Com o passe no bolso hoje o mote foi de novo a caminho de Lisboa em visita à feira da ladra onde enfeirámos sete peças; pequena travessa com flores, oitavada, da Fábrica de Gaia, Cavaco; travessa oval Real Fábrica de Sacavém, mostardeira e um pires motivo Congo em castanho;um fóssil com mais de 16 milhões de anos, pequena majólica e uma longa toalha de rosto em linho com renda e monogramas.
No lava loiças para lavagemAssistimos à rodagem de um filme que vai estrear para o ano, julgo cujo título "Ramiro(?). Mostrava-se o ator principal semi deitado num estaminé de chão com aspeto "drogado" supostamente o mote da cena a vender objetos "roubados na noite" ...para depois subirem o terrado da feira com nova paragem na tenda dos meus amigos; Fátima e David Alemão com bancas abarrotar de bons livros onde irão descobrir um escrito pelo suposto vendedor malfadado, atrás descrito-, julgo seja a temática abordada...
Deixámos a ladra a caminho de outra ladra, mas de luxo, a decorrer na Avª da Liberdade que mal saí do Metro fiquei "trocada" no sentido norte/sul, com tanto edifício restruturado e novas lojas foi difícil perceber onde estava, até que descobri as colunas colossais com términos Art Déco como o Éden e uma Garagem na Almirante Reis, a entrada do Parque Mayer, debalde nem fotografei porque estava um polícia defronte com metralhadora em punho, supostamente pela Embaixada que lhe está no gaveto...
Corremos o certame com bancas abarrotar de objetos bons e carrérimos, descobri na banca do Pedro um bule de bocal avantajado como vi um igual no Livro da Fabrica de Louça de Vilar de Mouros, uma pequena estatueta com bambis da Fábrica Aleluia de Aveiro e uma palangana ratinha em muito bom estado mas cara...
Corremos o certame com bancas abarrotar de objetos bons e carrérimos, descobri na banca do Pedro um bule de bocal avantajado como vi um igual no Livro da Fabrica de Louça de Vilar de Mouros, uma pequena estatueta com bambis da Fábrica Aleluia de Aveiro e uma palangana ratinha em muito bom estado mas cara...
Encontrámos muita gente conhecida. Fazia frio, e a cabeça não parava de me doer...A minha amiga Lucília ainda me ofereceu um comprimido Benuron que rejeitei, mas senti minutos depois que não devia!
Apetecia-me sardinha. De novo no Metro procuramos nos arrabaldes dos Restauradores, debalde nem vê-la, apenas num restaurante e era congelada. Subimos a escadaria da Torre da Péla para numa ruela descobrir sardinha fresca que já é muito saborosa, acompanhada de uma boa salada e pimentos, o pão saloio de primeira e o vinho não lhe ficava atrás. O que faltou? Não tinha queijo, ora na premissa deixámos pão e vinho a pensar em o saborear e na mesma negação faltava aguardente para a mousse e para o cafezinho! Mas não queimou na conta!
Antigo celeiro(?) da quinta de Sant'Ana?
Nos anos 70, a EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa) planeou a urbanização de Telheiras, pelo que, assim, nasceu o Bairro urbano. Tive conhecimento desta empresa e de outras associadas em 1980 no Banco Pinto e Sotto Mayor, recordo-me que a urbanização era programada com espaços verdes, estacionamento, jardins e,...De facto o Bairro prima pela qualidade do planeamento, que previu a construção de ruas largas, arborizadas, edifícios com harmonia geométrica, espaços verdes, espaços livres para equipamentos, etc, verificando-se a criação dos "núcleos" urbanos do Parque dos Príncipes, Alto da Faia I, II e III.
Um antigo tanque com repuxo da quinta em abandono...
De novo mais esculturas originais
Uma pedra de Lagar comum em muitos conventos, supostamente será do início da quinta do Ouvidor Mor (?) onde foi implantado o convento e a igreja que na cerca tinham vinha, séculos mais tarde supostamente integrou a quinta de S. Vicente(?).
