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terça-feira, 23 de abril de 2013

Almada no Bairro do Pombal e Rua das Terras dos Cortes Reais


O Bairro  do Pombal foi construido nos anos 40 do séc. XX, para o proletariado, numa parte da Quinta do Pombal de Baixo, englobando o solar de uma das amantes do Marquês de Pombal. Reza a história que ele aqui se deslocava para a visitar . Tinha  ao limite sul a propriedade, um grande portão em ferro forjado para a Cova da Piedade que dizem estar guardado nos Capuchos (?). 
Daqui saiu a escultura em pedra Nepturno que se encontra na Quinta da Cerca, na frontaria da casa com vista para o Tejo e Lisboa, também o painel de madeira pintado que se encontra no teto da capela da mesma quinta. O que revela que em termos de heranças, os bens transitam desde sempre de umas casas para outras.Antes assim do que se perderem para sempre e até saírem para o estrangeiro.
Vista do solar e do recinto onde se encontra a mina d'água
 
Os cavalos saciavam a sede no grande tanque , julgo tinha por cima um brasão que foi retirado, ficou o buraco, em tempos vi alguns no chão algures junto ao Tejo há espera de melhor oportunidade.,

A água vem de uma mina cuja abertura em estilo gótico tem uma cruz muito interessante  que  já vi num prato em faiança ! era a Cuz de Malta?
Mina d'água da Quinta do Pombal de Cima e de Baixo
Cruz feita aos gomos
 onde está a avenca seca esteve o brasão, até se nota a aureola  oval em branco que o contornava
  • As casinhas do Bairro do Pombal foram na maioria compradas por marinheiros ou outros com ordenado bastante para suportar a capacidade de endividamento exigida.Os meus sogros tentaram, os ordenados  deles não comportavam.
Uma das muitas caraterísticas do Bairro são o nome das ruas de terras além mar conquistadas, hoje perdidas, resta a sua  lembrança. 
Outra, são as pedras no remate das casas. Telhados inclinados.Janelas pequenas.Chaminés grandes .
Pinturas a ocre e azul a lembrar o Alentejo.Gradeamentos dos jardins. Ruas estreitas sem estacionamento, os carros entopem os passeios, no pior temos de caminhar pela estrada.
Vivendas geminadas, outras autónomas, com gente muito idosa. Há medida que vão morrendo as casas tem sido vendidas caríssimas, tão pequeninas,  que os novos vizinhos remodelam e ocupam!
Não falta a igreja , escola primária, creche, jardim  público, blocos de prédios económicos e um Lar.
  • Hoje pela tardinha fui dar uma volta pela Rua das Terras dos Cortes Reais; 3 irmãos que exploraram terras para ocidente, a terra do bacalhau. Eram oriundos dos Açores, filhos de pai natural de Tavira.
  • Haveria de ficar deslumbrada com as flores dos pequenos jardins.
Descubram a hortinha de couves galegas, bróculos, alfaces, hortelã, e...
Descubram as nêsperas amarelinhas...
Descubram os MAMÕES...ADORO MAMÃO... lindos verdes da cor do meu Sporting!
Os cães de guarda pachorrentos...não me incomodaram,não tossiram nem mugiram!

Tantas vezes aqui a passeio todas as vezes vejo a rua diferente, tal como eu!

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