terça-feira, 30 de março de 2010

Do Olho de Boi à Quinta do Arialva

Descida de Almada Velha ao Olho de Boi para visitar a Quinta de Arialva  no enfiamento do Vale  Rocha Brilha onde está implantada a ponte.

Cais  no Tejo na frontaria da exploração industrial


Existe desde há algum tempo um projecto coletivo para revitalização de toda a zona ribeirinha do Ginjal à quinta do Arialva.
Insere-se na estratégia municipal de revitalização urbana e ambiental do núcleo histórico de Almada Velha no intuito de reforçar sinergias para chamar a atenção da população e comerciantes, e também dos estudantes que há muito privilegiam esta zona de lazer e fundamentalmente ao turismo.
Com o intuito de a todos incentivar a usufruir desta cidade e a desfrutar da sua herança histórica e cultural no reconhecimento das muitas potencialidades desta zona urbana e levá-los a fruir, com orgulho, deste grande espaço com tanto potencial turístico, quer pela localização geográfica, seja pela proximidade da capital ou pela envolvente ribeirinha, usando-a em proveito próprio na panóplia de ofertas: bares, restaurantes, pólos de âmbito cultural e fulcral paisagístico numa ambivalência de proximidade da cidade com o rio, toda a vida vetada numa vivência de “costas viradas”, culpa das arribas,falta de acessibilidades com prédios em degradação e total abandono.
A autarquia pretende assim garantir a integração do crescimento económico e do desenvolvimento social, com uma atitude dinâmica e estratégia de promoção das suas potencialidades com respeito pela natureza e equilíbrio ambiental. 
  • A quinta do Arialva antigo palácio com indústria de armazenamento de vinhos.
Assisti à sua completa deterioração ao longo do tempo, recordo os enormes tonéis de vinho em madeira a tocar o teto, inúmeras cubas quadradas, numeradas em cimento, ampulhetas em vidro usadas pelos enólogos, garrafas de vários formatos, rótulos, que faziam parte do engarrafamento vinícola.
Armazéns industriais junto ao Tejo com longos cais de apoio à transfega do precioso néctar. Hoje tudo ao abandono; escritórios, casas de apoio, jardins em socalcos na arriba, e até o palácio que foi há poucos anos incendiado,julga-se que os toxicodependentes que por lá se abrigavam se distraíram e tudo se consumiu em chamas num brutal incêndio,jazem paredes sem portas e janelas, restam chaminés elegantes a lembrar o fausto de outros tempos, ainda a cheirar a fogo. 
Da segunda vez  que visitei o espaço deparei-me com os armazéns destruídos, numa imensa amálgama de escombros dos telhados.

Rotulou vinhos com a marca "Arialva" e  "Benfica" com o símbolo da águia, trouxe alguns como recordação.



Bancos revestidos a azulejos

Espreito o mirante de fora do jardim sobre o rio e Lisboa como pano de fundo devoto ao abandono, de janelas e portas abertas, azulejos deslapidados, glicínias entrelaçadas com cachos de flores lilás a precisar de poda.

Mirante visto de dentro para fora e vice versa
















Frontaria do palacete e na frente outro jardim em patamares com escadinhas.Ao fundo encontra-se um grande bloco desprendido da falésia que entope a estrada de acesso do portal do Olho de Boi
Jardim que medeia o jardim do palácio
Restos da capela de orago a São João

Cozinha com restos dos alguidares  encastrados para fazer o pão onde ainda se via o forno
Sobrou o Lagar de varas em excelente estado de conservação mas a pedir imediata intervenção antes que seja tarde. 
Espera-se com satisfação que todos os espaços sejam revitalizados em turismo de habitação, aproveitando a componente arqueológica dos vestígios fenícios  detetados nas imediações do termo da quinta.O pior será mesmo consolidar as arribas.Aqui e ali muitos destroços caídos e pedregulhos de toneladas.
Sonho em deleitar-me com toda a zona revitalizada. Acredito ficar de arrasar, tal é a sua extensão e nichos de interesse tão facetados.
Finalmente Almada deixará de ter o estigma de estar de "costas virada para o rio".

Mais uma vez desci a falésia do Cristo Rei até à quinta de Arialva, passei no Ponto Final(restaurante) com muitos espanhóis deleitavam-se com a paisagem sublime, fui até ao Ginjal, refresquei-me com uma imperial, e rumei a pé até a casa, foi um circulo de caminhada e "pêras" com o rio ao nosso lado como companhia.
Encanto-me sempre que a faço.Porque será que me fascina assim tanto?
Uma beleza incomum, selvática,abandonada mas de rara beleza.Dá-me paz e muita tranquilidade.Aqui apesar da dor da ruína ainda se descobre o belo onde adoro sonhar!

