Ontem, sábado, a manhã convidada a passeio pela feira de velharias e artesanato da Amora, vila pacata que se desenrola sob o comprido, sobranceira ao esteiro de Coina, com vista privilegiada sobre Arrentela e Seixal.
Brutal o slogan escrito numa parede " Que o Amor nos Proteja" ...
Forte contraste com o que resta das barcaças, varinos e fragatas do Tejo, que a ponte 25 de abril ditou a morte, e assim aqui ficaram ancoradas em morte anunciada erguidas de pé, hoje só lhes resta o casco esventrado em agonia de negro a mirar o sol, em redor o verde que cresce no lodo, em maré baixa.
Foi um encontro de pessoas de bom coração-, o Luís Pires, me ofertou um pote de assar castanhas, antigo em cerâmica .
A feira mudou, não admitem estaminés de chão, o terreiro é gratuito. Pareceu-se uma maioria de gente que supostamente não estará licenciada como feirante (?) mas muito simpática e humilde, nas bancas vendem artigos vários;desde bibelôs, vidros, loiça, plásticos, mas artigos novos, ou pouco usados, propriamente velharias há muito pouco...
Há pouco público, e o local é tão aprazível no convite pelo passeio ribeirinho, e o que se compra é a preços muito baixos...
Nasceram vários bares nas antigas casas de gente operária em frente a Igreja da Arrentela altaneira
Sentir na aragem do Tejo e das vistas o alívio que atenuou a dor do massacre em Paris!