sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Dom João de Mascarenhas Vellasques Sarmento e de Alarcão

Origem da família Alarcão do Espinhal - Um Ramo aporta a Ansião por via de casamento

Segundo o comentário noutra crónica de um descendente,  assina Alarcão  «a família veio de Toledo, Espanha , acompanhou a corte do rei Filipe I de Portugal, recebendo honras com terras no Espinhal, onde se fixou» Será João de Alarcão casado com Catarina Sarmento por volta de 1581 ? Ou no reinado de D. Sebastião, em 1557 quando veio residir para o Espinhal, D. Manuel Caetano Vellasquez Sarmento de Vasconcelos, ilustre personalidade que impulsionou a vivência do povoado?

Segundo o quadro acima D José Casimiro Mascarenhas seguiu o cargo do seu pai de Capitão mor em Penela, casou em Ansião com D Maria Delfina de Lima.Tiveram um filho Dom João de Mascarenhas Vellasquez Sarmento e de Alarcão  nascido em Ansião.

Apelidos Velasquez Sarmento
Na Pedadura Portuguesa Nobiliário de Famílias Portuguesas
Velasquez - Sarmento

D. Manuel  Velasques Sarmento filho 2º de D. Thomas Velasques Sarmento
Sucedeu a seu pai na Comenda de S João Batista de Casével e viveu no Espinhal, termo de Penela  casou com D Sebastiana de Almeida  .Tiveram
  • D João Sarmento e Velasques e morreu mancebo
  • D Luís Manoel Sarmento
  • D Aº  Sarmento de Vasconcelos
  • D Thomas Velasquez Sarmento
  • D Mª  Marga_na Sarmento, freira em Semide
  • D Josepha Michaela , freira no mesmo convento
  • D Jª Sarmento (mulher de Pª Botelho da Motta 
  • D Francisca de Velasquez
  • D Thereza que morreu menina
D Luís Manoel Sarmento 
Filho 2º sucedeu na casa de seu pai por morte deste e do seu irmão mais velho, ambos morreram numa semana em Leiria  em 1676.

D. P.° Velasques Sarmento 
Filho 3° de D. Thomas Velasques Sarmento sucedeo a seu pae na Comenda de S. Eufemia de Penella na ordem de Aviz a qual teve cõ o habito de Christo. 
Casou em Penella cõ D. Anna Mascarenhas filha de Gaspar Coelho e de sua mulher Leonor Maz.
Tiveram  4 filhos 
D. Thomaz Velasqs. Sarmento 
D. João Velasques Sarmento ( casou no concelho de Unhão cõ D. I.* f.* de Chrlstovào da Maya Coimbra E de sua m." D. Mag.n)
D Manuel Velasquez Sarmento

D António Velasquez Sarmento  teve fora do casamento D Michaela

D Matheus Velasquez Sarmento
Filho 2º de D Jº Velasquez Sarmento, foi mestre de Campo na Catalunha. Casou em Lisboa com D Isabel Bravo da Cunha , filha de Manuel de Campo João Bravo da Cunha e tive D Pº que morreu Capitão na Flandres, solteiro.

D João Velasquez Sarmento,filho 3º de D João Velasquez Sarmento, casou em Alanquer com D Catharina de Barros de Vasconcelos 

Excertos de terras do Convento de Celas
 
Hoje fazem parte de vários concelhos: Miranda do Corvo, Penela, Figueiró dos Vinhos e Ansião
Num  hiato desde a centúria de 200 a 600 com abadessas ou afectas  à  casa real ou na ligação aos Condes de Penela
D Beatriz d'Eça,  Dona Catherina Deça, Dona Fillppa  Deça  (seu sobrinho Dom Afonso de Vasconcelos  Senhor de Penella Vasconcelos, dos Condes de Penela) Margarida deça , Dona Leonor de Vasconçellos filha da Condessa de Penella, Dona Elena de Noronha, no anno de 1621 foy elleita a SJ Dona Lourenca de Tauora , no anno de 1636 foy eleita terceira vez Prelada a S D. Loureça de Tauora terceira vez foy eleita Abbadessa a S." D. M.* Manoel.

