Mostrando postagens com marcador Almoço no Palácio da Restauração ou do Almada em Lisboa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Almoço no Palácio da Restauração ou do Almada em Lisboa. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Almoço no Palácio da Restauração ou do Almada em Lisboa

INDEPENDÊNCIA de PORTUGAL
  • 05 de outubro de 1143 a assinatura em Zamora do Tratado entre D. Afonso Henriques e D.Afonso VII que separa os reinos de Portugal e Espanha.
  • 14 de agosto de 1385 Batalha de Aljubarrota ganha pelos portugueses contra os espanhóis.
  • 01 de dezembro de 1640 40 conjurados que se reuniam num anexo no jardim  deste palácio decidiram mandar embora os espanhóis e conseguiram.
 
O Palácio da Independência classificado como Monumento Nacional  não só pelo seu valor artístico, mas também pela sua tradição histórico-política por ter sido o palco onde se reuniram os conspiradores que derrubaram do trono Filipe III de Portugal colocando, no seu lugar, D. João IV. As reuniões conspirativas, de 40 nobres, aconteciam num anexo do palácio sito no jardim, segundo ouvi dizer junto da muralha Fernandina. Até então o palácio era conhecido como o palácio de Antão Vaz de Almada, nome de um dos principais conspiradores. O acesso a este espaço fazia-se por uma das mais movimentadas zonas de Lisboa daquela época, uma situação que serviu de cobertura às atividades secretas.
O facto de o local se encontrar paredes meias com o Colégio de Santo Antão, um local onde se encontravam jesuítas procurados para as confissões, também ajudou a encobrir as movimentações que conduziram à restauração da independência.
Por isso também conhecido como Palácio Almada, sito na Praça de S. Domingos ao Rossio construído em 1467, por D. Fernando de Almada, a sua traça medieval primitiva foi conhecendo alterações nos séculos seguintes, tendo subsistido dessa época 4 portais e 2 grandes chaminés de cones facetados, à semelhança das do Palácio da Vila de Sintra. Julgo se desconhece as que foram as primeiras a ser construídas.
Atualmente o palácio é um misto de intervenções e de estilos manuelina e maneirista. De planta rectangular apresenta na frontaria um amplo portal, sobreposto por uma varanda de balaústres para a qual abre o janelão central do andar nobre, encimado pelo brasão dos Almada. 
No interior existem painéis de azulejos barrocos, albarradas e os historiados joaninos.


Adquirido em 1940 pela comunidade portuguesa do Brasil, o deveria ter mantido na sua posse na vez do ter doado no mesmo ano ao Estado, em pleno salazarismo.Por certo uma "má doação", se o compraram o deviam ter mantido para quando viessem a Portugal ter um espaço para todos poderem desfrutar, e assim o destino deste Palácio foi uma ocupação sucessiva por vários organismos, tendo sido cedido na sua totalidade à Sociedade Histórica da Independência de Portugal, em 1983, a qual procedeu a obras para a instalação de serviços, biblioteca e zonas de exposição.
Almeida Garrett habitou o Palácio em 1834 e a 1ª comemoração pública da Independência a ter lugar no edifício ocorreu em 1861.


Âncora romana. Reconstituição baseada nos cepos descobertos em Sesimbra no Mar do Ancão a 25 metros pelas brigadas especiais de mergulho
A escada de acesso à cozinha onde funciona o restaurante

Entrada para o restaurante  
As salas são singulares e únicas, uma grande logo na entrada mas sobretudo as que se encontram debaixo da cúpula de cada chaminé da  antiga cozinha do palácio, onde foi colocada uma grande mesa em redondo que dá para uma família, grupo ou simplesmente se comer sozinho...
 Numa chaminé foi feito mais tardiamente um forno (?)
 Outra chaminé
Ainda dispõe de esplanada onde decidimos almoçar.
Interessante na lateral uma alta parede só com janelas ao cimo com persianas em madeira ao estilo do século XIX que também era usado em Espanha.
 
 Escada de acesso a este átrio usado pelo Ministério da Defesa Nacional
 Belos azulejos em azul e branco e manganês
Ainda no recinto mesas do evento que tinha aqui acontecido na noite anterior decorado com painéis azulejares e um em albarrada.
 Visíveis as marcas da retirada de painéis azulejares
Porta fechada de acesso ao jardim
 Neste jardim há um troço da Muralha Fernandina
Só servem pratos portugueses.Entradas, para mais de 3 pessoas vale a pena a tábua de queijo e enchidos.
As azeitonas são bem temperadas. O pão é uma merendeira de Almeirim. O vinho da casa é ao jarro em conta e a garrafa de 7,5 compensa para quem gosta de beber mais.
A mesa muito bem apresentada com loiça e talheres com marca Inatel, a parceria com o restaurante.
Valeu a pena ser teimosa, mal enxerguei o letreiro na fachada, mas sem óculos para ler tive de entrar para enxergar a ementa e o preçário, sob protestos do meu marido que dizia que era para o turismo, caro e,...consegui demove-lo quando lhe falei da esplanada e,...
No fim adorou...ainda lhe fui mostrar as salas das chaminés , descemos a escadaria satisfeitos e fascinados, não foi só a iguaria da comida, foi também a magia do palácio onde se conjurou a Independência de Portugal em 1640, em que mandámos embora a duquesa de Mântua, os espanhóis e matamos o nosso Miguel de Vasconcelos odiado pelo povo, o português  primeiro ministro da representante espanhola, de apreciar o que sobra da sua fausta cozinha, das chaminés enigmáticas totalmente brancas de extraordinária conceção , dos azulejos, das pardieras esculpidas, do jardim e da porta de ferro, do almoço que escolhemos- iscas à portuguesa, estavam divinas, o pão do melhor, as azeitonas nem se fala, o serviço e o acolhimento do melhor, a sobremesa encharcada de noz era deliciosa, o vinho do Douro, Vila Real uma pomada...
De cara alegre a rondar o "graozito na asa " ponderamos ir à Ginjinha...na praça avistava-se fila enorme de gente em espera e a metros nas Portas de Santo Antão o "Eduardinho" sem ninguém, agora vive entaipado para nascer mais um empreendimento hoteleiro, negligenciamos este em detrimento dos copos de vidro, sempre é melhor que o copo de plástico.

Curiosa com a parede alta a nascente que dá para a esplanada, depois da ginjinha subimos para contornar o gaveto
Pátio do Salema   
 Restos da muralha Fernandina(?)
Escadinhas da Barroca
E ainda porque estivemos no palácio dos Condes de Almada, a pensar em Almada!
Brutal foi o orgasmo inteletual sentido em emoções neste dia que ainda não tinha acabado, pois ainda havia mais...

FONTES
 http://ensina.rtp.pt/artigo/um-palacio-e-40-conjurados/
 http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/palacio-dos-condes-de-almadapalacio-da-independencia

Seguidores

Arquivo do blog