segunda-feira, 19 de junho de 2017

Pedrogão Grande mais do que o incêndio foi a tragédia humana !

Bem hajam tantos bons amigos que enviaram mensagens no Facebook, e que ligaram, todos muito preocupados com a tragédia do incêndio em Pedrogão Grande a progredir em frentes para poente; Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra, Aguda, Maças de D.Maria, Fato (Avelar), Penela e Deus queira não avance para o costado nascente da Nexebra, onde tenho uma casita!
Graças a Deus deixei Ansião no feriado de quinta feira logo pela manhã para estar com os meus netos até ontem, mini férias de inestimável alegria pela excelsa e mui extraordinária maravilha, mal me dei conta desta fatídica noticia em chão que conheço sobejamente, muito antes do IC8 ter sido traçado, num tempo de estradas de curva contra curva a rondar as serras que trilhei de carro com a minha mãe a trabalho nos Correios em Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, e há 3 anos a convite da minha amiga Cristina para um jantar no Dia da Mulher a Campelo quando atalhei por uma estrada estreita por entre floresta de hectares de eucaliptal medonho onde  mais nada se via já a rondar a noite, bem medo tivemos até chegar ao destino. Espero que todas as boas gentes que conheci nessa noite se tenham salvo, lamento não me recordar os seus nomes... A semana passada a última vez que passei no IC8 completamente verde e fresco a caminho de Orca, depois de Castelo Branco, com uma voltinha por Espanha, VilVedDelFresco, para reentrar em Monfortinho, e almoçar em dia avassalador de calor em Penha Garcia. Acaso tivesse alongado a estadia por certo no sábado, dia do incêndio, para abafar calores nesta zona centro de grandes amplitudes térmicas, o mais certo era ter ido a banhos ao Mosteiro ou Fragas de S.Simão -, buracos plantados nas profundezas de vales rodeados de eucaliptos todos de parca saída,  igual em Penela, na cascata da Pedra da Ferida e,...
GRANDÍSSIMA FATALIDADE
 NINGUÉM MERECE MORRER NUM INTERNO! 

