domingo, 14 de maio de 2017

Do Cais das Colunas ao Cais de Santarém

 
 Esculturas em pedra solta aguentam-se de pé...
 
O Tejo, ao Cais das Colunas, palco amiúde pisado onde sempre enxergo um olhar diferente ao jus da alma dos poetas, sentido interlúdio tanta beleza e êxtase de calmaria em azul  que se funde com o património e os turistas nesta amada Lisboa!
 



Identificou-me com selfies...
Praça do Comércio no Terreiro do Paço a sala de visitas de Lisboa.
A torre da Sé de Lisboa e emergir do casario de Alfama
Obras para o parque de estacionamento subterrâneo no antigo Campo das Cebolas
 
  Em recta final o calcetamento diferenciado em pedra grossa, e mais fina muito interessante a mistura.
 O patamar em degraus defronte da Fundação José Saramago foi retirado
A conduta(?) debruada a cerâmica ao lado da entrada da Fundação, não sei se foi retirada(?)
Escavações arqueológicas no Cais de Santarém
 




Há uns 5 anos a minha filha morou em Alfama, aqui aportei amiúde, estacionando precisamente onde agora decorrem as escavações . Chão de pedir moeda um homem na casa dos 60 anos, de aparência mais velho, pela bebida, a quem de vez em quando dávamos um pequena gorjeta de 50 cêntimos.
Em virtude da minha filha se ter mudado, aqui só passo de vez em quando a caminho da feira da ladra,  em todas as vezes nos dirige cumprimento, que nos deixa, a mim e ao meu marido admirados, afinal estamos em Lisboa, a capital, num local onde passam milhares de pessoas...

Muita recolha de fragmentos arqueológicos devidamente acondicionados em sacos individuais

Ao fundo a antiga muralha do Cais de Santarém, não sei se fica inclusa no parque de estacionamento subterrâneo (?)
Volvidos uns 15 dias o parque de estacionamento iniciado ao Campo das Cebolas se prolonga para norte na frente de de dois edifícios isolados que lhe ficam ao meio, mas não distingui vestígios da muralha...
 
Estaleiro de pedras encontradas e outras retiradas, espero venham a ter de novo vida em museus e novas construções.

Palácio de Cuculim em fase final de requalificação para hotel
Para breve o derrube do muro da antiga doca da Marinha e finalmente o Tejo a beijar Lisboa, cada vez mais bonita!

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Soslaio de Pombal em rota de 180º

Em abril acompanhei a minha mãe a Pombal numa rotina de exames. Aproveito sempre para uma caminhada cultural, passámos ao velhinho Solar de Mancelos, à venda, com a porta da Capela amontoada de lixo...
A vila que conheci na década de 60 e onde estudei na de 70 cresceu, hoje é cidade! 
 
A velha torre do relógio construida por D. Pedro I para recolha dos tributos/impostos a judeus e mouros no dia de S. Martinho, com características manuelinas separava o velho burgo a nascente, em direção ao Castelo, do novo burgo, a poente, em direção ao rio Arunca, servindo de fronteira ao que ficava dentro e fora dos muros de Pombal. Restruturada em 1509, durante o reinado de D. Manuel com um relógio mecânico e uma sineta, para que o toque das Trindades soasse sempre a horas certas. Por volta de 1776, o Marquês de Pombal mandou transferir esta sineta para o edifício da Cadeia.Em 2014 sofreu novas obras no intuito de acolher os seus visitantes dando a conhecer a sua história....  lacunas, contudo em computo geral gostei de regalar a vista.
Interessante encontrar contrastes na nova cidade onde saltam à vista resquícios da velha vila habitada pelos mais pobres ...
 
Bem recuperada a praça do Marquês de Pombal. Igreja de S.Martinho sofreu no séculos várias reedificações nela em 1323 o Rei D.Dinis e o seu filho D.Afonso IV celebraram o juramento público de paz pela intercessão da Rainha Santa Isabel, acto representado em painel azulejar na volta do arco triunfal.
A minha mãe a subir para entrar na Igreja de São Martinho
 
 
 
Os tamancos...quem ainda usa tamancos? 
O brasão do Marquês de Pombal encontra-se na esquerda da igreja no celeiro e na cadeia na direita. 
Rota de 180º onde ainda enxerguei ao alto o castelo requalificado, para visita numa próxima vez, e a Travessa do Cais, a lembrar o tempo que o rio Arunca era navegável. Visitámos o museu do Marquês de Pombal na antiga cadeia. Aprendi que instalou a Real Fábrica de Chapéus na sua quinta da Gramela, em Pombal e o Celeiro obra de Carlos Mardel, o museu de arte popular e artesanato e no sótão além da estrutura do telhado soberba decorre exposição temporária com 70 cavaquinhos. No tardoz numa capela que foi pertença a outro solar decorre exposição sobre o terramoto de 1755 e a reconstrução de Lisboa encetada pelo Marquês de Pombal e os seus arquitetos.
Praça Marquês de Pombal na esquerda o celeiro do Marquês e na direita a cadeia ambos Museus.
 
Na direita da Igreja um prédio de gaveto sem traça antiga pertenceu ao palácio do Marquês de Pombal onde foi sujeito ao último interrogatório, inquirido, e afastado da corte, e faleceu em maio de 1782.
Travessa do Cais
 
 
Antiga cadeia, agora Museu Marquês de Pombal
Antigo prédio com belos caixilhos em agonia, na esquerda prédio moderno desenquadrado e na direita em espera...
Um solar ou convento(?) com Capela julgo a funcionar de morgue...
 Outro solar requalificado
Pelourinho junto da margem do Rio Arunca
Largo do Cardal
Em espera o Centro de Estudos na casa onde viveu o político Carlos Alberto Mota Pinto.
 
Outra casa que um dia destes vai abaixo para dar lugar a um prédio, guarda ainda a bela janela com pedras a ladear na tradição da região de Sicó tal como o janelo apenas com um vidro ao meio onde no jardim sem trato distingui uma bela rosa florida a brindar quem passa...

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