Praça do Chile a partir de 1928, oferta do Governo Chileno da estátua idêntica à do navegador Fernão de Magalhães, localizada em Punta Arenas no Chile .
Na Praça do Chile em plena Avª Almirante Reis ( o local junto do Hospital onde apareceu morto, em 4 de Outubro de 1910,
o almirante Cândido dos Reis-, motivo que mereceu homenagem de atribuição do seu nome à avenida em detrimento do nome - Estrada de Sacavém.
Apesar do profundo abandono o antigo Hospital de Arroios onde na década de 80 me dirigi pela primeira vez para tirar uma micro aos pulmões para despiste da tuberculose, e havia de voltar no âmbito da medicina do trabalho para o Banco.Tenho uma nítida sensação que ao local se chamava outro nome, porque Hospital de Arroios, nunca antes tinha ouvido dele falar.
Mais um roteiro com o meu marido e os dois netos a redescobrir Lisboa.
A chaminé contígua a norte era do crematório do hospital, segundo o comentário de Alexandre Lopes, a quem dirijo o meu bem haja, só assim se sabe mais pela saudável partilha.
Rua paralela à Almirante Reis situa-se a Igreja do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Arroios.
Em russo |
"O Hospital veio a instalar-se no antigo Convento de Nossa Senhora da
Nazaré, que foi Colégio dos Jesuítas Missionários da Índia, fundado em
1705 tendo funcionado até 1755, resistindo ao terramoto, mas não à expulsão dos Jesuítas em 1759,
altura em que Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de
Pombal (1769), determinou a ocupação do Convento pelas freiras
Concepcionistas Franciscanas, ficando o espaço a ser conhecido por Convento de Nossa Senhora da Conceição de Arroios. Devoluto em 1890, ano em que morreu a última freira e em 1892, o Estado
decidiu que o seu espaço fosse convertido em Hospital e ficasse sob a
administração do Hospital Real de São José. A partir de 1898, o antigo Convento tomou o nome de Hospital Rainha Dona Amélia
e destinou-se somente ao tratamento e prevenção da tuberculose, para em
1911 após a Implantação da República se passar a chamar Hospital de
Arroios. Funcionou até 1993, altura em que foi definitivamente
desativado, encontrando-se atualmente devoluto.
Curiosidade:Foi na Igreja do Convento que permaneceram os restos mortais do Marquês de Pombal trasladados do Convento de Santo António de Coimbra antes de serem transportados para a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, ( desconhecia a trasladação de Coimbra, julgo foi sepultado na Igreja do Cardal em Pombal, a vila onde viveu exilado na sua casa e faleceu onde existe a seguinte inscrição: "Aqui estiveram depositados os restos mortaes do Grande Marquez de Pombal Sebastião Joze de Carvalho e Mello desde 1782 até 1856 em que foram trasladados p. Lisboa pelo seu Quarto Successor".)
Irónico pensar as voltas que a vida dá a pensar nos restos mortais do Marquês de Pombal ao terem aqui vindo parar, já que foi o percursor de expulsar os Jesuítas com o António Joaquim de Aguiar, homem da minha terra, Coimbra, na história ficou conhecido por "mata frades".
O Marquês, depois de falecido ainda foi alvo o seu túmulo de profanação pelos desertores do Buçaco aquando da 3ª Invasão Francesa, para de novo vandalizado em Lisboa por altura da implantação da República, pelo que os restos mortais foram depois transferidos para a Igreja da Memória, à Ajuda onde hoje se encontram.
O Marquês, depois de falecido ainda foi alvo o seu túmulo de profanação pelos desertores do Buçaco aquando da 3ª Invasão Francesa, para de novo vandalizado em Lisboa por altura da implantação da República, pelo que os restos mortais foram depois transferidos para a Igreja da Memória, à Ajuda onde hoje se encontram.
"O Jornal Público em fevereiro de 2005 anunciava que a Câmara de Lisboa autorizara a demolição do Hospital de Arroios para fazer nascer um empreendimento de apartamentos e comércio com estacionamento subterrâneo.O projeto mantinha a Igreja e os claustros do Convento, contudo veio a sofrer indeferimento por motivos vários por não ser do entendimento camarário a justificação da restante demolição sustentando que devia ser preservado também o pátio, as galerias e o sistema de
corredores. Incompatibilidades que entendiam apenas admissível "demolir dois
edifícios confinantes a norte da Praça do Chile e os corpos que haviam
sido adossados ao Convento nos anos 40/50 do século XX.
Sinceramente para mim corroboro na integra.
"O promotor da obra, a imobiliária Imofrança, considerava, porém,
difícil, senão impossível, acatar estas recomendações.
Aproveitar mais
do que a igreja e os claustros é complicado".
O processo supostamente arrasta-se a ser classificado pelo IPPAR (?). Ao que parece os painéis azulejares que existiam na consulta externa já desapareceram... Resta na toponímia a lembrança das freiras ...
Jardim na frontaria do imóvel histórico com a Travessa das Freiras, floresce garbosa planta alucinogéna.
O edifício chegou a ter cartazes " Estrelas do Areeiro"com várias
tipologias de apartamentos e respectivos preços. Um T1 a partir de
170,412€. A lona publicitária na frontaria ainda se mantém enrolada pelas intempéries, mas já não se lê... O local serve agora de parque de estacionamento
pago com segurança. Foto tirada da esplanada onde estivemos a retemperar forças no deguste de um abatanado com um folhado que nos soube muito bem, os miúdos dormiam.FONTES
http://lisboasos.blogspot.pt/2009/06/misterios-do-hospital-de-arroios.html
http://noticiasdobau.blogs.sapo.pt/1761.html