domingo, 7 de abril de 2019

Apelidos Macedo e Lemos em Ansião com origem em Góis?

Foto gentilmente cedida pelo meu primo Afonso Lucas 
Postal da vila de Ansião da primeira década do sec.XX, pelo traje comprido das mulheres e dos lampiões a petróleo.

Na esquerda o  solar mandado construir  na Rua Direita por Pascoal José de Mello Freire dos Reis 

Diz-nos José Luiz de Macedo( ...) por falecer cedo não o viu acabado, e o herdeiro, seu sobrinho de Almofala de Cima, quem lhe o vendeu, aproveitou as cantarias e acabou para sua nova morada.

A foto documenta o seguimento do solar para sul tinha um alto e  belo jardim.

Na década de 30 do séc.XX, aqui viveu o  farmacêutico Lima , aceitando a expropriação do jardim  para ser  construída a Praça do Peixe  em 1938, ladeada por duas transversais.

Os penúltimos arrendatários da parte norte do solar da família "Sousa" com possível raízes em  Ansião  onde viveu com duas filhas - a Céuzinha e Alicinha, sendo o pai funcionário público nos Paços do Concelho. Naquele tempo as suas filhas conhecidas "pelas Sousas" haviam daqui se mudar entre os finais de 1950 para o Quebra Costas em Coimbra, onde montaram uma pensão. 

Recordo  nos finais da década de 60/70 do séc. XX, por o dono não viver em Ansião ter sido construído uma pequena casa no tardoz pela " Ti Gracinda dos cachopos" na boca do povo, a casa tinha sido levantada de noite, e ainda lá está... 

Culturalmente realçar os infortúnios que este solar foi vetado desde o seu nascer olhando à sua envergadura imponente. Referir que expressa a vontade de Pascoal dos Reis ter a  intenção de voltar à sua terra natal e nesse papel  o destacar a mérito e louvar se mostrar inédita noutros ansianenses. Não distingo a mesma faceta em mais nenhum, nem antes e no seu tempo, e depois dele, raro, em quase todos uma vez saídos de Ansião para estudar em Coimbra, bacharéis ou licenciados ficaram a exercer na cidade ou foram para outras terras onde o trabalho os levou e se fixaram. Nenhum a destacar na real intenção maior de voltar à terra que os viu nascer para ajudar ao progresso , tão pouco nenhum a escrever o que sentia e do conhecimento que tinha da sua terra, suas tradições e emoções do que viveu e sentiu e ainda do seu povo, os nomes das famílias.Por isso a indignação em tristeza.

Árvore genealógica por Henrique Dias
Com cerca de 20 anos já estava em Ansião, tendo casado com a D. Máxima Justina da Silva que viria a falecer em 1845. Nesse período de tempo tiveram pelo menos 8 filhos.
Foi Boticário e Escrivão da Administração do Concelho de Ansião.
Pela data trabalhou na Cabeça do Bairro na Casa da Câmara.
Volta a casar em 1853, com cerca de 43 anos de idade com a D. Maria do Carmo Augusta de Lemos da Freguesia de Maçãs de Dona Maria. Deste consórcio nasceram pelo menos mais cinco filhos.
Apelido Lemos da esposa a sua origem  para o filho Júlio o ostentar?

No Arquivo Nacional da Torre do Tombo o convento de Nossa Senhora da Consolação de Figueiró dos Vinhos  1736 e 1739 provisão aos oficiais da câmara de Figueiró dos Vinhos para dar uma hora de água  às Madres do Mosteiro de Santa Clara dessa vila em que um dos juízes ordinário era Luís Temudo de Lemos. Na mesma data Francisco Xavier de Lemos Lobo  escrivão da Câmara e almoçataria de Figueiró dos Vinhos. 
No Livro de António Augusto da Costa Simões encontrei referência a dois Capitães
- Manuel António da Costa Lemos, de Melgaz, freguesia de Maças de D. Maria com casa e capela particular de orago  a Santo António.
- João António da Costa Lemos, da Carreira, freguesia da Arega, morreu a 22 de julho de 1856,  onde teve casa com capela  particular de orago a S. Caetano sem saber se lá se encontra sepultado.

