O edifício encontra-se actualmente à venda .
Havia vezes que atalhava ao Portelinho e Vale Cego.
Outra casa de fausto por onde passava que está em ruínas.
No primeiro dia de aulas a minha mãe -, russita, assim a chamavam por ter cabelos fortes cor d'oiro, maneira de formas mas baixita, amuada, por ter perdido os óculos na levada do ribeiro -, eis que se deslumbra com o lápis de carvão
da colega de carteira -, a Maria.
Pelos vistos atrevida, não perdeu tempo em lhe o pedir -, tal frenesim no desenho incutiu a ver a mina a reluzir no papel até que o bico se entalou e partiu no rasgo da madeira da carteira ...A pobre Maria desatou a chorar, queria que ela lhe o voltasse a pôr como era...
Pelos vistos atrevida, não perdeu tempo em lhe o pedir -, tal frenesim no desenho incutiu a ver a mina a reluzir no papel até que o bico se entalou e partiu no rasgo da madeira da carteira ...A pobre Maria desatou a chorar, queria que ela lhe o voltasse a pôr como era...
Coitada da Profª, ao tempo armada de canivete em mãos, à falta de afiadeira , fez o que pode, mas a Maria, de olho vivo, esperta, grita alto...o bico não está igual!
O primeiro arrufo que a Professora enfrentou, e teve de resolver, difícil foi calar a boa da Maria no continuado carpido, choro " o bico não é o mesmo" , mas que remédio teve, senão se resignar...
A Maria -, era filha da Ti Lucinda do Pereiro de Baixo -, mulher genuína ,de olhar sereno e amiga de dar . Sofreu cedo com a
morte repentina desta filha aos 13 anos, e do marido, Ti João Marques ao tempo acometidos de
febres, sem nunca se saber o porquê de tão malvado mal -, julga-se ter sido água
inquinada.
A Ti Lucinda teve outra filha Emília , que veio a ser minha tia por afinidade de casamento, de quem sempre gostei muito, tal qual do marido o tio Zé Serra Veríssimo, e dos filhos João e Rui, netinhos e noras, tudo gente muito boa.
A Ti Lucinda teve outra filha Emília , que veio a ser minha tia por afinidade de casamento, de quem sempre gostei muito, tal qual do marido o tio Zé Serra Veríssimo, e dos filhos João e Rui, netinhos e noras, tudo gente muito boa.
Lembro-me bem da Ti Lucinda, mulher de estatura baixa, vestida de preto, as vezes que fui à sua casa ao Pereiro de Baixo, onde me obsequiava com o que tinha, também me recordo de a ver pela Moita Redonda a falar com familiares, os Medeiros e outros.
Emocionante foi ouvir a minha mãe, a recordar o local, junto da porta que se vê entreaberta na foto.
Os meus avós maternos tinham aqui no Pereiro de Cima uma grande propriedade de muros com extrema com a casa onde vivem outros tios -,João Veríssimo e a Zézita de quem também nutro muita simpatia tal como do filho, o João Luís que o meu marido é padrinho de batismo.
Final de maio deste ano em passeio a quatro com os tios do Pereiro de Baixo: Emília e Zé Serra, emigrados em Élancourt em França e o Zé Manel Ribeiro, meu cunhado, apesar de há anos divorciado, mas sempre mantivemos amizade sádia ,com encontros anuais a quatro ou a cinco,com o meu marido quando tinha disponibilidade. Infelizmente passados quatro meses depois destas fotos, veio a falecer, sem explicação plausível, a ex esposa, não nos deixou despedir dele, por ordem emitida no Lar...