Os arcos da quinta de S. Vicente reportaram-me para outra de cariz semelhante na Caparica a quinta de S. Miguel que foi do Conde dos Arcos
FONTES
Apetecia-me sardinha. De novo no Metro procuramos nos arrabaldes dos Restauradores, debalde nem vê-la, apenas num restaurante e era congelada. Subimos a escadaria da Torre da Péla para numa ruela descobrir sardinha fresca que já é muito saborosa, acompanhada de uma boa salada e pimentos, o pão saloio de primeira e o vinho não lhe ficava atrás. O que faltou? Não tinha queijo, ora na premissa deixámos pão e vinho a pensar em o saborear e na mesma negação faltava aguardente para a mousse e para o cafezinho! Mas não queimou na conta!
De saída fomos beber uma ginjinha na Rubi inaugurada em 1931 e de novo no Metro para Telheiras.
Agradável a saída do Metro com um apontamento nos jardins com enormes pedras que me reportaram antas de antanho!
Como se chamaria a quinta? Quinta de Sant'Ana com o seu garboso moinho de vento e a nora em ferro para puxar a água do poço transformada em quinta pedagógica.
A norte do Campo Grande, nos arredores de Lisboa, até aos anos 60 existia uma aldeia, nada mais do que um aglomerado de casario em torno da Estrada de Telheiras e quintas.O nome aparece já num documento de 1220 (Monografia do Lumiar). Julga-se que tenha origem romana.Será o poço? |
O Bairro do Jardim , francamente não gostei, pareceu-me uma parovela...
A aldeia era rodeada por quintas onde não falta uma
tradicional Azinhaga.
Azinhaga do Paço do Lumiar | Azinhaga do Ameixiais |
Não
falta a Igreja
Paroquial de Nossa Senhora da Porta do Céu
adoçada a um convento em ruína
"A fundação deste convento e igreja remonta ao séc. XVII, por iniciativa
de um príncipe cristão do Ceilão, D. João de Cândia. Era conhecido como o Príncipe de Cândia, o Príncipe de Telheiras ou o Príncipe Negro porque nasceu no antigo Ceilão conquistado pelos portugueses que hoje se chama Sirilanka.Destronado dos seus
domínios, ficou sob protecção dos frades franciscanos. Em 1625 recebeu
as ordens sacras em Madrid, obtendo uma pensão eclesiástica de Filipe,
rei de Espanha e de Portugal. Já em Lisboa, instituiu a Irmandade de
Nossa Senhora da Porta do Céu, desconhecendo-se a data certa da fundação
do convento sob a mesma invocação, em Telheiras, e que foi doado aos
franciscanos. Decorrido mais de um século sobre a morte do fundador
(1642), o edifício foi destruído pelo Terramoto de 1755. A sua
reconstrução ficou concluída em 1768, reaproveitando-se muito da
primitiva igreja de gosto tardo-maneirista. A partir do séc. XIX, tanto o
convento como a igreja sofreram várias vicissitudes: em 1833, durante
as guerras liberais, o convento foi ocupado pelas tropas do Marechal
Saldanha e o seu recheio delapidado; em 1834, com a extinção das ordens
religiosas, veio à posse do Estado e, em 1837, foi vendido em hasta
pública, juntamente com a cerca; em 1910, a igreja foi encerrada e
transformada em oficina de serralharia, enquanto que as dependências
conventuais foram transformadas em taberna e habitação.
A igreja voltou a
reabrir ao culto em 1941, após obras de restauro. Em 2004 passou a ser
igreja matriz paroquial com a criação da Paróquia de Telheiras. Este
imóvel, reflectindo a traça singela das casas fransciscanas, apresenta
planta em forma de U, sendo composto por três paralelepípedos,
constituindo a igreja, localizada a Poente, com a cabeceira voltada a
Sul, a maior das actuais três alas. A classificação como Monumento de
Interesse Público diz respeito apenas à Igreja de Nossa Senhora da Porta
do Céu."
