No domingo o tempo acordou escuro para os lados do mar -, a minha irmã não tinha muita vontade para cumprir o roteiro traçado de véspera -, ida à praia, mas consegui demovê-la ao telefone!
Ao chegar ao Osso da Baleia tanto eu como ela saboreámos o cheiro das plantas das dunas que nos reportaram no imediato para a aragem sentida nas filas indianas aquando na década de 60 frequentamos a Colónia Balnear Bissaya Barreto na Gala-Figueira da Foz.
A minha mãe e irmã a descer a escada para a praia-,
fomos as primeiras
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Animou a praia a aula de ginástica.
Fiz sozinha, caminhada e corrida, ainda fui um quarto de hora à aula, mas as pernas não aguentaram mais -, a minha irmã até me disse " aguentaste-te bem".
Apreciei esculturas na areia das gaivotas, casulos e outros animais que fazem buraquinhos para respirar em maré vazia .
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Uma das minhas pegadas...difícil andar na areia, só mesmo na beira do mar onde é firme e não cansa
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Única companheira de lazer na praia...ao meio da manhã já tinha emborcado 2 minis...
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Equipamento para deficientes
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Agendado piquenique às
pressas. De casa levámos o arroz de cenoura, vinho, pão, queijo, pratos,
talheres, copos, toalha e a manta. Na volta da praia comprámos um
belíssimo frango assado, divinal , batata frita, na rotunda
no estaminé da fruta a minha irmã a comprou boa e variada : abrunhos
gordos amarelos, maças, melão, pêssegos de roer e dos vermelhos. Numa estrada
secundária a seguir a Antões onde havia festa e se assavam frangos vimos um
feijoal de se lhe tirar o chapéu, alto, puxado com postes e arames, rico feijão
verde até deu vontade de surripiar!
Pior foi o pessegueiro
carregadinho de belos pêssegos que este ano foi uma rasia, e ali repleto-,
deixei neles o meu olhar até conseguia fazer uma pintura com tão bela
imagem deles todos juntinhos...mais à frente um arbusto de flores azuis em jeito
de árvore de copa redonda, irradiava beleza tamanha, naquilo vimos um
parque de merendas num sítio de nenhures. Não faltavam fontes, nem
churrascos, nem lava loiças, muito menos mesas, bancos e sombras.
Não tirei fotos para não as ouvir!
Sim senhor um belo de um piquenique!
De
novo em caminhada parámos no Louriçal para tomar o café, que desta vez
não me apeteceu levar o termo. Bebemos um bom brandy, enquanto a minha
irmã lia o jornal na diagonal eu e a minha mãe fomos espreitar a igreja
do Convento. Após a ordem do Marquês de Pombal ,os conventos femininos
só fechavam quando a última freira morresse. Pois aqui nunca
fechou...está em obras.
Aqui entrei pela primeira vez em miúda quando acompanhava a minha mãe que aqui se deslocava para trabalhar nos correios. Do outro lado está sempre aberta uma porta onde uma irmã atende.
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Teto em madeira pintado |
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A minha irmã sentou-se no banco de trás e mandou-me guiar o seu bólide...no caso não me atrevi...Sou mesma lerda, por não ter chave o acho muito sofisticado...
Pela tardinha convidei a minha irmã para lhe mostrar o Lugar de Santana, na errante procura das ruínas de Façalamir , levámos o carro da nossa mãe por via de estragos em caminhos de cabras...entretanto mostrei-lhe a propriedade que fora do nosso bisavô Elias ao Pinheiro, ladeada pela via romana. Falei com o "Arrebela" que me falou do Saúl que lá nasceu, tenho de falar com ele. Descobri a via romana, não tenho dúvidas, é que nenhumas!
As supostas ruínas do que resta de Façalamir...de uma quinta na extrema sul da herdade de S.Jorge e aqui se chamaria ou Garganta ou Lombo de Façalamir.
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A via romana segue em frente direita ao Nabão. As ruínas localizam-se no gaveto na frente.Na volta seguimos outro trilho com a ideia na direção do Pinheiro...uma aventura e pêras em terra batida, fomos dar ao Vale Boi...com belas casas minimalistas. Na volta passamos na calçada romana catalogada só para quem sabe onde está! Infelizmente na edilidade camarária nunca houve gente com gosto pela história e pela preservação...e o que se vê e sente reflete pena!
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