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quinta-feira, 21 de março de 2013

A Quaresma e Páscoa em Ansião no tempo da minha infância

Os Santinhos...Fazem parte do meu imaginário, assentes em mísulas de madeira minúsculas ao lado de uma jarrinha de flores desde o meu tempo de menina e moça em casa dos meus avós numa viagem de recordação desses tempos vividos. 
A Quaresma… As tardes de domingo eram passadas no recinto em frente do velho hospital em Ansião -, concentração de rapazes e raparigas casadoiros: Artur latoeiro e o irmão; "Necas Ourives"; "Carlos Parolo" e irmãs Lúcia e Tina; "Carlos Pego" e irmãs Elisa, Fátima; Abílio, Alberto, e Fernanda da Carmita; Natércia, Augusta e Lucíla Murtinho; "Adriano Mocho"; Luzita do Carvalhal; prima Júlia e a Tina Silva; do Cimo da Rua a Mira e Lucinda: Tina, "Isaura Reala" e " Toino Peleiro" da Quelha da Atafona e,...não faltavam os cachopos como eu e a minha irmã. Vinham ao chamamento da conversa, jogar ao lenço, brincar com a macaca que o "Carlitos Parolo" trouxera de Angola um animal estranho e fugidio, ainda se jogava à cantarinha em roda até ela se partir em cacos e não haver outra para a substituir.No pior partia-se a cantarinha de ir à fonte ...Esse ato de ir à fonte era na altura o único momento de liberdade das raparigas nesse tempo -, ocasião para namoriscar quem sabe dar uma escorregadela perigosa... acredito que no caso nenhuma delas teve ousadia para o fazer, nem tão pouco o desfrute de um beijo roubado, tal o recato a que se davam. No entanto a coisa era de tal maneira que a expressão "partir a cantarinha" tornou-se sinónimo de perder a virgindade em muitas terras... Ficaria celebrizada na canção popular infantil "minha mãe mandou-me à fonte e eu parti a cantarinha, óh minha mãe não me bata que eu ainda sou pequenina..." 
Faz eco dos costumes desse tempo no retrato de memórias irresistivelmente ingénuas. 
De repente lembrei-me da Adelaide a irmã da Ti Laurinda que vivia com ela no Largo do Bairro de Santo António -, cachopa de idade, coisa de sessenta anos, solteira com evidências de atraso mental, mal se percebia o que falava, com uma mentalidade de dez anos. Ao passar à minha porta com a cântara pequena de água da fonte do Ribeiro da Vide à cabeça ,descansava e dizia "ai cachopa vou tão cançaada…" Chegada a casa depois da escola sentava-me à beira do lume no banco corrido para reconfortar o estômago. Gostava nesta altura sentir o calor do lume que me fazia "chouriças" nas pernas mas aquecia -me aquele doce aconchego, até ao dia que não tinha a costeleta à minha espera, não me apetecia marmelada, doce de tomate, nem manteiga Primor porque sentia no ar o cheiro do fumeiro. Do lume irrompiam aromas a oliveira verde atiçada a dar estalinhos parecia um espetáculo bonito a imitar fogo-de-artifício, naquilo olhei para cima e sobre a minha cabeça estavam paus de loureiro às carreirinhas, nelas em fila chouriças, não sei o que me moveu, tive vontade de saborear "a coisa proibida em plena Quaresma"... mas a vontade de contrariar a religião foi maior, sem meias medidas nem autorização tirei uma chouriça e assei-a ... assadinha no brasido pingava no pão, regalei-me a saborear, para complemento a sobremesa-, com a tenaz no terreiro quente espalhei grãos de milho, para estatelaram em freiras e frades, as minhas pipocas. 
Refastelada senti que tinha "pecado" ao deitar logo me apressei na primeira reza a pedir desculpa a Deus Nosso Senhor, um hábito antes de adormecer. 

Bênção do Dia de Ramos...Acontecia na Igreja da Misericórdia com grande chamariz de gentes com braçadas de alecrim florido em azul entremeado, louro e flores. Na véspera ia ao Escampado de Santa Marta apanhar o meu com a comandita de cachopos do Bairro de Santo António a que depois em casa se juntava oliveira, lírios e açucenas do quintal. Folia e vaidade era levar um grande ramo para a bênção. Um ano ainda pequenitas -, eu e a minha irmã ao Ribeiro da Vide fomos interpeladas pela filha do Ti António Moreira a viver em Lisboa que se fazia passear acompanhada de uma amiga de máquina fotográfica na mão e se deixaram ficar a olhar surpresas para nós, pedindo se nos podiam tirar uma foto, a que acedemos ali junto ao aqueduto do ribeiro a seguir à fonte, sorridentes em fato primaveril com meias brancas até ao joelho, lindos eram os ramos! 