No antigo convento vai nascer um Colégio
No antigo convento vai nascer um Colégio
"A Nossa Senhora da Porta do Céu revestia-se de grande importância para a comunidade local de Telheiras: a sua imagem tinha na mão uma chave que, quando solicitada, era emprestada aos doentes ou moribundos; As suas festividades eram comemoradas a 4 de Outubro, evidenciando grande adesão popular."
"A titulo de curiosidade, e segundo o Dr. José Quintanilha Mantas
(colaborador deste projecto) que já fez escavações no local, o bloco de
pedra aglomerada na fachada, é o que resta de uma torre romana com cerca
de 20 m de altura e que servia de farol de Lisboa, o que é indicativo
que a origem do nome Lumiar vem precisamente deste monumento que alumiava o caminho dos viajantes."
O restauro retiro-lhe autenticidadeFoto retirada de http://bairrodaquintadacalcada.blogspot.pt/2013/04/telheiras-parte-um.html
Contornada a Igreja e a restruturação do seu antigo convento na sua frente na quinta de Sant'Ana deparámos com uma pequena horta pedagógica onde não faltavam hortícolas da época e muitas flores.
Curiosamente muitas das remotas celebrações ligadas a ritos e cultos para abençoar as culturas e os animais, afastando o mal deles, no primeiro de maio é o dia das Maias, as flores amarelas que continuam a ter o seu lugar de culto em Portugal, assim espantada distingui Maios num cunho marcadamente rural, pratica desde sempre deste ritual praticados pelos nossos antepassados, também com o objetivo de assinalar o final do inverno e a chegada da primavera , mas sobretudo de afastar o mal .Os Maios, nada mais que espantalhos que também servem para afugentar os pássaros, o que vi foi melros a comer sementes, também é preceito espetar "Cruzes" feitas com o ramo abençoado no Dia de Ramos com oliveira, loureiro, alecrim e flores, que em alguns sítios lhes chamam "vassouros" aludindo às vassouras ou vassouros que faziam de urse para varrer as suas casas, ainda bem me lembro delas e as espetam no meio das sementeiras, também é preceito as pôr nas portas dos currais, as Maias. O ritual é de auspiciar boas colheitas, e dos animais sadios, afastando qualquer mal. Mas aqui não vi nenhuma, ora sendo pedagógica deveriam manter os preceitos populares na íntegra...Distingui fósseis marinhos de bivalves como em Campo de Ourique e Almada e ainda blocos de basalto.
Nos anos 70, a EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa) planeou a urbanização de Telheiras, pelo que, assim, nasceu o Bairro urbano. Tive conhecimento desta empresa e de outras associadas em 1980 no Banco Pinto e Sotto Mayor, recordo-me que a urbanização era programada com espaços verdes, estacionamento, jardins e,...De facto o Bairro prima pela qualidade do planeamento, que previu a construção de ruas largas, arborizadas, edifícios com harmonia geométrica, espaços verdes, espaços livres para equipamentos, etc, verificando-se a criação dos "núcleos" urbanos do Parque dos Príncipes, Alto da Faia I, II e III.
Aqui as oliveiras se mostram bem podadas. Mas o mesmo não se pode dizer de outras na zona...Avistei o Estádio do meu Sporting
Emanei aceno para que Amanhã seja CAMPEÃO!Belo apontamento urbanístico com esculturas, as mais bonitas três rosas
De novo mais esculturas originais
Senãos urbanísticos:
"Os lagos de fontes cibernéticas, de luzes e sons, incomodam os vizinhos com as variantes mecânicas bruscas, e as árvores de grande porte não se sustentam na camada de terra, que cobre os estacionamentos subterrâneos e a estação do Metro» (CONTUMÉLIAS, 2006: 139)."