Apelido Mascarenhas
  • « Ant.o Mascarenhas. Reconhesimento que fez Ant. Mascarenhas da reçaõ de seu lagar, e azenhas. Disse que pagaua de conhecença de huãs azenhas q tinha na sua quinta no termo de Coimbra, que tinhaÕ três pedras, e pagaua ao mosteiro de Çellas quatro alqueires de paõ meado trigo, e segunda forros para o dito mosteiro pagos por Saõ Miguel do mes de Setembro. Disse que pagaua mays de hum lagar de azeite q tem na dita quinta que tem quatro varas pagaua do dito lagar cada dous annos, que vem a ser á çafra quatro alqres Je azeite forros para o dito mosteiro Isto com declaração, que botando ambos os lagares, e botando hum so, e naó lançando mays que duas varas naõ paga mays q dous alqueires de azeite forros para o mostr»: 
  • Sentença contra Ignacio Mascarenhas q abaixe a leuada do seu moinho. 
  • Sentença contra Brás Nunez Mascarenhas, q pague .4. Alq.res ao Bp.o dous. 
  • 1552. Lugar dos moinhos termo de Miranda. Prazo fatiosim de meo casal no lugar dos moinhos termo de Mirada com seus matos rotos, e por romper: Pagando de foro de seis hum, mays quatro alqueires de paõ meado, trigo, e çeuada de todo monte, e de fogaça hum alqueire de trigo do próprio do laurador, e duas galinhas boas,; de receber, e seis ouos, oito brilhos, .e quatro pães caseiros: E dos matos q se romperj depois de dous annos pagarão reçaõ. 
Pretendia-se com a  pesquisa  encontrar informação nos apelidos Velasquez, Mascarenhas, Sarmento e Alarção, com terras na região.Localizei António Mascarenhas a reconhecer o seu lagar e azenhas, na sua quinta no termo de Coimbra, e pagava foro ao Mosteiro de Celas.
Sentença contra Inácio Mascarenhas para baixar a levada do seu moinho .
Sentença contra Brás Nunez Mascarenhas.
Parece claro que só aparece menção ao apelido Mascarenhas.

Outros ilustres de  Penela com estes apelidos; D. João Vellasquez Sarmento, Desembargador e Conselheiro da Fazenda e D. Luíz de Alarcão.

Em 1800 num registo de batismo temos  Belchior Joam Ferreira de Andrade e sua mulher D Francisca Caetana Velasques Sarmento do Lugar da Fonte Galega.

Em Ansião o jazigo no cemitério para despertar num registo vincular da família
 
http://www.uc.pt/auc/fundos/ficheiros/GCC_RegistoVincularDistritoCoimbra num «Pedido de Registo Vincular nº 17 Dom José Casimiro de Mascarenhas Velasques Sarmento de Alarcão da Quinta de Além da Ponte, concelho de Ansião para três capelas e três morgados de que é o actual administrador, senhor e possuidor, em 21 de Fevereiro de 1863.
Filho de: Dom João Casimiro Mascarenhas Velasques de Alarcão Sarmento. Este vínculo é constituído por três morgados e três capelas, todos no concelho de Penela.
Morgados:
a) o instituído por Gaspar Coelho Mascarenhas, em 17 de Junho de 1691;
b) o instituído pelo reverendo padre Dom Pedro Coelho Sarmento Mascarenhas, por escritura de 3 de Fevereiro de 1692
c) o instituído por Dom Manuel Velasques Sarmento, em 7 de Setembro de 1713.
II Capelas
a) a instituída por Pedro Fernandes de Pontes, em 3 de Abril de 1607;
b) a instituída por Dona Margarida Simões, em 14 de Março de 1641;
c) a instituída por Dona Isabel de Mascarenhas, em 2 de Fevereiro de 1676."

