sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Caminhada em Maças de D.Maria, Alvaiázere

 O dia acordou com chuva que já vinha de toda a noite...

 Animação com a concentração de bicicletas, a conhecida "pasteleira" .

Cabaz do farnel
Arte de resineiro
~
Os cestões a imitar os de antigamente dos padeiros, que eram bem maiores
                            
Gente bonita vestida com trajes de antigamente
Exposição de fotografia  de aves de Maças
                                               
Exposição de pintura
Na tenda a concentração de figurantes, atletas e caminheiros
                             
                                 
    Não faltou a  cesta com maças
A minha selfie à pressa junto da maça slogan a Maças de D.Maria...
                                            
Antes da partida  do trail na procura do meu marido parei na frente da tenda do speaker  e fui logo recambiada ...não pode estar ai...óbvio que ando há muito nestas lides e sabia bem que não podia ali estar, foi um segundo, mas, não gostei do tom, maduro, mas novato nestas lides...pecou por excesso de cautela!
                  
Partida do trail
                   
Cortesia do meu amigo Henrique Dias

Quelho que outrora foi importante de acesso a uma grande quinta da familia Pimentel Teixeira
Chão vestido de ouriços de castanhas
Fachada do solar  de uma grande quinta da família dos Pimentel Teixeira... 
O seu interior teve silhares azulejares.
A elegància da cantaria das janelas 
Portão ainda com grandes ferragens a reportar à idade média
Casa que seria de caseiros?
Caminhos  de madeireiros, com encostas de xisto, barro e lama... trilho percorrido, a descer a subir e em chão plano, desenrolou-se a caminhada rápida, em duas horas. 
Viaduto da A 13
Arribas a cair em vales profundos a lembrar a Madeira, a   desfile de milhares de eucaliptos alinhados a perder de vista ...a salpico de algum casario isolado.
Algumas cascatas nos costados
Riacho a caminho da Ribeira d'Alge
Comecei a ouvir barulho de água em pressa apressada, abaixo do costado, debalde mimosas e demais vegetação impossibilitou visualizar a ribeira lá no fundo, bem longe.
Ruína, seria um moinho de água? Teria levada?
Durante a noite caiu esta mimosa infestante...
Central de tratamento de esgotos, ao lado corre um riacho
O reforço devia ter sido no entroncamento desta estrada com a alcatroada, para estacionar a galera. acabámos por comer a dois km da meta...
Descida para a Ribeira d'Alge
Empreendimento quiça falido...
Ruina de moinho de água, com grande levada, que está fechada
O trilho passa entre a levada e a ribeira
Brutal a massa de água

A ribeira quase a transbordar para o trilho...

Havia 2 opções de trilho. Mais fácil e muito difícil, com 5 estrelas, o que escolhemos.
Andam a fazer passadiço, sob o leito esquerdo da Ribeira, sempre a subir com cotovelo para a esquerda onde puseram uma corda para ajudar na subida.
De fato o trilho era muito perigoso, por ser íngreme, e com chuva escorregadio para o abismo 

Na minha frente ia um pai com a filha de 8 anos, a miúda meteu os pés na lama no meio do trilho e começou a patinar, e o pai com ela. Não aconteceu nada porque do lado do abismo, na esquerda, já tinham posto pilares de madeira onde ele conseguiu aguentar- se com a miúda. Aí tive medo. Não havia alternativa, do lado direito era alto sem hipótese de colocar o pé para aderir, abri as pernas para assentar um pé mais firme e em balanço fui segurar-me no pilar do lado do abismo. Tremi. Mas, consegui. 

Eles bem avisaram, é o que faz a teimosia. Valeu a pena, foi magnifico, único, porque correu bem.
Quando cheguei ao cimo a terra direita, estava sem pinga de sangue, ainda a tremer...Nem  sei como se chama a aldeia, não havia sinalética.