Um Lemos quiçá irmão da esposa de José Luiz de Macedo capitão tenha aportado a Ansião (?). 

Correlacionei informação de apelidos que se cruzaram no concelho de Ansião num trabalho publicado na Academia EDU do investigador Miguel Portela sobre a família Temudo de Figueiró dos Vinhos, entronca nos apelidos - Sousa, Godinho, Lemos, Rodrigues, Vide, Ventura (...) Belchior Temudo Godinho filho de Manuel Filipe e Ana Ventura de Figueiró dos Vinhos.Casou com Paula de Lemos filha de Silvestre Rodriguez e Maria da Vide, naturais e moradores em Maçans de Donna Maria. O seu irmão Francisco Temudo foi ordenado sacerdote em 9.5.1664 nas Ordens Menores em Coimbra, arquivo da Universidade de Coimbra, caixa 529. Os seus descendentes vieram a ocupar os principais cargos de administração concelhia em vários concelhos, em cargos militares, e nos quadros económicos, sociais e religiosos na vila de Figueiró dos Vinhos e nos concelhos vizinhos»

Aparece referenciado com farmaceutico
Cortesia do Dr Amérco Oliveira
Faleceu em Ansião a 2 se Março de 1898, aos 87 anos de idade

Cemitério de Ansião
Sepultura de José Luís Macedo 
Lápide com  epitáfio  Recordação dos seus filhos
Atendendo aos líquenes na pedra em pressa sem reparar com o devido cuidado se algum dos filhos aqui também está sepultado. A lápide menciona - Supõe-se nascido em 1810 parece impossível nenhum  dos 13 filhos  com estudos não saber,  faz pensar...
O apelido Macedo em Ansião aos dias d'hoje
A minha querida mãe lembra-se vagamente de alguém de apelido Macedo que trabalhou nas finanças e morava no Moinho das Moutas, faleceu sem saber se a esposa cá ficou ou não. 

Então não se comemorava o dia de aniversario???

Cortesia de  por Henrique Dias  do registo de nascimento de José Luís de Macedo
Nasce em 30 de Junho 1810 em Trouxemil, Coimbra, onde foi baptizado a 8 de Julho desse ano.
Filho de João Luís de Macedo e de  Mãe Rosa Pereira de Faria. 
Neto paterno de António Marques  e de Maria Josefa de Macedo do Bispado de Braga
Neto materno José Roriz da Conceição natural de Cavaleiros da freguesia de Barcouço no concelho da Mealhada e de D Ana Leonor de Faria natural de Setúbal .