Páscoa no Bairro de Santo António… Tal ânsia tamanha dos preparativos todos os anos nesses tempos, no gosto o cargo das limpezas, de raspar as ervas do carreiro à frente da casa ao adro da capela , depois empoleirada nos varandins de pedra limpava as persianas e assistia do alto ao vaivém de gente de Albarrol, Casal das Peras, Pinhal, Carvalhal e Matos para o ritual da confissão. Na véspera da Páscoa na hora da chegada da camioneta do Pereira Marques de Coimbra tinha a incumbência de ir buscar a encomenda que a minha mãe fazia pelo telefone -, amêndoas lisa cores, de chocolate, licor em jeito de bonequinhos, e um bolo com muitas passas da Briosa. Nessa altura o mercado de Páscoa em Ansião era no tempo muito concorrido pelas madrinhas que pretendiam obsequiar os seus afilhados com uma prenda. Nunca me lembro se alguma vez recebi alguma...os meus padrinhos de batismo -, os meus avós paternos, se deram que me desculpem lá no céu, a impressão que guardo dentro de mim não seriam muito de ofertar!
Claro que sentia essa tristeza ao ver na feira o frenesim das madrinhas a fazer escolhas de presentes - o folar para os seus afilhados. No dia de Páscoa não faltava à missa, mal acabada esperava por mim o almoço pascal na sala de jantar -, cabrito assado com batatinhas acompanhado com grelos, claro muitos doces, amêndoas, e licores ou Lágrima de Cristo, encomenda do meu pai das Caves da Anadia que encomendava e ia buscar à carreira....

Endiabrada de volta das amêndoas sempre a ouvir "ralhos" constantes da minha mãe por causa dos dentes fazia espera da visita pascal, ia para o adro da capela à espreita não fosse chegar mais cedo...Vaidosa já tinha posto na mesinha da sala de visitas o lindo copo de pé alto em vidro de 1854 da Vista Alegre herança da avó Piedade com água benta trazida da igreja com um raminho de oliveira, pratinho de amêndoas e o envelope com a Côngrua. Na hora prevista ao longe sentia-se o cortejo com o aviso da sineta do sacristão na companhia do Padre Filipe Antunes, enquanto outro irmão da Irmandade carregava uma rede verde com galinhas, após o ritual de beijar a Cruz e da recolha do envelope na varanda despediam-se com alegria de todos -, a mim e à minha irmã o Padre fazia-nos uma festinha. Estranho deixavam um cigarro no pratinho, nunca percebi tal significado. O pior é que o Padre deixou a vida de presbítero, agora não faz sentido perguntar mas sei gostaria! 

Padres que deixaram de o ser… Ano houve de festa especial pela Páscoa com a presença do Sr. Bispo de Coimbra para a benção do Crisma. Igreja apinhada de gente para se confessar, alunos do Externato também. De confessor coube-me o Padre Ramos de Santiago da Guarda na altura meu Prof. de Português. Incrédula me senti ao ouvi-lo no confessionário tais as perguntas a que não soube responder ... grande embaraço, muda e calada só respondia, não, não…bastante incomodada e assustada fiquei. Muitos anos mais tarde numa conversa ocasional no Agroal com um Bernardino casado para as bandas de Santiago -, a talhe de conversa disse-me que o mesmo acontecera com a mulher dele…deste Padre lembro-me de ouvir falar que convenceu as gentes da freguesia a depositar as suas poupanças na Torralta com a retórica de altos juros, com o 25 de abril muitos ou quase todos ficaram sem o dinheiro...ainda teve o sacrilégio de ver a sua igreja de Santiago sofrer um incêndio, anos mais tarde abandonou o presbítero, casou-se, parece já descasou...

Introspeção sobre religião, Padres ...Há coisas na religião que não entendo, porém contínuo católica, não muito praticante.Os tropeços morais decorreram da intromissão do poder laico na vida eclesiástica e, da falta de vocação de alguns que tomaram esse rumo na vida quer por imposição dos pais, quer para poderem estudar. Fartei-me de andar com missais caducos lustrosos de tanto lhe pegar, da letra pequenina e parábolas difíceis de decifrar. Faltará, digo eu, o mais importante, explicar sentimentos e afetos. Deixei de me confessar quando me apercebi que os padres sendo tranca de tantos segredos ouvidos em confissão, ao deixarem o presbítero digo eu (?) serão livres de os poderem contar, nesse pressuposto acho oportuno confessar-me a Deus…Recordo no final da missa os agradecimentos a favor das obras e benefícios à igreja, nomeadamente da calçada do adro, no meu tempo em saibro batido com sepultura rasa ao endireito do portal, anos mais tarde feita uma calçada pelos Murtinhos, não sei se ofertaram o trabalho, só sei que o saibro para a fazer foi do pinhal dos meus pais onde hoje é a casa da minha irmã, tal agradecimento ficou por dizer na homilia e, tal gostaria… 

