quarta-feira, 24 de junho de 2015

Mouraria por Alfama ao Terreiro do Paço

Largo da Rosa na Mouraria.Distingue-se um edifício em formato de "L", o palácio Marquês Ponte do Lima na esquerda da foto, à espera de novo futuro, no mesmo a igreja nele  incorporada, esta pertença da câmara de Lisboa.
No mesmo largo de frente,  restaurado e em funcionamento,  o antigo convento da Rosa, onde, entre outros, viveu Afonso Lopes Vieira , um  ilustre poeta leiriense, aqui desenvolveu inúmeras atividades como uma escolinha, por um lado, e por outro tertúlias culturais onde se encontravam muitos literatos.
Destaca-se na varanda da frontaria belos painéis de azulejo em azul sobre branco. 
Interessante nos resquícios da muralha  da cidade a implatação de placas escultóricas, reconheço a concha de vieira, símbolo dos peregrinos de Santiago de Compostela.
 Na Rua das Farinhas, encontrei  o que resta dum painel de azulejo alusivo a S.Marçal
 Outras estelas de pedra com inscrições no vário casario da rua
Uma medida que achei interessante e deveria haver noutras zonas da cidade com o mesmo risco elevado de incêndio
 Igreja de S. Cristóvão

"Palácio  Vagos ou de S. Cristovão de arquitetura residencial, barroca,de planta trapezoidal desenvolvida em torno de um pátio central, com acesso por meio de túnel aberto ao centro da fachada principal, com superfície murária côncava. "
"Portal manuelino de verga reta com decoração vegetalista de um feixe torso. 
O acesso ao pátio interior através de um túnel abobadado partindo do portal principal, apresenta algumas semelhanças formais com a entrada do Palácio da Independência".
Portal do Palácio do Correio Mor na Rua de S. Mamede
Painéis de azulejo rococó na entrada
Miradouro de Santa Luzia
Brutal painel de azulejo  retratando Lisboa, antes do terramoto de 1755
Apresenta alguns estragos, com a falte de azulejos.
Impressionante agora na limpeza e revitalização do miradouro, com a abertura do elevador, o painel não mereceu atenção alguma, não foi limpo, encontra-se com imensa sujidade dos gazes dos carros.E deveria ser reposto os azulejos em falta!
O caracol (escadas) do elevador
Alfama está a ficar de cara lavada!
Palácio dos Condes de Coculim agoniza em espera...
Degradação por detrás da portada de ferro forjado
 Da Fundação Saramago saia o antigo sindicalista da CGTP, acompanhado pela viúva Pilar
Oliveira da terra do Saramago, finalmente foi podada, tem de o ser a cada ano, e no pé nas cinzas do seu corpo, flores e duas rosas brancas.
Fachada de um prédio que já perdeu azulejos. Nela se pode ver a variedade com que foi feita a parede, por motivo do terramoto, foi usada cerâmica, pedra calcária aprumada e bruta, telhos e cascalho.
Terreiro do Paço. No antigo Ministério da Administração Interna nasceu uma Pousada histórica de luxo
Entrei neste edifício uma única vez por ocasião de uma exposição sobre a GNR, antes de começarem as obras de remodelação. Recordo o brutal vitral em policromia ao cimo do primeiro lanço de escadas.
 Local para a chegada e partida de turistas no estacionamento na frontaria
No gaveto de lado uma janela do salão, lá dentro esculturas de bom tamanho, um cavalo com o D. Nuno Álvares Pereira
Impressionante objetividade e eficácia de local emblemático na sala de visitas da capital.
Se atendermos que o palácio da Rosa na Mouraria, não arrancou para hotel de charme (?), porque não tem estacionamento, e sem ele não o podem fazer, e aqui onde é o estacionamento? Possivelmente fazem uso do parque subterrâneo da Praça do Município...
O governo quando procede à venda de imóveis, ou de outro património do País, deveria dar conta aos concidadãos-, acredito seja notícia em Diário da República, mas deveria ser publicitado nos media, a forma como aplica o encaixe de capital, e no mesmo quando há apostadores ganhadores de jogos da sorte grande. Ao não dar a notícia, fica a sensação que a cada dia, o País, vai perdendo património e outros valores, ficando assim mais pobre, sendo que o dinheiro supostamente vai para onde a imaginação de cada um quiser, ou simplesmente para um saco azul...mas até pode ter destino válido, mas a não ser publicado...o boato é tenaz!
Porque jamais deveria ser para amortizar dívida externa( que jamais o devia ser, e sim a amortização deveria ser com a contentação de custos na máquina Estado e com substanciais cortes no excesso de poleiros de chefias que em matéria de trabalho no terreno, na via pública, geralmente de seis elementos, só dois é que trabalham, ficando os outros quatro a observar...
Urge ser alterado o estatuto de certas chefias, que tem de ter um papel no desempenho, como no privado, trabalhando ao lado do operário, e não julguem que lhe caiem os "parentes na lama" ).
No Intendente assisti:
Chega uma camioneta da câmara com o motorista e dois colegas. Em espera estavam três supostos técnicos(?).
O serviço era o de retirar a lona com a calendarização de eventos que já terminaram .
Subiu no elevador da camioneta um elemento de cada grupo -, um para manobrar o elevador e o outro de tesoura de poda para cortar o cordão que prendia a lona.
O motorista e os outros quatro de pé ficam em espera -, um "almeida" lê uma revista, outro fuma, o motorista de mãos nos bolsos e outro a ver o telemóvel!
Fontes
 http://www.monumentos.pt/