Apontar falhas?
Supostamente a grande falha deve começar por ser analisada onde o fogo começou, em Pedrogão Grande , da boca do comandante diz que enviou um carro com 5 homens...Pelo menos um deles já no palco do fogo devia ter a missão de avaliar os flancos que o incêndio tomava, se o podiam combater ou se mostravam desgovernados, para disso dar conhecimento imediato ao comando, e este poder agir em conformidade solicitando ajuda aérea e ainda ajuda dos bombeiros das vilas circundantes, e aqui como tudo estava no início não se pode apontar falhas ao sistema de comunicações...O que transpareceu houve deficiente avaliação da gravidade do incêndio, que se alastrou sem governo, onde foi esquecida a morfologia do terreno de grandes costados ingrímes, com salpico de aldeias, tendo sido  alegadamente ponderado em leviandade  como mais um fogo nesta região  a ditar a morosidade dizem de 5 horas (?) na solicitação de reforços aéreos e outros meios.Faltou lógica, raciocínio e responsabilidade em dar segurança à população residente e à do fluxo anormal vinda de fora,  lamentavelmente desta ninguém se lembrou!
Ao que parece não houve clarividência  na sua proteção, nem foram usadas medidas (megafones e rádios ) , todos se esqueceram que era sábado, dia de imenso calor a rondar os 40º em que muita gente aqui aportou a lazer para as praias fluviais da região, sequiosos de descanso e de banhos , pessoas aqui tem a sua 2ª habitação, outros na visita a familiares, os idosos residentes e os estrangeiros que vivem isolados na serra.
Estranhamente a GNR com equipas de jipes com três homens e um depósito de água , os vi atuar no fogo na Nexebra pela Páscoa, não se entende a razão de não terem apoiado a população das aldeias neste fogo de Pedrogão, ou ajudaram e dessa ajuda não se fala? Na verdade o incêndio na Nexebra bem podia ter tomado outras propulsões, tendo sido dominado, as casas foram protegidas, enquanto o fogo lavrou sem governo, tendo contudo forma de ter sido fortemente colmatado com menos prejuízos se houvesse corta - fogos, em contraponto a este de Pedrogão, o comando de Ansião não hesitou em solicitar reforços logo após chegar ao local, disso me dei conta por estar presente- o que explica que nem todos os comandos tem homens de carater e perfil destemido para o exercício das suas cabais funções, pelo que merece ser reavaliado de futuro o posto de comandante com exigência e  postura  além de perfil  para cenários desta envergadura e não entrar em pânico! Não basta ser indigitado a comandante para andar com divisas nos ombros, se não mostra eficácia em momentos cruciais... Claro que tem de ter vários talentos!
Mas também foi importante algumas pessoas da Moita Redonda que apagaram focos incendiários onde eu com o meu marido ajudamos para não evoluir , acaso se juntavam seria um Deus nos acuda!
Neste incêndio de Pedrogão desconheço se os Presidentes das Câmaras dos concelhos limítrofes mostraram trabalho junto das suas populações, em contraponto em  dia de eleições é costume enviar carros para transportar os eleitores idosos para votar, ou alegadamente  se revelaram de pouca valia se esqueceram deles e dos seus bens... Falta saber se estiveram presentes no palco das operações, se tomaram alguma providência em relação à população dispersa, e também falta apurar quem comandou as forças envolvidas até chegar a proteção civil. Sem descuidar a fonte de ignição que também deve ser apurada, pode ter sido mão criminosa de pirómano...e não da trovoada seca!
As supostas autoridades de patente chegadas mais tarde ao local  ao se deixarem ficar sediadas a nascente deste teatro incendiário, aparentemente com défice de ligações, seja suposto dizer que não souberam movimentar no terreno as várias forças envolvidas sobretudo na zona crítica de Figueiró dos Vinhos, por serem  desconhecedoras da morfologia do terreno de parcas acessibilidades com fluxo anormal de gente, e ainda o salpico de aldeias com altura de arvoredo a rondar mais de 40 metros, cenário que fez toda a diferença com o vento a progredir rapidamente com labaredas incendiárias, ao cair provocam novos fogos.
Falhou o dever de alertar toda a população  via rádio, televisão ou megafone, para não saírem de casa, nem das praias - dois portos seguros, até chegar ajuda, mas também de não usarem as estradas alternativas pelo perigo de ficarem encurraladas pela altura do arvoredo. Na verdade algo falhou na segurança das populações, o que fatalmente veio a acontecer massivamente, para da boca de uma testemunha dizer ter sido encaminhada para a estrada rotulada da "morte"- fatal incúria de algum suposto graduado (?), inadmissível a partir do momento que foi fechado o IC8, sendo largo de piso, em detrimento das outras vias secundárias como a EN236 e das suas variantes e ainda por estarem cercadas de eucaliptos...  Todos se deixaram ficar a ver o fogo progredir, no falso julgamento que seria como tantos outros aqui ocorridos, só que nas clareiras da floresta havia  gente!
Aqui no Pinhal Interior as parcas condições de extrema pobreza veio a originar um fenómeno emigratório desde os finais do séc. XIX a caminho de África e do Brasil , a que se seguiu o êxodo rural na altura da II Guerra Mundial a caminho do litoral e de Lisboa, na época de 60 para França, Canadá e outros países, em que só alguns voltaram pelas substanciais alterações significativas dos últimos 25 anos por as vilas circundantes terem criado condições para a população se reinstalar com novas vias de acessibilidades (IC8), infraestruturas sociais, e ainda as praias fluviais das suas ribeiras; Aldeia Ana de Aviz; Poço da Corga; Praia das Rocas, Mosteiro, Pé de Janeiro, Campelo, Alge, Fragas de S.Simão e,... Faz sentido dizer tenham sido algumas pessoas saídas de algum destes locais frescos de águas , um porto seguro, que em pânico decidem sair,  ao tomar a estrada que lhes fazia sentido ser corta fogo para os salvar-, sem contudo ponderar as mudanças bruscas do vento, a altura descomunal dos eucaliptos, calor abrasador, fumo e o barulho da madeira a arder, e na mesma os que saíram de casa sem ponderar a valência do seu porto seguro pelas condições de segurança, na má decisão apressada foram porta fora em correria para a morte, envoltas na escuridão e chamas, com árvores caídas na estrada, onde tentaram salvar-se com inversões de marcha, choques e despites, uns ficaram dentro dos carros e outros espalhados pela estrada , grande azar ditou a sua escolha com destino errado - Figueiró dos Vinhos, em detrimento de Castanheira de Pera, que era mais seguro.-,  maldito inferno, sem  qualquer hipótese de sobrevivência, viria a ditar o fatal número de mortes em faixas etárias muito jovens aqui em gozo de férias, outras a aproveitar o feriado com ponte,  todas elas desconhecedoras da realidade dos fogos, sobretudo como se proteger dele. Em contraponto a uma população resistente, teimosa, de parca cultura, mas com conhecimento de causa sobre incêndios, jamais abandonam a sua casa, só à força,  a protegem como podem,  regando telhados e em volta com a sua mangueira de parca corrente, porque a água é escassa, alguns se salvaram ao se meterem dentro de um tanque de água, impressionante o seu poder de sobrevivência, ao pensar no melhor naquele momento!