Malhoa e o atelier em Figueiró dos Vinhos

Na minha simbólica amansia por me igualar na irreverência, do mesmo signo Touro...
Os relatores da sua bibliografia 
"José Vital Branco  Malhoa nasceu a 28 de abril de 1855 nas Caldas da Rainha, em garoto já cultivava a arte ladina dos rabiscos, pintando as paredes da Travessa de S Sebastião onde vivia. Os pais o destinavam a entalhador, mas o artista Leandro Braga influenciou a família a vocação plástica e foi aos 8 anos para Lisboa onde aos 12 frequentou a Academia de Belas Artes, sendo discípulo de Lupi, Prieto, Vítor Bastos, Anunciação e Simões d’Almeida. Obtendo no fim de quase todos os anos o 1º prémio, conclui o curso em 1875. Concorreu a bolseiro do Estado por duas vezes  sem ser eleito e por isso , uns dizem que partiu os pincéis e se fez à vida de caixeiro a vender chapéus e confecções para senhoras  numa loja da Rua Nova do Almada de um irmão. Ao almoço pintou em 1881, o quadro Seara Invadida - debalde não encontrei a tela!
Apresentou o quadro numa exposição em Madrid (1881), obtendo algum sucesso. Acusado por uma senhora que o vira em Madrid de não aproveitar o seu talento nem o mostrar em Portugal, abandonou a loja onde trabalhara três anos para se dedicar definitiva e exclusivamente à pintura.Para sobreviver pintou  o que lhe aparecia e em Lisboa foi muita coisa e gente endinheirada. Foi um dos fundadores do Grupo do Leão, o grande quadro que está patente no Museu do Chiado. Se até então as paisagens que pintava, de gosto romântico e cores escuras, eram marcadas pelos ensinamentos de Anunciação, os quadros de ar livre dos anos 80, mais luminosos e de colorido mais intenso, demonstram que se abria à estética de Barbizon – introduzida em Portugal por Silva Porto – apesar de nunca lá ter estado.
Escolheu entre outras terras Figueiró dos Vinhos para viver 50 anos entre temporadas na primavera e  verão  e o resto do ano em Lisboa onde terminou muitas telas.

A sua casa em  Lisboa, ao Saldanha, hoje Casa Museu Anastácio Gonçalves
A vidraça o seu atelier. Já conheci o Museu.
A pintura de Malhoa prima pela policromia com apelo intenso ao negro, a cor habitual na altura. Imprimiu em algumas telas uma certa crueza à tradição romântica de que fora herdeiro ao primar pelo buliço da natureza e do quotidiano do povo e crianças do campo, ao impregnar de sentimentalismo cristão e de um pitoresco paganismo entre retratos de meninos ingénuos, de gente abastada ainda com títulos de nobreza, e rostos massacrados de pobreza e trabalho na fiandeira, papas, fogueteiro, o S Martinho ou os Bêbados, em Lisboa e o Fado e explodiu em cor do Minho as paisagens  e tradições de Viana do Castelo, como viu o mar  em doce recato ao amor na Praia das Maças. Malhoa retratou como ninguém o naturalismo português. A sua palete em policromia viva de cores fortes - amarelo e laranja e também o negro da tristeza, da dor, da pobreza, da saudade!
Debalde não conheço telas com os acordeonistas da região, casamentos, o dia da espiga, a Ribeira d'Alge, as trutas em Campelo, mas deve haver ou não?

Em 1918,  pinta numa quinta de Figueiró as cores de Outono com uma sensibilidade já impressionista , faz  lembrar  a folhagem de amarelos e castanhos de um souto de castanheiros franceses.
O prestígio atingido ainda em vida valeu a José Malhoa numerosas consagrações e .homenagens, assim como muitos discípulos e seguidores. Veio a falecer aos 78 anos, em Figueiró dos Vinhos em  26 de outubro de 1933. Ainda em vida avançou o projecto de um museu com o seu nome nas Caldas da Rainha, a sua terra,  seria inaugurado seis meses após a sua morte. 
O único pintor português do meu manancial de infância. Os meus pais falavam do seu  casulo em Figueiró dos Vinhos, concelho limítrofe de Ansião e das férias em setembro na Quinta de Cima, dos primórdios da nacionalidade, embora hoje descaraterizada, mantêm no entanto a simplicidade ao semblante ténue e delicado sobranceira ao costado do souto de castanheiros e da nascente de boa água. Malhoa teve o  seu quarto, na torre altaneira do outão.

