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domingo, 15 de março de 2015

Cerveja artesanal de Vila Verde em grande no mercado do Campo Pequeno

Decorreu desde sexta dia 6  até domingo no Campo Pequeno o Mercado groumet  e vinhos.
Em família com a nossa  filha e o Vicente, na nossa primeira experiência deste género, logo no primeiro dia.
Na praça para assistir a uma tourada, propriamente não entrava desde a década de 60.
Na arena havia expositores com  variedade de queijos, enchidos, doces e afins, pão, azeite, ervas aromáticas e condimentos.Boa apresentação de enchido,  chouriça caseira a mais de 25 € o quilo, apesar de fabrico artesanal, de preço exorbitante, o mesmo senti no queijo, numa banca muitos de casca a esfarelar de Castelo Branco... Comprei uns queijinhos secos de Évora em saco de plástico fechado. Enganada na prova com tapas finíssimas onde o sal  mal se fazia notar, ou estaria esfomeada que nem lhe tomei o gosto? 
Ao pagar avisa-me para em casa os lavar para retirar o excesso de sal...De molho  em água 24 horas para se poderem comer, sem fazer mal...
No certame não me dei conta da Confeitaria de Ansião com banca no evento-, Amor Biscoito
Tão pouco sei se estiveram presentes, não as vi-, o que sei, nas outras vezes a minha crónica sobre Gastronomia e Doçaria de Ansião sofreu grande visualização, e desta vez ficou-se queda...
Senti  oferta de provas em mostra parca, a rondar o paupérrimo, algumas  bancas apresentavam umas tostas partidas ao meio, exíguas, a imitar lágrimas...Noutras havia minúsculos quadradinhos de queijo...Resquícios de chouriça ou presunto que se viam à transparência, alguns  queijos amanteigados abertos, que a medo nem me atrevi a experimentar, por não sentir empatia com as hospedeiras da banca, imagine-se houve uma delas que na volta me pede o palito...Supostamente para reciclar, ou poupar...
Pior algumas nada ofereciam, se mostravam renitentes nas ofertas-, que o deveriam ser de promoção em cativar com sorrisos e gestos público e no "engate" da conversa vender-, porque é preciso ter lábia e arte, na reviravolta perdedores por à partida acharem que a maioria das pessoas não seriam potenciais clientes ...
E eu a julgar que ficava saciava, como quem diz jantada!
Desculpem, jamais abusadora, mas ficar de água na boca...Foi demais!
Melhor no 1º andar, no camarote onde me  refastelei a beber um bom vinho de Arganil.
A hospedeira de origem estrangeira de primeira linha, deu-nos a provar as várias castas, o que quisemos, bem falante, atenciosa, interessada, boa escolha! Havia de parar noutra banca com vinho do Douro, casal simpático que explicou o processo de esmagamento dos cachos para obter o mosto...
Mas o que valeu a pena, e francamente gostei foi de provar na penúltima banca uma cerveja artesanal . 
Apelativa a  mostra em exposição, garrafas pretas com letras, por detrás dois bons anfitriões, bem falantes, simpáticos, um louro, outro moreno, interessados em cativar público seja a nota maior na  boa escolha para este tipo de certame granjear sucesso.
Da conversa  sinto reti pouca memória, e disso tenho pena, pois antes já tinha experimentado vinhos com estômago vazio a que juntei a cerveja , na dúbia estaria meio grogue...
Extasiada com aqueles dois jovens  que cativaram a família toda. Que brilho a falar do que sabem.
Também por ser um produto genuíno português, nascido na Universidade do Minho em  Engenharia Biológica.Sou muito patriótica, como todos devíamos ser.
Sediados  com fábrica em Vila Verde, julgo um deles em fase final de mestrado trouxeram  a sua cerveja artesanal  produzida no âmbito do projeto minhoto, com sabores diferentes para cada letra do alfabeto. 
No momento existem três cervejas Letra à venda: 
Letra A -, de trigo, é produzida segundo uma receita da região da Baviera, na Alemanha
Letra B-, de paladar leve, é 100% de cevada
Letra C-, preta, tem cinco tipos de cereais diferentes. 

Gostei muito da cerveja, sobretudo por ao beber não fui acometida de soluços, como acontece com a industrial, até me explicou a razão, julgo não tem gás, mas a memória, essa  toldada pelo álcool acumulado, e pelo aroma do lúpulo traiu-me...Conhecia outra fábrica de cariz semelhante "Acelera Vacas em Pombal" sita numa das minhas habituais rotas de passagem e dela vira reportagem na televisão, faziam cerveja num grande panelão...Cena risonha por me fazer recordar a história da carochinha; o  João Ratão a cair no caldeirão...
Vila Verde em alta no artesanato com os Lenços dos Namorados, e agora no apoio ao empreendedorismo, cativando jovens empresários. As instalações da fábrica, julgo edifício decadente revitalizado com apoios comunitários -, visão da autarquia na mesma dimensão dos empresários, acreditando no investimento de futuro com expansão de venda pelo País e também viajar pelo mundo, uma mais valia para as gentes do norte e para a Universidade do Minho, enquanto pólo dinamizador e berço de ideias concretizáveis no intuito de enraizar jovens  no emprego, também em revigorar de novo o cultivo do lúpulo, um dos componentes na cerveja, que confere aroma a frutos tropicais e a maracujá , sabor fresco que amei e de que maneira! 
Francisco Pereira e Filipe Macieira  os sócios da fábrica em Vila Verde.
Piada saber se eram  de fato mesmo eles!
A não ser estavam muito bem representados!
Senti talento!
O lúpulo outrora  na década de 60 produzido no norte dela ainda resquícios em Chaves onde o clima é propício. Os produtores mais antigos procuram passar o "bichinho" aos mais novos, para que os campos de lúpulo continuem a embelezar as paisagens do Nordeste Transmontano.
Luís Sá é filho do produtor mais antigo de Gimonde e confessa que não vai deixar morrer a cultura que preencheu a vida do seu pai. "Desde miúdo que acompanho a cultura do lúpulo. Aquilo que mais me fascina é a magia desta planta, que se tiver a temperatura e a humidade adequadas chega a crescer 25 centímetros por dia, até atingir cerca de sete metros de altura", enfatiza o jovem produtor. 


Fontes
http://www.jornalnordeste.com/
                                                          fotos google

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