Reforço dentro de uma galera de camião. O possível com chuva a bom chover.
Em terras de queijo é inadmissível apresentar queijo fatiado... 
Comi presunto. A marmelada fechada em quadriculas, era boa, como a banana.
A casa do alferes Curado
Reconstrução de uma casa antiga de xisto e ampliação de belo portal. 
Espetacular, debalde ninguém veio apanhar as uvas da latada, trouxe um cacho para a minha mãe. 
E, lhe soube muito bem.
A razão do investimento na requalificação excelente, sem terem vindo cortar as uvas...
Belo cacho em final d  outubro, e boas que eram.

De onde teria vindo o portal? E a pedra que lhe está encimada a jus de brasão?
Belo quiwisal ,  a terra é boa
Xisto em paredes escuras de barro vermelho
Bela macieira carregada de maças
Mina de água
                 
                                           
Quinta dos Cotrim, nome com origem em Ferreira do Zêzere
Hortênsias vermelhas
Requalificação em que foi mantida a traça antiga do esponjado, tradicional no Rego da Murta
à partida de onde veio um dos noivos para casar e aqui se fixar, quis manter a tradição dos pais.

Tinha 8 anos aqui vim na companhia da  minha mãe que veio trabalhar nos CTT de Maças de D. Maria. Mandou-me ir à Fonte do Pereiro, com a cantarinha de barro. Recordo o caminho debruado altos muros de pedra, esventrados por raízes de oliveiras e cerejeiras. Já as cerejas, escarlate, luzidias, mas tão altas que era impossível alcançar, só mesmo olhar... 
Cheguei á meta sem haver medalhas...
Notei falta de organização no almoço. 
Não haviam sanhas, paguei para a minha mãe 8 euros, que é caro, no trilho do neveiro em Castanheira de Pera, era 6 €, senti que entrou quem quis e comeu à balda… 
Má distribuição de mesas, uns comiam de pé e outros em cadeiras, como nós …
Dois porcos no espeto, fartura de bons salgados, fruta, arroz doce, bom pão, vinho e refrigerantes.
O caldo verde - cozeu a couve com a tampa da panela que deixou a couve enxabida , quando devia ficar verdinha, e o chouriço era industrial, muito cozido…
O certo é estar cruz em taças, e o cliente é que diz se quer ou não.

A minha mãe a comer as uvas que lhe trouxe
Arranjámos cadeiras com estacionamento ao lado de um casal da minha idade, que não conhecia, pese o marido Carlos Silva de Ferreira do Zêzere, ser meu colega reformado da CGD e meu amigo no Facebook
A inevitável conversa entre gente de bem.
Permitam-me que partilhe o diálogo que depois se estabeleceu no Facebook, espero que a Mirita, não se incomode

Belmira Silva Mirita
Descobri a pessoa que hoje falei, após a caminhada em Maçãs D. Maria.... As uvas que trouxe para a mãe e que bem que lhe souberam....pelo menos comeu-as com gosto

Verdade, o mundo é pequeno. A cumplicidade da conversa no atrevimento de perguntar o signo. 
Adorei conhece la. Afinal o marido já era meu amigo, porque temos outros amigos em comum.
Sem dúvida que a minha mãe adorou as uvas que lhe trouxe no bolso... 
Vinha muito satisfeita. 
E nós tomamos um bom banho quente que nos soube lindamente. 

Verdade....fiquei inquieta e fui descortinar mais...e descobri que esteve numa caminhada !!!!! com a Katia Salgueiro....pois então, para além de ser uma amiga de alguns anos, muito pelo facto de ser filha de um amigo que fez tropa, com meu marido....e tomarenses,(da zona do Prado)e eu tomarense e conhecendo-os desde sempre....é, a Katia, prima direita da minha nora Ana Salgueiro(enfermeira no Hospital de Tomar)...E a Katia está ligada à Fundação Maria Dias Ferreira, que tem publicado livros sobre Folclore e não só....aos quais, nós ao estarmos ligados à alguns anos ao folclore participámos nos mesmos....e acabámos por fazer amizade mais apertada e muito depois de descobrir que pertencia à família Salgueiro, um sendo pai e amigo do Carlos, e outro irmão deste meu ex-colega, ex-trabalhadores na Empresa, já extinta, Mendes Godinho.