Do livro "Crónicas dum Tempo"
Cena rocambolesca de um jantar  e da pele de leitão na Quinta de Cima em Chão de Couce
Será que  pintou esta paisagem da Quinta de Cima com o seu quarto e a emblemática palmeira?
O Dr. Egas Moniz conseguiu, com mestria, descrever o que estava por detrás de cada trabalho, e falar, deste modo, sobre a região que lhe era tão familiar.“Naquela loja os dois compadres observam o Azeite novo. Como êle sai da caneca! Que transparência! Rescende ao aroma da azeitona. Sim, senhor, vale o da Quinta de Cima!”
O Casulo de Malhoa de Barata Moura 1951
Museu José Malhoa nas Caldas da Rainha
Figueiró dos Vinhos começou por se chamar Figueiral, pela abundância de figueiras apelidada nos finais do século XIX - Sintra do norte pela frescura de aveleiras, laranjeiras, limoeiros, limas , videiras e águas no brutal contraste depois do planalto quase desértico de oliveiras raquiticas a mediar o termo de Ansião ao Camporês a beijar a Ribeira d'Alge de íngremes costados verdejantes das suas serranias inspiradoras... Terra que foi escolha de pintores naturistas  além de Mestre Malhoa , Henrique Pinto de Cacilhas - muitas telas a evocar as gentes daqui e suas tradições e ainda os escultores Simões de Almeida, Tio e Sobrinho.

Casulo de Malhoa em Figueiró dos Vinhos
Malhoa mandou construir um corpo mais pequeno térreo em 1893,depois foi acrescentado em graciosidade ao jus de chalet de bonecas....Após a sua morte sem deixar descendência as pessoas  nada ou pouco percebiam de arte, roubaram quase tudo, ficaram os azulejos Bordalo Pinheiro da fachada, e a cimalha da sala de madeira pintada com flores vitorianas (pétalas em tons rosa pálido) a imitar as frondosas camélias do jardim Bissaya Barreto, e ainda  esculpiu magnificamente em madeira um lambril na sala alto cujo pormenor do traço  intenso a imitar couro, os pais o tinham destinado a entalhador, como tão cedo lhe distinguira esse talento, eram atentos. No pequeno jardim resiste a pérgula e o tanque de água em pedra uma tradição nestas terras beirãs. Felizmente a câmara a tempo preservou o que foi possível para não se perder o que não acontece noutros concelhos, por isso se lamenta a falta de sensibilidade sobre o património edificado, sem ser dignificado como bem o merece culturalmente no capítulo da história de cada terra, herança e legado que se devia deixar escrita e preservada para os vindouros.
Busto a Malhoa em Figueiró dos Vinhos
Casulo de Figueiró dos Vinhos
 Na fachada azulejos Bordalo Pinheiro
 A pérgula a desafiar as serranais e os bons ares
Beatriz Lacerda
A discípula de Malhoa  pintada no estúdio de Lisboa ou Figueiró dos Vinhos, parece mais este, o de Lisboa tinha uma grande vidraça e existe uma foto onde Malhoa foi fotografado e está revestido de quadros e ainda  aqui a luz  vem de janela pequena

Quadro Artista  de 1894
                         
Retrato da minha Mulher 1914 - Museu Nacional de Arte Contemporânea no Chiado
O Mestre Malhoa depois de viúvo viveu com a mãe da Beatriz Costa, a atriz, na altura adolescente, porque a mãe costureira , frequentava a casa de Lisboa  

Excerto de Rui Batista  das Cinco Vilas " (...) Nasceu Beatriz da Conceição, no lugar da Charneca, perto de Mafra, a 14 Dezembro 1907. Os pais separaram-se tinha ela 4 anos. Assim, cerca de 1912, vem com a mãe para Lisboa. Conta ela que a mãe arranja trabalho como costureira, presume-se que entre outras casas, na de Malhoa. Ainda a crer no que nos diz, Malhoa pinta-lhe o retrato, e ela e a mãe terão chegado a passar uma temporada em Figueiró. (Pela lógica, tudo isto se terá passado entre os anos de 1912 e 1913). Logo depois (e aqui a própria Beatriz Costa nos dá versões contraditórias – ou por conhecimento em Figueiró, ou por encontro no Casão Militar para onde a mãe terá ido depois trabalhar) a mãe arranja novo marido. Ao que parece, o padrasto era originário das bandas do Casal de S. Simão e militar em Tomar. «Eu fui criada em Tomar dos cinco aos doze anos, que ele era militar e era do 15 de Tomar» - dirá. (Isto supõe os anos de 1913 a 1920). Por volta de 1920/21, «ao termo de seis anos de vida provinciana, meu padrasto obtinha transferência para o segundo batalhão de infantaria 16...», a família volta a Lisboa. Em 1923, tinha ela 15 anos, estreia-se como corista em «Chá e Torradas». Em 1924 integra a companhia do Teatro Avenida. Em 1927/28, na revista «Sete e Meio», usa pela primeira vez a característica franja. Em 1930 estreia-se no cinema, em «Lisboa, Crónica Anedótica». E em 1933 é a estrela de «A Canção de Lisboa»."

O modelo inspirador do retábulo da Igreja de Chão de Couce
Por volta de 1930 o Mestre Malhoa não encontrava o rosto inspirador que tanto procurava para o retábulo da Igreja de Chão de Couce - obra que tinha em mãos. Naquele contesto de procura, quase desesperado, ainda houve uma que se negou dizendo-lhe " como se ajoelharia na sua frente " até encontrar uma amiga da Beatriz Costa, menina com 18 anos de rosto angélico, que o encantou naquele instante. 