Pertinente  analisar o que escreveu e José Luiz de Macedo no séc XIX
Com menção no livro Ilustres Ansianenses do Dr Manuel Dias «João Luís de Macedo foi escrivão da Administração do Concelho de Ansião, partidário do partido Regenerador, natural de Ansião, comprou o solar inacabado aproveitando as cantarias e o finalizou para viver com a família, assim deixou escrito o seu filho José Luís de Macedo. Pascoal José de Mello Freire mandou construir em Ansião um bom edifício de vivenda que não chegou a ver concluído. Esse edifício, em estado de ruína, foi vendido por José de Melo Freire, de Almofala de Cima, filho de Bernardo Freire de Melo, capitão-mor das extintas ordenanças, um primeiro e outro segundo sobrinho do eminente jurisconsulto, ao pai (João Luís de Macedo) de quem escreve estas linhas, José Luís de Macedo, que o fez reconstruir, aproveitando-lhe as paredes e a cantaria, e que do mesmo faz sua casa de habitação,  já não vivia nenhum descendente de Pascoal de Mello Freire em Ansião, apenas em Almofala de Cima». 
O autor não correlacionou a nota (sobre a descendência) a tomando como certa, abrindo lacuna para o contradizer. No séc XXI,  em Ansião, ainda vive descendência deste ilustre ansianense Pascoal dos Reis na vila e no concelho, investigação morosa na sua interligação de 50 anos !
Infelizmente ainda constatar quer na toponímia em Lisboa quer em Ansião o nome sem o apelido Reis e na Escola C+S de Ansião a ditar que os seus descendentes não se identifiquem em Ansião nem no Mundo...
Brutal desconhecimento cultural sobre as gentes de Ansião!
O certo na toponímia? 
Rua Dr Pascoal  Mello Freire Reis 
 O filho de José Luiz Macedo, o Dr Júlio de Lemos Macedo
Ilustre Ansianense encontra-se retratado em livro do Dr Manuel Dias transcrito em menor parte por mim e a maior pelo Henrique Dias « natural de Ansião, tendo concluído o Curso de Direito em Coimbra em 1885. Advogado, magistrado e político, em Ansião apenas foi Notário, após a implantação da República mantinha os seus ideais monárquicos de sempre, e saiu várias vezes prejudicado na sua vida profissional por força das suas convicções políticas, tendo sido várias vezes preso depois da implantação da República. Na sua pretensão de ser representante do Ministério Público, num desses Tribunais Administrativos das novas Comarcas e não o conseguindo desiludido, saiu de Ansião, em 1887 inicia a carreira da advocacia em Vila Nova de Famalicão 1888 como Procurador Régio na Comarca de Macedo de Cavaleiros 1891-93.
É Procurador Régio na Comarca de Valença 1893-95 .
É Procurador Régio na Comarca de Vila Nova de Ourém 1895 .
Passa a exercer a advocacia no Porto 1911. 
Foi preso pela 1.ª vez, no dia 22 de Maio 1912.
Em Abril embarcou para o Brasil, fugindo às perseguições republicanas 
Em 1912 Publica no Rio de Janeiro o livro Do Aljube ao Alto do Duque.
Um dos monárquicos de renome nacional que, após a implantação da República, permaneceu em Portugal até Abril de 1912, altura em que embarcou para o Brasil, era natural de Ansião - trata-se do Dr. Júlio de Lemos Macedo, filho de um importante influente do Partido Regenerador, em Ansião, José Luís de Macedo nascido em 1810, foi escrivão da Administração do Concelho, tendo falecido no dia 3 de Março de 1898. Nascido no princípio da segunda metade do século XIX, frequentou os meios académicos de Coimbra entre 1877 e 1885, data em que concluiu o seu Curso de Direito na Universidade de Coimbra. Em 1886, já sob o Governo Progressista, criaram-se os Tribunais Administrativos, tendo ele pretendido ser representante do Ministério Público, num desses Tribunais, mas não conseguiu. Desiludido, saiu de Ansião, em 1887, e foi advogar para Famalicão. Nesse mesmo ano, conseguiu ser nomeado Administrador de Esposende. Em 1888, foi despachado Procurador Régio para Macedo de Cavaleiros. Entre 1891 e 1893, exerceu o mesmo cargo em Valença, sem qualquer polémica; para se aproximar da sua terra natal, conseguiu, em 1893, a sua transferência para Vila Nova de Ourém, mas, em 1895, foi vítima de perseguições e de polémica, em que se envolveram vários jornais, entre os quais A Vanguarda (a acusá-lo) e A Província (a defendê-lo) e acabou por pedir a sua exoneração.A acusação, feita através do jornal A Vanguarda, de 11 de Fevereiro de 1895, por intermédio de um artigo anónimo, com origem em Vila Nova de Ourém, e com o título “Cenas edificantes num Tribunal”, dizia que o Delegado do Procurador Régio da Comarca (precisamente o Dr. Lemos Macedo) tinha insultado uma testemunha, chamando-lhe, entre outras coisas, “asno”, e que, a propósito, o advogado do réu chamara o Delegado de “indecente” e declarara mesmo que se envergonhava de lhe chamar colega.Dando por finda a carreira de magistrado, fixar-se-ia no Porto, onde passou a exercer a advocacia. Apesar da sua esclarecida militância no partido monárquico dos Progressistas, foi sobretudo por causa da corrupção da classe política, que Júlio de Lemos Macedo votou em 1906 no Partido Republicano, ajudando a eleger Afonso Costa, Paulo Falcão e Xavier Esteves, esperando que os deputados republicanos contribuíssem para fiscalizar a corrupção monárquica. No entanto, logo se arrependeria desse voto. Em 1903, aquando da dissidência de João Franco do Partido Regenerador, que haveria de criar o Partido Regenerador-Liberal, apoiou, depois de ter sido instado a fazê-lo, João Franco, de quem se tornou amigo e conselheiro, revelando algumas das suas qualidades, designadamente a honestidade e a energia.No dia 30 de Outubro de 1906, em comício no Centro Regenerador Liberal do Porto, fez declarações no sentido de evitar a entrada do Partido Republicano na Câmara do Porto, para impedir a sua propaganda “demolidoraO Dr. Lemos Macedo considerou que foi o excesso de liberalismo de João Franco que levou ao Regicídio do dia 1 de Fevereiro de 1908. Macedo foi um acérrimo opositor do Partido Republicano. Após a implantação da República, Lemos de Macedo mantinha os seus ideais monárquicos de sempre, e explica porque lhe desagradava o novo sistema político. Na conjuntura revolucionária do “5 de Outubro” foi considerado pelos republicanos como activo elemento da oposição monárquica. Só não saiu de Portugal, com os seus correligionários, para a Galiza, porque tinha uma filha doente e achava que ela precisava de si. Permaneceu no Porto, onde foi preso por três vezes: no dia 22 de Maio de 1911; em 8 de Julho do mesmo ano; e na sequência dos acontecimentos revolucionários de 29 e 30 de Setembro de 1911, por ter sido apontado como um dos seus cabecilhas. Das três vezes, foi posto em liberdade, embora da última vez tenha estado preso dois meses no Aljube. Felizmente, a sua primeira detenção só se manteve por escassas horas. Mas a vigilância sobre a sua pessoa e sobre todos os seus actos era uma constante com a qual teria de contar sempre.Menos de dois meses depois, ou seja no dia 8 de Julho de 1911, seria detido pela 2.ª vez. Eram cerca das 15 horas, quando na Rua de S. Bento da Vitória, onde se tinha dirigido em serviço, foi abordado por um agente da Judiciária que pediu que o acompanhasse junto de um Inspector já seu conhecido. Daí, sem mais delongas nem explicações, seria conduzido à prisão do Aljube.Nas vésperas da primeira incursão monárquica de Paiva Couceiro ao Norte do País, a capital do Norte foi acometida de alguns acontecimentos contra-revolucionários, que só contribuíram para encher as prisões dos mais abnegados monárquicos acusados de estarem envolvidos no movimento anti-República. O nosso conterrâneo, foi, na sequência daqueles acontecimentos, novamente preso, e desta vez passou uma temporada no Aljube e no Forte do Alto do Duque.A sua vida em Portugal nunca mais foi a mesma e decidiu que só poderia ter liberdade e paz fora do País. Por isso, a 9 de Abril de 1912, embarcou no “Orcoma”, belo paquete da Companhia do Pacífico rumo ao Rio de Janeiro, subtraindo-se, assim e definitivamente, a toda esta perseguição política.Cinco anos mais tarde, apresentou nove Teses Jurídico-Sociais perante a Faculdade de Direito do Rio de Janeiro que mereceu o parecer favorável da Comissão de Exame, vendo assim revalidado o seu Diploma para o exercício da Advocacia no país irmão.Anos depois perdeu-se-lhe o rasto deste conterrâneo.»