O choque violento de um veiculo particular num carro dos Bombeiros, no imediato os cinco bombeiros tentaram desencarcerar as 4 pessoas , ficando todos gravemente queimados quando o carro é tomado pelo fogo, um deles já faleceu, pai e filho em estado crítico e os outros estáveis. Pergunta-se ? O carro dos bombeiros tinha o depósito cheio?Não tinha mangueiras ? A ter água e mangueiras o que aconteceu de pânico em cinco pessoas para nenhuma se lembrar de protegerem o perímetro com a água naquele inferno, enquanto os colegas tentavam desencarcerar os ocupantes da viatura? Assunto que deve ser averiguado, porque os envolvidos do carro todos faleceram!
Fiquei chocada com um sobrevivente em fuga que relatou ter visto um homem a sair do carro para imediatamente ser tomado pelo fogo nos cabelos, vindo cair contra o seu carro do seu lado - desculpem fiquei com  a nítida impressão que lhe implorava ajuda...Apesar do carro cheio nem o tentou...
Custa aceitar é terem morrido tantas pessoas em pleno séc XXI!
Algo falhou que não deve nem pode passar impune, doa a quem doer!
Palco da morte por asfixia ou carbonizadas, sentiram que iam morrer naquele inferno!
Jamais tamanha desgraça assim vista a manchar o centro de Portugal, no Pinhal Interior, a região da maior densidade florestal que já foi a primeira na Europa, mas continua ao Deus dará sem qualquer ordenamento, salpicada de aldeias primitivas, sempre viveram rodeadas por pinhal, e mais tarde pelo eucalipto aqui introduzido há coisa de 80 anos por ter uma periodicidade para corte mais interessante que o pinheiro que demora no mínimo 40 anos a se formar. Floresta altamente combustível, o eucalipto com a agravante da secura que provoca nos solos chega a ter alturas de 50 metros, em incêndio  as folhas voam em labaredas caindo até  5 quilómetros de distancia provocando outros focos incendiários, disso já  fui testemunha.
Por aqui impera a floresta desordenada, sem qualquer planeamento, tão pouco fiscalização, apenas existe por difamação o plantio ilegal por má vizinhança e inveja, a que acresce a falta de prevenção. Na verdade esta região tem sido assolada ciclicamente por brutais incêndios. Bem me recordo do meu pai bombeiro voluntário estar sentado na mesa para almoço ou jantar na década de 60 e sair em passo apressado a caminho do quartel, mas mortes por aqui e tantas, foi a primeira vez. Se para acautelar terramotos em Lisboa há medidas preventivas para as famílias terem um ponto de encontro entre outras medidas cautelares, porque não existem para fogos urbanos ou em âmbito rural para as pessoas saberem como se resguardar, do que pode ser um  cenário de fogo medonho?
Os seguros contra incêndio são obrigatórios, a maioria de casas ardidas não os tem, gente uma vida a viver por entre eucaliptos como se fossem flores, a um metro da porta de casa...Fatalmente seja triste constatar, porque em 1940 na Moita Redonda no concelho de Ansião, as pessoas sem cultura já ostentavam na fachada da casa o dístico da SEGURADORA...Faz pensar!
Pior, a morfologia do terreno xistosa em escarpa com casas salpicadas aqui e além, algumas por estrangeiros aqui apostaram  morar,  mas ninguém sabe onde vivem alguns, a proteção civil teve de se valer dos carteiros, os únicos com conhecimento de causa, quando deveria este levantamento ser pertença da JF, e há muito que esta gente isolada deveria estar em contacto com a GNR, afinal estão por CONTA E RISCO!
Coisa do terceiro Mundo!
A primeira vez que viajei a Badajoz em 1975 reti em memória no Alentejo a existência ao longo das herdades com quilómetros uma longa faixa lavrada com uma largura a rondar os 10 metros, durante anos intrigada sem saber a sua razão, até que soube que era feito para prevenção de incêndios, pelo incauto das pessoas que vão a conduzir e a fumar  mandam as beatas para as bermas, com ervas secas fácil atear e progredir, mas que o acerro lavrado impede...Medida cautelar  não aplicada noutras zonas do País e o devia, sobretudo aqui nesta mancha florestal em que os eucaliptos rondam alturas abismais em viagem durante quilómetros apenas estes se veem, um pouco de céu e a estrada estreita e sinuosa.
Uma nova aposta de plantio no perímetro das aldeias seja cerejal, aqui em terra de xisto se dá bem, enquadrado com  castanheiro, carvalho, sobreiro, olival, e porque não outeiros a perder de vista com plantio de vinha? Como em França se veem hectares de boas castas na volta a França? Ousadia é saber Mudar a estética da paisagem a pensar nas gentes vindouras!
Ouvi na TV alguém falar que Portugal devolveu Fundos destinados a prevenção, por não saberem quem os devia receber ...Uhhau! 
Não há acerros de limpeza no perímetro das aldeias e das estradas, devia ser tarefa das JF para manter a margem de segurança das suas populações revelam no mínimo falta de visão futurista, porque nunca aconteceu uma tragédia desta envergadura! 
As Juntas de Freguesia serão as entidades mais perto das populações. Urge que o presidente seja remunerado a tempo inteiro sem ter outra actividade para o cumprimento cabal das suas funções.
As entidades a meu ver certas para vir a receber os Fundos para prevenção, e a dar conta das despesas com a contratação de desempregados para fazer as limpezas, aquisição de maquinaria, veículos necessários e ainda staf para a logística das tarefas administrativas adjacentes às intervenções que se pretendem agendar. Assim as bermas e os lastros ao longo da beira das estradas com  acerro de 10/15 metros e no mesmo um perímetro de pelo menos 50 metros em redor das aldeias a manter limpo, dava emprego anual, porque não basta apenas fazer uma vez ao ano, no mínimo são necessárias duas vezes.
Actualmente existe apenas uma máquina em cada concelho a cortar a erva das valetas que acorre a todos os lugares...
Um Obrigado aos Bombeiros, e aos GIP da GNR, que já as vi a atuar são rápidos  com eficácia, à Cruz Vermelha e outros, extensivo às gentes que apoiaram da forma que acharam melhor, pondo em causa a sua própria vida e quietude .
A tragédia originou uma onda de solidariedade imensa!
Na verdade Portugal é  um País amigo e fraterno. Na época de 60 uma onda solidária desta natureza, a Pirâmide, em que muitos contribuíram com Ouro e Dinheiro. Quem tomou conta dos donativos, um deles, viria a ofertar a uma nora com quem trabalhei descendente de conde falido que exibia belos exemplares de conjuntos em ouro antigos de grande requinte e qualidade e ainda um anel brasonado, que não era o de família, esse há muito estava no "prego"...Por isso fico sempre de pé atrás, desconfiada dos fins, se são mesmo agraciados as aclamadas vitimas, pelo que deixei há muito de fazer qualquer tipo de contribuição.

