sexta-feira, 22 de maio de 2015

Marinha Portuguesa 2015 as celebrações aconteceram em Lisboa

A greve do Metro em Lisboa na semana passada, obrigou-me a fazer o percurso a pé, ainda bem que em gáudio, no Terreiro do Paço, dei de caras com a Exposição da Marinha, este ano em comemoração, na capital. 
O dia da Marinha celebra-se a 20 de maio, o dia da chegada de Vasco da Gama à Índia.
Claro  que fui espiolhar!
O Museu do fuzileiro pode ser visitado com marcação prévia, uma das minhas próximas visitas, instalado no antigo Complexo Real Vale Zebro, datado provavelmente do reinado de D.Afonso V, sendo comparável a um outro existente em Lisboa-, os Fornos da Porta da Cruz.
Em Vale Zebro desenvolveu-se um complexo industrial de moagem, cozedura, armazenagem de trigo e embarque de biscoito para a alimentação das guarnições das caravelas e posterior  navios da Marinha Portuguesa, que funcionou entre os séculos XV e XIX , constituído por 27 fornos de cozer biscoito,  cais de embarque, e moinho de maré de 8 moendas -, o moinho de El Rei , o maior na região.Ainda o pinhal, na Mata da Machada, onde se encontram os fornos de cerâmica, datados do século XV.
Debalde o fuzileiro a quem perguntei apenas sabia falar do Museu, nem tão pouco sabia das ruínas da fábrica de vidro em Coina...
Ora já eu, se estivesse no seu lugar na Escola, uma das primeiras coisas que teria interesse seria em conhecer a história e património arquitetonico do local e de Palhais -, terra  que progrediu com gente ligada à Coroa e ao comércio que se desenvolvia ao tempo nesta margem do Tejo; Almoxarifes, Feitores, Escrivães, Mestres do Biscoito, Biscouteiros e,... 

No átrio do Ministério da Marinha, o oficial me pergunta se tenho filhos para se alistarem na Marinha-, a que respondi apenas tenho um neto e ainda pequenino, logo se levanta para me dar uma bola, debalde tinham já ido todas...mas não deixou de me ofertar outros brindes; régua azul, lápis, esferográfica, tapete para o rato e um Pin da Marinha. 
Exposição na Casa da Balança  na frente da doca da Caldeira
Na exposição no torreão poente, recebi brochura para carimbar as várias exposições patentes, para no final receber um Kit com vários brindes-, evidente que a preenchi e ganhei o prémio com objetos alusivos à Marinha:camisola, boné, pins, saco e um voucher à minha escolha, escolhi o Aquário Vasco da Gama e ainda posso receber outro grátis se aceder ao site da Marinha
Apenas me foi perguntado se tinha ido à fragata D. Fernando e Glória...Claro, logo à abertura atrás de um grupo de crianças, o oficial nem sabia do carimbo...em desenho simples, em relação aos demais!
Exposição no torreão a poente

Um antigo "marinheiro" pedia ao colega de serviço para lhe tirar uma foto neste painel, e ainda assim reclamava, não se achou nítido...

Antigo Arsenal de Marinha no Terreiro do Paço, duas docas e duas carreiras com cais, um deles era prolongado no Tejo com grua.
Hidroaviões


