Para que não se percam as memórias dos locais e das suas gentes
 
Desde miúda às quintas feiras quando me deslocava ao cemitério com a minha tia Maria do Bairro para  enfeitar as campas dos familiares extasiava no jazigo de  garboso rendilhado em pedra, a imitar crochet,  sem conseguir decifrar a letra e o porquê do Dom, tão pouco nenhum dos apelidos me ser familiar em Ansião. Anos mais tarde em Almada  descobri a Quinta da Torre, no Monte de Caparica , que foi do Conde dos Arcos, com os mesmos apelidos, em o associar a um ramo familiar numa quinta  no Espinhal, e hoje  com descendência de  Professores Doutores em História, Arqueologia  e ainda da nobre que viveu em  Vale da Couda, sepultada no cemitério de Almoster num jazigo capela, entre outros. 

Jazigo da Família no cemitério de Ansião
De Dom João de Mascarenhas Sarmento e de Alarcão 
Na entrada do cemitério à direita encontra-se um belo jazigo da família de Dom João de Mascarenhas Sarmento e de Alarcão , juiz de Direito, natural da freguesia e Comarca de Ancião.
Na lateral apresenta  placa de perpétuo, não pode ser trasladado.Através da cortina de renda  distinguem-se gavetões fechados tendo pela frente uma prateleira com fotos.
Requinte da escultura em pedra
O pináculo floral da direita  partiu-se, encontra-se actualmente em cima de um cepo de um cedro cortado junto ao muro...
Depois do pináculo ter estado anos na frente da porta do jazigo, que denunciei,  alguém o deslocou para o canto junto ao muro...
Tardoz do jazigo
Pequena portada com dois puxadores
Dom João de Mascarenhas Velasquez Sarmento e de Alarcão
 
Nascido em Ansião, na Quinta de Além da Ponte, filho de Dom José Casimiro de Mascarenhas Velasques Sarmento e de Alarcão  E Dona Maria Delfina de Lima. 
Filha do Dr. Francisco José Mendes Lima, bacharel em Medicina  a mãe  Ana Umbelina Godinho Freire, naturais de Ansião.

Percurso académico retirado de http://pesquisa.auc.uc.pt/details?id=221500
D João de Mascarenhas Alarcão Velasques Sarmento
Datas de produção
1860-10-03 a 1865-07-14
Produtor Universidade de Coimbra
História administrativa/biográfica/familiar
Filiação: José Casimiro de Mascarenhas Alarcão Veslasques Sarmento (D.)
Naturalidade: Ansião
Faculdade: Direito
Matrícula(s): 03.10.1860
Exames: 3.º 17.06.1863 Aprovado Nemine Discrepante, Atos n.º 23, fl. 51v.
4.º e grau de Bacharel 09.07.1864 Aprovado Nemine Discrepante, Atos n.º 24, fl. 108
Formatura 14.07.1865 Aprovado Nemine Discrepante, Atos n.º 24, fl. 192


Formado voltou a Ansião, foi confrade da Irmandade do Santíssimo Sacramento em 1866
Dom João de Mascarenhas Vellasquez Sarmento e de Alarcão


Árvore genealógica elaborada por Henrique Dias
Actualização em 14 de janeiro de 2020
Segundo comentário de um descendente de apelido "Alarcão" a quem agradeço a partilha
«A senhora Dona Maria Mascarenhas Sarmento Velasquez de Alarcão, única filha de Dom João Alarcão, viria a receber em testamento além deste jazigo de Ansião, o de Almoster e outro em Penela,  propriedades, e a casa de família da Quinta do Arinto no Espinhal  e outra em Penela, à sua morte sem filhos, a herança foi repartida pelos seus sobrinhos.» 