O problema é quem vai ganhar com a brutal desgraça de alguns? 

Historicamente a desgraça em Portugal tem aberto filões a alguns sem escrúpulos para ganhar fortuna, por isso não faço qualquer contribuição, compete ao ESTADO participar, comparticipar e intervir-, falo assim porque não fujo a impostos, os pago contrariada, sobretudo o IMI em Ansião é altamente injusto.
IMPORTANTE O PÚBLICO SABER QUEM VAI TOMAR CONTA DESTE CONTROLE FINANCEIRO E AS CONDIÇÕES IMPOSTAS  PARA A POPULAÇÃO PODER USUFRUIR DESTES DONATIVOS, EM GERAL COM ALÍNEAS A MAIS...!
NÃO DESCUIDAR SE REALMENTE AS VÍTIMAS VIRÃO A SER AJUDADAS COMO BEM O MERECEM!

Contudo  emocionada e muito solidária com as gentes que sofrem e sofreram neste palco de horror.
Na verdade quem deve patrocinar ajuda é o Governo!  
Um Bem haja em perpétua memória a todos os que faleceram, dos que ainda sofrem em dor pelos ferimentos, e de outros ainda sem saber de  familiares, para não falar dos prejuízos incalculáveis sofridos, mas na realidade salvar pessoas é o mais importante .
Muitos contributos tem sido entregues em géneros, mas já sem espaço para armazenamento em vários quartéis de bombeiros sem espaço para dormir e pelo tempo de durabilidade (legumes e frutas) pediram para não enviar mais.
Muito dinheiro direcionado para esta tragédia;
Contas abertas por várias Instituições
Cáritas
Fundações 
Televisões com o valor total das chamadas de valor acrescentado, uma boa iniciativa. 
Anónimos.
A tragédia tem culpados,  por isso não deva morrer solteira esta culpa!
Parem de se refugiar em desculpas e relatórios esfarrapados, se forem homens de "H" GRANDE ASSUMAM AS FALHAS QUE COMETERAM!

