Há 41 anos, feriado fui de carro com a minha mãe a Coimbra, para comprar salgados e bolos para levar no farnel da 1ª excursão à Serra da Estrela organizada pelo Externato em Ansião no dia seguinte. A gasolina foi-nos vendida à socapa, depois de muita súplica, atrás da bomba, para meu espanto os ranúnculos do pedestal do "mata frades" António Joaquim de Aguiar, estavam todos arrancados, derramados pelo chão com muitos panfletos e gentes de um lado para o outro...Não compreendi nada, tinha 16 anos!
Houve anos que fui à manifestação na Alameda.Depois havia de me cansar de tanto alarido, de pouca mudança neste País de oportunistas e gente reles!
Em caminhada pela manhã a ganhar apetite para a favada do almoço, até ao Cristo Rei.
Avistei no Tejo golfinhos pintados nas sapatas dos pilares da ponte
Na arriba fóssil muito funcho florido em maio, a imitar as Maias
Toda a falésia do Cristo Rei agora de cara lavada com vedação de segurança, arruamentos, bancos de pedra, via sacra e muita oliveira.
Imensos cliques de turistas nesta paisagem avassaladora.Sob névoa encoberta , havia excursões, uma delas com turistas alemães. Pelo Tejo desfilavam ao despique três semi rígidos carregados de gente, ainda um antigo cacilheiro com turistas e pelo ar um helicóptero de passeios.
Teimei perante os visitantes subir ao pedestal da estátua, para a imitar na ligação do abraço, neste DIA DO TRABALHADOR, a imagem que deixo a todos aqueles que humildemente trabalham e não se resignam, seja nas poucas regalias e nos ordenados baixos, neste País de patronatos, de modo geral vígaros, oportunistas, sem valores, que se valem descaradamente dos mais fracos para enricar milhões!
Hoje, 1 de maio, também é aniversário da estação de Santa Apolónia, construída num antigo convento, inaugurada em 1865, perfazendo 150 anos.
Local de chegada e partida, com monumento dedicado aos emigrantes, lápide da viagem de Humberto Delgado, também foi palco da viagem de um Papa até ao Porto e,... |
Tantas vezes por aqui sempre descubro fósseis com milhões de anos.
Descobri uns fragmentos de faiança, o de riscas em azul clarfo é bem antigo, possivelmente século XVIII(?) e um de azulejo igual aos bancos do jardim da quinta da Arialva, que fica no sopé da falésia...
Banco forrado a azulejo do jardim da Quinta da Arialva mandada edificar em 1757(?) por João O'Neill, nobre irlandês, católico e exilado que aqui se estabeleceu com um negócio de produção e armazenamento de vinhos.
Sobranceiro ao Tejo o que resta da bucólica casa de chá(?) da quinta e no tardoz os bancos que fotografei há anos.
Foto da construção do Cristo Rei patente na exposição no santuárioNa envolvente deparei com novas infraestruturas que desconheço a função futura.
Olival em flor. Lamentável não ser aproveitada, pelo chão ainda resiste azeitona ressequida do ano passado...Bem podia a direção do Santuário ou doar ou mandar apanhar a azeitona. Se a Câmara recuperasse ao fundo da falésia o antigo Lagar de Varas na Quinta da Arialva
O certo era fazer de raiz um para azeite, seria aposta certa, porque há muita oliveira no concelho cuja azeitona não é aproveitada, e devia
Parque de merendas, onde não faltam mesas cobertas com bons toldosEm redor integrado no Campo de Futebol de Almada, o moinho, o último de antanho
As canas fazem vedação a uma Quinta do Pragal
Muro pertença do antigo Forte de Almada, onde ainda é visível aglomerado de fosseis que um dia destes é coberto a cimento e se voltam a esconder por anos.
Vila Foles no Pragal
Apanhei capuchinhas em cores alegres em tons de laranja para enfeitar as minhas jarrinhas "casca de Cebola"
Fontes
http://lugaresdealmada.blogspot.pt/