Outra sepultura no cemitério de Ansião com apelido Macedo
Do juiz de direito João Batista Martins Jorge falecido em 1910
Maria do Carmo Macedo Martins
Jorge Vieira Carvalho Macedo Martins
Adelaide Júlia Martins
A origem do apelido Macedo em Portugal ?
Wikipédia - Maceda termo interligado a sitio de macieiras e maças.No tempo antigo se chamava Mazanedo e se corrompeu em Macedo.
Tomo VI  I 450  Lelo de Moncorvo « (...) D Joana Gomes de Macedo, filha de Rui Gomes de Mascarenhas, comendador  de S. Miguel de Abambres cuja igreja edificou...casou com Jacome Luiz Sarmento (...) Em Macedo de Cavaleiros todas as casas nobres da cidade e noutras províncias são de Macedos -  João de Macedo desta cidade, alcaide mor de Outeiro descendem os Condes de S. Miguel e mais nobreza - Figueiredo Sarmento- Moraes Soares. Ainda se conserva o Morgado instituído em 1353 por Rui Fernandes de Macedo  filho de Fernão Esteves de Macedo com descendência - Aires Fernandes de Macedo, Gonçalves Fernandes de Macedo, pai de Martim Gonçalves de Macedo que livrou o rei D João I , na batalha de Aljubarrota (14.08.1385) em que socorreu o rei D. João I, matando Álvaro Gonçalves de Sandoval, cavaleiro castelhano que desarmava o rei. »