No Tejo esteve fundeada a fragata Álvares Cabral engalanada de bandeiras
Praça do Império exposição de viaturas que foram usadas pela Marinha
Museu da Marinha nos Jerónimos
Foi o Rei D. Luís, que iniciou a história do Museu de Marinha.
A Rainha D. Maria II em muito contribuiu para a constituição do núcleo de algumas peças existentes.
O espólio é constituído por mais de 20.000 peças museológicas, estando expostas apenas seis mil.
A primeira sala do Museu proporciona uma reflexão sobre a ligação entre Portugal e o Mar, durante os Descobrimentos portugueses, e o seu impato na formação do mundo moderno. 
Carta com as diversas viagens dos nossos navegadores 
Vitral representando a árvore genealógica do Infante D. Henrique
O grande planisfério indica as principais viagens marítimas efetuadas por portugueses, entre o início do séc XV e o final do séc. XVI, assim como o meridiano acordado entre as Coroas de Portugal e Castela no Tratado de Tordesilhas, situado a 370 léguas a Oeste de Cabo Verde, que dividiu o mundo conhecido em duas áreas de expansão, cabendo o hemisfério ocidental a Castela e o oriental a Portugal.
Quadro de uma caravela ?
Escola de Sagres
Sala dos Descobrimentos
A religião está presente em peças emblemáticas como o Padrão, marco institucional de soberania e de fé, e na vida dos homens que fizeram os Descobrimentos. Este é o caso de figuras religiosas aqui expostas, como a Santa Maria de África que acompanhou o Infante Dom Henrique na conquista de Ceuta, e o arcanjo São Rafael, protetor de Vasco da Gama em todas as suas viagens marítimas
 Potes onde vinham as especiarias
Mostra de diversas caravelas, naus, galeões e barcas, réplicas em miniaturas de alto valor, muito bem executadas.
Nau Madre Deus
 Achados recuperados do mar, alguns retirados para integrar a exposição " O tempo resgatado ao mar"


 Figura de proa "Camões" cujo brigue ardeu no estaleiro  do Arsenal da Armada antes de estar concluído
 Cofre de D.Carlos
O Quadrado de Móngua- Campanhas no sul de Angola 1914/15
Figura de proa do Infante D.Henrique
Sala da Marinha de Recreio
Sala de tráfego Fluvial
Sala da Construção naval
Sala século XIX e XX

Sala da pesca longínqua 
Sala de pesca costeira
 Figueira da Foz , pescador puxando o barco para o mar. Óleo sobre tela de João Reis
Canoas regressando da pesca. Óleo sobre tela de João Vaz
                                      Barco em perigo Óleo sobre tela de J.Ribeiro 1915
                                        Concertando a rede, óleo sobre tela de João Reis 1936
Setúbal
                                                                            Barreiro
Sala das camarinhas reais
 
Subida para o 1º andar
Paisagem sobre o Minho, óleo sobre tela de João Vaz séc. XX
Exposição de viaturas usadas pela Marinha.
O carro do Almirante Américo Tomás
Pavilhão das Galeotas 
 
Galeota pequena construída em meados do século XVIII no reinado de D.João V
Bergentim construído em 1778 pela rainha D. Maria I no Real Arsenal da Marinha.
A sua última viagem aquando da visita a Portugal da Rainha Isabel de Inglaterra. 
Hidroaviões
FAIREY II  pilotado por Sacadura Cabral  sendo o navegador por Gago Coutinho na primeira travessia atlântica  a caminho do Brasil, descolando no Tejo  na manhã de 30 de março de 1922.
Loja e café do Museu da Marinha
Bússolas, nas lembranças para trazer para casa. Curiosamente tenho um exemplar antigo usado pelos maiorais no Alentejo e, outro que foi do avô do meu marido, ainda uma igual a um exemplar destes que comprei numa feira de velharias, e afinal é réplica!
Em Santa Apolónia visitei o veleiro Sagres.
Veleiro Escola Sagres

O Moscatel Torna Viagem, vai andar 3 mese até aos EUA, desta vez não passa o equador, para apreciar se tem de passar para ser melhor ou basta andar de baloiço no mar.
 
 
Voltámos com a nossa filha e neto.Na cozinha vi uma panela de descascar batatas, uma assim igual só tinha visto no Colégio Religioso das Salesianas do Monte Estoril.

Fragata Bartolomeu Dias


 

 

 Cais das Colunas, os fusileiros



Fonte no átrio do Ministério da Marinha

 
Quem gosta de mar e navios, não deixe de ver e há muitas atividades desportivas e piscina, com mergulhadores fuzileiros.Até domingo decorrem exposições, e no fim de semana batismos de mar, desfile naval no Tejo e banda da Armada.
No sábado fomos ao batismo de mar na doca no Campo das Cebolas.