Quinta do Engenho no Espinhal  em venda, foto retirada do Google
O certo na toponímia da Rua S Pedro em Ansião ?
Atestar com menção a  ao Juiz D João de Mascarenhas Vellasques Sarmento e de Alarcão
A Quinta das Lagoas
A primitiva quinta das Lagoas já existia antes da aquisição pelo Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra em 1175, vindo a fazer parte depois de 1176, com mais quatro da  Herdade de Ansião.Hoje faz-se mais claro apontar o que foi o seu chão - a norte a água da Sarzedela, inscrita na escritura, a poente a linha do Lousal , Anacos, para nascente pela Mouta, lombo da Fonte Galega,  fechar na margem norte do Nabão. Aforada pelo mosteiro pela família dos Menezes, depois de 1216 foi povoada com gente vinda de norte em Casais; Casal do Netro, hoje Netos; Casal do Constantimo, hoje Constantina, Areosa, Fonte Galega, Casal do Serrabino. Na centuria de 800 a quinta divide-se em  ramos familiares, em quintas mais pequenas; Quinta da Bica,  Quinta de Além da Ponte, Quinta dos Barreiros ou Lameiras .
 
O rendimento da quinta das de Além da Ponte foi a actividade moenga, com   moinho de água e capela.

Quinta de Além da Ponte, em Ansião

Segundo um excerto das Memórias Paroquiais "(...) de 1792 sobre a nova circunscrição ansianense o corpo da vila tinha 61 fogos, o Bairro de Santo António 10 e Além da Ponte 2". 
Se em 1792, em Além da Ponte, apenas viviam duas pessoas, instiga a dizer foi morada  do casal  - Alarcão do Espinhal que se casou em Ansião com uma senhora de apelido apelido  Lima, que  ainda não tinha filhos.
Maria Delfina de Lima natural de Ansião e José Casimiro de Mascarenhas, Capitão mor de Penela, por o filho João Vellasquez Mascarenhas e Alarcão ter nascido em Além da Ponte. 
.
 Onde viveu a família Alarcão na Quinta de Além da Ponte ?

1- Ruína de casa no gaveto da rua  atrás de um muro com uma janela de avental e pedras a ladear a mesma. De quem teria sido esta casa?  
Aqui viveu a família conhecida dos "Saguins"
Saguim é uma espécie de macaco, teria sido trazido de África por Abel Falcão quando comprou a quinta e quem cuidada dele ficou com a alcunha? Pois não sabemos...
 
2 -A casa inicial com lintel  no r/c 1676
Teria sido nesta casa em Além da Ponte que viveu a família Alarcão e Lima
O seu moinho com capela a nascente
Nas Memórias Paroquiais Setecentistas  o  juiz, Manuel Rodrigues em 1721 faz referência a uma"Capela que instituiu Joana Baustista do Moinho d'Além da Ponte termo desta vila  a dita instituição aos 13 de setembro de 1696 annos; he possuidor e administrador della Manoel Matheus do mesmo termo; manda dizer quatro missas cad'hum anno."
O excerto revela em 1696 Manoel Matheus era possuidor e administrador da capela mandada instituir por Joana Baustista. Não tenho dados se os focados eram marido e mulher. Podiam ter sido, na possibilidade dele ter ficado viúvo o seu  dono e administrador da capela, o que explica a data do lintel da casa virado a sul de 1676 (?), na Quinta de Além da Ponte, a data da institucionalização da capela pela mulher. Hipótese a investigar se é verdade, que me parece verossímil de afirmar!
A capela ou foi instituída dentro do solar no r/c com lintel de 1676, por baixo N S...mas, na verdade a capela foi instituída por uma Joana Batista com orago a S. João Batista
 