Arquivo Nacional da Torre do Tombo da Casa dos Condes de Sortelha e Senhores de Góis  1527 - 1617« D. Aniara da Estrada, natural das Astúrias, veio para Portugal com o conde D. Henrique. Em Agosto de 1142, o infante D. Afonso e a sua mãe, D. Teresa, doaram-lhe a vila e senhorio de Góis, tornando-se no primeiro senhor da Casa de Góis de que descendem os condes de Sortelha - Fernão Gomes de Lemos ou de Góis, do conselho do rei, senhor de Góis, foi casado com D. Leonor da Cunha, e foi pai de D. Beatriz de Góis.
Nuno Martins da Silveira, cavaleiro, rico homem, do conselho e escrivão da puridade do senhor Infante depois rei D. Duarte, coudel mor do reino, vedor mor das obras nas comarcas da Estremadura, de Entre Tejo e Odiana (Alentejo) e do Algarve. Sobrinho de Leonor Gonçalves da Silveira. Casou com Leonor Gonçalves de Abreu, rica dona. Foi pai de Diogo da Silveira e de Fernão da Silveira. Instituíram a capela cantada no mosteiro de São Domingos de Évora, nomeando como administrador, seu filho mais velho, Gonçalo da Silveira - Diogo da Silveira, do conselho régio, escrivão da puridade do rei, foi veador das obras. Foi irmão de Fernão da Silveira, coudel mor de D. Afonso IV, e de Vasco Martins da Cunha. Foi casado com D. Beatriz da Cunha ou de Góis (filha de D. Leonor da Cunha e de Fernão Gomes de Lemos) - Nuno Martins da Silveira, senhor de Góis, mordomo-mor da rainha, do conselho do rei, foi veador das obras e provedor-mor dos hospitais, capelas e resíduos. Era irmão de Henrique da Silveira. Foi casado com D. Filipa de Vilhena, e seu testamenteiro. Foi pai de D. Luís da Silveira - D. Luís da Silveira (ca. 1481-1534), senhor de Góis, primeiro conde de Sortelha, foi casado com D. Beatriz de Noronha. Teve os ofícios de guarda-mor e de vedor mor das obras, e o de chanceler-mor que o rei lhe tirou. Recebeu do rei a alcaidaria-mor do castelo de Évora e comprou as dos castelos de Alenquer e de Sortelha. Foi tutor de D. Guiomar Coutinha, sua cunhada, por falecimento da mãe, e testamenteiro de sua mulher, e de Marta de Melo, escrava de sua sogra e depois tornada forra. Poeta palaciano e valido de D. João III. - D. Diogo da Silveira (ca. 1520-1586), filho mais velho de D. Luís da Silveira, foi o segundo conde de Sortelha e seu alcaide-mor, por nomeação paterna. Foi do Conselho de Estado, guarda-mor e capitão dos cavaleiros da Guarda do Rei, durante os reinados de D. João III, D. Sebastião e do cardeal D. Henrique. Casou com D. Maria de Meneses.
(...) Após o casamento de D. Diogo da Silveira (1420)com a herdeira do morgadio de Góis, D. Beatriz Lemos de Goes (ou da Cunha), os Silveiras passaram, no século XIV, a ser senhores de Góis. Esta família tornou-se numa das mais importantes da nobreza do reino, criando alianças matrimoniais que consolidaram essa posição. Os seus membros desempenharam importantes cargos na Corte régia. Veja-se o exemplo de D. Diogo que foi escrivão da puridade do rei D. Afonso V e fez parte do conselho régio. O seu pai, Nuno Martins da Silveira, já havia sido escrivão da puridade dos reis D. João I e D. Duarte; o seu filho, Nuno da Silveira, foi de D. Afonso V e de D. João II.
O elevado estatuto da família, graças ao seu património e às relações de parentesco e de Corte, contribuíram para que fosse atribuído o título de 1.º conde de Sortelha a D. Luís da Silveira (c.1483-c.1533) por carta de 22 de junho de 1527. Este senhor casou-se com D. Beatriz de Noronha e foi guarda-mor do rei D. João III, vedor das obras do Reino, chanceler-mor, embaixador a Castela, além de ter desempenhado um importante papel na gestão do património material e simbólico da sua Casa e na construção de infraestruturas e outros melhoramentos na vila de Góis.
Os seus descendentes continuaram a assegurar o estatuto da Casa. Sucedeu-lhe o filho D. Diogo da Silveira, 2.º conde de Sortelha, que se casou com Maria de Meneses, e depois o bisneto, D. Luís da Silveira (1578-1617), terceiro e último conde de Sortelha.»

