A Fábrica da Viúva Lamego foi fundada por António da Costa Lamego em 1849.
Fachada para a Avª Almirante Reis.
A fachada voltada para o Largo
do Intendente integra o conjunto de arquitetura industrial, construído entre
1849 e 1865, no local onde este abrira uma oficina de olaria, veio dar
continuidade a uma antiga tradição dessa zona. Após a morte do seu fundador passou a designar-se comercialmente por "Viúva Lamego". Atualmente é propriedade de uma
sociedade designada por Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, Lda.Classificado
como Imóvel de Interesse Público, trata-se de um edifício, de estilo romântico,
estruturado em dois registos, com duas janelas cada, que no segundo piso surgem a
ladear uma varanda, rematado por empena, rasgada por um óculo rodeado de
grinaldas e pequenas figuras que seguram uma inscrição com a data da
construção.
De salientar a fachada decorada na sua totalidade, por um revestimento azulejar figurativo do séc. XIX, de gosto romântico-revivalista, muito característico do seu autor, Luís Ferreira, mais conhecido por Ferreira das Tabuletas-, pintor de azulejos proveniente das Fábricas da Calçada do Monte e Viúva Lamego.
Trata-se de uma das obras-primas do azulejo "naif" oitocentista, incluindo as figuras alegóricas ao "Comércio" e à "Indústria", que surgem a ladear a entrada.A maravilha dos azulejos dos prédios e da platibanda que foi a fábrica em faiança das Devezas (?)
Prédio forrado a azulejos que torneja para a Av. Almirante Reis constituía a zona de oficinas.
Atualmente existe apenas a exposição e venda de azulejos na Loja
Nos anos trinta do século XX, a produção foi transferida para a Palma de Baixo, onde se manteve até 1992 .A partir desta data a parte fabril, onde são produzidos azulejos de grande qualidade, quer industriais quer artísticos passou para Abrunheira em Sintra .
Entrada da loja " A Vida Portuguesa" pelo Largo do Intendente
Espectacular o teto com andorinhas em bando a deambular em rotas, e o sapo para afungentar gente de etnias com hábitos de saquear sem ser visto, da Fábrica Bordado de Caldas da Rainha
A riqueza do cabide em madeira numerado com o número de cada empregado
Quem se lembra de limpar as pratas com "Coração"?
Calendários antigos
Reclame do insecticida
Artigos de latoaria e de madeira
Paredes forradas a azulejos que foram executados na Fábrica: Padrão; Bicha da Praça;Moldura; Pintas;Faixas e Cantos; Reproduções dos séculos: XVII e XVIII da 1ª parte; Pombalinos; D. Maria;Contemporâneo .
Completamente fascinada com a loja como se abre para o público-, do género conheço a primeira que abiu portas ao Chiado da mesma empresária-, Catarina Portas.
Fiquei também vidrada com os azulejos aqui estrategicamente colocados a forrar as paredes onde pude reconhecer vários padrões que desconhecia ser produção da fábrica.
No início do século XX o azulejo foi ganhando importância e a produção em barro vermelho foi terminando.
Nos anos trinta a Viúva Lamego iniciou uma colaboração estreita com artistas plásticos, que nas suas instalações, passaram cada vez mais a usar o azulejo para exprimirem as suas criações.Os mestres da Viúva Lamego continuam a fabricar uma vasta gama de azulejos sempre em pintura manual, a elaborar trabalhos especiais a partir de criações de autores e desenvolver novos produtos que perpetuam a integração do azulejo na Arquitetura.
A Fábrica produz artigos utilitários (talhas, etc) em barro vermelho e faiança pratos, jarras, e azulejos em barro branco.Ainda Painéis e Murais.
A minha primeira aquisição Viúva Lamego-, prato assinado por 1€, há anos em Azeitão, os em bom estado já tinham sido vendidos. A graciosidade dos corações pintados a picotado numa imitação da Fábrica Cavaco em Gaia.
Painel de lambrilhas Paulo Ferreira, Fred Kradolfer, Tom, Emérico Nunes, Bernardo M. 1937
Lisboa, Fábrica Cerâmica Viúva Lamego
Estampilhagem
122 x 52 cm
Réplica de secção do revestimento do Pavilhão de Portugal na Exposição Internacional de Paris, 1937
Escadaria para o 1º andar com silhar de azulejos réplica séc. XVIII
Lenços dos Namorados
Quem se lembra das leiteiras?
Brinquedos na loja do meu tempo que via as bancas nas feiras anuais.O namorado da minha filha, Samuel, fotografava com a câmara do telemóvel nas mãos...
Enquanto isso, ela a perdi na loja...
Visita no dia de aniversário do meu marido, de saída já de noite paramos para comer castanhas.
http://www.museudoazulejo.pt/
Fascinante.
ResponderExcluirCaro Luiz Carlos Lamego Vieira Lamego, bem haja pela cortesia e pelo elogio.
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