A modelo para a Nossa Senhora da Consolação, foi Maria Augusta Mesquita
A musa inspiradora faleceu há coisa de 2 anos Foi uma linda mulher de candura e olhar doce, em azul que a minha filha ainda conheceu no Lar no Avelar e falava do orgulho se ter sido a musa inspiradora do Mestre. 

A notícia em jornal
Retábulo a Nossa Senhora da Consolação
A atual Igreja  de Chão de Couce deve-se ao Padre Manuel Mendes Gaspar, conseguiu agregar a esse projecto toda a comunidade paroquial, tendo sido o novo templo inaugurado, segundo a imprensa da época, no dia 23 de Novembro de 1930. No dia 10 de Setembro de 1933, a Festa com uma imponência e participação popular absolutamente únicas para a inauguração do retábulo de Malhoa ficou, para sempre, no coração do povo a sua doação para a posterioridade a Chão de Couce e  ainda os  azulejos.
A  sua última obra morreu em 26 de outubro desse ano.
Gazeta das Caldas, nº501. 22 Set. 1935...Umas flores da Quinta de Cima
Malhoa e o painel das Almas no Bairrão em Figueiró dos Vinhos 
Relato do escritor Júlio Dantas no seu livro Abelhas Doiradas, de  1920  da conversa travada com o Mestre pintor Malhoa e o irmão do Regedor de Bairrão. 
Transcrição do Padre Manuel Ventura Pinho que partilhou e aqui transcrevo, por a achar deliciosa.:
«Uma bela manhã, em Figueiró dos Vinhos, estava Malhoa, com as senhoras, em volta da mesa do almoço, quando a criada anunciou o irmão do regedor de Bairrão, que insistia em falar ao artista. Mandaram-no entrar. Era um homem de quarenta anos, cara de Páscoa, tisnado do sol, jaleca de Saragoça, polaina, varapau, um barrete vermelho de campino a rolar nas mãos felpudas:
- Ora com sua licença!
O mestre perguntou-lhe o que queria. O homem coçou na cabeça, engoliu em seco, olhou em volta as senhoras, gaguejou, riu e acabou por dizer:
- Vocemecê é que é o Senhor Pintor Malhoa?
- Sim senhor. Que é que você quer?
- Queria saber quanto vocemecê leva por pintar umas alminhas do Purgatório para a esmoleira de estrada.
E, lanzudo, desconfiado, hesitante, a face curtida a arrepelar-se num tique nervoso, o zambujo ferrado de estaca no sovaco, contou que fizera aquela promessa às almas se não lhe morressem dois bois que andavam doentes. O barbeiro da terra tinha-lhe pintado um painel por oito tostões – um ror de dinheiro ! - mas não estava obra acabada. Fora então que o irmão do regedor se lembrara de encomendar a obra ao Senhor Malhoa, que, por muito mal que a fizesse – dizia ele – sempre a havia de fazer melhor. O artista ouviu, acabou de enrolar o cigarro, e, perante o assombro de sua esposa, disse ao homem que aceitava a encomenda e que viesse dali a oito dias buscá-la.
- E quanto é que custa?
- Isso, nós veremos depois.
Passada uma semana, o homem lá veio, calça nova e pescoceira branca domingueira, bateu à porta, entrou, estacou de boca aberta diante de um painel das almas que era uma maravilha, (Malhoa pintara-o com todo o seu talento, sem lhe tirar o sabor da ingénua imaginária popular) e, coçando com ambas as mãos a cabeça chamorra, destampou, aflito:
- Valha-me o Senhor Santo Cristo, que isto vai para mais de oito tostões!
O artista tranquilizou-o. Não era nada. Ofereciam ambos aquele presente às almas do Purgatório. O pobre homem, com o suor do júbilo a empastar-lhe os cabelos da testa, riu, chorou, dançou, travou do painel, embrulhou-o na manta que trazia, e à saída, abraçando respeitosamente o pintor, disse-lhe a meia-voz, para as senhoras não ouvirem, estas palavras que eram a expressão suprema da sua gratidão:
- Ó Senhor Malhoa, venha daí beber um copo de vinho!
E aqui têm como, na pobre estrada de Bairrão, à poeira e ao sol, se está perdendo um retábulo que é a obra carinhosa de um dos príncipes da pintura portuguesa contemporânea.»

Por não existir no local onde foi colocada supõe-se tenha sido roubada quando alguém se apercebeu do valor das obras de Malhoa...