Apelidos sublinhados a negro que existiam no concelho de Ansião, a evidenciar ligação.

Bandeira, Ana Maria Leitão Mano muito do meu coração…” Reconstituição do arquivo pessoal de D. Francisco de Lemos e transcrição das cartas de seu irmão João Pereira Ramos de Azeredo Coutinho (1775-1779) (...) correspondência familiar recebida por D. Francisco de Lemos de Faria Pereira Coutinho que lhe foram dirigidas por seu irmão João Pereira Ramos de Azeredo Coutinho.  D. Francisco de Lemos vivia os primeiros anos da implementação da reforma universitária e exercia, simultaneamente, o cargo de governador do bispado de Coimbra, durante a prisão do bispo D. Miguel da Anunciação. Francisco de Lemos de Faria Pereira Coutinho nasceu em 05.04.1735, na casa e morgado de Marapicu, freguesia de Santo António de Jacotinga, Rio de Janeiro (Brasil), sendo filho de Manuel Pereira Ramos de Lemos e Faria e D. Helena de Andrade Souto Maior Coutinho. Estudou em Coimbra, no Real Colégio das Ordens Militares, e nesta cidade recebeu a prima tonsura e as quatro ordens menores, em 09.09.1753, concedidas pelo Bispo de Macau, D. Bartolomeu Manuel Mendes dos Reis, na Capela de São Francisco de Borja, do Colégio de Jesus. Frequentou a Faculdade de Cânones, desde 1740, tendo obtido o grau de licenciado em 24.07.1754 e o doutoramento em 24.10.1754; tendo sido opositor às cadeiras de Cânones, logo após o seu doutoramento.(...)Fez parte de uma deputação organizada pelo general Junot, que se dirigiu a Baiona, encarregada de prestar cumprimentos a Napoleão, tendo saído de Lisboa em 17.03.1808. Devido à Guerra Peninsular e aos movimentos militares que tiveram lugar, só pode regressar ao país em 09.11.1810. Quando se preparava para entrar em Coimbra foi mandado desterrar para o Porto, por ter sido considerado traidor à pátria, ali permanecendo até 1812. Redigiu em sua defesa, em 1811, uma exposição dirigida ao Príncipe Regente, justificando a sua ausência do país e pedindo para regressar à sua diocese. Só lhe foi permitido regressar à sua diocese de Coimbra e à Universidade por Aviso Régio de 07.08.1812, tendo regressado apenas em 23.12.1813. Deve-se-lhe o empenho na reforma universitária, bem como a direção das obras de construção dos novos edifícios da Universidade: Museu de Boletim do Arquivo da Universidade de Coimbra, XXX [2017], pp. 35-160 43 História Natural, Observatório Astronómico, Gabinete de Física, Hospital, Jardim Botânico, etc., bem como a renovação da Imprensa da Universidade. Em 1817 foi contestado na sua atuação na Universidade, tendo surgido espalhados pela cidade alguns pasquins; dirimiu, então, diversas questões com os lentes da Faculdade de Medicina, doutores Ângelo Ferreira Dinis, Jerónimo Joaquim de Figueiredo e José Feliciano de Castilho, tendo conseguido a suspensão das suas funções, mas mais tarde vieram a ser reintegrados. Foi seu homónimo seu sobrinho Francisco de Lemos de Faria Pereira Coutinho, nascido em Lisboa, em 29.10.1778, filho de seu irmão João Pereira Ramos de Azeredo Coutinho e de sua mulher D. Maria Ramalho Cardal Arnaut de Rivo. Enquanto Bispo de Coimbra, usava também os títulos de Conde de Arganil e Senhor de Coja. Devem-se-lhe diversas cartas pastorais, algumas das quais foram impressas em Lisboa, providenciando sobre instruções aos párocos, as dispensas matrimoniais, etc. Faleceu na Quinta de São Martinho (freg. São Martinho do Bispo, c. Coimbra), propriedade da Mitra de Coimbra, em 16.04.1822.»