Falar do celibato… Sacrifício grande esse em dominar instintos carnais, qual rebanho de ovelhas tresmalhadas, carentes -, difícil é resistir ao amor, ao desejo da carne. Aprecio no homem regicida -, Manuel dos Reis da Silva Buíça ser filho de Abílio da Silva Buíça o abade de Vinhais no século XIX ter perfilhado os filhos. Homem de grande dignidade em lhes conceder o seu apelido. Em Trancoso onde existem ainda hoje muitos descendentes do Padre Matos, não sei se os legitimou, consta que lhes deu o apelido de família e, são mais que muitos (havia muita fominha de homem fértil para esses lados ao que consta…) . Resta a história feliz do Liberal Sampaio em Chaves Outeiro Seco, nunca deixou de ser padre, mas em 1902 depois da sua amada senhora de linhagem Maria do Espírito Santo ter morrido, perfilhou o filho fruto do seu amor, o bisavô do meu amigo Luís Montalvão. 
Ribeiro da Vide e a escadaria da capela de Santo António 
Reflectir sobre a morte…Travei conhecimento com a morte da maneira mais cruel por no meu julgar achar -, só os maus morriam,os anjinhos por serem queridos e doces...não!
Corria o ano de 1962, não sei qual deles foi o primeiro, talvez a Gracinha,- a Maria da Graça filha do Armando Cardoso escrivão do Tribunal e da Satanela com oito anos morreu de angina venenosa, mais velha do que eu ainda cheguei a brincar com ela pelo Tribunal…Seguiu-se outro muito mais pequenito Zé Carlos Rodrigues, filho do Alexandre e da Helena estabelecidos de taberna na Praça do Município com 22 meses, lourinho de olhos azuis, sorridente, um amor de menino, igualzinho ao pai. Sem quê nem para quê o anjinho começou a ficar roxo, a mãe aflita subiu a escadaria da casa do Ti Domingos a caminho do consultório do Dr. Travassos, infelizmente o menino sucumbiu…Diz o ditado não há dois sem três, a terceira uma menina do Lousal filha da Fernanda e do Zé Carlos Godinho um dos padeiros do Casal das Sousas que namoriscou as criadas da casa, ou seriam os outros irmãos (?) a causa -, meningite, nunca tinha ouvido falar nesta doença. Senti a grande dor dos pais deitados na cama sem forças para ver a filha partir e se curvavam para receber abraços e palavras de pêsames. Grande funeral quão grande a tristeza de se perder um anjinho. 
Nefasto era ver amortalhar defuntos e a tristeza do velório onde grandes candeeiros de latão de três bicos eram presença habitual igual aos xailes pretos pelas mesas a fazer de toalhas e telhas mouriscas a arder alecrim e louro debaixo da cama onde deitados os defuntos esperavam a urna. Gritos e muito choro, mulheres vestidas de negro com terços pelas mãos, rezas e mais rezas, durante dias andava triste só de me lembrar daquela representação medonha, do aparato, cheiros, lamurias, palavras repetidas, sempre iguais "os meus sentimentos…os meus pêsames…tem de se conformar…foi uma graça de Deus, está a descansar…não merecia que este azar lhe batesse à porta"… 
O que me custava mais? Sentir a dor da perda anunciada durante dias, da agonia vivida nas casas do agonizante onde na beira da cama se faziam as últimas despedidas com ternura no olhar, se contavam segredos, e pediam desculpas…pior seria quando acontecia a morte súbita na partida para sempre de um ente querido de forma inesperada e as lamurias do que ficou para fazer e dizer…A minha avó Piedade bordou a sua mortalha. Linda toalha em bordado Richillie, um pouco mais larga e mais comprida que as usadas nos lavatórios de ferro, em tempos que a urna era feita em madeira de pinho após a morte…a mortalha servia para cobrir o corpo.