Meninos da Beira 1891 
(Figueiró) sem se saber de que famílias
A Olinda do Lagar
Gritando ao rebanho 1891 - Museu Malhoa

O  rosto  cansado e profundo lembra-me gente de S Simão...
 Os oleiros 1896 Companhia de Seguros Cosec
Citar excertros de http://provocando-umateima.blogspot.com/2012/12/malhoa-e-os-salons-de-paris-ii.html
«Bartholomeu Sesinando escreveu a propósito da 7ª Exposição do Grémio Artístico de 1897
(…) Malhôa, entrando resolutamente no Salon este anno, não receiou vizinhança que o prejudicasse e os seus Potiers chamaram a attenção sobre o seu nome, triumpho tanto mais lisongeiro e honroso para nós quanto elle é um verdadeiro e genuíno pintor portuguez. Não cursou as escolas, nem frequentou os ateliers extrangeiros, foi sempre o nosso bello sol que dourou a sua paleta, os nossos typos que elle estudou, e ao seu esforço perseverante, á sua vontade energica deve o que tem conseguido.Offerece-nos a exposição do Grémio Artístico, n’uma téla pequena – Os oleiros – a reducção do quadro que enviou ao Salon dos Campos Elysios, em que, até hoje nunca reclamara entrada, e onde o acolhimento feito pela critica a este extrangeiro que se apresenta sem mais recommendação que o seu próprio valor, é bastante agradável para o artista e para o nosso orgulho nacional. Rocheblanc, na Independence Belge de 24 d’abril cita o quadro de Malhôa com as seguintes lisongeiras palavras: Non moins verveux, mais beaucoup plus fondu de pâte et harmonieux d’accent, est le morceau des – Potiers – de Mr. Malhôa, de Lisbonne. L’autorité, la puissance, respirent en cette page, qui semble écrite dans un coup d’improvisation, tant elle est décidée, et qui n’en a pas moins toute la saveur e la force douce d’un Velasquez.
A conhecida revista franceza L’Illustration, que annualmente publica um numero especial, consagrado ao Salon, em que reproduz pela gravura alguns quadros, escolhidos entre os mais interessantes dos milhares que n’elle se expõem, colloca n’essa escolha o quadro de Malhôa, que Alfredo de Lostalot fazendo a critica geral da exposição apresenta como um savoureux morceau de peinture. 

A outra versão mais pequena  de Os oleiros
Excerto provocando-umateima.blogspot.com (...) Em 5 de Maio desse ano de 1897, Malhoa regista «Venda do quadro “Os oleiros” ao Conde de Proença a Velha - 300$000» pelo preço constante no catálogo. Como é evidente, refere-se à versão pequena, a «reduccção», o “estudo”o quadro que chegou até nós, o conhecido, com 59x78, o datado de 1896. O outro maior  «da COSEC», o que esteve unicamente presente na 7ª do Grémio e pronto!
Que o outro, o que foi a Paris ao Salon de 1897, o grande, com 130x165, o que irá estar presente na 8ª Exposição do Grémio  no ano seguinte, o que voltará ainda a Paris para a Exposição Universal de 1900 – onde receberá uma Medalha de Oiro. Perdeu-se com o Saint-André e dele resta sómente a imagem fotográfica. Mais tarde, no verão de 1898, já depois da 8ª do Grémio, Malhoa registará a «Venda dos “Oleiros” e “Padeiras” ao Bravo – 500$000» (fez desconto, que no catálogo desse ano estavam por 500$000 e 250$000, respectivamente). E, ainda mais tarde, em 8 de Abril de 1901, quando recebe o valor do seguro pelo naufrágio do Saint-André, confirma-o «…”Os Oleiros” pertencentes ao Bravo, valor um conto de reis…»

Há inúmeras referências, artigos e textos que, por engano ou desconhecimento, contrariam estes factos – em 1983, em 2003 e por aí fora… e outras, mais recentes, que tentam emendar a mão e ainda se atrapalham .Mas os factos são os factos e não há mais nada a dizer.

Resumindo, Os oleiros, 1896, a versão que chegou até nós, 59x78, esteve unicamente presente na 7ª Exposição do Grémio, 1897
Foto provocando-umateima.blogspot.comApontamento para Oleiros de Malhoa 15x23
Retrato de D Teresa Leal 1896 no Museu de José Malhoa, nas Caldas da Raínha
Excerto provocando-umateima.blogspot.com «Pintei n’este ano em Figueiró, o quadro “a córar a roupa” que vai figurar na exposição de Paris, e “Uma desgraça” (a morte do porco). | Pintei igualmente nos mezes de Novº e Dezembro o retrato da Condessa de Mossamedes, que muito tem agradado, e que eu conscienciosamente julgo sêr o unico que pode igualar em merecimento o retrato de Madª Leal, que expus com tanto exito no “Salon” de 1897 junto com “Os Oleiros” e que tanto enthusiasmou foi celebrado pela imprensa Parisiense. Isto devido única e exclusivamente a modello têr a devida compreensão e pouzar-me bem. | José Malhôa | 31 Dezembro 1899.»
Matriznet
O Ventura 1933 - Museu Malhoa
Por certo era de Chão de Couce?
Uma ruela em Figueiró dos Vinhos 1912  - Coleção particular
Interessante a cor azul das barras a lembrar gregos e a cor do mar longínquo...
Quelha em xisto em Figueiró dos Vinhos 1912 - Coleção particular
Paisagem de Figueiró dos Vinhos 1908  - Museu Dr Anastácio Gonçalves
Paisagem de Figueiró dos Vinhos 1915 - Coleção particular
Igreja de Figueiró 1911 - Coleção particular
Igreja de Figueiró 1921 - Coleção particular
Ficheiro:Igreja de Figueiró, 1921 (Figueiró dos Vinhos, Portugal ...
Convento  masculino dos Carmelitas Descalços em Figueiró dos Vinhos 1908 - Coleção particular