Urja fazer balanço pondo na mesa o ordenamento da floresta nesta maior mancha florestal do Pais, porque apesar dos estudos efetuados por várias Universidades, tarda um deles a ser aplicado, a meu ver o seja por outros interesses: das celuloses e politicamente, mas também porque o povo é adverso a mudança, numa maioria inculto, e de parca globalização, se sente dominador naquilo que é o seu território de courelas de minifúndio, tendo por isso aversão a novas  medidas que venham a ser implementadas como acerros de corta fogo  no mapa do mosaico florestal a pensar no futuro para prevenir grandes incêndios, ao invés se fossem inteligentes saberiam que os favorece mais cedo ou mais tarde, mas sobretudo no futuro aos vindouros-,  entretêm  de interesses de uns e outros, falam, refilam, mas no tempo se tem vindo a sobrepor ao que realmente deveria importar e os políticos para ganhar votos se deixam quedos, esta a verdade!
O plano do ordenamento das courelas pelo que ouvi falar continuam a ser dos seus donos mas deve ser tratada por uma organização,cujos deveres seja a defesa do património florestal fazendo manutenção, abertura de acerros, com divisão de lucros pelos seus associados, que não estando interessados  a podem vender à referida  organização.
O único problema que encontro para esta medida é que as courelas foram registadas com metragem inferior ao real, para não pagarem tanto, claro os prejudica e muito.
Para memória presente e futura dos que tragicamente faleceram consumidos pelas chamas, resta a esperança que essa culpa não morra solteira, para isso urde se fazerem ouvir políticos de colhões, porque o País está farto da incúria de "con...de sabão " nascidos em berço d'oiro com governanta para lhes lavar o cu e dar papa à boca a meninos mimados com chaffeur para os levar ao colégio e a discotecas, sempre com muito dinheiro nos bolsos e cartões dourados,  tudo tiveram na vida, nada lhes faltou, não tendo por isso a vivência da ruralidade descontextualizados deste real panorama, contudo sortudos porque alguém os orientou na política com cunhas e compadrio, onde ganham sobejamente bem, sem chatices, nem horários e pouca ou nenhuma responsabilidade, jamais assistiram a um incêndio, nem imaginam as labaredas altíssimas, o calor abrasador, a tristeza, medo e angústia em muita gente que fica literalmente sem NADA, cambada de ignorantes das realidades do interior de Portugal, uma maioria de imbecis sem cultura!
Quando metem o "pé na poça e na Mó de baixo" destituídos dos cargos ao sair da política, encontram rapidamente emprego a liderar grandes empresas onde recebem altas "alcabalas" e ainda supostos outros derivados interesses com o tráfego de influências-, gentalha que apelido de meia tigela, que não sabe o que é receber ordenado mínimo, RSI, ou a viver no desemprego a contar esmolas e refeições na Santa Casa da Misericórdia, a única Instituição no País que desde que foi  instaurada respeita os seus compromissos para que foi votada. O País precisa de pessoas em lugares de chefia com vários talentos, os tem sido escolha a via da cunha e compadrio politico, e claro nestas horas de azar não se mostram à altura do desempenho das suas funções, por não ter quaisquer perfil para atuar em situações de stress, faltando-lhes liderança, no caso conhecimento  da morfologia do terreno ingríme coberto a eucaliptos com aldeias salpicadas, realidade que viria a marcar drasticamente a tragédia  porque dificilmente saem da sua base de conforto por medo de falhar pela falta de visão em assumir responsabilidades.
Diz o povo na sua mestria, depois do dilúvio o mundo acaba reduzido a fogo...
Para lá caminhamos infelizmente!
Paz às almas  de quem partiu inesperadamente nesta tragédia!  
Gentes atingidas vão ter Fundos de apoio ESTATAIS E PARTICULARES em prol de outras zonas, igualmente sofredoras com incêndios e prejuízos a cada ano ao ter de vender a madeira a preço baixo e ainda por favor, acaso o diâmetro não interessar nem a querem, nada recebendo do Estado nem de ninguém! 
Quem Lucra com os incêndios? 
Os madeireiros que a compram ao preço da uva mijona ... 
As celuloses com o fabrico de papel de primeira qualidade, os grandes interesses de meia dúzia com plantações de hectares espalhados pelo País onde não se registam incêndios,  na verdade faz pensar, o  prejudicado, o que ganha menos é sempre o produtor, o pequeno proprietário que vende a madeira queimada, mas está igualmente boa, apenas a casaca escura, os madeireiros é que a denegrirem dizendo que as fábricas não a recebem e até já marcam os parceiros que trazem madeira queimada, quando se sabe que há fábricas que a recebem para outros fins, mas disso não dão conhecimento , ficam com os trunfos nas mangas, por isso é ainda o proprietário o que ganha menos nesta escala de grandeza e de altos interesses!
 Estiveram no teatro da tragédia elementos governativos, espera-se que algum deles tenha supervisionado as brutais dificuldades na liderança de tanta hierarquia no comando onde fica visível o  desconhecimento da realidade local da morfologia do terreno, da avaliação ocorrida em fim de semana prolongado -, sábado de alta temperatura com fluxo anormal de pessoas vindas de fora nesta região e outras para empreendimentos turísticos das praias pluviais, numa maioria o medo as toldou no julgamento apressado em se salvar acabando surpreendidas na fuga por conta e risco, por serem desconhecedoras deste flagelo em palco adverso.

Deixo a estas boas gentes sofredoras do Pinhal Interior erradamente assim catalogado, onde o eucalipto é rey,  muita coragem para seguir em frente! 
Porque este Inferno ainda não acabou, nem acaba nunca , vejam-se os incêndios na Austrália de onde é originário o eucalipto e em Portugal não há coalas que se alimentam das suas folhas...
Politicamente Ansião a meu ver deveria ter disponibilizado imediatamente o Centro de Negócios no Camporês, mais atento esteve o diretor do Clube do Avelar  pela familiarização com o passado desta terra de tecelões que aqui aportaram vindos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, por isso o ganhador da vantagem na dianteira na remota rivalidade destas terras do mesmo concelho, possa eventualmente ditar nas próximas eleições vitória ao partido socialista pela primeira vez depois do 25 de abril,  em Ansião!
Estou convita que NÃO! 
Santiago da Guarda tem de votar em massa, pela continuidade!
O presidente da República ao se deslocar por duas vezes ao palco deste cenário estando acompanhado pelo presidente da edilidade de Ansião possa vir a ditar outro desfecho, tudo depende das medidas acertadas que venham a ser implementadas. 

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Ansião no Ribeirinho dando aula a céu aberto a falar de cultura !

Ribeirinho - o gracioso nome dado ao ribeiro de caudal pequenino  
 O célebre poço de chafurdo do Ribeirinho dito da Ameixeira
Ribeirinho Lugar  abrigado, soalheiro, e altaneiro nascido às Lapas, no costado abrigado norte do Casal Soeiro e da Ameixieira 
 Rua das Lapas , o nome lapas, seja relativo ?