Ou foi instituída fora, adoçada ao moinho,onde ainda  resistem umas paredes, com uma janela pequena a norte e porta a nascente, onde pode ter sido a capela.
O solar foi abafado por construção nova, que lhe retirou a dignidade da centúria de 600, e não devia...
Não deslindei brasão...
Casa com o tradicional balcão com varanda de belas pedras de avental e colunatas de suporte ao telheiro
Reutilização de lintel posto ao contrario 1790 ?
O moinho de Além da Ponte 
Parte do moinho , segundo a Carmita, filha, do Sr Pires da Sarzedela, a quinta era de uma senhora da Granja, que a vendeu ao seu pai. O moinho ou munho, como também era conhecido ainda laborou no meu tempo. Ainda na penumbra as transacções desta quinta, instiga a pensar se a senhora que vendeu da Granja, seria herança dos bisavós Domingos Mendes e Luísa Freire do Porto do Alvorge que tiveram  entre outros filhos todos nascidos na Quinta da Bica - Manuel Mendes de Lima veio a ser Sargento mor. Aconselharam-me a falar com a Ti Celeste da Constantina.
O moinho  e a sua capela em ruína e atrás onde foi o solar agora revitalizado em franco casario
A ribeira vinda da Constantina abastecia o moinho de Além da Ponte

3 - Solar rural conhecido pela "Quinta da D Fernanda 29"
Janela quadrada com cantaria trabalhada em rectilíneo, esculpida com a data de 1844 onde foi a adega do solar no séc XIX e hoje funciona um Bar e discoteca. A cantaria mostra-se algo semelhante ao padrão existente  ao Fundo da Rua erigido em 1686 , instiga que teria sido aqui a capela ou oratório a S. Pedro?
Possivelmente a cantaria e o óculo são as pedras mais antigas à vista reutilizadas da casa primitiva, antes da requalificada nos finais do séc. XIX quando foi vendida a novo proprietário. 
A extinção dos Morgadios por D. Luís e a guerra liberal ditou a muitos nobres  tomaram partido de D. Miguel, saindo perdedor do trono de Portugal para o seu irmão, precipitou aos simpatizantes miguelistas a venda de  património e a fuga sendo perseguidos e alguns mortos,em  Midões, Arganil foi uma carnificina, lembrava o Dr Travassos. 
Aporta a Ansião em finais do século XIX um conterrâneo da família Alarcão, dos lados de Miranda do Corvo, chamado Abel Falcão ( irmão de Rosa Falcão ) regressado rico de  Moçâmedes, julga-se que comprou  a Quinta de Além da Ponte, onde se instalou com supostos afilhados mulatos na boca do povo filhos (?) e tenha sido para calar o cliché  que tomou a iniciativa de mandar erguer na margem da ribeira uma capelinha para o povo, onde antes houve outra e se tenha perdido com o vendaval de 1706, que deixou em ruína a capela da Misericórdia e esta por ser particular integrada num Morgadio e o seu instituidor falecido em 1704, perdeu-se no tempo, mas não a sua memória. Por isso a fez pequenina, doando as Imagens de S Pedro do oratório da sua quinta e o S. João da capela que foi do moinho, e se destacam na capela em relação à Imagem da Rainha Santa Isabel, mais moderna. Segundo informação oral a Rainha Santa Isabel, veio dentro de um oratório, talvez oferta do Dr Vitor Faveiro. Na verdade a capelinha de Além da Ponte, nada indicia do seu passado setecentista, nem estela, apenas viva na tradição oral dos familiares do Padre José Eduardo Reis Coutinho, seu descendente. O que se destaca  é uma construção ao género das Alminhas, espalhadas pelo concelho do séc XX  da sua requalificação meados anos 30 do séc. XX, pelo Dr Vitor Faveiro. 


Fontes
http://www.uc.pt/auc/fundos/ficheiros/GCC_RegistoVincularDistritoCoimbra
https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2014/11/conde-dos-arcos.html
http://www.jf-espinhal.pt/historia.php
https://play.google.com
Livro das Memórias Paroquiais Setecentistas de Mário Rui Simões Rodrigues e Saul António Gomes
Livro de Ansiâo do Padre José Eduardo Reis Coutinho 
Arquivo da Universidade de Coimbra  RegistoVincular n 10
Alberto Pimentel no seu Livro Estremadura Portuguesa.  
Árvores de genealogia de Henrique Dias 
https://www.vortexmag.net/talvez-tenha-origem-judaica-e-nao-saiba-lista-de-apelidos-judaicos-em-portugal-e-no-brasil/3/ 
Partilha de dois descendentes "Alarcão"

