O final d'ano, foi diria -, sem margem de erro, quase inédito, nesta minha longa vida.
Volvidos 16 dias somente se fez luz ,no lembrar que esqueci de aqui o recordar ...
Apostei ir aos festejos no Terreiro do Paço com Herman José, Pedro Abrunhosa e claro ver o fogo de artificio.Pelo natal há um costume desenfreado de comprar em demasia seja peixe, carnes, frutas , queijos para não falar dos doces que se fazem. Outro remédio não há que nos dias seguintes acabar com esses excessos-, porque a vida não está para se estragar seja o que for.
- De jantar de fim d'ano aproveitei umas sobras de peru assado a que juntei batatinha com couve cozida e castanhas.
- Tal como a sobremesa, acabei com o melão, fambroesas, romã e anona
- Trouxe para entrada camarão cozido.
- Fiz uns belozes de abóbora
- Não esqueci as passas de uva e de figo que pus estrategicamente num prato com as últimas broas castelar do natal
- Não faltou a tábua de queijos...talqualmente ainda sobras...
- Refastelados com o nosso bom jantar, arrumada a cozinha partimos a pé por Almada a caminho de Cacilhas com mochila às costas e nela as passas , o espumante e os copos.
- Na Praça S. João Batista só vislumbrei um casal...
- O mesmo em Cacilhas, ainda vazia de gente e de música. No entanto vi um batalhão de policia tipo "choque" a receber instrução do chefe em pleno parque de estacionamento.
- A Transtejo equacionou o volume de tráfego, fomos num grande catamaran.
Já em Lisboa eram multidões de gente a andar que vinha de todos os lados.
Furei a multidão para uma melhor visibilidade do palco.
- Cheguei-me à praça do Comércio já atuava, o Herman José, no mesmo registo de sempre para o pobrezinho...neste século XXI esperava mais criatividade.
- Uma delas de Arcos de Valdevez-, a mais atoleimava no acertar da coreografia ,ao ser interpelada do que mais desejava para o novo ano responde " gostava que os meus pais se entendessem..."
No instante veio-me à cabeça a lembrança de uma típica linguagem que ouvi quando estive em passeio nos Arcos junto ao rio Vez -, meio perdida de mapa nas mãos a conjecturar uma alternativa, vinda de Paredes de Coura, para de novo arribar a norte, mas por outro itinerário a caminho de Vila Nova de Cerveira, onde estava hospedada no Inatel, interpelei um GNR que me diz " oh caral...não vá por essa estrada...fod...s ... é buracos de meia noite..."
- Andava um balão a hélio a sobrevoar Lisboa-, sem medos do escuro.
Meia noite em ponto estalaram rolhas das garrafas de espumante -, a nossa uma delas, também dos saquinhos trazidos de casa, tiravam-se as passas.
Rapaziada nova com garrafas de uísque, e outras bebidas brancas. numa roda viva apassar de mão em mão pelo grupo de amigos e amigas que iam bebendo em fila...
- Misto de alegrias o que se fazia sentiar, nisto o cabo- verdiano no meu tardoz, após ter invorcado a sua garrafa, alegre a falar inglês, atreveu-se no deixar no tempo a mão em cima do meu ombro...ora estávamos acabadinhos de chegar ao ano novo não me ia indispor...
- Fogo de artifício, o costume em fausto vivido nas duas margens, quem estava junto ao rio o viu na sua plenitude e exuberância.
Magnífico mesmo o Pedro Abrunhosa, apresentou-se mais magro, um sedutor naquele andar enlouquece
qualquer mulher sensível -,que sem o querer, me fez lembrar do JE , já
do style o JM -, todos homens signo fogo...uma loucura estonteante!
- Fiquei com pena por não ter levado a minha jaqueta igualzinha à dele...
- Não sei o que aconteceu à lente da máquina...teimou parecer mosca preta nas fotos!
- Pior foi ter de vir embora... a ouvir " Tudo o que te dou"...
Para não perder o último barco...
- Francamente não gostei de ver raparigas bêbadas a cambalear junto das wcs... mal se tinham em pé-, disso francamente deixo-me triste, porque sou mãe, pensei nas delas, claro...
- Outros cambaleantes haveria de ver na espera do barco, também ao sair ,um deles se não fosse amparado tinha caído ao rio.
- Esqueci-me da postura, sentei-me no chão...
- Aberto o portal logo me levantei com este estar e de novo a caminho de volta a casa a penantes...
Chegámos pelas 3 da matina!
A melhor passagem d'ano nesta minha vida com o meu ídolo, um homem do norte, como eu gosto e muito!