Pereira em Flor  em Figueiró dos Vinhos 1910  - Coleção particular 
Recuperação em 2000  foto de António José Silva Caetano
Criança na canastra?
O monte lembra os manos Germanelo no Rabaçal
Será algures por Figueiró pela cesta e a canastra  ainda típicas nestas terras de Figueiró e Castanheira


Batizado na aldeia
Paisagem de camponesa de Figueiró dos Vinhos 1906  - Museu Histórico Nacional
Sétimo Mandamento 1905 Figueiró dos Vinhos
A Camponesa de Figueiró de 1929

Ai, credo 1923 - Coleção particular 
Embraçar cebolas 1896 - Coleção particular 
A descamisada  em Figueiró dos Vinhos 1903  Coleção particular
A Sesta 1909  Museu Nacional de Belas-Artes no Rio de Janeiro
A cesta feita em cana é artesanato ainda hoje típico destas terras de serranias, como a bacia de faiança de onde picavam o aferventado , um uso em desuso.

Excerto provocando-umateima.blogspot.com
«(...) Ao longe, o convento do Carmo compõe a paisagem e diz-nos que estamos em Figueiró.
Mais perto, na orla e à sombra do pinhal do Serra, acabado o jantar [o almoço, diríamos hoje] partilhado em comum do alguidar de loiça coimbrã, dessedentados pela fresca água da mina na cântara de barro vidrado, dois trolhas gozam a merecida sesta – um de borco, outro de papo pró ar. Enquanto estes dormem, o Zé Inácio, mãos calejadas e corpo cansado, ainda cisma e matuta. 
Não como «o bronco e esmagado trabalhador dos campos, a passiva e resignada criatura que parece ter pedido ao boi, seu companheiro de trabalho, a sua passividade e resignação» - no dizer diletante do crítico de O Século em 20 Abr.1902 – mas, bem ao contrário, como o mestre pedreiro interessado no bom desempenho e condução da obra, que discorre na melhor maneira de resolver a pedra e cal o que mostra aquele boneco, em seu entender mal amanhado [já se sabe], que o arquitecto por ali deixou sem mais indicações [o costume, é evidente].
Ao lado do Zé Inácio, repousa ainda um grosseiro chapéu de junco – forte e feio, dos que aguentam a padiola de transportar pedras e massas que qualquer pedreiro tem de carregar [não se trata, portanto e como parece claro, de um usual e leve chapéu de palha camponês…].
Foi isto que Malhoa pintou. Entre 1898 e 1901, durante uma trintena de sessões. Um belo Retrato do José Ignacio Pereira e seus camaradas.
Ou, se preferirem, uma versão avant la lettre de «O almoço [ou jantar] do[s] trolha[s]». [Saudações, Mestre Júlio

Excerto provocando-umateima.blogspot.com
« (...) Em duas cartas a José Relvas, datadas de Figueiró, de 8 Ago. e 13 Set.1901, Malhoa descreve o que anda a pintar e o muito trabalho e tempo despendido, porque «a pintura tem que ser muito feita, sem o parecer» - refere; e especifica - «Desde que aqui me encontro, tenho feito
(…) a sesta: quadrinho de 30 por 40, com 28 sessões, ainda não concluído…».
Concluída «A sesta», esta só seria mostrada na Primavera seguinte, na 2ª SNBA (1902). 
E vendida na «Exposição de Arte Portuguesa» organizada no Rio no Verão daquele mesmo ano – foi então adquirida, tal como uma dezena de outras obras portuguesas, para a colecção da Escola Nacional de Belas Artes brasileira.
(...) Ora, apesar de tudo isto, de ainda andar de volta do quadrinho em 1901, de apenas o mostrar e só o vender em 1902, Malhoa fez questão de, junto à sua assinatura, firmar como data «1898» [o que, ainda hoje, causa engulhos e asnáticas datações].
Malhoa firma «1898» porque, muito provavelmente, fora essa a data da tomada do natural, a do registo da cena que depois, com tempo, diligentemente burilou, foi a data que Malhoa quis deixar recordada - a do começo das obras «do augmento do “Casulo”».

