Vesti-me de vermelho, cor não premeditada -, a que visto sempre que o meu estar é de melancolia.
Saí de casa em ambiente manifesto de chuva "molha tolos" para a consulta no dentista, mais um restauro de duas coroas.
Entrei na casa da sorte para apostar, chega-se atrás de mim em jeito apressado e em linguajar de sotaque cabo verdiano um mulato neste dia do teatro, solto na voz "dê-me dois euros de euromilhões..."
Na frente dos cafés havia vendedores ambulantes com flores, agriões e morangos -, pedi um quilo com a deixa para os escolher bonitos como eu, sem meias medidas o colega da venda lança-me o olhar sem se fazer rogado, na resposta digo-lhe "olhou para confirmar?" nãooo -, para dizer que é morango nacional... Os trouxe gordos, vermelhos, agora doces como gosto, só logo o saberei. Comprei pão alentejano e broa de crosta cozida como adoro, já que os dentes de novo em forma para a trincar, é gosto demoníaco no travo de a comer com fatias finas de queijo de cabra. Entrei no mercado para trazer um bom peixe espada branco para grelhar para o jantar, e um molho de grelos couve nabo. De compras feitas fui matar saudades na Pastelaria Abanico, onde os bolos desde sempre de primeira doçaria, a lembrar o bom tempo no Sottomayor no Laranjeiro, que se comiam em fausto, a festejar aniversários, e vitórias comerciais, em cima do balcão de granito, a fazer de mesa, depois da porta fechada, equipa plantada fora do balcão, como se fossem clientes -, alegre cavaqueira, relaxe na pausa pausada, elevado mote de espírito alegre o da estampa nos rostos, seria pelo espumante italiano...
Difícil foi resistir, dei um passo atrás, entrei para me deliciar com uma fatia de bolo de chocolate, a recheio doce d' ovos, de cobertura macia, delicioso, molhado, que saboreei cada garfada a ouvir lamentos do grupo de mulheres maduras, que àquela hora ainda degustavam o pequeno almoço, sendo meio da manhã, a falar de doenças, não fosse o rapaz, o novo empregado, que me fez lembrar traços de alguém conhecido, de cabelos loiros e olhos azuis mas de traseira afanado a rivalizar mulatas...
Saí de casa em ambiente manifesto de chuva "molha tolos" para a consulta no dentista, mais um restauro de duas coroas.
Entrei na casa da sorte para apostar, chega-se atrás de mim em jeito apressado e em linguajar de sotaque cabo verdiano um mulato neste dia do teatro, solto na voz "dê-me dois euros de euromilhões..."
Na frente dos cafés havia vendedores ambulantes com flores, agriões e morangos -, pedi um quilo com a deixa para os escolher bonitos como eu, sem meias medidas o colega da venda lança-me o olhar sem se fazer rogado, na resposta digo-lhe "olhou para confirmar?" nãooo -, para dizer que é morango nacional... Os trouxe gordos, vermelhos, agora doces como gosto, só logo o saberei. Comprei pão alentejano e broa de crosta cozida como adoro, já que os dentes de novo em forma para a trincar, é gosto demoníaco no travo de a comer com fatias finas de queijo de cabra. Entrei no mercado para trazer um bom peixe espada branco para grelhar para o jantar, e um molho de grelos couve nabo. De compras feitas fui matar saudades na Pastelaria Abanico, onde os bolos desde sempre de primeira doçaria, a lembrar o bom tempo no Sottomayor no Laranjeiro, que se comiam em fausto, a festejar aniversários, e vitórias comerciais, em cima do balcão de granito, a fazer de mesa, depois da porta fechada, equipa plantada fora do balcão, como se fossem clientes -, alegre cavaqueira, relaxe na pausa pausada, elevado mote de espírito alegre o da estampa nos rostos, seria pelo espumante italiano...
Difícil foi resistir, dei um passo atrás, entrei para me deliciar com uma fatia de bolo de chocolate, a recheio doce d' ovos, de cobertura macia, delicioso, molhado, que saboreei cada garfada a ouvir lamentos do grupo de mulheres maduras, que àquela hora ainda degustavam o pequeno almoço, sendo meio da manhã, a falar de doenças, não fosse o rapaz, o novo empregado, que me fez lembrar traços de alguém conhecido, de cabelos loiros e olhos azuis mas de traseira afanado a rivalizar mulatas...
Aprecei orçamento para arranjo de peças de cabedal. Em rota de regresso a casa tomei o o caminho por Almada velha, fiquei espantada com as obras a decorrer na requalificação de dois prédios de IMI agravado, sendo um na antiga sede do PCP onde bebi muitas vezes licor de poejo.
- O teatro de paredes meias com a Academia Almadense também de obras avançado.
No passeio defronte da pastelaria de gentes do Pinhal Interior onde o uso da canastra em tempos idos era fartura, regalei o olhar numa cheia de cebolas novas que me fez apetite para as favas com salada de alface cortada miudinha ...
Passei na renovada Igreja de S. Sebastião que conheci taberna, ao lado junto do caixote do lixo uma mala de lata com ripas de madeira pintada a florzinhas pretas de fundo castanho, se pudesse a tinha trazido comigo...Por me fazer lembrar uma igual , mas em verde, que a minha avó materna Maria da Luz me ofereceu mal nasci para o meu enxoval...Sendo que a minha mãe lhe deu uso, e de tanto usada e de andar de um lado para o outro, acabou num sótão, com a humidade as ferragens da tampa apodreceram. Ao fim de anos dei com ela nesse estado deplorável que era lixo, e não fui capaz de me desfazer pela emoção da história que encerra, foi então que decidi em boa hora reaproveita-la para guardar as cavacas para a lareira, e para ninguém se aleijar no rebordo de lata ferrugento, o debruei a sarapilheira, e na feira de Tomar comprei uns pezinhos em pinho para lhe dar porte na altura, e assim elevada do chão, espero se aguente no meu tempo.
- Possivelmente a minha primeira prenda em verde recebida nesta vida a ecoar no gosto platónico pelo meu grande Sporting!