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sábado, 8 de agosto de 2015

Bem-Fica ao Colombo na miragem da Quinta da Granja

Ontem o mote do passeio foi a caminho do Centro Comercial Colombo. 
Bem-Fica - Benfica, há que tempos aqui não vinha! 
Sexta feira, incrédula com o movimento alvoroçado ao almoço, recinto cheio, valeu-nos as bifanas de Vendas Novas, a imperial fresquinha e sericaia com ameixa d'Elvas . 
O carrinho de brincar fez-me recordar o Vicente
Refastelados com o almoço de volta à atmosfera de Benfica, com uma temperatura de 25 graus, na teima apreciar o espaço, sua envolvente e recentes mudanças.
Lamento afirmar que achei os arrabaldes péssimos, com o asfalto em placas de cimento partidas, muitas desengonçadas, tropecei várias vezes, vi jeito de queda iminente.
Na rua avistei o gradeamento vermelho do Estádio do Benfica em tamanha grandeza em prol do outro lado do viaduto, seja o barraquim de rouparia e acessórios, defronte dum terminal rodoviário de telhados em verde-, uma parovela, circundada por prédios altaneiros a nascente, o Colombo, e pela frente a quinta da Granja!
Quinta da Granja
Fotografia de João de Almeida
Não distingui o Quiosque, de cariz moderno, inserido no Parque Urbano da Quinta da Granja.
Propriedade camarária, reúne um interessante espólio representativo de vários aspetos que marcaram o modo de vida tradicional de uma quinta agrícola: o lagar, a coleção de utensílios e maquinaria agrícola e a coleção de cangas. 
Para além disso foi criado um Parque Hortícola, conjunto de hortas urbanas integradas numa unidade homogénea e delimitada.
Gostei francamente das hortas comunitárias como as vi em Élancourt em França. Se bem que poderiam estar mais bem cuidadas, sejam dos arbustos que se perfilam ao longo do passeio com falta de podas e o mesmo nas árvores.
No passado o abandono de grandes propriedades deu mote a muitos de cultivarem pequenas parcelas, cada um fazia a sua horta como podia...Jamais a falta a couve galega!
A meu ver são deficientes as placas de toponímia e o mapa de Benfica. Ao perguntar a uma transeunte onde seria a Avª Uruguai , estando já a meio caminho, eis que nos deu as cordenadas erradas...
Não apreciei supostos atropelos na toponímia. Na mesma avenida, no caso do fundador do Colégio Militar, muda para Avª do Uruguai, com uma pequena placa no edifício onde no r/c funciona o Pingo Doce, sendo uma avenida merecia pedestal com o nome, a meu ver, nem sei se para trás e para a frente, existem outros nomes na mesma via...
Persiste na tradição que a Quinta da Granja estará assente sobre uma villa romana com a configuração de um trevo de quatro folhas, o que até à data ainda não foi confirmado. E sob a Estrada das Garridas consta estar soterrada uma ponte romana que atravessava o pequeno ribeiro ali existente.
A presença muçulmana faz-se notar em Benfica sobretudo pelas características saloias que os habitantes levaram até ao século XVIII. O saloio deriva do çahroi (habitante do campo), designação dada com desdém pelos mouros aos habitantes dos arrabaldes.
O que valeu francamente foi o cafezinho com o Mil folhas, na pastelaria Evian, digno de deixar os parabéns ao pasteleiro, porque jamais assim outro saboreei tão delicado, maravilhoso e fresco.
Ao postar no facebook um amigo  ex- empregado BPSM, comentou" a especialidade da Evian são os jesuítas, quando lá voltar experimente e depois partilhe connosco."
- vou voltar, sim, porque adoro também os Jesuítas, para comparar com os de Santo Tirso, fabrico da pastelaria Moura, igualmente famosos-, mas o mil folhas é único, desde sempre um dos meus favoritos, a massa folhada desfaz-se na boca, fina, leve, maravilhosa, digno de alta pastelaria.
-Quanto ao Jesuítas, conheço, e não são comparáveis, apenas tem em comum o formato, o nome e são ambos deliciosos. Espero que os de Santo Tirso os coma como manda o preceito, virados ao contrario.
Pois eu já saboreei os Jesuítas de Santo Tirso, virados ao contrário, que um amigo me ofereceu e claro ensinou o preceito de os comer para nada se perder...e também limonetes...
Mas que saudades do Porto a conversa me fez lembrar!
 Deixei a Evian ainda a lamber os lábios e  a rir  da cena vivida com o empregado que me atendeu...
Reparei nas tílias ao longo do passeio, no pé cheias de rebentos altos que deveriam em tempo ter sido eliminados. 
Deparei com brutais erros na aposta urbanística, na consequente falta de manutenção de passeios, jardins, e do términos da Quinta da Granja, na confluência da avenida Lusíada, ainda distingui aberrações, falta de harmonia no horizonte, lamentavelmente, senti  algum medo (?), e disso não gostei!
O certo foi voltar de novo ao Colombo para apanhar o Metro

 Maquete
Como adoro presentes, tive três!
Mal pude esperar em chegar a casa e experimentar!
 Apreciei os painéis azulejares, Cargaleiro e Cerâmica Constância.
Viagem de regresso no Metro, na minha frente uma senhora de aspeto japonesa (?) vestida num misto de toureiro e gueixa(?) onde o vermelho era rei no contraste do preto do bolero floreado a rendas a condizer com as meias, igual o sapato de salto fino e alto ornado no peito do pé com bolinhas em dourado, armada de óculos pretos debruados a oiro, e chapéu negro de aba larga ,ornado a fita prateada, ao estilo homem negociante. Muito penduricalho tricolor a cair do cabelo que lhe batia pelas costas, a ornar a cintura delgada um cinto de metal também dourado e no tardoz, minúsculo broche em madrepérola no abrenó a fechar o laço, o que me saltou na ideia-, parecia uma gueixa...perdi segundos a imaginar o tempo para se arranjar e o tempo para tirar tanto acessório...
No melhor a mala em pele de cobra verdadeira que assim já tive uma.
Já eu simples me enfeitei com um colar em marfim que me foi oferecido por uma amiga  angolana, Van Dunem.
Fontes
http://luispiteira.tripod.com/
http://retalhosdebemfica.blogspot.pt/

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