Páscoa na Moita Redonda… Na segunda-feira a seguir à Páscoa havia o hábito de passar uns dias de férias na casa da avó Maria da Luz na Moita Redonda, a minha mãe levava-me de táxi. Andava a avó de afogadilho com os preparativos para a sua Páscoa, na aldeia o padre passava durante a semana. Tinha a sala da varanda com janelas abertas de par em par para o sol entrar, as begónias de terra mudada estavam sempre bonitas e o soalho lavado colorido com "poses amarelos"...que lhe deixavam as mãos com a mesma cor. Gostava de ir com cesta na mão nos carreirinhos pelos leirões às hortas para apanhar flores dos costados da serra, lírios e trevo cor de rosa do jardim da eira que espalhava à laia de tapete pela escadaria par o Padre Melo passar. O acordar logo ao raiar da aurora com o chilrear dos passarinhos ao ribeiro e nos salgueiros, saltava da cama de ferro, abria a janela sentia a fresquidão da manhã e vestia-me para participar na festa -, em jeito apressado a avó mandava-me colher uma laranja da laranjeira do quintal para de riste em corte entalar cinco coroas -, a sua Côngrua. Pela tardinha apressada subia a quelha do Vale a velhota Ti Joaquina que desatou no seu linguarejar pedir um favor à minha avó …" oh comadre Luz empreste-me aí vinte e cinco tostões para pôr na mensa ao padre, tenho uma galinha que deve pôr hoje ou amanhã e, com os ovos que tenho faz meia dúzia, se o padre tiver vergonha, não levanta a moeda, eu volto a dar-lha, se a alevantar dou-lhes os ovos..."
Sentia-se ao longe o vento que entoava o som da sineta do sacristão. Fazia com que as pessoas viessem às portas de mãos cruzadas em jeito de abafar barrigas de avental. O sacristão e os Irmãos da Irmandade traziam oferendas de galináceos, garrafões de vinho e de azeite, chegavam ao Vale estafados com a língua de fora, o Padre Melo mais morto que vivo a deitar os "bofes pela boca" depois de subir a ladeira ainda tinha o lanço de escadas, malditas das flores a fazer-lhe cócegas aos pés porque corrimão não havia para se segurar. Benzia a casa em gestos rítmicos sacudia o raminho de oliveira molhado na água benta, olhava para a avó e dizia ... "bons tempos de subir a serra comer os piqueniques que vossemecê fazia Ti Luz...olhe a conversa fez-me crescer água na boca, já comia uma pele de leitoa..." - responde ela "mas eu é que não a tenho para lhe dar, lá vai o tempo senhor prior..."
A Ti Joaquina mal sentiu o padre de costas aparece em passo corrido para dizer à minha avó " oh comadre Luz, o filho da puta do padre, alevantou-me o dinheiro da mensa... " 
Sempre me impressionaram os "Registos de Santos"…Designa-se registo a estampa com um Santo. Havia gentes que entupiam as paredes dos quartos com eles, uma vez numa ida ao Sameiro pernoitamos numa casa particular, não consegui dormir tal o envoltório de registos de todas as cores e tamanhos; sépia, rosa, azul e, ainda outros com histórias de coitadinhos que cheguei a ver nas feiras fazer pregão para peditório. Além das razões estéticas e emocionais estes testemunhos são um meio barato de se ter em casa estampas que registam o pagamento de uma promessa ou o cumprimento de um dever religioso, para dizer que as pessoas quando se deslocavam a uma romaria, as compravam na igreja ou Santuário para registar a sua presença ou então as adquiriam como bilhete para ganharem a indulgência registada na estampa, gravuras dos Santos resguardadas em caixilhos de madeira ou papelão, com ou sem vidro e muito enfeitadas com pedacinhos de tecido e, restos de passamanaria, lantejoulas ou contas designam-se por "Verónicas" creio que esta palavra tão bonita a sugerir flores terá talvez tido origem nas pinturas com o rosto de Cristo, que as pessoas emolduravam preciosamente. Infelizmente hoje o termo desapareceu e usa-se "registo" indiferenciadamente para designar estes dois objetos. Em particular simpatizo com os "registos de moldura em lata " com uma imagem. Tenho uma pequena coleção numa prateleira estreita acima do oratório, por me fazerem lembrar essas peregrinações a Santuários pelo País - que a minha mãe comprava. Lembram-se de aparecerem na vila, geralmente no mercado, forasteiros com cartazes com estórias de "infelizes"... 
Tal destreza e lábia no apregoar das desgraças dos infelizes coitadinhos, certo e sabido arrecadavam esmolas! 
A maior parte da minha vida não apreciei a imagem de Cristos pregados na Cruz . Nunca aprofundei os porquês, apesar de gostar imenso de Arte Sacra. Há muitos anos visitei exposições na Figueira da Foz, os quadros de Cristos do pintor Artur Bual -,impressionaram-me e aos poucos fui mudando de opinião. 
O meu marido encontrou um Cristo em latão dentro de um envelope numa gaveta da mesinha de cabeceira da sua avó Rosa da Moita Redonda. Sem cruz, decidimos no seu restauro a título de homenagem. Na rua à procura de madeira encontramos num vazadouro de obras o resto de um antigo estendal de cordas. Enquanto ele fez a cruz, areei a imagem de latão e enfeitei-o como se usa no norte na zona do Minho -, prendi um arame às quatro pontas da cruz onde previamente enfiei flores artificiais, brancas e azuis delicadas, por detrás do fio colei uma fita de seda larga branca, cujas pontas aos pés se entrelaçam em generoso laço que hoje enaltece o meu oratório, adoro-o! 
Votos de uma Feliz Páscoa para todos que me querem bem...claro, para os meus seguidores e anónimos também!

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