Há muito que o casario na cerca do castelo de Almada se começou a expandir para poente.
Foto de Viagens no Paiz (XXI): Almada In Branco e Negro. Semanário Illustrado, N.º 56, Ed. 25.4.1897O terreno retilíneo foi propicio à construção de casario de nobres a quem a vila pertenceu como D. Leonor Telles e da Casa de Bragança, também de ingleses com a designação de Rua Direita.
Rua Direita
Fotos antigas
Retiradas http://historiadealmada.blogspot.pt
"Citando um comentário
" obrigado por citar o blogue http://historiadealmada.blogspot.pt
e fazer referência a elementos que publiquei no artigo
https://www.academia.edu/640421/Patrim%C3%B3nio_Religioso_de_Almada_e_Seixal_Ensaio_sobre_a_sua_hist%C3%B3ria_no_s%C3%A9culo_XVIII_artigo_in_Revista_Anais_de_Almada_Revista_Cultural_n.o_11-12_2008-2009_.
"Devo contudo manifestar uma discordância relativamente às considerações deste post, ainda que a observação sobre o portal setecentista seja original e pertinente, parece-me pouco provável que este corresponda à referida ermida, isto por duas razões, a primeira prende-se com o facto da dita ermida, ainda que na Rua Direita (actual Rua Capitã Leitão), ficar na antiga freguesia de São Tiago, uma das duas freguesias do núcleo urbano antigo de Almada. Ora as casas da freguesia de São Tiago ficavam precisamente a sul da dita, ou seja todas as casas do lado esquerdo da rua que partia do Castelo para a Rua Direita e partir daí todas as restantes do lado esquerdo da Rua Direita, ora esta portal que refere fica precisamente do lado oposto, ou seja do lado da freguesia de Santa Maria do Castelo. Esta localização foi confirmada posteriormente pelo livro das décimas de 1763, que regista, precisamente na Rua Direita na parte da freguesia de São Tiago, uma casa de altos e baixos do Capitão António Carvalho de Matos, Tabelião Público da vila de Almada, com uma Capela ou Ermida adossada à mesma cuja fábrica recebia 4$000 réis das rendas pagas pelos inquilinos das casa. Por outro lado, como bem nota, o portal que ali se vê corresponde ao antigo portal de um pátio ou quinta, e que corresponderia muito provavelmente ao das casas do Conde de Valadares, também referidas no mencionado livro das décimas."
Rua Direita hoje Capitão Leitão
Em noite de S. João 2014
Houve uma petição em 1739 para construção de uma Ermida dedicada a Santo António na Rua Direita
Segundo o comentário o portal seria da quinta do Conde de Valadares.Para mim aventar a hipótese da Ermida ter existido neste local aconteceu por dois motivos:
1º Apeguei-me ao ferro que se repara nele do lado esquerdo do portão, onde poderia estar uma lamparina acesa no tempo de antanho, porque a Ermida seria pequena, apenas para os nobres que habitavam na Rua(?).
2º Em nenhuma foto ou gravura da época aparece a Ermida (?) e este portal é o maior que aparece, que supostamente poderia ter sido da Ermida, por esta ter estado adossada ao casario de uma quinta(?).
Veja-se o varandim em ferro forjado século XVIII na casa da direita.Portal setecentista encimado por belo padrão ladeado pelos caracóis tão típicos no remate dos portões teria sido arruinada com o terramoto de 1755 (?) e de novo reabilitado como parte integrante numa casa. Supostamente aventa nesta casa agora em ruína da foto, onde foi um dia o portal original (?) reutilizado, por comparação da foto primitiva, a seguir a Casa da Musica .
Mas como diz quem sabe, pelos estudos e pesquisas o portal pode não ter sido o da capela por estar no lado oposto da rua e ser muito da casa do Conde de Valadares(?)
Interessante o remate arredondado na cimalha da casa ao nível do portal a imitar o que se vê na foto grandioso, seria?
Adoro captar imagens de ruína que me transparecem sempre o belo.
Sei que sou generosa, no gosto critico e acutilante que me é peculiar.
Distingui na pomba de sentinela o teu estar
Na janela aberta o céu azul que nos ilumina
Na entreaberta sonhei relíquias a descobrir
Na flor no agreste rebate assim nascida
Lembrei bons tempos de valia O milhões
Repto final seja aposta no euromilhões!
A ruína por detrás desta portada de sacada alicia à descoberta de cortinas de nylon, caixilhos, barrotes, telhas, e mais haverá no entulho e debaixo do chão...
Vidraça partida engalanada de flor nascida e sobrevivente em fausto, por entre o parapeito de terreno agreste...
Interessante saber o que aqui irá de novo nascer!
Ora pode ser mote para novas e frutificas descobertas, na vontade de dar nova imagem à Rua Capitão Leitão com a menção do que aqui houve no passado.
Mapa de Almada de 1904 |