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Exposição sobre os 500 anos da Misericórdia de Lisboa

A caminho de Lisboa em tarde de calor com tempo a visita à exposição temporária a decorrer na Igreja de S.Roque, ao fundo, na lateral esquerda até 10 de setembro. Gratuita.
A primeira Casa das Misericórdias de Portugal foi fundada em Lisboa instituída no dia 15 de agosto de  1498.
" Para além da divulgação das peças em exposição, o catálogo inclui textos de vários autores, que revisitam e dão a conhecer a investigação feita sobre o Compromisso de 1516 e suas contrafações, a sua iconografia e os primórdios do mercado da impressão de livros no século XVI, bem como o papel fundamental que este texto tem na história da Misericórdia de Lisboa e das confrarias homónimas em todo o país. Declarando a missão social da Santa Casa nas catorze obras de misericórdia, sete corporais e sete espirituais, o Compromisso de 1516 é aqui divulgado não só como documento histórico mas também como “bússola para fazer o Bem”, no passado como no presente e no futuro.
Na exposição fazem parte, entre outras peças, um exemplar da primeira edição impressa do Compromisso, datada de 1516."
São 14 as "Obras de Misericórdia"
Sete corporais - "Dar de comer a quem tem fome", "Dar de beber a quem tem sede", "Vestir os nus", "Dar pousada aos peregrinos", "Assistir aos enfermos", "Visitar os presos" e "Enterrar os mortos" .

Sete espirituais - "Dar bons conselhos", "Ensinar os ignorantes", "Corrigir os que erram", "Consolar os tristes", "Perdoar as injúrias", "Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo" e "Rogar a Deus por vivos e defuntos".
 

Exibição de duas pinturas quatrocentistas "nunca antes exibidas em Portugal;
"Opere di Misericordia: Seppelire i morti", de Olivuccio de Ciccarello, pertencente aos Museus do Vaticano, e "Virgen de la Misericordia", atribuída a um pintor anónimo referenciado como "Maestro de Teruel", que faz parte do espólio do Museu de Arte Sacra de Teruel, na região autónoma espanhola de Aragão.
Museu de Aragão -atribuída ao Mestre de Turuel  da 1ª metade do séc.XV madeira
Virgem da Misericórdia
Santa Casa da Misericórdia de Montemor o Velho, séc. XVII Nossa Senhora da Misericórdia. Óleo sobre madeira
 
 Bandeira da Misericórdia de Alcochete - Pietá  1550 óleo sobre madeira Francisco de Campos
Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra atribuída a Gregório Lopes 1490"
"representativa da grande qualidade das encomendas efetuadas pelas Misericórdias portuguesas".

Interessante é que em 500 anos continuam a prevalecer os compromissos assumidos; dar pousada aos peregrinos, dar comida e saciar sede, vestir os nus, assistir os enfermos, visitar os presos e enterrar os mortos e sempre em paz misericórdia. Faz pensar!
Não há dúvida que no passado muitos sem descendência deixaram os bens ou parte deles às Misericórdias, e o devem continuar a fazer, de modo geral é bem aplicado!


FONTES
http://www.scml.pt

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Lisboa ribeirinha a oriente em franca remodelação !