Fontes
http://barreiroweb.com/
Fotos google

terça-feira, 19 de maio de 2015

Igreja de Cacilhas de Nossa Senhora do Bom Sucesso

Templo pequeno muito gracioso, pintado em azul celeste claro com decoração relevada nas cúpulas das torres em branco. No exterior com dois relógios de sol:
Na lateral da torre da esquerda e outro na frontaria
Na outra torre um relógio  normal.
A fechadura da porta de entrada , interessante o remate em Cruz.
Guardadora de belas imagens de Santos: Santo António, S. João Batista, Santo Condestável, Nossa Senhora da Conceição, S. José e S. Lázaro, a mais antiga, supostamente proveniente da antiga ermida aqui construída por volta de 1500, facto referido num inventário do hospital de leprosos, que caiu com o terramoto. Sendo  reconstruída pelo povo de Cacilhas.
Nossa Senhora do Bom Sucesso

Nunca tinha visto uma Pia Batismal no altar, sempre num canto à entrada

São João Batista e Santo António
Nossa Senhora da Conceição
Paredes revestidas a belos silhares de azulejos em azul e branco.



Os azulejos mais antigos no coro alto datam de 1715.

Sacristia
Paredes com rodapé alto de belos azulejos em azul e branco e em esponjado manganês.
No chão uma bela tapeçaria em Arraiolos julgo oferta de uma paroquiana.

Dois belos espelhos

Fiquei espantada  com os dois exemplares a que chamam,  arcazes-, desconhecia a palavra, deriva de arca, no caso dois, com gavetões , em pau preto com malhetes a cor clara, em forma arredondada e de belos pés. 
De onde teriam vindo?
Aqui também se encontra a pequena imagem que no dia do terramoto de 1755, um pescador pegou do altar levando até ao rio para afastar as águas do Tejo (marmoto).
Capelinha de São Nuno, o Condestável
O andor dourado de Nossa Senhora do Bom Sucesso

À procura de mais informação sobre a talha dourada, azujelaria e estilo da igreja e nada descobri, ri-me com esta crónica que passo a citar    http://onossocasamento.pt/

" Olá amigas

Ando super stressada, pois sempre sonhei Casar no convento dos Capuchos, na Costa da Caparica. Uma odisseia. Primeiro que descobrisse quem trata do espaço foi uma aventura, finalmente fiquei a saber que a capela é privada. Da Câmara municipal ainda por cima. Mas quem trata de tudo é o padre da Trafaria, nem sabia que essa terra existia, lollllll.

O senhor até foi muito simpático, e pôs-me logo de rastos. A câmara leva 190 euros para o casamento. Uma coisa que levam 45 minutos, 190 euros. Alem do mais por aquilo ser privado a Igreja cobra 150 euros de taxa. 340 euros só do para casar lá. Depois, a decoração das flores que fica uma fortuna, isto sem falar da musica. A única coisa positiva foi que o Padre estava disponível para nos casar.
A ideia de casar na margem sul, é porque o copo de água é na quinta de Miratejo, que era pertinho.
Quando chegamos a casa confesso que eu e o Nuno estávamos desolados. Até que me lembrei de vasculhar na net Igrejas em Almada e arredores. 
Até que dei com o site da Igreja de Cacilhas. Ficamos logo maravilhados, a Igreja é toda em talha dourada, antiga e super linda. É do tamanho da dos Capuchos, que é o ideal para quem não leva mais de 150 pessoas. Liguei para lá no dia seguinte e falei com o padre, super simpático,que nos recebeu nesse dia.
Alem da Igreja ser linda, os custos eram nulos. A parte do civil é igual para todos, e a papelada toda é tratada aqui em Lisboa, só lhe levo os papeis. Não há taxas, nem alugueres, apenas 20 euros para pagar os papeis lá em Setúbal.
Para cúmulo, têm um coro de jovens que cantam na cerimónia por 50 euros, e já não temos de ir à procura de mais ninguém. Têm também uma florista conhecida se quisermos, se não procuramos nós.
Tudo super simpático, ficámos maravilhados. 
Em frente, tem uma caravela (Fragata D. Fernando e Glória) e ao lado, parque de estacionamento grátis.
Parecia tudo tão fantástico que pensei ainda, que só faltava o Padre não poder. Mas não, ficou tudo marcado já, e estamos super felizes."
E agora tem mais atrativos: o Farol e o fontanário

Rua da igreja
Adoro contemplar o Tejo e o inusitado da ruína...
Ginjal


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