Vejamos então «A sesta», 1898, com um outro olhar

Retrato de Quaresma de Oliveira 1897

Excerto provocando-umateima.blogspot.com
«Manoel nasceu em Figueiró dos Vinhos, a 26 de Agosto de 1860, de Manoel Quaresma Valle do Rio e Vicencia Clara da Conceição, então moradores da Vila. Pelo baptismo, realizado logo a 9 de Setembro, na igreja paroquial de S. João Baptista, teve como padrinhos um importante negociante da cidade do Porto, Alexandre Casimiro de Vasconcellos, e sua mulher, Dona Filomena Maria d’Oliveira Vasconcellos. Ambos por procuração: passada a dele em Lamego, onde estaria ausente em negócios, e a dela no Porto.Manuel Quaresma d’Oliveira irá, pela vida fora, adoptar os sobrenomes dos dois avôs: ao do paterno, José Quaresma casado com Maria Josefa, junta o do materno, Manoel Caetano d’Oliveira casado com Joaquina Bernarda. Deixa cair, assim, o toponímico de origem que fora acrescentado na geração anterior por seu pai Manoel e seu tio José .»

O apelido D'Oliveira, gente nobre do Porto  foreiros de prazos na zona de Avelar que pertencia a  Figueiró dos Vinhos, aforadas  ao Mosteiro de Celas .


Feira de Figueiró dos Vinhos 1898
As padeiras com o pão em grandes canastras , os porcos pretos,  no meu tempo eram ruivos

Egas Moniz conseguiu, com mestria, descrever o que estava por detrás de cada trabalho, e falar, deste modo, sobre a região que lhe era tão familiar.Dizia a propósito do quadro as Padeiras de Figueiró, que “As padeirinhas descuidaram-se. A estas horas a deitar ao forno! Já estão endomingadas. É, por certo, a fornada do arraial.A ninhada dos pintos vai-se regalando com os sobejos. Que rico trigo vai sair!
O homem do burro
Casa dos Affonsos em Figueiró dos Vinhos
tradição dos piais na lateral das janelas  com as sardinheiras...
As papas 1898
O quadro representa uma camponesa idosa, desdentada, a comer ou a mexer, com uma colher de pau, um prato de papas de milho, também chamadas papas de carolo. Alimento de gente sem dentes.
O fogueteiro
  
Fado no Museu do Fado
Na Quinta de Cima em Chão de Couce existia um quadro mais  pequeno do Fado à laia dos Oleiros e de outros, que Malhoa fez dois- um grande e outro em pequeno
O S. Martinho ou os bêbados
Egas Moniz conseguiu, com mestria, descrever o que estava por detrás de cada trabalho, e falar, deste modo, sobre a região que lhe era tão familiar.
Os Bêbados “Estão fantasticamente bêbados. É a apoteose do vinho português, do palhete trepador das terras de Figueiró!” … 
Outono 1918 pintura impressionista pintura na quinta da Fontinha em Figueiró dos Vinhos
O rapaz do tambor
Grávida...na dor em dar a notícia, pela pobreza, mais uma boca para alimentar...
O Barbeiro da aldeia
Cortesia do guardador de quadros Malhoa numa das antigas Cinco Vilas de Chão de Couce o Retrato de Malhoa com dedicatória à família Alberto Rego na tela o estudo do quadro o Emigrante
O Emigrante 1934- Coleção particular
Regresso do campo 1897
Cuidados do Amor 1905 - Coleção Novo Banco
Foi emprestado pelo banco ao museu de Figueiró dos Vinhos. Pelo que pode ser la visto, por uns anos.
1918 o uso do pau, para defesa e levar o talego com os pertences, não sei o nome dado ao quadro

Primavera 1933 - Museu Malhoa
Paisagem fluvial será na Foz da Ribeira D'Alge?
Paisagem rural 
Contraste do vermelho dos barretes dos teares artesanais das fabricas em Pêra e Avelar
Coleção BCP
Excerto provocando-umateima.blogspot.com
"(...) Quadros encomendados pelo Comendador Seabra , pessoa abastada da região de Aveiro, que os levou para o Brasil para o seu palacete. Em meados dos anos 80, o palacete foi demolido tendo sido adquiridos pelo antiquário Jaime Afra ao Príncipe Real, que os vendeu para a coleção do antigo Banco BCP, atual Millenium"
A Caminho da Romaria  no Minho
As vindimas no Minho 
Volta da Romaria  1901 
A chegada do Zé P'reiras à Romaria
O quadro pertenceu a José Relvas 

A horta 1924
O couval galego para o aferventado
Clara  1918 - Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Pátio de Figueiró dos Vinhos 1922 - Coleção particular
Varanda Florida 1930 -  Coleção particular
As promessas 1920 - Museu de Malhoa Caldas da Rainha
Lendo o Jornal - Museu José Malhoa
Rainha D Leonor  1926 - Museu Malhoa
Conversa com o vizinho 1932 -, Museu Malhoa
Milho ao sol 1927 -  Museu Grão Vasco
O latoeiro
Varanda dos Rouxinóis 1914 - Coleção particular
A Caça   em Figueiró dos Vinhos 1931 - Coleção particular
Fiandeira 1904
Retrato 1917
 A sombra do parreira  -  Museu Grão Vasco
As barracas na Praia das Maças  1919 - Coleção particular
Praia das Maças 1918, varanda do grego  - Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Praia das Maças 1929 - Coleção particular
A notícia
Corar a roupa 1905