A Estrutura Administrativa de Penela nos séc XVII/I de Cristóvão Mata 
« (...) António Correia de Macedo tabelião e judicial de notas da vila de Penela em 1690
O  excerto revela-nos apelidos ainda a perdurar no concelho de Ansião e Cinco Vilas - Abreu, Martins, Silveira com outros aqui com raízes - Noronha e Lemos.

(...) com ascendência em António de Macedo (século XVI), vários membros desta família serviram na praça de Mazagão, no Norte de África, até ao seu abandono em 1769 por ordem do Marquês de Pombal. Mais recentemente, deve referir-se João Maria Ferreira do Amaral, assassinado pelos chineses em 1849, sendo governador de Macau.
O apelido composto - Ferreira do Amaral e outro irmão Francisco Joaquim Ferreira do Amaral (1844-1923), governador de Moçâmedes, de São Tomé, de Angola e da Índia interligados a Campelo a desenvolver noutra crónica.


Quinta de Maceda
Atestada na  toponímia no Alvorge a poente na saída do actual Lar, indicia aqui viveu gente vinda de norte.
Corografia Portuguesa (1706), do Padre António Carvalho da Costa
Chama D. Afonso Lopes de Lemos ao D. Afonso Pires de Lemos referido pelo conde D. Pedro. E di-lo casado com D. Maior de Naboa y Menezes, da Casa de Maceda, que só pode ser uma versão setecentista da D. Mor Anes, filha de João Pires de Nóvoa, referida pelo conde D. Pedro como mulher do antedito D. Afonso Pires...»

Origem do apelido Lemos interligado ao Senhorio de Góis
http://www.soveral.info/casadatrofa/trofa2.htm
Origem galega com ascendência da Casa da Trofa se documenta com este nome é Giral ou Geraldo Martins de Lemos, escudeiro, alvazil do cível de Lisboa (1383-4), referido por Fernão Lopes como um dos cidadãos e escudeiros de Lisboa que apoiaram o mestre de Avis, que nasceu cerca de 1325 e faleceu antes de 1396(...) nos séculos XV para o XVI, o aparecimento de indivíduos com o nome Lemos que são certamente cristãos-novos que o adoptaram com a conversão forçada de 1497, ou livre conversão anterior, como são os casos, por exemplo, de Diogo de Lemos, mercador com loja de mercadoria pública, que foi ouvidor na ilha de Angra, por nomeação do respectivo donatário, tendo D. João III a 6.12.1527 mandado que o corregedor da ilha Terceira o informe sobre essa nomeação. Ou da Guiomar de Lemos, mulher de Lopo Fernandes, moradores em Estremoz (...) 