Testemunho de Leonel Ocsisnarf
Na Rua das Lapas na ultima casa ao cimo, viveu lá o Santito das Lapas, será por isso o nome ? Será que em tempos antigos se explorava a pedra (lages,lapas) para eiras naquela zona ? 
O início do lugar do Casal Soeiro é conhecido por Lombo das eiras inscrito na entrada de um portão da casa dos pais ( já falecidos ) do Manuel Francisco da Ameixieira.
 A calçada portuguesa na  Rua das Lapas encontra-se assim...entupida de ervas!
 
Quando percorria a calçada na minha primeira vez, senti que ainda persiste a mística do seu casario em pedra, com uma bela casa e o seu balcão, carateristica da região do Maciço de Sicó,  com o tradicional "V" invertido acima do lintel da porta , herança deixada pelos romanos e árabes. E portas abertas  com ombreiras em calcário cujo lintel há muito caiu, ainda assim se mostra a ruína bela com marcas dum tempo de antanho a dar espaço aos  líquenes que ali alapados se mostram em brilho, branco e amarelo e sobressai o buraco onde a língua da chave da fechadura trancava a casa.

Testemunho de Leonel Ocsisnarf
Adorei recordar as casas em pedra que conheci algumas ainda com telhado !
O João Mendes Fajó ( Tojo) é o pai da D Alive Tojo que trabalhou no Centro de Saúde de Ansião uma das poucas moradoras do Ribeirinho.
O Manuel Simões deve ser avô do Fernando estucador ( vive no Maxial) e avô da Cristina Ferreira que vive no Cimo da Rua ( trabalhou na Cuf em Ansião )
Quer o João Mendes quer o Manuel Slmões estiveram no Brasil diz a minha mãe que  tem 92 anos e nasceu também no Ribeirinho.

Numa pesquisa encontrei os seus passaportes  na procura de melhor vida, não sei se voltaram

Passaporte de João Mendes Fajó - Apelido que me é desconhecido
1912-11-28 Idade: Não mencionada
Filiação: José Mendes Fajó / Emilia de Jesus
Naturalidade: Ribeirinho / Chão do Couce / Ansião
Residência: Ribeirinho / Chão do Couce / Ansião
Destino: Santos ( Brasil )

Passaporte de Manuel Simões 1908-09-21 Idade: 19 anos
Filiação: Bernardo Simões / Barbosa de Jesus
Naturalidade: Ribeirinho / Chão de Couce / Ansião
Residência: Ribeirinho / Chão de Couce / Ansião
Destino: Santos / Brasil
Observações: Escreve
Outra porta ainda resistente mostra-se florida onde a única papoila  é  rainha, por ser vermelha no meio do amarelo. Esta porta apresenta uma particularidade  acima do lintel a nesga e outro lintel mais curto, para que serviria? Além de suporte á parede para entrada de ar, e claridade? Sem medo de cobras vindas do exterior, ou para guardar a chave por dentro, sem medo de ladrões...
 Encontrei este mesmo uso noutra casa  em Albarrol e há outra no Bairro de Santo António
Mais portas abertas...
Onde as ervas  nascem sem pedir licença, nem hesitei  à minha selfie...
 Bela casa tradicional com balcão e o "V" invertido acima do lintel da porta.
 
 Na lateral norte ainda visíveis os suportes em pedra que sustentavam os barrotes de um alpendre?

Testemunho de Leonel Ocsisnarf
Muito próximo desta casa existe uma eira comunitária muito antiga que só se lá vai por uma Quelha mas agora com ervas e silvas torna-se difícil . 
Vista para sul ao longe uma eira comunitária  em pedra
A  eira  comunitária do Ribeirinho
 O costado a sul na maioria com vegetação mediterrânica com salpico de eucaliptal...
Salpicos de eucliptal 
Outra bela casa 
A riqueza da simplicidade da pedra com a janela na beira do telhado, a reportar a minha lembrança para a escola primária, as primeiras casas que desenhei eram assim...
 Uma janela na lateral com as tradicionais pedras, os piais para os vasos de sardinheiras
 O que resta de um alpendre já adulterado com o pilar em tijolo resiste a telha mourisca
Encontrei este arbusto que não sei o nome, florido em cachos em lilás que me reportou para a sua antiguidade, noutros tempos havia poucas espécies de flores, não é como hoje que se compram. Havia assim um igual na antiga estalagem da Ti Maria da Torre no Bairro de Santo António.
Maravilhosa a sensação que a caminhada constantemente oferece em recordações da minha infância, que me fez sentir ainda mais jovem e feliz por as ter guardado na minha memória coletiva.
Esqueleto de uma árvore hirta de seca o poiso a balanço para tirar água dum poço?
Lamentavelmente hoje o Lugar encontra-se quase em total abandono, sendo objeto de cobiça de estrangeiros com uma visão e cultura diferente; se mostram mais amantes da natureza, dos seus silêncios, da paz que aqui irradia  ao nascer ou pôr do sol, precisamente aqui onde se mostra de raios multifacetado, em cores quentes, estonteantes imensamente abrasador em  rasto deixa no horizonte uma profunda imagem a fugir dos vales e dos costados crespos salpicados  de pedra branca até se finar para os lados do Vale da Vide...Tanta história,sem aparente atenção ao seu pasasdo e o que deve ser a preservação  do património cultural , porque será? Não acredito que não lhe conferirem o seu valor, seja outra a  razão,tenham emigrado...Os novos inquilinos deste Lugar mítico não respeitam a ancestralidade e deviam, obviamente com a sua presença, algo muda nesta paisagem, e disso francamente não aprecio. Não me choca a vinda de novas pessoas, o que me choca é aposta em mudanças que não fazem parte do que foi o contexto  exterior, claro que por dentro podem alterar a contento, já o exterior deviam amnter as traças e as adulterando a gosto, se perde a carga e magia que teve em seculos e devia continuar, porque faz parte da Cultura, da nossa de Ansião. 
A Câmara e a JFCC deveria ter um papel predominante neste património em especial, em não o deixar alterar na sua traça original, muito menos ser caiado, o que não invalida como já acima referi o seu interior, cada um possa fazer o que quiser, mas por fora a arquitetura devia permanecer em  memória futura , no meu opinar. 

