- Corpo de Deus no gozo com sabor a feriado -, o último em Almada!
Umas compras numa grande superfície para o meu estaminé nas feiras, ainda fomos à Cova do Vapor encher a base do chapéu de sol com areia - maré vazia - lindas as canoas que estavam no areal.Fresco a aragem que se fazia sentir a iodo, saímos em direção ao mercado do Monte de Caparica à sardinha e morangos. Na varanda acendi o fogareiro para as assar -senti o cheiro a Santos populares...e já pingam no pão de centeio. Uma grande salada e batatinha cozida - repasto saboreado e regado com bom vinho maduro a olhar para o Mar da Palha - privilégio de morar no último andar. Hoje foi dia de pôr a máquina a lavar a loiça. Dias não são dias. Depois de tomar o nosso cafezinho com cheirinho sem açúcar saímos em caminhada por Almada velha - parámos no jardim junto da igreja - defronte do lago com repuxo um lindo painel de azulejos de...
Cargaleiro de 1956 |
O vento no miradouro fez-se sentir nas "fussas" todo o caminho da descida até ao Olho de Boi.
Pena o Museu Naval estar encerrado aos feriados e domingos - Não deveria!
Fonte da Pipa outrora grandiosa com as suas bicas a encher pipas para os barcos levarem água doce além mar virou parque de estacionamento - não gostei.
Jardim junto ao Tejo a olhar a falésia vaidosa com o seu elevador panorâmico num namoro descarado a Lisboa a toda a hora, finalmente temos este belo espaço - porque Almada esteve de costas viradas para o Tejo séculos a mais!
A emblemática Ponte Salazar -que em segundos virou 25 de abril. O estadista falhou em não dar continuidade ao projeto - a linha férrea - que a ter sido feita hoje seria muito mais interessante o seu trajeto e o fixar de populações. Acredito tivesse uma variante até à Costa de Caparica, que tanta falta faz.
Armazéns e casas do tempo áureo da pesca do bacalhau , algumas forradas a azulejos da Fábrica Viúva Lamego.
Janelas da Copenave abertas de vidros partidos à espera de requalificação.
- Porta alguém se atreveu a pintar - fez-me no imediato lembrar as cores alegres da faiança de antanho.
Pescador no Ginjal - a pesca gloriosa - robalos e esta corvina com 10 kg -, já só já tinha a cabeça, possivelmente vendeu o resto para algum restaurante...
Explicou-me que a desova ocorre entre abril e junho...Só as apanham mais um mês.
No largo de Cacilhas as esplanadas com gente a ouvir a música do bailarico abrilhantado por um conjunto. Algumas pessoas dançavam - reparei num casal amoroso - que inveja despertou nos demais e em mim também - homem de cabelos grisalhos descalço a dançar daquela maneira envolvendo a sua companheira e amada- uma loucura de tirar a respiração - até um velhote dançava sozinho e mexia-se bem - nem reparou no jipe da GNR que fazia espera para entrar no quartel!
Cacilhas está em requalificação urbanística.Em fase de ultimação a montagem do antigo fontanário perto da igreja - a rua agora é pedonal, aos poucos volta ao antigamente - só falta a requalificação das fábricas de gelo e dos armazéns dos armadores do bacalhau serem reconvertidas em restaurantes e outras unidades viradas para o turismo na frente ribeirinha.
Uma caminhada de mais de seis quilómetros. Sinto-me estoirada!- O restaurante Ponto Final estava à pinha - o palanque com almofadões - deitados estavam uns quantos numa modorra de relaxamento a ver o Tejo - ambiente por demais romântico!
Ai,Isa
ResponderExcluirQue inveja
Só eu não vou a lado algum
Com um marido deprimente,sempre a fumar e a cheirar a tabaco...
Fico desanimada com esta vida que levo
So´trabalho,marido desempregado, problemas ,são aos montes
Lendo o seu blog,vejo que existe outra vida,muito bonita,lá fora na rua
Deve dar graças a Deus,por ter uma vida assim...
Um beijinho
Cara anónima.Muito obrigada pelo seu comentário e desabafo.
ResponderExcluirTodos carregamos uma cruz nesta vida.Aparentemente sou alegre por fora mas triste por dentro. Nem sei bem o que quero, o que procuro... Felizmente sou forte e marota - ir a baixo é que não e vícios só mesmo as velharias. Controlo as voltas do destino sendo criativa apesar da recessão, saindo de casa - ainda não se paga por andar a pé. Tive a sorte de toda a vida ter poupado e com as poupanças liquidei os meus empréstimos. Não tenho dívidas. Vivo um dia de cada vez sonhando que amanhã será melhor e nunca esqueço que há outros bem piores do que eu.
Beijos
Isabel