Devem procurar sempre se há promoções!
Logo no cais casais de "ciganos" faziam negócio com a venda de chapéus ( 2 por 5 €) - palha, nylon, e polyster para todos os gostos - o calor anunciava-se!
Só me faltava tal como ao meu marido andar de barco, porque no comboio a vapor da Régua até ao Tua já tínhamos feito à anos, e do Pocinho para a Régua fiz em Julho sozinha.
Tal esplendor de satisfação fez com que me inspirasse para presentear o meu marido nesta odisseia a dois - adorámos!
Barragem de Bagaúste
Barragem de Valeira no Pinhão
A caminho do Pocinho o rio é mais estreito de arribas em pedra altas com remoinhos na margem - ficou célebre o naufrágio onde se afogou o Barão de Forester num passeio com a D.Antónia - as mulheres salvaram-se pelas saias rodadas que fizeram de bóias...já dele diziam que tinha as botas cheias de libras d'oiro, e por isso foi ao fundo - nunca apareceu o corpo.
O comboio sempre ao lado do rio - paisagens lindas.
Pequeno almoço e almoço servido no convés na mesa nº 6 com a companhia de outro casal muito simpático - Zé Manel da zona da Guarda e Beatriz de Macedo de Cavaleiros imigrantes em França com casa mui perto do Arco do Triunfo. Ela gentilmente nos convidou para no dia seguinte aparecermos em sua casa em Macedo, e pernoitar - ainda me agraciou com um forte elogio ao ver as fotos que trocámos tiradas pela fotografa a bordo - um grande plano - disse-me "parece uma artista de telenovelas"...acho que foi pela cor garrida do vestido...e dos cabelos soltos...ela bem gira fez-me lembrar outra amiga a Lurdes Matos da Meda.
Depois de ter passado a barragem do Pocinho na colina os vinhedos de Vale Meão - ao fundo a Foz do Sabor em terras do Vale da Vilariça a fazer lembrar-me a minha boa estadia em julho na casa dos meus bons amigos Prof Arnaldo e esposa Ilda.
Aqui travei conversa com outro casal mais novo com o filhote - mui simpáticos de Valongo . Trocámos impressões sobre Cristandade - milagres de Fátima (?) ambos não acreditamos - apesar do meu cariz católico não praticante, e do meu gosto em travar conversa com gente anónima, ainda falámos do que costumo escrever nos meus blogs ...mostrou interesse que visse o blog do jornalista que percorreu parte de Portugal e Ilhas a pé...em 2 anos .
Sempre a cruzar com grandes barcos e outros mais pequenos
Tivemos o privilégio de fazer o passeio com um grupo de gente da parodia - imigrantes no Luxemburgo. Tinham vindo de véspera de autocarro para o Porto onde começaram o cruzeiro até à Régua - aqui pernoitaram no hotel , no dia seguinte fizeram o percurso até à fronteira - no dizer deles este mais interessante e belo que o anterior - então não sei que me fartei de pesquisar...
Gente de Mortágua, Seia, e arredores - boa gente com idades desde os 47 aos 68. As mulheres jeitosas, elegantes e modernas - eles mais barrigudos - à exceção do Tony para os amigos Toino de Mortágua - um homem fora de série - elegante, moreno, atrevido, um autentico animal de palco - ao seu lado impossível não rir!
Raios m'partam o homem foi talhado por Deus - até a "mosca" lhe ficava a matar. Sem trocar uma palavra - só de o ver a actuar descobri o seu signo...e, o da mulher igual - ficaram de boca aberta...Fartou-se de atirar piropos à hospedeira de bordo cujo olhar em verde resplandecente tirava o fôlego!
Homem imprevisível, impulsivo, galante, bem humorado, falava, e cantarolava de improviso onde a mentira era uma constante - engodo que rápido captei com a ajuda de outros amigos - em seu abono me disseram " ele é assim da paródia mas é um homem muito bem sucedido tal como a mulher nos negócios e o filho com um copito é igual ". Acabei por perceber que tem um pronto a vestir - casualmente ouvi uma outra turista que os reconheceu, e na sua casa tinha comprado o vestido de noiva - coincidências . A mulher encravou a óptica da máquina comprada em Barcelona - não fechava - talvez pelo calor. Ainda lhe dei o nome do meu creme à base de estrogénios para combater as rugas...
Escaldei as partes...nesta estátua em Barca d'Alba...ah pois é!
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