Segundo o Leonel Ocicnarf
A ponte pedonal que existia  ao fundo da agora Rua das Lapas, há mais há 50 anos  o ribeiro corria de Novembro a Abril, e nos passávamos pela ponte muito artesanal. Nos finais dos anos 70 alcatroaram e alargaram a estrada do Casal Soeiro e a ponte desapareceu. Que saudades!
Eram 4 esteios em pedra na vertical que suportavam outras 4 ou 5 na horizontal , com cerca de não mais de 80 cm de largo .Era uma obra que a autarquia poderia reconstruir ( para memória futura.) 
 
Casa com parede desmoronada
  Vista sobre o vale e o costado onde aqui o pôr do sol  acontece de matar a respiração!
 Bom gosto nas suas gentes, num recanto um banco feito num tronco de oliveira
Amei ter percorrido o Lugar do Ribeirinho dando aula a céu aberto a falar de cultura,  aos que me acompanharam; a minha comadre Odete, a sua irmã Arminda e ao meu marido. Não sei se gostaram, porque gostos não se discutem, senti  motivação do olhar destacado ao passado importante aqui vivido e da riqueza patrimonial e cultural que se devia proteger e preservar .
Bem hajam pelo privilégio de me terem acompanhado.

Fontes
Testemunhos de Leonel Ocsicnarf
Arquivo distrital de Leiria

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Palmela, piquenique na encosta do castelo a olhar a estrada romana

Sábado agendado piquenique em cima do joelho para o parque de merendas de Cabanas, arrabalde mediano entre Azeitão e Palmela, debalde o espaço encontrava-se totalmente  ocupado para as Festas de S.Gonçalo, fazendo uso de todas as mesas para as tascas, sem deixar nenhuma para quem aparecesse como eu sem saber do calendário da festa na vontade de aqui fazer piquenique, o que não é justo, afinal é um parque de merendas!
Em cima do meio dia só tínhamos duas soluções; Arrábida a seguir à Aldeia de Dois irmãos, ou rumar a Palmela, a opção escolhida, contudo a minha filha não atendia o telefone, estava em trânsito...
Chegada a Palmela sempre a subir por ruas estreitas entupidas de carros em cada esgueira ou caleira, seja por haver casório, a chegada de excursão para visita ao castelo e ainda um grupo de ex militares que aqui vinham confraternizar em almoço, com tanta gente em várias direções em cima da curva para o castelo dei de caras com o amigo Navalhas, vestido de fato, ao telemóvel, nem interrompi...
Os noivos foram para a boda num "pão de forma", havia uma D.Elvira pintado num branco champanhe, seria onde um dos noivos se fez chegar... afinal quem o conduzia era o Navalhas.
Na frente dos Paços do Concelho no meu posto de polícia sinaleiro, para avisar a minha filha, por deficiente e falta de sinalética...Depois do trajeto ter sido percorrido do castelo ao parque de merendas a pé para o  entender de carro...
 
Lamentável a caminho do castelo com o estacionamento tivemos de subir o passeio para outros carros passarem, para em cheganças ao parco parque de estacionamento em terra escalabrada que sempre assim o conheci, sem que haja alguém visionário na pressa de o ordenar e lhe alterar o piso. 
O jardim na encosta sofreu alguma  intervenção, não sendo motivo para dar parabéns ao arquitecto, retirou duas mesas onde algumas vezes merendei e disso não gostei, de facto estavam obsoletas, na verdade em nada destoava este mobiliário urbano moderno, ao fundo do anfiteatro, até porque tem uma fonte no gaveto da escadaria e não estorva em nada o palco, até servia para o bar improvisado aquando de actuações de folclore e outras ...
Não entendi os vários retangulos de água alinhados no costado, com miúdos de várias idades a correr por entre a vegetação a se chegarem a um, apreensiva pelo iminente perigo se o mais pequeno nele caísse...
A ligação para os encher de água reporta a bairros da lata, com os canos à superfície, quando se faz um projecto camarário é para a obra ser feita como o deve ser - bem feita!
Tivemos sorte porque existe uma mesa isolada a nascente do jardim onde estava sentada uma miúda com o telemóvel, a quem perguntei onde haviam outras mesas, disse-nos que vivia ali ao lado e já ia sair,  deixou-nos a mesa desocupada para o nosso piquenique. Foi muito simpática, esperou até que voltássemos com o carro.
 