Passeio de Santa Apolónia ao Cais das Colunas !
A sapiência no meu caso é fruto de uma vida a observar, a questionar desde criança o gosto pelo património e pela história, a que juntei algum talento para compilar em crónicas.  Obviamente se não houvesse cultura de base a que acrescento a cada dia mais, seria impossível desenvolver pesquisas na net !
Sociedade Abreu Advogados 
Vinda de Santa Apolónia onde deixei os meus netos no comboio para umas mini férias com os outros avós apesar do calor comprei um gelado de limão e em caminhada apreciei o antigo edifício da APL (Administração do Porto de Lx), com 8000 m2 de área bruta de construção e 100 metros de fachada frontal para o Tejo adquirido pela Fidelidade, onde investiu 13 milhões de euros para adaptar o espaço ao seu inquilino - a sede da Abreu Advogados com 200 colaboradores . Prédio sóbrio, no gaveto para a travessa a entrada para o parque de estacionamento implantado no r/c, seguida da entrada com o nome da sociedade de advogados na ligação aos dois blocos.
No caso estes prédios da APL que conheci em total abandono, por ir amiúde a Lisboa aqui passo tendo dado conta das obras de reabilitação, para agora reparar na placa da sociedade de advogados sendo fácil pesquisar, e porque tenho este hábito de partilhar cultura, sou adversa a jogos em telemóveis, mensagens e partilha de coisas fúteis, gosto sim de Portugal, de opinar, e fazer análise crítica no dever de cidadania. Muitas crónicas que tenho feito sobre Lisboa tem tido visualizações extraordinárias onde é fácil verificar substanciais mudanças , fruto de pessoas como eu que observam e facilmente sabem opinar para a sua rápida resolução. Nada me deixa mais rica e satisfeita.Chama-se a isso ser zeladora dos bens públicos tal como o bom governo dos bens particulares que recebi de herança.A título de exemplo quando vou à província ando de enxada na mão com o meu marido a roçar, limpar, podar, cozinho ao lume, sou mulher polivalente, contudo há vizinhos não dão um passo a pé, passam a vida a andar de carro a toda a hora, sentados em esplanadas a exibir as unhas de gel com eucaliptos à porta de casa como se fossem flores...
Novo terminal de Cruzeiros
Arquitetura moderna

Palácio dos Condes de Linhares ou Coculim 
Em fase final de retirada de escombros e limpezas na frontaria


Estacionamento subterrâneo no Cais de Santarém 
Em rota de velocidade depois dos arqueólogos aqui terem andado. 


Parque subterrâneo do Campo das Cebolas
Já se encontra em fase final com plantio de pinheiro manso e vista desafogada.
 


Fundação José Saramago
A sua oliveira a necessitar de poda e a pegada do elefante...
 Escultura a ser montada
 Raízes aéreas entrelaçadas a lembarr como é bom um abraço!
 Igreja da Conceição velha 
Aqui foi na idade média uma sinagoga. O portal da igreja  é o que resta da capela da Misericórdia de Nossa Senhora mandada construir pela rainha D.Leonor viúva de D.João II destruída pelo terramoto de 1755, considerado dos maiores exemplares do estilo Manuelino de Portugal em paralelo com os Jerónimos e a Torre de Belém.
A tarja da Misericórdia na frontaria, levou-me a entrar, há dois anos a última vez que aqui estive, lembro que era muito escura e degradada, aguardava donativos para as obras... 
Pasme-se fiquei maravilhada com o restauro, de notar a estética e a cromática das pinturas, mote a meu ver está a ser seguido noutros restauros de capelas e igrejas.  A sacristia antiga que seria para a frontaria ao lado nascente, com o terramoto foi adoçado um prédio. Nesta requalificação mudou de sitio para junto do altar mor à direita com chão em lajeado primitivo com ligação a um pequeno pátio, fiquei à porta a falar com o segurança que visualizava as imagens dos visitantes, dando conta da claridade que vinha de fora. Ainda não está pronta. Precisam-se de mecenas!
Actualizei a crónica com as novas imagens http://quintaisisa.blogspot.pt/2014/07/igreja-de-nossa-senhora-da-conceicao.html

 Imagem de Nossa Senhora é de uma beleza extraordinária
 
Cais das Colunas 
Continua a exposição de estatuetas de pedras secas ( sobrepostas umas nas outras sem mais nada, em puro equilíbrio) a desafiar as ondinhas dos barcos...onde há mais fotos que moedas deixadas para o escultor!

Não me posso esquecer da exposição "Debaixo Dos Nossos Pés", no Torreão poente, segunda feira, dei com o nariz na porta!
Lisboa está a melhor a olhos vistos a cada dia, por isso um forte fascínio reter em memória para confrontar substanciais diferenças!

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