Quinta dos Inglesinhos onde funciona a Padaria Portuguesa com a latada de vinha de enforcado a lembrar o Minho e as vinhas que por aqui sempre existiram quer na cerca do convento e nas quintas circundantes, pensada por Ribeiro Telles evocada por uma alta e extensa pérgula metálica.Quanto às palmeiras não lhes acudiram em tempo e foram cortadas...
Outro celeiro transformado em restaurante
Os arcos da quinta de S. Vicente reportaram-me para outra de cariz semelhante na Caparica a quinta de S. Miguel que foi do Conde dos Arcos
Um testemunho de um grande amigo Luís Pires nascido nas proximidades.
" lembro-me especialmente quando de regresso do
estádio de Alvalade (do meu Sporting), na companhia do meu saudoso pai e
amigos, era imperiosa a paragem naquelas instalações da
Quinta de São Vicente, (teria talvez
menos de 10 anos...), ainda me lembro
pelo menos de um casamento, e dos 25 anos de casados dos meus pais...
Tive ainda, uns tios e primos, oriundos da zona de Tondela, mais propriamente duma aldeia que se chama Vila Nova da Rainha, que em
Telheiras viviam e trabalhavam (na lavoura...). Finalmente, recordo que
tudo o que é hoje cimento armado e alcatrão, eram grandes áreas de
oliveiras e vinhas, com quantidades apreciáveis de gado bovino, etc.
Tenho bastantes saudades desses tempos..."
Outro testemunho de um grande amigo da família do Luís Pires o Isidro Freire Leal cujos pais nascidos em Ansião, um deles no Casal Viegas.
"Veio
à minha memória quando na minha juventude acompanhei familiares e Amigos na quinta de S. Vicente nos petiscos. Também conheci as
pessoas de Tondela de vila nova da Rainha que vinham trabalhar na
quinta. O tempo passa e a memória fica, por enquanto. Para
nos situarmos no tempo e as condições da época para chegar à Quinta de S.
Vicente teríamos de entrar numa azinhaga que ia do Campo Grande até à
Luz, era feito a pé o trajecto, pois era mesmo Azinhaga, eu creio que
ainda há uns vestígios mas não tenho a certeza, depois da construção massiva de
Telheiras perdi o norte do local"
"A Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, situa-se no antigo Solar da Nora, na estrada de Telheiras junto do núcleo histórico de Telheiras, que integra as zonas envolventes da Quinta de S. Vicente e o Convento das Portas do Céu. O novo equipamento, criado no antigo Solar da Nora (casa senhorial do século XVIII), ocupa uma frente de 66 metros na extremidade poente do que resta da antiga Estrada de Telheiras"
Belas pinhas em faiança a encimar o portal
Imponente edifício de Implantologia dentária no contraste das árvores com flores repolhudas em rosa.
"Infelizmente a expansão de Telheiras não foi urbanisticamente planeada, pelo que se verificam actualmente múltiplas falhas a nível do espaço público (iluminação, espaços verdes, estacionamento)."Não senti vontade de aqui morar...mas gostei de muita coisa que vi e senti!Afinal os saloios de Tilheiras assalariados que aqui aportaram vindos na maioria das Beiras para trabalhar em serviços rurais nas quintas, são hoje distintos licenciados que apostaram continuar aqui morar sendo por metro quadrado em toda a Lisboa o maior número concentrado!
FONTES
https://pt.wikipedia.org/wiki/Telheiras
http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/convento-e-igreja-de-nossa-senhora-da-porta-do-ceu
http://ruinarte.blogspot.pt/2009/11/convento-e-igreja-de-nossa-senhora-da.html
http://bairrodaquintadacalcada.blogspot.pt/2013/04/telheiras-parte-um.html
http://infohabitar.blogspot.pt/2007/04/acessibilidades-mobilidades-e.html
http://www.nlimobiliaria.pt/pt-PT/ConhecerTelheiras
http://sarrabal.blogs.sapo.pt/46397.html
http://sarrabal.blogs.sapo.pt/46397.html