 
Fizeram uma nova acessibilidade por escadaria em madeira que atravessa meio costado do jardim debruada a varandim em ferro, muito pobre, feito com verguinha, não gostei mesmo nada. Andavam populares de várias faixas etárias a pintar os muros de branco e os remates em cinzento.
 
As casinhas onde outrora foi poiso de pássaros encontram-se em fatal e triste abandono...
O parque de merendas sem sinalética, o que é grave, e parco acesso para carros com estacionamento na larga Rua da Portela para  depois fazer uso da rede de escadarias...
 
 
Vista ao promontório em pedra que foi cortada pelos romanos para fazer a calçada.
Bem notório a rocha escavada, até aqui podiam haver necrópoles medievais ao género de Algodres, Vila Viçosa e na Quinta do Anjo...
Parque de merendas em estrutura moderna, sem utilização, apenas um grupo de jovens na conversa...
Gostei do jardim infantil novo, o baloiço  para crianças estava ocupado por mastunça a deleitar-se no sofá baloiçante com o telemóvel...
 Os meus netos a brincar no escorrega
A envolvente do moinho mostra-se degradado, o gradeamento pela frente além de escasso é muito largo para crianças, por isso perigoso, no mesmo a rua alcatroada que lhe passa no jardim à curva sem qualquer proteção tendo a arriba pela frente...
 Triste sina das Mós no chão, para memória futura com os meus netos Vicente e Laura
A Laura sentada atrás do moinho num banco em que lhe faltam duas ripas...
Miragem da paisagem soberba sobre o vale plantado de olival ali me despertou  descobrir...
 
A vila de casario concentrado com ruas ingrímes e estreitas pintada na maioria de branco onde as cores berrantes também se vaidosam, ainda assim senti mística imediata por me reportar aos ambientes árabes das vilas do sul de Espanha...

A autarquia devia privilegiar a premissa para a vila ser percorrida a pé.
Depois do piquenique a resmoer salgados e doces, o fumo que o Vicente dizia, era a névoa que nesta hora se abriu forte rm sol...Na tentação a ideia de ir descobrir a vista à curva  ...

Urge manter limpa a continuação da Rua da Portela que se abre para a estrada romana entupida de muita erva e dejectos, por falta de WC público. Aqui pairava um cheiro nauseabundo ...
Apanhei um alho porro, o Vicente tanto nos bateu na cabeça como lhe ensinei, por não se ter partido o trouxe para me dar sorte...
Os miúdos cansados e com sede ao arrabalde, voltaram para trás, fosse pelo cheiro e o calor que os demoveu de me acompanharem ...
Sem saber que o piso era da estrada romana, o soube graças a duas raparigas que encontrei mais à frente, vinham em sentido contrário de bochechas rosadas a arfar... 
 Líquenes alapados em ocre na pedra a imitar uma pintura
Dei conta de grandes troços de calçada, sobretudo nas descidas, graças às chuvas não deixa que os detritos se acumulem.Troços de calçada romana
Certo em pouco tempo a vista deslumbrante sobre o Sado e Setúbal deixa de se ver com a cúpula das pinheiras, cujo sitio para nascerem aqui foi mal escolha !
 
 Vista sobre a torre altaneira do castelo de Palmela
Somente euzinha neste cenário idílico, escolha predileta dos romanos em prol do vale, na opção do mais difícil a partir pedra para fazer a calçada, seja natural dizer que se derreterem com as buracas calcárias pintadas a ocre cor dada pela argila em forte contraste com o verde da vegetação mediterrânica em misticismo de inexcedível beleza ambiental ainda selvagem!
 
Deixo um recado a quem de direito do Pelouro da Câmara de Palmela para a visão em mais privilegiar a sua vila abençoada de carateristicas únicas e belas, em melhor a manter para o povo, e para o turismo de massas. Há necessidade de novas acessibilidades a nascente e de um parque de estacionamento em cilo, que não choque esteticamente a paisagem. Não devia ser permitido na vila alterações arquitetónicas modernas, por chocar o olhar numa vila de traça antiga.O jardim merece continuada atenção, sobretudo junto do moinho onde há fragilidades. A estrada romana merece ser limpa e preservada com sinalética, falta indicação de saída e quilometragem para quem a quiser percorrer saber com o que pode contar.A meu ver bem podia nascer uma nova acessibilidade antes da entrada da vila à direita, na direção da Rua da Portela para acesso ao parque de merendas e caminhadas; estrada romana e castelo pelo jardim, desta forma se retirar trânsito dentro da vila.
Tenho de voltar com calma para um novo e mais demorado olhar, que este foi de pasmar!

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