria numa imitação de panteão romano com óculo -, ao entrar deparei-me com tamanha ruína de fazer dó, estuques trabalhados tinham sido cuidadosamente retirados tal qual mosaicos e azulejos, o que mais me impressionou, a magia como os arrancaram estando cravados no cimento, vi as marcas no rivalizar esculturas contemporâneas. O salão de baile deveria ter sido fantástico tal a beleza do estuque trabalhado a relevos com grinaldas nos tetos e por cima das portas, paredes copiosas numa imitação ténue a marmoreados, vitrais, ferros forjados em desenhos modernos de extraordinária beleza, espelhos, fez-me recordar o salão do palácio de Queluz, virado a sul uma torre encimada com pedras trabalhadas a imitar ameias, ainda um pequeno lago a contornar o rebordo da serra ladeado de pedras com buraquinhos, memórias do passado marinho que neste concelho e de Ansião ainda são muito notórias. 
Nos finais do passado século, instalou-se no espaço o Patriarche, uma instituição para recuperação de tóxico dependentes que se propuseram a recuperar o local, conseguiram, apesar de sol de pouca dura ao saírem voltou ao abandono novamente. 
Recentemente entregue à Associação Portuguesa de Medicina Preventiva , sem fins lucrativos, com todo o mérito e esforço está neste momento a recuperar todo o complexo, prevêem a instalação de uma clínica de medicinas tradicionais, o projeto pretende incluir: 25 quartos; consultórios médicos; gabinetes de fisio terapia e hidro terapia; sala de conferências; restaurante vegetariano; piscina coberta para hidro ginástica; Ginásio e Capela. Finalmente o espaço idílico fará justiça ao projeto inicial, igual orgulho de sonho realizado sentirá o Dr. Bacalhau onde quer que esteja algures no horizonte a velar pelo seu sucesso!
Fortemente impressionada pelo meu grande poder de observação, ao subir a estrada do Espinhal reparei nalgumas casas baixas, sem qualquer graça, nos jardins grandes vasos em pedra -, tal desenquadrando, descomunal, só percebi ao chegar ao palacete, segundo se fala, sabe-se que o paradeiro de parte do espólio anima de facto alguns jardins de particulares... Pior a Junta de Freguesia nada faz para os recuperar... 
Vila Presépio no seu melhor em anos consecutivos com a apresentação dele animado que já apreciei em Penela, e no Espinhal ,em estilo diferente. O mesmo êxito a Feira Medieval e a Feira anual das nozes pelo S.Miguel a mais antiga de todas e das minhas lembranças. 
Tenho saudade de ir beber um cafezinho a Penela! 
Fecho a cronica com uma curiosidade, numa feira de velharias em Évora encontrei bilhetes-postais dos CTT de 1895, que circulavam em Portugal e Espanha com a imagem de Santo António ladeado de um ramo de açucena, brasão com as quinas de Portugal e o preço dez reis, endereçados a Adriano Manuel Freire de Andrade do Espinhal, Penela, Coimbra, remetidos de Leiria, num tempo sem telefones a missiva só dizia que estavam em casa todos bem... 

Pelo que consegui ler os escreviam diariamente a contar as cenas do quotidiano das suas vida!

Fontes:
Fotos retiradas da net, vejam outras https://www.flickr.com/
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=epKdsD36chA

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