Tenho muitas certezas de que "nada acontece por acaso" mesmo no que desvalorizamos.

Pois é, vim de coração cheio, mas cansada. Depois do banho acendi a lareira e dormitei... Ao publicar, não sei o que aconteceu, não assumiu as ultimas fotos da Fonte do Pereiro e da minha mãe a comer as uvas... Na altura do covid fiquei um ano em Ansião, porque a casa da minha filha em Lisboa, era pequena teve de comprar o andar  por baixo com cave, e entrou em obras para colocar uma escada a ligar 3 pisos, indo viver para a minha casa de Almada. 
Voltar à província volvidos 45 anos, não é fácil. 
Aderimos com facilidade a caminhadas. 
Por um lado para manter a energia e por outro para apreciar o terreno sobre coisas que eu gosto. 
Desde que me reformei enveredei pela investigação da história local. 
Acontece que a documentação de Ansião perdeu- se num incêndio em 1937. 
Assim, do que há, deduzo lacunas a medo, mas sem ele, o que ninguém antes aflorou exaltando opinião, porque conheço bem o terreno, junto memórias e tenho talento para coligir. 
Nesse pressuposto quis conhecer os concelhos limítrofes a Ansião. Que em verdade já conhecia desde criança, mas não a nível do terreno. Fui a Chãos, onde vive uma amiga de infância que não revia há 50 anos, pois emigrou. Foi onde conheci a Katia Salgueiro. Travo conversa anónima com muitos e na parte final da caminhada percebemos que tínhamos um amigo comum, a partir daí temos encetado juntos algumas caminhadas. Conheci o marido dela há uns 15 dias em Alvaiázere. Fazem um casal muito doce. Incentivei-a  para lutar por um emprego melhor no sentido de ganhar mais. Ela inspirou- me na minha inquietação sobre o passado de povos vindos do mar mediterrâneo, para a região. Por ainda guardar traços desses genes, como a minha agora amiga -, creio assim a poder chamar, revela o seu estar e olhar sedutor. Permita- me dizer as 3 temos genes desses povos. E há semelhanças no teor de inteligência e outros a descobrir. Por fim, concluir sim, o seu remate é assertivo. O acaso juntou nos e será fruticua amizade. Tenho um blog onde depois faço a crónica mais completa, a ideia é para um dia em casa ou no Lar reler e recordar, onde junto memórias, momentos e fotos. Onde a mencionarei. 
Ando sempre atarefada, porque ainda controlo a dinâmica de 3 casas. 
A par escrevo uma cronica mensal no jornal Serras de Ansião. 
Quando sai do Banco não conseguia escrever, habituada a mensagens, para ganhar caracteres e assim falar mais sobre os clientes. Acabei a carreira gerente de sucursal, só com o 5º ano, nem acreditavam... Mas, só acreditei no meu potencial com 37 anos. Até ali só valorizava os demais. 
Vou dormir, espero não ter cãibras... 

Temos de reforçar e alongar as nossas conversas e chegar a uma conclusão do porquê do nosso encontro.....e sobretudo, também sendo já parceira nas redes sociais, com o Carlos... Focada na Kátia...ela é um doce....gosto muito dela.... Bom descanso.... e se, por norma tiver cãibras.....utilize spray ELMETACIN.....é excelente, ainda hoje e lá em Maçãs, tive de colocar....aliás trago sempre comigo, pois tenho-as constantemente...

Muito obrigada pelo carinho. 
Não conhecia essa marca de spray, irei comprar. 
Em geral só me dão de noite, até comprei ampolas de magnesio, mas esquecio- me de as tomar... Admito que o nosso encontro casual foi a clamor dos genes, tem muita força, é o foco que temos de descobrir. 

Continue com essa "genica"...saúde.