Cócegas 1904 -  Museu Nacional de Belas Artes Brasil

Gozando os rendimentos 1893 - Museu Nacional de Belas Artes Brasil
Retrato do Juiz timorense Adalberto Soares do Amaral Pereira, 1920
Museu Nacional de Arte Contemporânea no Chiado
Retrato do Dr Egas Moniz pintado por Malhoa
Foto Matriznet
Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea
N.º de Inventário:
51
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
O último interrogatório do Marquês de Pombal
Autor:
Datação:
1891 d.C.
Matéria:
Óleo
Suporte:
Tela
Técnica:
Pintura a óleo.
Dimensões (cm):
altura: 333; largura: 505;
Descrição:
Pintura de História. Num salão escuro do seu palácio em Pombal, decorado com velhas estantes e um longo reposteiro por trás, o antigo ministro Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), Marquês de Pombal, octogenário e abatido pela doença, submete-se ao último interrogatório (Janeiro de 1780) sobre os abusos de poder durante o reinado de D. José, no âmbito da sindicância movida pela rainha D. Maria I. No centro da composição, iluminado, sobre um luxuoso tapete avermelhado, vê-se o velho marquês sentado num cadeirão de madeira trabalhada, virado para a esquerda, ricamente vestido e com uma cabeleira branca, movendo-se com dificuldade, inclinando-se para a frente e esboçando um gesto frágil com a mão direita, pedindo finalmente perdão à rainha, frente a dois juízes nomeados pelo governo que estão atrás de uma secretária de madeira trabalhada, à esquerda, um sentado, o outro em pé, vendo-se a seu lado o redactor da sessão escrevendo com uma pena. Junto do cadeirão, de joelhos, vêem-se as duas jovens filhas do réu agarradas ao pai, uma de costas com um longo vestido branco, e outra à direita do marquês, de vestido azul, olhando desesperadamente para os juízes. Atrás do cadeirão, de pé, assoma o vulto da esposa do velho marquês, vestida de preto e com um lenço na mão esquerda, encostando a cara ao cadeirão, a chorar.
Incorporação:
Transferência - Museu Nacional de Arte Antiga
Oferecido à Academia Real de Belas Artes de Lisboa por quatro discípulas do autor, Condessa de Alto Mearim, D. Emília Romana Vasconcellos Gonçalves, D. Sarah de Vasconcellos Gonçalves e D. Adelaide Vasconcellos Barahona Gonçalves.
Os donos da Quinta de Cima em Chão de Couce
No tempo que Malhoa passava férias em setembro. Vendidos em leilão no Palácio do Correio Velho.Já passaram em várias mãos, desde 2019 estão na posse de um conterrâneo de uma das antigas Cinco Vilas de Chão de Couce.
Dr Alberto Rego  
        
D Elvira Rego 1817
            
Retrato de Senhora 1890 na mão do mesmo colecionador
Nesta data  Malhoa escolheu Figueiró dos Vinhos para o seu casulo e pintar  retratos e a vida do dia a dia e suas tradições  quando vinha de Lisboa parava em Alpiarça na casa dos Patudos de  José Relvas,seu amigo que pintou . Seria a senhora da sua família de Condeixa dos Colaços ou de outra nobreza do centro, alguém a reconhece?

 Retrato de D Maria Isabel da Costa São Romão 1890
Retrato de D Adelaide Prado Ribeiro 1900
Da família dos Condes de Figueiró dos Vinhos
Condessa de Proença a Velha
Maria de Melo Furtado Caldeira Giraldes de Bourbon
Egas Moniz conseguiu, com mestria, descrever o que estava por detrás de cada trabalho, e falar, deste modo, sobre a região que lhe era tão familiar.
Nem o pão de ló do sr. Vasconcelos!

Por onde andarão a pequena versão Fado - A Seara Invadida - Desalento - Paleio-Narração da Batalha da Asseiceira - Amanhã os Arranjarei- O velho rifão popular -Dar de Beber a quem tem Sede -Carriço - A Rega dos Alfobres -Saboreando -Só na Aldeia 1911 -O Remédio - Só na Aldeia -Basta meu Pai -Partida de Vasco da Gama para a Índia- Viático ao Termo  e,...

Fontes
Cortesia de um bom amigo das antigas Cinco Vilas com a partilha da sua coleção
http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/25deAbril/N34/N34_master/25deAbril_N34_Fev1979.pdf
Fotos do Google
http://bloguedelisboa.blogs.sapo.pt
https://www.google.pt/search?q=coleção+de+obras+de+mestre+malhoa
Facebook cinco vilas, Rui Batista

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