Almada nas imediações da Cerca do Castelo descendo a Alameda , ao lusco fusco quis ir espreitar uma casa antiga, virei à direita na rua escusa onde a reencontrei -, antigo solar provavelmente do século XVIII(?) atendendo aos painéis de azulejos no exterior.
Já conhecia em quase abandono, neste agora mostra-se reabilitado, ou em vias disso.
- Sendo que os painéis quanto a mim sem sensibilidade foram aqui e ali pintados com cal...Mereciam melhor atenção, por ser património com história, o local é belo e o solar também.
Por dentro de uma janela onde havia luz vislumbrei julgo um grande painel de azulejos(?).
Pois não sei se serão da casa ou se os fazem neste agora(?)
- Devia ser casa importante , não sei quem foram os seus donos no passado.E gostaria!
O casario estende-se sob o comprido, com sobrado , mirante, sacada envidraçada com janelas de guilhotina, e varandas com ferro forjado.
A norte revela evidências de obras aos longos dos anos que destruíram a traça original, veja-se o "caracol" em cor tijolo, ornato habitual de contorno dos portões de entrada nas quintas, aqui só aparece um, e pela metade. O mesmo há frente com uma pedra por cima de uma pequena janela, além de outros pormenores .
- Portal só para comparação que existe do lado oposto junto ao jardim do castelo.
No tardoz vislumbra-se uma pequena estrutura em forma quadrada evidenciando uma torre ornada de cercadura em grade de ferro forjado.Um miradouro do Tejo(?)
Entrada a norte para a sacada da varanda envidraçada com escadaria em pedra ladeada por painéis de azulejo, em policromia cromática com barras com filetes largos em azul sendo o motivo com flores alternadas em amarelo e manganês, divididas por laçarotes em hélice rematados por flor azul, sendo os de rodapé em esponjado manganês e nos espelhos dos degraus igual.
Os silhares de azulejos podem ter sido produzidos na década de 40 (?) do séc.XX, em reprodução dos finais do século XVIII, na Fábrica Viúva Lamego. Silhar azulejar na escada na antiga fábrica ao Intendente.E os esponjados também. A fábrica começou a laborar em 1849
Ao lusco fusco na noite de S. João