Sem a veleidade em aprofundar a genealogia  que os excertos incitam sobre os apelidos que se entroncam  em ligações nobiliárquicas a  Ansião, antigas Cinco Vilas e concelhos limítrofes

Senhorio de Vagos Gomes/Silvas, Silvas/Coutinho e Telos/Menezes e Senhorio de Abiul
Senhores de Pedrogão Grande - Leitão Freire d'Andrada
Condes de Figueiró dos Vinhos D Francisco de Vasconcelos
Condes de Redondo D Vasco Coutinho
Condes Castelo Melhor D Rui Mendes de Vasconcelos
Marqueses de Vila Real D Pedro de Menezes
Duques de Aveiro D João de Lencastre e Távora
Senhor de Ansião D Luís de Menezes
Visconde da Várzea  Alfredo César Lopes Vieira
Alvorge  José António Figueiredo da Guerra 
Rabaçal (Duque do Cadaval) D Nuno Álvares Pereira de Melo
Pombalinho Senhorio dos Almadas e dos Abranches
Barão de Alvaiázere D Manuel Vieira da Silva
Conde de Penela D João de Menezes de Vasconcelos
Visconde de Podentes Jerónimo Dias de Azevedo Vasques de Almeida e Vasconcelos
Conde de Condeixa D Francisco de Lemos Ramalho Pereira de Azeredo Coutinho
Visconde de Condeixa João Maria Colaço de Magalhães Velasques Sarmento
Conde de Soure D. João da Costa
Visconde de Degracias António Augusto Cardoso Amado de Albergaria Vale
Senhor da Arega Martim Afonso de Melo
Viscondessa do Espinhal D Maria da Piedade de Melo Sampaio Salazar
Viscondessa de Canas de Aebhorm D Maria Isabel de Melo Freire de Bulhões,de Arganil
Condes da Lousã D. João de Lancastre
Visconde de Sousel
 António José de Miranda Henriques da Silveira e Albuquerque Mexia Leitão Pina e Melo
Conde de Ourém D. João Afonso Telo de Menezes
Pombal vila do Marquês de Pombal

Interessante relação de todos com interligação e interesses a Ansião e antigas Cinco Vilas a se estender ao alto Alentejo e à ilha da Madeira pelo brasão dos Câmara de Lobos na capela da Casa Senhorial dos Condes de Castelo Melhor em Santiago da Guarda e na Aguda onde prevaleceram apelidos - Câmara e Pestana que identifiquei em lápides no seu cemitério a invocar a mesma descendência.Ainda ligação ao Paço na Granja dos Jesuítas de Évora com esta cidade. Ao Senhorio de Vagos com Abiul, terras no alto Alentejo e Algarve, bispos em Portalegre, Lamego e Algarve.
Verossímil o apelido Lemos e Macedo se deslocalizaram por casamento da região de Góis e Arganil para  Trouxemil, Coimbra e Figueiró dos Vinhos para Ansião, a evidenciar o mesmo de outros apelidos  Fonseca, Nogueira e o Freire de Pedrogão Grande.

O Espinhal na Corografia Portuguesa 
O seu Comendador de Santa Eufémia  - Luís de Sousa, Barão da Ilha Grande, filho de António de Sousa Macedo. 

Apelidos a perdurarem no tempo e a se perder, o apelido Macedo julgo ainda persista, e o Lemos talvez não. Façam-se anunciar!

Prefaciando as bonitas palavras do grande amigo das Cinco Vilas, fervoroso amante na Genealogia, Henrique Dias
Façam-se anunciar 
Sem Passado não há Futuro
Sem História não há Cidadania!  

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