domingo, 21 de junho de 2015

Palácio Rosa ou do Marquês de Ponte do Lima na Mouraria

Mouraria onde me deparei com o que resta do jardim do palácio do Marquês de Ponte do Lima e não de Lima.
Ruína do jardim envolta em  milhenta trepadeira de petúnias-, delicioso manto verde em contraste azul arroxeado, sentido ao calor abrasador do entardecer , onde extasiei perdidamente o olhar!
"Muro da cerca do palácio dos Marqueses de Ponte do Lima. Aqui havia um jardim. Hoje é um matagal, fácil pasto de qualquer catástrofe."
"O Palácio da Rosa assenta sobre a casa nobre quinhentista que pertenceu a Luís de Brito Nogueira, senhor dos morgados de S. Lourenço, em Lisboa, e de Santo Estevão, em Beja. Por casamento, o Palácio entra para a casa dos Viscondes de Vila Nova da Cerveira, e Marqueses de Ponte de Lima, título outorgado ao 14.º Visconde. Igualmente por casamento, entra para os bens dos Marqueses de Castelo Melhor. Destruído quase na totalidade pelo Terramoto, foi reedificado no Séc. XVIII. 
O Palácio da Rosa permanece na posse da família, até à sua aquisição pela Câmara Municipal de Lisboa." 
"Aspeto do recém-classificado Palácio da Rosa. É hoje Imóvel de Interesse Público. Ainda bem. O palácio dos Marqueses de Ponte de Lima na Mouraria, é um dédalo de vestígios bem anteriores ao terramoto, janelas e portas quinhentistas, elementos barrocos e rococós, painéis de azulejos setecentistas e oitocentistas. O vínculo que levou à construção deste palácio data do século XIII. Classificado ou não, o seu valor histórico e presença num dos mais antigos bairros da capital é incontestável. A sua recente história é uma vergonha de compras e vendas, hotéis e não hotéis, retorno ou não do investimento.
Desde 2003 que o seu destino se joga nos amanuenses que despudoradamnete negligenciam o que Lisboa tem de excecpional."

Terraço com platibanda balustrada com uma vista soberba ...
Igreja de S. Lourenço pertença da CML, sem serventia fechada!
"Nota-se uma porta ogival. Resistiu aos diferentes terramotos que assolaram Lisboa. 
Não resistirá aos desmandos da razão humana."
"Fachada nobre do palácio dos Marqueses de Ponte de Lima. Entre vidros partidos, janelas e portas entaipadas, redundantes avisos de segurança para obras que não existem, é o caricato o novo selo deste belíssimo exemplar de arquitectura aristocrática lisboeta. "
Já conhecia o palácio, agora com novos arruamentos, torna-se mais agradável a visita, faltou-me na lateral subir as escadinhas para o conhecer no seu tardoz. Ficará para outra visita.
Notei a retirada de placas das fachadas, ficando a mancha nas paredes das mesmas. 
Apenas vi a da igreja que menciona património da CML
Qual será o futuro deste palácio? Especula-se um hotel de charme.
"Pedra de armas dos Marqueses de Ponte de Lima. 
Elementos barrocos e rococó.
Notável composição que não é das mais comuns na nossa capital."
"Porta da entrada nobre. Avisos para quê? Já ninguém aqui trabalha de forma continuada. Na pressa do abandono, nem os cartazes se retiraram."
Palácio da Rosa, sala de jantar, Armando Serôdio, s.d, Arquivo Municipal de Lisboa, AFML - A63954
Palácio da Rosa, sala de jogo, Armando Serõdio, 1968, Arquivo Municipal de Lisboa, A63951
Palácio da Rosa, sala do trono, Armando Serôdio, 1968, Arquivo Municipal de Lisboa, AFML - A63953

O pátio era revestido com azulejos XIX ao gosto XVIII, como se veem iguais no Palácio do Marquês de Pombal em Oeiras, com cenas de caçadas e outras e o átrio  era revestido a azulejos XVII, e a escadaria azulejos séc. XVIII.A maioria dos painéis foi saqueada , lamentavelmente!
"Atualmente, o Palácio da Rosa pertence a um grupo hoteleiro madeirense, tendo sido adquirido em hasta à Câmara municipal de Lisboa.
Já há algum tempo, era objetivo da Câmara Municipal de Lisboa disponibilizar o Palácio da Rosa, por um determinado período de tempo, a um grupo hoteleiro que o recuperasse e usufruísse dos dividendos, já que a autarquia não tinha dinheiro para tal. No entanto, com o executivo actual, as prioridades mudaram e foi resolvido proceder-se à venda.
Apesar do objectivo de aí se instalar um hotel de charme, a verdade é que o futuro do Palácio da Rosa é um tanto incerto pois, para que tal acontecesse, seria necessário que aí fosse construído um Parque de Estacionamento, tal como é obrigatório por lei. No entanto, segundo o Plano de Ordenamento do Território, nesse local será impossível a construção do dito Parque de Estacionamento.
Como tal, resta-nos esperar para ver o que o futuro reserva para este imóvel que se encontra em estado adiantado de degradação."
  • No gaveto do jardim do palácio ao lado da escadaria coberto de trepadeiras, podia suster um parque de estacionamento em cilo(?), e um elevador panorâmico, mas sou eu a dizer, não choca a paisagem ladeada por escadaria renovada...
Supostamente empresas em processo de insolvência, aguardam ansiosamente que se esgote o prazo estabelecido por lei,  para arrancar finalmente obras em muitos sítios ...na mesma situação que aqui se encontra a frente ribeirinha do Ginjal em Cacilhas.

Fontes
http://revelarlx.cm-lisboa.pt/
http://cidadanialx.blogspot.pt/
http://www.azulejoportugues.org/
http://www.historiadeportugal.info/

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