Cara amiga Mirita - tão giro o diminutivo, melhor que o meu que na  família o trato é Bela, quando devia ter sido Isa. 
Fui gerada na estacão de correio que funcionou no Armazém das Cinco Vilas em Maças de D. Maria…
A estória com historias, que a minha mãe se referia. Era solteira, o meu pai ia de Ansião, vê- la de bicicleta. Gravida, teve vergonha e pediu transferência para a Madeira. 
O meu pai sem saber onde ela estava, pois foi colocada na Ponta do Sol, roubou dinheiro aos pais, fruto da padaria e da arte de pedreiro, era guardado entre as folhas de um dicionário . Foi para Lisboa e partiu de aeroplano, quando chegou à Madeira, não sabia a morada, vindo embora sem ver a sua amada...portanto já andei por muito lado depois de Maças de D. Maria. 
Obrigada pelo karinho. Retribuo saúde e boa onda, pois faz jus a uma bela estatua feminina abençoada de olhar penetrante, fulminante, avassalador, a dominar audiência. Amei sentir esse power!
A maça que roubei da macieira...

A minha mãe a comer a sandes



Viemos logo embora porque estávamos encharcados até às orelhas. 
Não dei o gosto às rifas da Al Baiaz, contava gastar uma nota...
Dada a intempérie, gostei bastante.
É sempre um enorme prazer rever Maçãs de D. Maria.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Maças de D. Maria , Alvaiázere, em dia de chuva...

Maçãs de D. Maria foi uma vila que pertenceu às Cinco Vilas, de todas, a par de Chao de Couce, rica com solares nobres.

Noite de intensa chuva e a manhã não se portou melhor. 

A minha mãe quis ir para matar saudades de Maçãs, onde fez a 4 classe com a sua irmã Regente escolar no Vale do Senhor.
Terreiro com vista para as serranias enevoadas...
No passado foi pena a negligencia de ter sido absorvido o adro a norte, daria um belo jardim...

Antigo armazem das cinco vilas da familia Gameiro em requalificação
                 
Fragmento do Pelourinho Manuelino ainda sem iniciativa para o mudar...
                    
Casa onde a minha mãe esteve hospedada com a irmã, já sem a escada lateral a norte...

                    
Visita ao mercado, com poucas bancas. Encontro com uma vendedeira de queijo, dos Loureiros.
O Luís Marques, de Chão de Couce, na venda de peixe. De alta silhueta vestido de avental branco, a lembrar rodagem cineasta . Tem carisma . 
Dei de caras com o Henrique Dias, o João Carlos Simões de Ansião e o Carlos, dos Poios, Sicó, vinha para vender maçã seca com canela... E velharias...Julgoq ue nem abriu a banca...

A arte funebre do velho cemiterio de 1855
A minha terceira vez em visita .Nunca me canso de contemplar a arte funebre em pedra.

Recinto limpo, com a maioria de  pedras muito partidas a merecer reparação e recolocação, como limpeza de lápides, tem de haver esmero no patrimonio, mesmo morto!
                             
                  
                   
                                         

Chovia a potes, molhei-me toda, sem chapeu...

O 70 aniversário do meu marido Luis Alberto

Aniversário de 70 primaveras do meu marido Luís Alberto e dos 4 anos dos nossos netos Amélia e Gaspar

Programada festa de aniversário do avô com os netos, debalde o meu genro adoeceu, passou a manhã no centro médico, a pender a decisão de não virem por estar muito combalido.
Ainda bem que não encomendei o leitão, nao fiz cozido, remediei-me do que havia na arca:javali, gambas e galinha. 
Cozida a galinha para fazer canja corada no forno. 
O repasto foi chanfana de javali e cozi o camarão para depois passar na frigideira.
Assei 2 quilos de batatinhas, e claro andamos uma semana a comer...
Broculos cozidos.

Fartei-me da tarte de chicharo.
Muito bom o pão de abóbora, delicioso com rolinhos de bacon no forno. 
Pão de Ló, pudim de ovos e bolos de aniversário, o de massa folhada com miolo de noz estava esplêndido.O outro era brigadeiro, também bom.
Ao jantar comemos gambas, uma das entradas,ben regadas com branco fresquissimo.
Já arrumei tudo.
Haja saúde e muitos anos de vida para ele e toda a familia.

O pão de abobora, maças raineta assadas e a tarte de chicharo

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